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O aborto realmente reduz a criminalidade?

by Steve Sailer
Tradução livre: Sandra Katzman
Fonte: United Press International; 16 de abril1 de 2001

Ao legalizar o aborto em 1973, será que a Corte Suprema também diminuiu a taxa de crime
americana durante o final dos anos 90? Os professores Steven D. Levitt da Universidade de Chicago
e John J. Donohue III da Universidade de Stanford acham que sim. No "Quarterly Journal of
Economics" (Revista Trimestral de Economia), eles argumentam que abortar os milhões de fetos
"indesejados" nos anos 70 significou que o bebês "desejados" que tiveram a permissão para nascer
tinham menos probabilidade de tornarem-se assassinos cruéis nos anos 90. Assim, eles atribuem
mais da metade da queda recente nos índices de criminalidade à legalização do aborto.
Este é um argumento corajoso. Ele perturba os pró-escolha, que não querem uma discussão
pública sobre uma das razões pelas quais algumas pessoas apoiam a legalização do aborto: eles
enchergam-no como "pena de morte pré-natal", uma forma de selecionar pela eugenia os
"indesejáveis". Já que os negros sofrem três vezes mais abortos per capita do que os brancos, esta
razão para apoiar o aborto legal é particularmente atraente aos racistas brancos sem religião.
A idéia de Levitt e Donohue também revolta os pró-vida, que queixam-se que o rei Herodes
usou uma lógica parecida ao ordenar a matança de milhares de bebês durante sua tentativa mal
sucedida de eliminar a ameaça ao seu governo pelo menino Jesus.
É claro, como cientistas sociais, Levitt e Donohue têm uma obrigação de seguir a verdade onde
quer que ela os leve. Mesmo assim, só porque a teoria de Levitt e Donohue é corajosa não significa
que ela seja verdadeira.
Quando vazou a informação em 1999 de que os dois estudiosos estavam divulgando sua teoria
em seminários académicos, muitos comentaristas reagiram emocionalmente. Já que moralizar é
fácil, enquanto que analisar é difícil, quase todos os sábios simplesmente assumiram que a
publicação preliminar de 63 páginas, altamente estatística, de Levitt e Donohue, estava correta, e
então passaram a conversar sobre o "significado disso tudo".
Afinal, a teoria baseia-se em duas idéias que soam plausíveis. Primeiro, fetos "indesejados" têm
presumidamente mais probabilidade de cometer crimes quando eles crescerem, assim, permitir que
suas mães livrem-se deles deve, afinal, reduzir o crime.
Mesmo assim, a evidência para isto é extremamente instável. Na verdade, Levitt e Donohue
mencionam evidências sugerindo que 60-75% de todos os fetos abortados nos anos 70 jamais
seriam concebidos caso a legalização do aborto não tivesse diminuído os custos de concepções
descuidadas.
Roe x Wade não reduziu a taxa de ilegitimidade, o que acredita-se amplamente contribuir para
o crime. Na verdade, a ilegitimidade subiu em linha reta de 5% em 1962 para 33% dos bebês
nascidos atualmente. A legalização do aborto não teve nenhum efeito visível que fosse nesta
tendência desastrosa. Só no clima cultural mais conservativo dos anos 90 foi que a taxa de
ilegitimidade começou a estagnar -- e ao mesmo tempo o número de abortos também diminuiu.
Segundo, Levitt e Donohue indicam que a taxa de crimes começou a cair cerca de 18-20 anos
depois de Roe x Wade em 1973. Entretanto, este raciocínio também sugere que estes mesmos
indivíduos nascidos depois de 1973 deveriam ter crescido e se transformado especialmente em
adolescentes respeitadores da lei no começo dos anos 90. Será que isso aconteceu?
Não. Pelo contrário, esta geração nascida depois de Roe x Wade foi responsável pela pior farra
homicida de jovens na história americana. De acordo com as estatísticas do FBI, a taxa de
homicídio em 1993 para jovens de 14-17 anos de idade (que nasceram no ponto alto dos anos do
aborto de 1975-1979) foi um número aterrador 3.6 vezes maior do que dos jovens de 14-17 anos em
1984 (que nasceram nos anos que antecederam a legalização de 1966-1970). Num contraste
dramático, no mesmo período, a taxa de homicídio para jovens acima de 25 anos (todos nascidos
antes da legalização) caiu em 6%.
E sobre os rapazes negros? A teoria de Levitt e Donohue sugere que o comportamento deles
deve ser mais "beneficiado" do que o comportamento dos brancos em razão do aborto. -- Pelo
contrário, a taxa de homicídios entre eles cresceu num número apocalíptico de 5.1 vezes mais de
1984 a 1993.
Claramente, qualquer que seja o efeito que o aborto teve na taxa de homicídios, ele foi
absolutamente afogado pelas guerras de cocaína e crack. Levitt me enviou um email dizendo:
"Existe pouca dúvida de que o crack seja a força principal responsável pela disparada sem
precedentes nos homicídios entre os jovens no final dos anos 80, especialmente entre os afro-
americanos".
Levitt, implicitamente, levanta uma questão interessante ao dizer, "Além do mais, o lugares
onde o aborto é alto, como Nova York e California, tendem a ter um problema de crack maior, e
tendem a ter o problema do crack mais cedo". Então, por que as cidades que tiveram muitos abortos
legais nos anos 70 tiveram muitos homicidios por causa do crack 14 a 17 anos mais tarde?
A resposta mais obvia é que os políticos liberais e as atitudes sociais permissivas que tornaram
o aborto legal popular em lugares como Nova York, Los Angeles, e Washington D.C. também
contribuiram para a epidemia de crack. Por exemplo, D.C. possuiu a taxa de aborto mais alta nos
Estados Unidos e, nos últimos anos, um prefeito popular, Marion Barry, que também era um
viciado em crack.
Mas também é possível que a própria legalização do aborto tenha ajudado a por fogo na
carnificina dos anos do crack. Por que, então, tanto a taxa de aborto como a taxa de ilegitimidade
subiram às nuvens durante os anos 70? Uma resposta para isto pode ser porque a legalização do
aborto acabou com o casamento tradicional. Previamente, a pílula tinha mudado a responsabilidade
de não ficar grávida do homem para a mulher. Depois, o aborto legal liberou o jovem engravidador
do dever costumeiro de transformar sua namorada em uma mulher honesta.
Mais especulativo, mas também mais aterrador, a revolução nas atitudes sociais que isentaram a
eliminação da pessoa por nascer pode também ter ajudado a convencer os jovens violentos de que
eles poderiam ser isentados por eliminar as pessoas nascidas.

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