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5 – Correção Passiva do Fator de Potência

Os sistemas elétricos são sujeitos a presença de componentes harmônicos que


geram interferências eletromagnéticas, distorção das formas de onda e redução do fator de
potência. Para evitar estes problemas e adequar o reator eletrônico as normas vigentes é
necessária a correção do fator de potência.
Marques [5.01] utilizou um filtro Valley Fill modificado para correção do fator de
potência, o que reduziu o fator de crista, porém diminuiu o fator de potência. Já Brañas [5.02]
utilizou o mesmo tipo de filtro, mas em sua forma clássica e modulou a freqüência da
lâmpada reduzindo o fator de crista e enquadrando o seu reator a norma IEC-61000-2-3
[5.03], contudo não considerou uma possível ressonância acústica. Hausmann [5.04] utilizou
um boost para correção do fator de potência, contudo foi necessária a adição de mais um
interruptor e de um circuito adicional para o seu controle, entretanto esta adição onera o
circuito. Outras referências [5.05], [5.06] e [5.07] utilizaram circuitos do tipo “charge pump”
para correção do fator de potência, todavia estes circuitos apresentam uma sobretensão no
barramento enquanto a lâmpada aquece.
Dados os problemas anteriormente citados foi utilizada uma correção de fator de
potência passiva, semelhante à utilizada pela Cavalcante [5.08]. Esta estrutura possui a
vantagem de possuir boa regulação com a carga, bom rendimento, limitação da corrente na
saída, simplicidade, robustez e alto fator de potência para amplas faixas de variação da
corrente de carga. O ponto negativo deste circuito, quando comparado a um circuito
chaveado, é o seu volume, mas nesta aplicação em que foram utilizadas baterias com grande
volume esta característica pode ser desprezada.
Até a escrita deste texto, não existia nenhuma norma brasileira que fosse
específica para reatores eletrônicos empregados em lâmpadas de alta intensidade de descarga.
Então, como base foi tomada à norma NBR-13593 [5.08] para reatores e ignitores utilizados
em lâmpadas a vapor de sódio de alta pressão, a qual determina um fator de potência mínimo
de 0,92. A norma IEC-61000-3-2 foi utilizada apenas para fins de comparação e não como
parâmetro de projeto.

5.1 - O circuito retificador com a utilização do filtro passivo


O circuito utilizado para correção do fator de potência na entrada do reator
eletrônico é mostrado figura 5.1. Para análise do circuito em regime permanente todos os
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componentes são considerados ideais, o reator e a lâmpada, são substituídos pela resistência
equivalente RL. A tensão no capacitor Co é considerada constante sem ondulação.

Fig. 5.1 – Retificador monofásico com elementos de correção do fator de potência.


O circuito retificador, mostrado na figura 5.1, possui quatro etapas de operação
para cada período da rede. Considerando que a tensão da rede e a corrente de entrada não
possuem praticamente defasamento, as etapas encontram-se a seguir.

5.1.1 Primeira etapa (t0, t1)


Esta etapa está representada na figura 5.2.
Em t0 a tensão da rede é nula e começa a crescer em sentido positivo, os diodos se
mantém bloqueados sendo a carga alimentada por Co, a corrente do indutor Lf cresce
senoidalmente sendo representada pela equação 5.1.

Fig. 5.2 – Primeira etapa.

⎡ ω ⋅ ωο 2 ⎤
i Lf1 (t )=Cf ⋅ ⎢ 2 2 ⋅ Vp ⋅ ( cos(ω ⋅ t ) − cos(ωο ⋅ t ) ) + Vcc ⋅ ωο ⋅ sen(ωο ⋅ t ) ⎥ (5.1)
⎣ ωο -ω ⎦
iLf1 → Corrente no indutor Lf na primeira etapa (em A).
Vp → Tensão de pico da rede (em V).
Vcc → Tensão de saída (em V).
ω → Freqüência angular da rede (em rad/s).
ωο → Freqüência angular de ressonância do filtro (em rad/s).
Cf → Capacitor do filtro de entrada (em F).
120

Parametrizando-se a equação 5.1, em relação à ω, Lf e Vp, se obtêm a equação 5.2.


ω ⋅ Lf
i Lf1 (t ) = i Lf1 (t ) ⋅ (5.2)
Vp
i Lf1 → Corrente parametrizada no indutor Lf na primeira etapa.

Lf → Indutor do filtro de entrada (em H).


Desta forma a corrente do indutor parametrizada é expressa pela equação 5.3.

ω ⎡ ω ⋅ ωο 2 Vcc ⎤
i Lf1 (t ) =

2 ⎢
⋅ (cos(ω ⋅ t ) − cos(ωο ⋅ t )) + ⋅ ωο ⋅ sen(ωο ⋅ t ) ⎥ (5.3)
ωο ⎣ ω ο − ω
2 2
Vp ⎦
Observando o comportamento da tensão do capacitor Cf, se observa que ela
decresce cossenoidalmente de –Vcc até zero invertendo seu sentido e crescendo em sentido
contrário até Vcc, esta tensão nesta etapa é dada pela equação 5.4.
⎡ ω ⎤
v Cf1 (t ) = ⎢ 2 ο 2 ⋅ Vp ⋅ (ωο ⋅ sen(ω ⋅ t ) − ω ⋅ sen(ωο ⋅ t )) − Vcc ⋅ cos(ωο ⋅ t ) ⎥ (5.4)
⎣ ωο − ω ⎦
vCf1 → Tensão no capacitor Cf (em V).
Quando a tensão do capacitor Cf atinge o valor de Vcc o tempo se iguala a t1,
finalizando esta etapa de operação. Este valor pode ser determinado aplicando a função root
do Mathcad apos igualar a equação 5.4 a Vcc, como mostrada na equação 5.5.
t1 = root [ VCf1 (t ) − Vcc, t ] (5.5)
t1 → Tempo de transição entre a primeira e a segunda etapa (em s).

5.1.2 Segunda etapa (t1, t2)


Esta etapa está representada na figura 5.3.
Quando a tensão do capacitor Co atinge Vcc os diodos Di1 e Di4 passam a conduzir,
sendo a carga alimentada pela rede. A corrente no indutor Lf passa a ser dada pela equação
5.6.

Fig. 5.3 – Segunda etapa.


121

Vp Vcc
i Lf2 (t ) = ⋅ [ cos(ω ⋅ t1 ) − cos(ω ⋅ t ) ] + ⋅ (t1 − t ) + i Lf1 (t1 ) (5.6)
ω ⋅ Lf Lf
iLf2 → Corrente no indutor Lf na segunda etapa (em A).
Parametrizando-se a corrente do indutor Lf, através dos mesmos parâmetros da
etapa anterior, obtém-se a equação 5.7.
Vcc
i Lf2 (t ) = [ cos(ω ⋅ t1 ) − cos(ω ⋅ t ) ] + ⋅ ω ⋅ (t1 − t ) + i Lf1 (t1 ) (5.7)
Vp
i Lf2 → Corrente parametrizada no indutor Lf na segunda etapa.

Quando a corrente no indutor Lf zera os diodos Di1 e Di4 bloqueiam, finalizando


esta etapa de operação. O tempo t2 pode ser calculado como sendo a metade do período da
rede, já que inicialmente foi desprezado o defasamento entre a tensão da rede e a corrente de
entrada.

5.1.3 Terceira etapa (t2, t3)


Esta etapa está entre t2 e t3 e se encontra representada na figura 5.4.
Em t2 a corrente de Lf se anula e a carga passa a ser alimentada pelo capacitor Co e
a corrente do indutor Lf passa a ser negativa e deslocada de 180° em relação à da primeira
etapa.

Fig. 5.4 – Terceira etapa.


A tensão do capacitor Cf passa a se comportar de modo inverso ao da primeira
etapa, ou seja, ela decresce de Vcc até zero e depois cresce em sentido contrário até atingir o
valor de –Vcc no final da etapa. A duração da etapa é dada pela soma dos tempos t1 e t2.

5.1.4 Quarta etapa (t3, t4)


Esta etapa, mostrada na figura 5.5 finaliza com o período da rede. A corrente do
indutor Lf continua negativa até ser anulada em t4. A carga passa a ser alimentada diretamente
da rede, pois Di2 e Di3 estão conduzindo, mantendo a tensão no capacitor Cf igual à –Vcc.
Nesta etapa a forma de onda da corrente é similar a da segunda etapa, porém invertida.
122

Fig. 5.5 – Quarta etapa.

5.2 - Cálculo do filtro de entrada


As especificações que foram utilizadas no dimensionamento do filtro de entrada
são mostradas na tabela 5.1.
Tab. 5.1 - Especificações do circuito de correção do fator de potência.

Especificações para o projeto


Vp=311 V Tensão de pico da rede.
Vcc=300 V Tensão contínua na saída do retificador.
ω=377 rad/s Freqüência angular da rede (60 Hz).
ωo=942,5 rad/s Freqüência angular de ressonância do filtro (150 Hz).
Preator=70 W Potência de saída do retificador (perdas desprezadas).

Para a determinação das grandezas envolvidas foi necessário obter os tempos de


cada uma das etapas de operação. Os tempos obtidos são mostrados na tabela 5.2.
Tab. 5.2 – Os tempos envolvidos em cada etapa de funcionamento do circuito.

Os tempos das etapas do circuito


t0 = 0 ms Início do ciclo.
t1 = 2,23 ms Obtido pela equação 5.5 com a função root do Mathcad®.
t2 = 8,33 ms Para que o fator de descolamento seja unitário (metade do período da rede).
t3 = 10,56 ms Soma de t1 com t2.
t4 = 16,67 ms Período da rede.

A corrente média parametrizada da carga é dada pela equação 5.8.


t
2 2
Icc med = ⋅ ∫ i Lf2 (t )dt =0,3205 A (5.8)
T t1
Icc med → Corrente média parametrizada.

A corrente eficaz de entrada parametrizada é dada pela equação 5.9.


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2 ⎛1 ⎞
t t2

Ief = ⋅ ⎜ ∫ i Lf1 (t ) dt + ∫ i Lf2 (t )2 dt ⎟ = 0, 4457 A


2
(5.9)
T ⎜⎝ 0 t1


Ief → Corrente eficaz de entrada parametrizada.

Por definição o fator de potência pode ser obtido pela equação 5.10.
Vcc ⋅ Icc med
FP= = 0,9806 (5.10)
Vef ⋅ Ief
FP → Fator de potência.
Vef → Tensão eficaz (em V).
O fator de potência obtido foi alto para as especificações do projeto, o que valida
o dimensionamento dos elementos do filtro com estas especificações.
A parametrização da corrente média da carga foi dada pela equação 5.8, porém
esta pode também ser expressa em relação aos parâmetros ω, Lf e Vp de acordo com a
equação 5.11.
ω ⋅ Lf
Icc med = Icc med ⋅ (5.11)
Vp
Iccmed → Corrente média (em A).
Para se obter o valor da indutância de Lf é necessário calcular o valor da corrente
média, dada pela equação 5.12.
Preator
Icc med = = 0, 23333 A (5.12)
Vcc
Preator → Potência de saída do retificador (em W).
Desta forma a indutância de Lf pode ser obtida pela equação 5.13.
Vp Icc med
Lf = ⋅ = 1,13 H (5.13)
ω Icc med
A freqüência angular de ressonância do filtro é obtida através da equação 5.14.
1
ωο = (5.14)
L f ⋅ Cf
Logo o valor de Cf pode ser obtido pela equação 5.15.
1
Cf = = 0,993 μF (5.15)
ωο ⋅ L f
2

O valor do capacitor comercial utilizado foi de 1μF.

5.3 - Dimensionamento dos diodos retificadores e capacitância de Co


Cada diodo do retificador conduz somente em um semiciclo. Assim, a corrente
média de cada diodo é a metade da corrente média da carga, dada pela equação 5.16.
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t
1 2
T ∫t1
I Dmed = ⋅ i Lf2 (t )dt = 117 mA (5.16)

IDmed → Corrente média de cada diodo (em A).


Cada diodo tem uma tensão reversa máxima igual ao valor da tensão do
barramento (300 V). Contudo, por segurança, foram utilizados diodos do tipo 1N4007.
Para o filtro de saída têm-se o capacitor Co, para a determinação deste se faz
necessário adotar o valor da ondulação de tensão de saída. Admitindo-se uma variação na
ondulação de 10 V tem-se uma tensão máxima do capacitor Co (VComax=310 V) como também
a sua tensão mínima (VComin=290 V).
Assim, a capacitância de Co pode ser determinada pela equação 5.17.
Preator
Co = = 97, 22 μF (5.17)
f ⋅ (VComax 2 -VComin 2 )
Co → Capacitor de filtro (em F).
VComax→ Tensão máxima do capacitor Co (em V).
VComin→ Tensão mínima do capacitor Co (em V).
f → Freqüência da rede (60 Hz).
A corrente eficaz de Co é dada pela equação 5.18.

2 ⎛1 ⎞
t t2

ICoef = ⋅⎜ ∫ i Co1 (t ) dt + ∫ i Co2 (t ) 2 dt ⎟


2
(5.18)
T ⎜⎝ 0 t1


ICo1 → Corrente que circula por Co na primeira etapa (em A).
ICo2 → Corrente que circula por Co na segunda etapa (em A).
A corrente que circula por Co na primeira etapa de funcionamento do retificador é
dada pela equação 5.19.
i Co1 (t ) = −Icc (5.19)
A corrente que circula por Co na segunda etapa de funcionamento do retificador é
dada pela equação 5.20.
i Co2 = i Lf2 (t ) - Icc (5.20)
Desta forma o valor da corrente eficaz em Co é dada pela equação 5.21.
ICoef = 166 mA (5.21)
ICoef → Corrente eficaz em Co (em A).

Assim o valor comercial do capacitor do filtro de saída foi de 100 μF, valor este
obtido a fim de se atender o valor da especificação da corrente eficaz do mesmo.
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5.4 – Ligação do conversor CC elevador ao circuito retificador


Como já mencionado, o conversor CC/CC elevador teve ser ligado diretamente ao
capacitor de filtro, Co, do reator eletrônico. A solução mais econômica para ligar o conversor
elevador ao retificador seria elevando sua tensão, Velev, a um valor em que os diodos
retificadores permanecessem sempre bloqueados, como mostra a figura 5.6.

Fig. 5.6 – Configuração inicial para ligação do conversor elevador.


Contudo, para o bloqueio contínuo da ponte retificadora a tensão de pico em Cf
deve ser menor que a tensão Velev. Para análise da tensão de pico em Cf o circuito pode ser
simplificado ao mostrado na figura 5.6.

Fig. 5.7 – Circuito simplificado para análise da tensão de pico de Cf sem transferência da rede.
Analisando o circuito da figura 5.6 é possível determinar a tensão de pico no
capacitor Cf, VpCf, que é dada pela equação (5.22).
Vef ⋅ 2
VpCf = (5.22)
1- ω2 ⋅ Lf ⋅ Cf
VpCf → Tensão de pico no capacitor Cf (em V).
Vef → Tensão eficaz da rede (em V).
ω → Freqüência angular da rede (em rad/s).
Para uma tensão eficaz nominal da rede elétrica de 220V, utilizando os valores
previamente calculados, a tensão de pico no capacitor Cf fica em 370,65 V. Já para uma
tensão eficaz de 240V a tensão de pico em Cf fica em 404,35 V. Neste último caso, a tensão
do conversor CC/CC deveria ser muito alta, o que elevaria bastante a potência aplicada na
lâmpada, o que é inconcebível tanto pelo elevado consumo das baterias, como pela redução
do tempo de vida útil da lâmpada.
126

Este problema foi solucionado com a utilização de um relé de estado sólido, o


qual o circuito é mostrado na figura 5.8. Este circuito foi baseado na referência [5.09], devido
a indutância do filtro de entrada utilizou-se de um snubber segundo a referência [5.10].

Fig. 5.8 – Relé de estado sólido.


Considerando um possível defeito no reator eletrônico, que ocasionasse a falta de
carga no circuito retificador e conseqüentemente a elevação da tensão no capacitor Co, a qual
poderia chegar a 404,35 V. Mas, como neste tipo de aplicação a tensão do capacitor Co é da
ordem dos 400V, é essencial a utilização de um varistor de proteção em paralelo com este
componente.

5.5 - Simulação do retificador


A tensão e a corrente de entrada obtida por simulação são mostradas na figura 5.9.
Na simulação foram utilizados os valores previamente dimensionados para correção do fator
de potência e uma resistência equivalente ao reator de 1285 Ω.

Fig. 5.9 – Tensão e corrente de entrada.


A tensão de entrada e a tensão no capacitor Cf são mostradas na figura 5.10.
127

Fig. 5.10 – Tensão em Cf.


A partir da simulação foi obtido um valor para o fator de potência de 0,98 e uma
distorção harmônica total de 18,90 %. A tabela 5.3 apresenta o valor de cada harmônica
obtido por simulação e comparado com os valores máximos de harmônicas para
equipamentos classe C da IEC-61000-3-2. Os resultados obtidos comprovam a adequação do
projeto à norma da IEC, bem como a norma NBR-13593.
Tab. 5.3 – Valores máximos pela norma IEC61000-3-2 (classe C) e os valores obtidos por simulação.

Ordem das Valor máximo da harmônica segundo a Valor da harmônica obtido por simulação
Harmônicas IEC-61000-3-2 (em % da fundamental) (em % da fundamental)
2 2 0,005
3 30 x FP 17,95
5 10 4,64
7 7 1,35
9 5 0,43
11 ≤ n ≤ 39 3 < 0,27

5.6 - Resultados experimentais


Após a conclusão da etapa de projeto e simulação, foi construído um protótipo do
filtro de entrada para o reator de 70W. Os resultados experimentais foram obtidos com o
sistema completo, incluindo reator eletrônico e lâmpada.
A tensão e a corrente de entrada, para condições nominais de operação, são
mostradas na figura 5.11, percebe-se que a defasagem entre as duas é praticamente nulo,
podendo ser desprezada como ocorreu na análise teórica.
128

Fig. 5.11 – Tensão e corrente de entrada.


Tensão, canal 2: Escala - 100V/div.
Corrente, canal 4: Escala – 10mV/div; ponteira: 200mA.

A tensão no capacitor Cf é mostrada na figura 5.12.

Fig. 5.12 – Tensão do capacitor Cf.


Tensão, canal 2: Escala – 100V/div.

A tensão de saída é apresentada na figura 5.13, possuindo um valor médio de 300


V, percebe-se que a ondulação é mínima.
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Fig. 10.13 – Tensão de saída.


Tensão, canal 2: Escala – 100V/div.

As harmônicas da corrente de entrada, em condições nominais, são apresentadas


na tabela 5.3. A taxa de distorção harmônica total foi de 19,09 % e o fator de potência ficou
em 0,942. O protótipo não se adequou a norma IEC61000-3-2, contudo contemplou a norma
brasileira NBR-13593 que exige apenas um fator de potência no mínimo de 0,92.

Tab. 5.3 – Valores máximos pela norma IEC61000-3-2 (classe C) e os valores obtidos com o protótipo.

Ordem das Valor máximo da harmônica segundo a Valor da harmônica do protótipo (em %
Harmônicas IEC-61000-3-2 (em % da fundamental) da fundamental)
2 2 0,10
3 30 x FP 10,95
5 10 11,98
7 7 7,35
9 5 4,61
11 ≤ n ≤ 39 3 < 3,35

Quando foi utilizado um indutor industrializado, o qual é impregnado com resina


no vácuo, a distorção harmônica total caiu para 15,1 % e o fator de potência subiu para 0,97.
Já o indutor utilizado no protótipo possui apenas uma camada superficial de resina, o que
ocasionou uma pequena vibração nas laminas e um acréscimo na distorção harmônica total.
Assim, é aconselhável a impregnação do indutor com resina aplicada no vácuo, o que melhora
o fator de potência e possibilita o enquadramento do sistema a norma IEC61000-3-2.
130

5.7 - Conclusão
A opção de se corrigir o fator de potência utilizando um pré-regulador passivo
trouxe simplicidade e robustez ao circuito. O indutor de entrada Lf, utilizado no circuito,
também serve como indutor de modo diferencial, o qual atenua as interferências
eletromagnéticas por condução, além de limitar a corrente de partida.
As simulações validaram a análise teórica com suas equações e simplificações, o
que foi reforçado com os resultados experimentais.
Os resultados experimentais, com o indutor sem impregnação com resina no
vácuo, comprovaram a eficácia do circuito obtendo-se um fator de potencia final de 0,942 e
uma distorção harmônica total de 19,01 %. O protótipo não se adequou a norma IEC61000-3-
2, contudo contemplou a norma brasileira NBR-13593 que exige apenas um fator de potência
no mínimo de 0,92. Já utilizando um indutor industrializado, o qual é impregnado com resina
no vácuo, a distorção harmônica total caiu para 15,1 % e o fator de potência subiu para 0,97.

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