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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
LATO SENSU EM PSICOPEDAGOGIA

Prezado (a) aluno (a),

Seja bem vindo (a) ao Módulo de Metodologia de Pesquisa Científica I (MPC


I), que ora apresentamos como material a ser utilizado, com a finalidade de
desenvolver conhecimento teórico, visando a fortalecer o aprendizado para a
elaboração do trabalho de conclusão do curso.

Esse módulo dará suporte ao desenvolvimento de MPC II e sugerimos que


não se limite somente ao conteúdo apresentado, ou seja, agregue valor
buscando outras referências.

Reflita, analise os módulos já realizados anteriormente no curso, buscando


inspiração para a escolha do seu tema e traga idéias para acalorar o nosso
debate com o que julgar procedente no contexto desse módulo.

Sua participação é fundamental para que possamos discutir e juntos


alargarmos a construção do nosso conhecimento.

PROFª Mestre CÉLIA MELO

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Módulo – Metodologia da Pesquisa Cientifica I
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SUMÁRIO

A CIÊNCIA 4
1.1. Do medo à ciência 4
1.2. A evolução da ciência 4
1.3. A neutralidade científica 6
2. TIPOS DE CONHECIMENTOS 7
2.1. Conhecimento empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum) 7
2.2. Conhecimento filosófico 7
2.3. Conhecimento teológico 7
2.4. Conhecimento científico 8
3. A PESQUISA CIENTÍFICA 9
4. PESQUISA DE CAMPO 10
4.1. Fases da Pesquisa de Campo 10
4.2. Pesquisa de laboratório 10
4.3. A pesquisa bibliográfica 11
5. ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA 12
5.1. Estrutura do Projeto de Pesquisa 13
5.1.1. Escolha do Tema 13
5.1.1.1. Fatores internos 13
5.1.1.2 - Fatores Externos 14
5.1.2. Levantamento ou Revisão de Literatura 14
5.1.3. Problema 15
5.1.4. Hipótese 15
5.1.5. Justificativa 15
5.1.6. Objetivos 16
5.1.7. Metodologia 16
5.1.8. Cronograma 16
5.1.9. Recursos 17
5.1.10. Material permanente 17
5.1.11. Material de Consumo 18
5.1.12. Pessoal 18
5.1.13. Anexos 19
5.1.14. Referências 19
5.1.15. Glossário 19
5.1.16. Esquema do Trabalho 20
ORIENTAÇÃO PARA ESTUDO 22
ANEXOS 1 23
REFERENCIAS 35

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A CIÊNCIA
A evolução humana corresponde ao desenvolvimento de sua inteligência. Sendo assim
podemos definir três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos desde
o surgimento dos primeiros hominídeos: o medo, o misticismo e a ciência.

1.1. Do medo à ciência


O medo: Os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos da
natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo das
tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava
diante deles, não lhes restava outra alternativa senão o medo e o espanto daquilo que
presenciavam.

O misticismo: Num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a


tentativa de explicação dos fenômenos através do pensamento mágico, das crenças e
das superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam.
Assim, as tempestades podiam ser fruto de uma ira divina, a boa colheita da benevolência
dos mitos, as desgraças ou as fortunas do casamento do humano com o mágico.

A ciência: Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos


os seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos
que pudessem ser comprovados. Desta forma, nasceu a ciência metódica, que procura
sempre uma aproximação com a lógica.

O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta


característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado
de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas descobertas e de
transmiti-las a seus descendentes.
O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua
característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro,
que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.

1.2. A evolução da ciência

Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, principalmente nas áreas


de matemática, geometria e na medicina, mas os gregos foram provavelmente os
primeiros a buscar o saber que não tivesse, necessariamente, uma relação com atividade
de utilização prática. A preocupação dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia
(sóphos) = saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para
que de tudo o que se pudesse pensar.
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O conhecimento histórico dos seres humanos sempre teve uma forte influência de
crenças e dogmas religiosos. Mas, na Idade Média, a Igreja Católica serviu de marco
referencial para praticamente todas as idéias discutidas na época . A população não
participava do saber, já que os documentos para consulta estavam presos nos mosteiros
das ordens religiosas.
Foi no período do Renascimento, aproximadamente entre o séculos XV e XVI (anos 1400
e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos retomaram o prazer de
pensar e produzir o conhecimento através das idéias. Neste período as artes, de uma
forma geral, tomaram um impulso significativo; Michelangelo Buonarrote esculpiu a
estátua de David e pintou o teto da Capela Sistina, na Itália; Thomas Morus escreveu A
Utopia (utopia é um termo que deriva do grego onde u = não + topos = lugar e quer
dizer em nenhum lugar); Tomaso Campanella escreveu A Cidade do Sol; Francis Bacon,
A Nova Atlântica; Voltaire, Micrômegas, caracterizando um pensamento não descritivo
da realidade, mas criador de uma realidade ideal, do dever ser.
No século XVII e XVIII (anos 1600 e 1700) a burguesia assumiu uma característica
própria de pensamento, tendendo para um processo que tivesse imediata utilização
prática. Com isso surgiu o Iluminismo, corrente filosófica que propôs "a luz da razão
sobre as trevas dos dogmas religiosos". O pensador René Descartes mostrou ser a
razão a essência dos seres humanos, surgindo a frase "penso, logo existo". No aspecto
político o movimento Iluminista expressou-se pela necessidade do povo escolher seus
governantes através de livre escolha da vontade popular. Lembremo-nos de que foi neste
período que ocorreu a Revolução Francesa em 1789.
O Método Científico surgiu como uma tentativa de organizar o pensamento para se
chegar ao meio mais adequado de conhecer e controlar a natureza. Já no fim do período
do Renascimento, Francis Bacon pregava o método indutivo como meio de se produzir o
conhecimento. Este método entendia o conhecimento como resultado de
experimentações contínuas e do aprofundamento do conhecimento empírico. Por outro
lado, através de seu Discurso sobre o método, René Descartes defendeu o método
dedutivo como aquele que possibilitaria a aquisição do conhecimento através da
elaboração lógica de hipóteses e a busca de sua confirmação ou negação.
A Igreja e o pensamento mágico cederam lugar a um processo denominado, por alguns
historiadores, de "laicização da sociedade". Se a Igreja trazia até o fim da Idade Média a
hegemonia dos estudos e da explicação dos fenômenos relacionados à vida, a ciência
tomou a frente deste processo, fazendo da Igreja e do pensamento religioso razão de ser
dos estudos científicos.
No século XIX (anos 1800) a ciência passou a ter uma importância fundamental. Parecia
que tudo só tinha explicação através da ciência. Como se o que não fosse científico não
correspondesse a verdade. Se Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Giordano Bruno, entre
outros, foram perseguidos pela Igreja, em função de suas idéias sobre as coisas do
mundo, o século XIX serviu como referência de desenvolvimento do conhecimento
científico em todas as áreas. Na sociologia Augusto Comte desenvolveu sua explicação
de sociedade, criando o Positivismo, vindo logo após outros pensadores; na economia,
Karl Marx procurou explicar a relações sociais através das questões econômicas,
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resultando no Materialismo-Dialético; Charles Darwin revolucionou a Antropologia,


ferindo os dogmas sacralizados pela religião, com a Teoria da Hereditariedade das
Espécies ou Teoria da Evolução. A ciência passou a assumir uma posição quase que
religiosa diante das explicações dos fenômenos sociais, biológicos, antropológicos, físicos
e naturais.

1.3. A Neutralidade Científica

É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, é necessário
que o pesquisador mantenha uma certa distância emocional do assunto abordado. Mas
será isso possível? Seria possível um padre, ao analisar a evolução histórica da Igreja,
manter-se afastado de sua própria história de vida? Ou ao contrário, um pesquisador ateu
abordar um tema religioso sem um conseqüente envolvimento ideológico nos caminhos
de sua pesquisa?
Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta
realidade pode nos preparar para trabalhar esta variável de forma que os resultados da
pesquisa não sofram interferências além das esperadas. É preciso que o pesquisador
tenha consciência da possibilidade de interferência de sua formação moral, religiosa,
cultural e de sua carga de valores para que os resultados da pesquisa não sejam
influenciados por eles além do aceitável.

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2. TIPOS DE CONHECIMENTOS
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm

Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno


qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos
em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das
leituras de livros e artigos diversos.
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e
transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por
diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes
de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias
experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos
permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.
Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana,
permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos
fenômenos que nos cerca.
Existem diferentes tipos de conhecimentos:

2.1. Conhecimento empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum)


É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento
adquirido através de ações não planejadas.
Exemplo: A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a
porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.

2.2. Conhecimento filosófico

É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre


fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do
universo, ultrapassando os limites formais da ciência.

Exemplo: "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche)

2.3. Conhecimento teológico

Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser
confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende;
acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.
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2.4. Conhecimento científico

É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está


nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então
dizer que o Conhecimento Científico:

 É racional e objetivo.
 Atém-se aos fatos.
 Transcende aos fatos.
 É analítico.
 Requer exatidão e clareza.
 É comunicável.
 É verificável.
 Depende de investigação metódica.
 Busca e aplica leis.
 É explicativo.
 Pode fazer predições.
 É aberto.
 É útil.
(GALLIANO, 1979, p. 24-30).
Exemplo: Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a
respiração dos batráquios.

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3. A PESQUISA CIENTÍFICA

A elaboração de um trabalho científico, definido monografia ou outro tipo de trabalho


(Tese, TCC, Dissertação de Mestrado, etc.) exige do pesquisador iniciante um trabalho
intenso, tendo em vista a busca de uma ou mais resposta ao problema proposto. Essa
busca, que mais se assemelha a uma garimpagem intelectual denomina-se pesquisa.
É bem evidente que conhecimento, em geral, pode ser obtido de várias maneiras. O
camponês tem um conhecimento apropriado das plantas que cultiva, sabe a época de
plantar, de colher, etc. estas ações podem estar baseadas em conhecimentos aprendidos
por imitação, através da experiência pessoal ou de conhecimento internalizado pela
educação formal, transmitida por antecessores; pela tradição. Este homem pode, ainda,
possuir um conhecimento obtido por modo racional por transmissão e treinamento
apropriado conduzido pela ciência. Este agricultor sabe que o cultivo do mesmo tipo,
todos os anos viria a exaurir o solo, passando-se a cultivar diferentes tipos de plantações
para se evitar tal procedimento. Ainda no período feudal começou-se a cultivar duas
faixas de terra e deixar uma terceira para alternar a produção e consequentemente não
ocorrer a exaustão do solo. No início da Revolução Agrícola não se prende ao
aparecimento, no século XVIII, de melhores arados, enxadas e outros tipos de
maquinaria, mas à introdução, na segunda metade do século XVII, da cultura do nabo e
do trevo, pois seu plantio evitava o desperdício de se deixar a terra em repouso: seu
cultivo “revitalizava” o solo, permitindo o uso constante. O conhecimento científico tende a
aperfeiçoar e mudar, diante de novas descobertas, conceitos anteriores tidos como
verdadeiros.
Neste momento nós dispomos de duas categorias de informações na formação deste
conhecimento: O Conhecimento Popular (vulgar e empírico) e o Conhecimento Científico.
A pesquisa é classificada como científica quando satisfaz a determinadas condições. Seu
objeto deve ser perfeitamente definido de forma que possa ser reconhecível e identificável
por todos. O estudo deve acrescentar algo ao que já se sabe sobre o assunto e ser útil
como fonte de pesquisa, fornecendo elementos que permitam a verificação e a
contestação das hipóteses apresentadas, tendo em vista a sua continuidade.
Portanto, a pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada,
desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela
ciência.

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4. PESQUISA DE CAMPO
Se o pesquisador executa seu trabalho valendo-se de questionários aplicados ao objeto
de seu estudo, com a finalidade de coletar dados que lhe permitam responder ao
problema, a pesquisa é denominada de campo.

4.1. Fases da Pesquisa de Campo


Inicialmente devemos realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto em questão.
Tal estudo nos informará sobre a situação atual do problema, sobre os trabalhos já
realizados a respeito e sobre as opiniões reinantes; permitirá o estabelecimento de um
modelo teórico inicial de preferência, auxiliará no estabelecimento das variáveis e na
própria elaboração do plano geral de pesquisa.
Após a pesquisa bibliográfica prévia, de acordo com a natureza da pesquisa cumpre
determinar as técnicas de registro desses dados e as técnicas de sua análise posterior.

4.2. Pesquisa de laboratório


http://www.simpozio.ufsc.br
A pesquisa de laboratório é a que cria o contexto do objeto, ao mesmo tempo que
provoca os fenômenos e os observa.
Aplica-se a pesquisa de laboratório especialmente às ciências da natureza
destacadamente, à física e à química. Estende-se ainda à biologia, porque o campo desta
muito tem de físico e químico. A pesquisa de laboratório tem sucesso mesmo no estudo
dos animais de psiquismo inferior. Assim sendo, não está excluído o estudo laboratorial
do psiquismo das células humanas, tomadas em separado, ou mesmo em grupos,
inclusive de tecidos cultivados.
O laboratório traz a imediata vantagem de poder controlar toda a cronologia da pesquisa
desde o instante inicial do contexto.
Aumentada a causa, o laboratório poderá verificar se cresce o efeito. Diminuída a causa,
verá se houve decréscimo gradual do efeito. Retirada a causa, observará se o efeito
cessa de se oferecer.
As tábuas de indução (presença, grau e ausência) se aplicam mais sistematicamente na
pesquisa de laboratório. O mesmo sucederá com os demais métodos indutivos de
coincidência isolada. Tudo fica no perfeito controle do pesquisador, de sorte a criar uma
ciência objetiva e precisa em seus resultados.
As técnicas de pesquisa de laboratório são altamente complexas, em vistas de terem de
criar os novos contextos, além de controlar-lhes depois o novo comportamento. Números
e escalas, instrumentos de pesquisa, interpretação de dados, estatísticas são
desenvolvidos e sobretudo matematizados.
Não cabendo aqui o exame das técnicas, por se tratar da metodologia do fazer, é,
contudo o lugar de justificar seu uso complementar nos métodos de conhecimento. A
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perfeita pesquisa é a que se torna laboratorial, juntamente com todas as suas técnicas.
Não basta a pesquisa de campo, para conduzir os conhecimentos até a sua última
possibilidade. O laboratório, com suas técnicas, é o lugar mais próprio da investigação.

4.3. A pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica, no mais amplo sentido, é a busca do que existe em expressão


significante (ou em arte).
Aliás, a arte é uma expressão física, que expressa algo, e que intérprete alcança como
intencionalidade.
Enquanto expressa, a arte é importante meio de comunicação e de que se vale a
pesquisa.
Chama-se pesquisa bibliográfica principalmente a da expressão em forma de livro. Aliás
veio dali o nome ao método bibliográfico (do grego biblión = papel, livro, e grafikós =
gráfico).
Com os procedimentos eletrônicos, ampliou-se o campo da pesquisa bibliográfica.
A fisionomia do método bibliográfico é o da pesquisa de campo, porque procura o objeto
sem produzir seu contexto.
Divide-se a pesquisa bibliográfica em modalidades, tendo como ponto de vista desta
divisão ao objetivo em vista.
Num primeiro sentido, a pesquisa bibliográfica é a que tem por objetivo a bibliografia
estudada como arte. Colhendo as obras é que se estudam as artes, como a pintura, a
música, a escultura, a arquitetura, os símbolos, a linguagem, o teatro, o cinema, a
literatura, o jornalismo, etc.
Num outro sentido, a pesquisa bibliográfica é a que tem por finalidade o conteúdo
expresso, em especial os temas da ciência e da filosofia.
Requerem maior pesquisa bibliográfica as ciências humanas e sociais, porque é em forma
de texto literário que se fixam os documentos, as entrevistas e os formulários.
Também nos setores por fora das ciências humanas e sociais, a pesquisa bibliográfica
apresenta vantagens. Determina o estudo atual de qualquer problema examinado pelos
pesquisadores até o presente. Desenvolve-se, portanto, ao lado da pesquisa de campo e
da de laboratório.
Estabelecido um projeto de pesquisa científica, com suas diferentes fases de execução,
há também o item, que recomenda a pesquisa bibliográfica. Ela constitui o instrumento
mais adequado para a determinação do estágio em que atualmente se encontram os
problemas.
Não se confunde a pesquisa bibliográfica com as técnicas bibliográficas, estas são
maneiras de manejar com a linguagem dos livros, como citações, notas, abreviações,
gráficos, ilustrações.

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5. ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA


http://geocities.yahoo.com.br/momentoscomjesuss/conhecimento.htm

O projeto de pesquisa visa à ordenação de uma pesquisa científica de tal maneira que
viabilizem sua execução. o alcance do assunto pesquisado será determinado por alguns
parâmetros científicos, que servirão de guia para o pesquisador expor suas reflexões de
forma racional e compreensível.
A pesquisa científica precisa ser planejada antes da sua execução. Lakatos defende que
o projeto a partir de uma das etapas componentes do processo de elaboração, é a
execução e a apresentação da pesquisa, sendo esse planejamento realizado com
extremo rigor; pois poderá levar o pesquisador para caminhos em que encontrará
dificuldades para solucionar ou apresentar uma solução condizente e com seu raciocínio.
portanto é imprescindível a elaboração de um projeto de pesquisa como ponto de partida
para o trabalho científico.
Não se pode abandonar os preceitos teóricos que cercam uma investigação científica.
todo o processo exige uma comprovação dos dados apresentados e detalhamento do
raciocínio do pesquisador para evidenciar sua proposta de deixar claro, desde o projeto,
quais são os objetivos, a determinação do problema da pesquisa, a hipótese de que a
elaboração do relatório final.
Antes da redação de um projeto de pesquisa, é importante que se faça uma pesquisa
inicial para colher informações sobre o assunto a ser pesquisado. e isso beneficia o
pesquisador, uma vez que aprimora seu conhecimento acerca do assunto e apresenta a
qual o estágio de desenvolvimento e em que se encontram bem como uma melhora no
ordenamento de sua proposta.
Antes da execução de qualquer atividade, é necessário à realização de um planejamento.
no entanto, muitos pesquisadores acham que isso pode ser dispensado o que as
dificuldades para a elaboração de um projeto de pesquisa podem desmotivá-los. somente
a experiência lhes mostra que uma pesquisa iniciada sem projeto implica ações do tipo
tentativa e erro, que não deixa opções para eles vencerem os obstáculos que surgem e,
nem tão pouco, permitem demonstrar a clareza de seu objetivo e as razões para sua
pesquisa. isso os torna inseguros e reduplica seu esforço inicial, uma vez que cada
barreira representar uma retomada do passo anterior, se definição do que está sendo
realizado.
Em suma, o projeto de pesquisa da ao pesquisador a oportunidade de conciliar os mais
diferentes elementos que cercam uma pesquisa científica e, ao mesmo tempo, torna
possível a identificação de prováveis obstáculos no transcorrer dessa investigação. além
disso, oferece soluções possíveis por intermédio da determinação de preceitos
metodológicos e da e especificação dos parâmetros intrínsecos ao assunto, isto é, da
definição do termos da pesquisa que evidencia o significado destes para aquela.

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Verificando a literatura que trata da elaboração de um projeto de pesquisa, é possível


verificar que há diversas propostas para tal realização e alguns pontos apresentados são
coincidentes.
Na proposta aqui apresentada, procura se evidenciar alguns dos mais significativos itens
de um projeto de pesquisa, de maneira a tornar a elaboração objetivo a, clara e de fácil
compreensão tanto para o pesquisador quanto para o orientador da pesquisa.

5.1. Estrutura do Projeto de Pesquisa

Apesar de haver uma série de formulações de projeto de pesquisa é, preciso que o


pesquisador saiba que a estrutura apresentada tem sido utilizada nos últimos anos com
grande aproveitamento por grande parte dos pesquisadores orientados pelos professores
deste livro.
A critério do orientador, o projeto de pesquisa pode incluir ou suprimir alguns elementos,
para que ocorra uma aproximação do projeto com um assunto da pesquisa.
Durante a elaboração da redação do projeto ou de qualquer pesquisa científica, a
linguagem empregada deve ser impessoal, é evitando o uso de termos como: ‘eu acho’;
‘meu/minha’; ‘e mostro com isso que...’ e 'a pesquisa mostra que...’

5.1.1. Escolha do Tema

Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de
pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em
consideração nesta escolha:

5.1.1.1. Fatores internos

Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal: Para se


trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do
tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um
assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e
sofrimento.
Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa: Na escolha do tema
temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir
para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no
nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa.
O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido: É preciso
que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar
num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos
temas relacionados a esta área.
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5.1.1.2 - Fatores Externos

A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores


acadêmicos e sociais: Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não
executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito
que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a
sociedade em geral.
O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho: Quando a instituição
determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos
enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido
deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.
Material de consulta e dados necessários ao pesquisador: Um outro problema na
escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema
escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para
consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que
necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a
realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo
institucional não seja ultrapassado.

5.1.2. Levantamento ou Revisão de Literatura

O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a


disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa.
Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes.
Sugestões para o Levantamento de Literatura
Locais de coletas: Determine com antecedência que bibliotecas, agências
governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser
procurados.
Registro de documentos: Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de
xerox, fotografias ou outro meio qualquer.
Organização: Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua
pesquisa.
O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:
Nível geral do tema a ser tratado: Relação de todas as obras ou documentos sobre o
assunto.
Nível específico a ser tratado: Relação somente das obras ou documentos que
contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado.

5.1.3. Problema
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O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o


tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será
confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo
próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um
questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar
um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta.
Particularmente, prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmação.

Exemplo:
Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça.
Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade.

5.1.4. Hipótese

Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica


(uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para
pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa,
então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.
Exemplo: (em relação ao Problema definido acima)
Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as
mulheres dos processos decisórios.

5.1.5. Justificativa

A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o


convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema
escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma importância, para a
sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a
Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no
trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou
justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.

5.1.6. Objetivos
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A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização
do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.
Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos,
mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram
desnecessário dividir os Objetivos em categorias.
Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no
infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro,
demonstrar alguma coisa etc.

5.1.7. Metodologia

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação


desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário,
entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho,
das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no
trabalho de pesquisa.

5.1.8. Cronograma

O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de


acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos
a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do
trabalho.
Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses,
bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo
adotados por cada pesquisador.

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Exemplo:

ATIVIDADES / PERÍODOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 Levantamento de literatura X
2 Montagem do Projeto X
3 Coleta de dados X X X
4 Tratamento dos dados X X X X
5 Elaboração do Relatório Final X X X
6 Revisão do texto X
7 Entrega do trabalho X

5.1.9. Recursos

Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não


necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos
quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de
Pesquisa.
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material
de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de
organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o
Projeto.

5.1.10. Material permanente

São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido
como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa.
Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc.

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Exemplo:

ITEM CUSTO (R$)


Computador 1.700,00
Impressora 500,00
Scanner 400,00
Mesa para o computador 300,00
Cadeira para a mesa 200,00
TOTAL: 3.100,00

5.1.11. Material de Consumo

São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido
como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa.
Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc.

Exemplo:

ITEM CUSTO (R$)


10 caixas de disquete para computador 100,00
10 resmas de papel tipo A4 200,00
10 cartuchos de tinta para impressora 650,00
TOTAL: 950,00

5.1.12. Pessoal
É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos.

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Exemplo:
CUSTO MENSAL CUSTO TOTAL (R$)
ITEM
(R$) (10 meses)
1 estagiário pesquisador 500,00 5.000,00
1 datilógrafo 200,00 2.000,00
1 revisor 2.000,00
Impostos incidentes (hipotético) 4.000,00
TOTAL: 700,00 13.000,00

5.1.13. Anexos

Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum
documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica
a critério do autor da pesquisa.

5.1.14. Referências

As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item


obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação
consultados no Levantamento de Literatura.
Exemplos para elaboração das Referências, segundo as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT para elaboração das Referências estão
expressas no Anexo 1 deste trabalho.

5.1.15. Glossário

São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual
leitor, acompanhadas de definição.
Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da pesquisa, caso
haja necessidade de explicar termos que possam gerar equívocos de interpretação por
parte do leitor.

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5.1.16. Esquema do Trabalho

Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho que é uma


espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final da pesquisa. O
Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de
um esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do
trabalho. Quando conseguimos dividir o tema genérico em pequenas partes, ou itens,
poderemos redigir sobre cada uma das partes, facilitando significativamente o
desenvolvimento do texto.
Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho final.
Exemplo:
Título: Educação da Mulher: a perpetuação da injustiça
1 INTRODUÇÃO
2 HISTÓRICO DO PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE
3 O PODER DA RELIGIÃO
3.1 O mito de Lilith/Eva
3.2 O mito da Virgem Maria
4 O PROCESSO DE EDUCAÇÃO
5 O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA
5.1 A questão da maternidade
5.2 Direitos e deveres
5.3 A moral da família
5.4 Casamento: um bom negócio
5.5 A violência
6 UM CAPÍTULO MASCULINO
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Resumindo...

Um Projeto de pesquisa, então deveria ter as seguintes características:


1 - Introdução (obrigatório)
2 - Levantamento de Literatura (obrigatório)
3 - Problema (obrigatório)
4 - Hipótese (obrigatório)
5 - Objetivos (obrigatório)
6 - Justificativa (obrigatório)
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7 - Metodologia (obrigatório)
8 - Cronograma (se achar necessário)
9 - Recursos (se achar necessário)
10 - Anexos (se achar necessário)
11 - Referências (obrigatório)
12 - Glossário (se achar necessário)

Observação: O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter:


Capa ou Falsa Folha de Rosto (obrigatório);
Folha de Rosto (obrigatório);
Sumário (obrigatório);
Texto do projeto (baseado nas características enunciadas acima) (obrigatório);
Referências (obrigatório);
Capa (se quiser).

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ORIENTAÇÃO PARA ESTUDO

Visando auxiliar na sua compreensão e no seu crescimento intelectual, achamos


necessário apresentar algumas dicas, simples, mas de extrema importância para um bom
aproveitamento de estudos.
1. Leia a primeira vez para conhecer o conteúdo;
2. Releia, lentamente, parágrafo por parágrafo;
3. Grife as palavras desconhecidas e procure o seu significado no dicionário;
4. Sintetize, oralmente, o que leu;
5. Responda às perguntas porventura existentes no final do texto.

Perguntas
1- Qual foi a importância do desenvolvimento da ciência para a vida do ser humano?
2- Comente sobre a evolução do conhecimento.
3- Quando e porque surgiu o método científico?
4- Comente sobre os tipos de conhecimento.
5- Discorra sobre os vários tipos de pesquisa, explicitando a importância de cada uma.
6- Qual o objetivo de um projeto de pesquisa?
7- Você concorda que o desenvolvimento de diversas pesquisas científicas pode auxiliar
no progresso da educação no nosso país? Por quê?

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ANEXOS

ANEXO 1

EXERCÍCIO SOBRE O PROJETO DE PESQUISA

Tema:

Problema:

Hipótese

Objetivos

Objetivo geral:

Objetivos específicos:

Justificativas

Justificativa teórica:

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Justificativa prática:

Justificativa pessoal:

Fundamentação teórica:

Adequação metodológica:

Cronograma:

Referências iniciais:

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ANEXO 2

EXERCÍCIO SOBRE O PLANO PROVISÓRIO

1 INTRODUÇÃO Pág
.
2
2.1
2.2
3
3.1
3.2
4
4.1
4.2
.....
5
5.1
5.2
.....
.....
.....

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

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ANEXO 3

MODELO DE PROJETO DE PESQUISA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA BAHIA

NOME DO AUTOR DO TRABALHO

TÍTULO DO TRABALHO
SUBTÍTULO DO TRABALHO (SE HOUVER)
(PROJETO DE PESQUISA)

Salvador
2009
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NOME DO AUTOR DO TRABALHO

TÍTULO DO TRABALHO
SUBTÍTULO DO TRABALHO (SE HOUVER)

Projeto de Pesquisa apresentado à


Faculdade de Ciências da Bahia como
requisito para a conclusão do curso de
Pós-graduação em Psicopedagogia.

Orientadora: profª Mestre Célia Melo

Salvador
2009

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Espaço está reservado para a lista de ilustrações (se houver).

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Espaço está reservado para a lista de tabelas (se houver).

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Espaço está reservado para a lista de abreviaturas e siglas (se houver).

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Espaço está reservado para a lista de símbolos (se houver).

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 TEMA E PROBLEMA

3 HIPÓTESE

4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

5 JUSTIFICATIVAS
5.1 JUSTIFICATIVA TEÓRICA
5.2 JUSTIFICATIVA SOCIAL
5.3 JUSTIFICATIVA PESSOAL

7 REFERENCIAL TEÓRICO

8 METODOLOGIA E RECURSOS

6 CRONOGRAMA

REFERÊNCIAS

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REFERENCIAS

ALMEIDA JR., João Baptista de. O estudo como forma de pesquisa. CARVALHO, Maria
Cecília M. de (Org.). Construindo o saber – Metodologia científica: fundamentos e técnicas.
15ª ed., Campinas: Papirus, 2003.

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras. 11ª ed., São
Paulo: Brasiliense,1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e


documentação: referencias: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

_____. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação.


Rio de Janeiro, 2002.

_____. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio


de Janeiro, 2002.

ASTI VERA, Armando. Metodologia da Pesquisa científica, Ed. Globo: Porto Alegre.
1976.

ECO, Humberto. Como se faz uma tese. 18ª ed., São Paulo: Perspectiva, 2003.

FURLAN, Irma Vera. O estudo de textos teóricos. CARVALHO, Maria Cecília M. de (Org.).
Construindo o saber – Metodologia científica: fundamentos e técnicas. 15ª ed., Campinas:
Papirus, 2003.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2002.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e


iniciação à pesquisa. 23ª ed., Rio de Janeiro: Vozes, 1997.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica, Ed. Atlas: São Paulo, 1983.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: Guia para eficiência nos Estudos. Ed. Atlas:
São Paulo, 1985.

33
BIBLIOTECAS VIRTUAIS

www.dominiopublico.gov.br
www.ebooksbrasil.com
www.bibvirt.futuro.usp.br
www.virtualbooks.terra.com.br
www.cultvox.com.br
www.scielo.com
www.projetodetonando.com.br
www.dialnet.com
(em espanhol)
www.cervantesvirtual (em espanhol)
www.pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm
www.simpozio.ufsc.br
http://geocities.yahoo.com.br/momentoscomjesuss/conhecimento.htm

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