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AMÍLCAR CABRAL... O FAZEDOR DE UTOPIAS...

... Jurei a mim mesmo que tenho que dar a minha vida, toda a minha
energia, toda a minha coragem, toda a capacidade que posso ter como homem, até
ao dia em que morrer, ao serviço do meu povo, na Guiné e Cabo Verde. Ao serviço
da causa da humanidade, para dar a minha contribuição, na medida do possível,
para a vida do homem se tornar melhor no mundo. Este é que é o meu trabalho.

CABRAL, O HOMEM, O POETA, E O LIDER

“Amílcar Cabral nasceu guineense e cabo-verdiano, numa generosidade pan-africana


que, paradoxalmente, haveria de ser a sua desgraça. Foi uma das figuras mis
interesantes do século XX, uma espécie de melhorada (muito melhora) de Che Guerra
africano. O facto de o seu nome e de a sua obra dizerem hoje tão pouco ás novas
gerações de intelectuais africanos, e de ser paraticamente desconhecido fora do
contimente, afigura-se uma enorme injustiça.”

Filho de Juvenal Cabral e Iva Pinhel Évora, nasce, a 12 de Setembro de 1924 em


Bafatá, na Guiné-Bissau. Feita a instrução primaria, segiu para São Vicente (Cabo
Verde) onde frequentou o ensino inicial (Liceu) que na altura não existia na Guiné. Em
1945, Obtém a primeira bolsa de estudos do Liceu de Cabo Verde por distinção e
segunda da Missão dos Estudantes do Ultramar, por concurso.
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Começa estudos universitários em Lisboa, no Instituto Superior de Agronomia, é


precisamente nesse periodo de estudante que conhece a sua primeira mulher, Maria
Helena de Ataíde Vilhena Rodrigues.
De referir que durante a noite, dá aulas de alfabetização a operários da zona de
Alcântara. Termina o curso de Agronomia com elevadas classificações (17 valores
numa escalo de 0-18) com uma tese final sobre “A erosão dos solos agrícolas, apartir
de uma investigação do conselho alentejano de Cuba.”
Com bolsa do Ministério do Ultramar, realiza estágios como engenheiro agrónomo e
engenheiro agrónomo colonial. É classificado com 18 valores. Membro (estagiário) das
Brigadas dos Solos de Santarém da Estação Agronómica Nacional (Portugal).
Mas a sua passagem por Lisboa, não se limitaria apenas ao curso universitaria, luta
contra o Fascismo ao lado das forças democraticas Portuguesas. Militante do
Movimento de Unidade Democrático da Juventude (MUDJuvenil), de que se afasta por
a organização não tomar posição perante o problema colonial. Presidente do Comité da
Cultura "Casa dos Estudantes do Império" (CEI).

Em 1951, juntamente com outros futuros dirigentes revolucionarios africanos


(Francisco José Tenreiro e Mário Pinto de Andrade), cria o Centro de Estudos Africanos
em Lisboa.), a criação do Centro de Estudos Africanos em Lisboa.) cujo o programa de
reafricanização dos espiritos contra a politica de asimilação e despersonalização levada
ao cabo por colonialismo Portugués, exerse uma emorne influência na constituição mais
tarde nas organizações politicas que dirigiram a luta de libertação das colonias
africanas. Casa, a 20 de Dezembro, com Maria Helena Vilhena Rodrigues.A 20 de
Março de 1952, morre o seu pai Juvenal Cabral. Contratado pelo Ministério do Ultramar
para adjunto dos serviços agrícolas e florestais, chega a 20 de Setembro a Bissau, os
dois anos que passou no recenciamento agricula da Guiné como engenheiro agrónomo,
permiten-lhe conhecer palmo a palmo a realidade viva do seu país, e os necanismo de
exploração do seu povo, é nessa altura que cria em Bissau um grupo desportivo, onde
desenvolve uma acão de caracter cultural e politico, por esta altura já estava sob forte
vigilancias das autoridades do imperio, a Associação que havia criado, é proibida e
Amílcar Cabral é obrigado a abandonar a Guiné.

Viaja primeiramente para o Senegal, onde assiste como delegado do governo português
à Conferência "Arachide-Mils" em Bambey. É por essa altura que é consumado o
“divorcio” entre Cabral e as autoridades colonial. Amílcar ruma então para Angola,
onde realiza trabalhos agronómicos em Angola. Mas ao mesmo tempo parcipa em
varios movimentos de subversão ao Imperio Portugués, entre os quais: Fundação, com
Viriato da Cruz e outros africanos, do Partido da Luta Unida dos Africanos de
Angola (PLUA) Participação na elaboração dos documentos enviados à ONU com
vista a servirem de base à discussão do caso português.
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Os finais da decada de 50, revelam-se de extrema importancia para os planos futuros de


Cabral, sem o imaginar o Imperio Colonial Portugués, havia encontrado na “pessoa” de
Amílcar, o seu derrareiro desafio, alias a influencia deste lider africano, é sentida não só
pelo imperio Portugués, mas como os outros, já que a sua influencia se fez “sentir” por
todas as colonias africanas.
Em 19 de Setembro de 1959, numa reunião clandistina realizada em Bissau, Cabral e
(seu irmão) Luis Cabral, Aristides Pereira, julio de Almeida, Fernando Fortes, e Elisée
Turbin fundan o PARTIDO AFRICANO PARA INDEPENDENCIA DA GUINÉ E DO
CABO VERDE (PAIGC).
O Partido tinha como principais objectivos:

A liquidação da dominação colonial portuguesa;


A criação de bases indispensáveis para a construção de uma vida nova para
os povos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde;
A construção da paz, do bem-estar e do progresso contínuo do povo da
Guiné--Bissau e de Cabo Verde:

Dois meses depois participa em Lunada (Capital de Angola) da criação do


MOVIMENTO POPULRAR PARA A LIBERTAÇÃO DA ANGOLA (MPLA).
Entre a criação dos dois movimentos acimas referenciadas, Amílcar ainda esteve
envolvido em diversas actividades.
Nas suas estadas em Portugal, divulga, entre os estudantes africanos, a ideia da
necessidade de criar em Portugal uma organização para a luta contra o colonialismo
português. Funda, com Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Lúcio Lara, Marcelino
dos Santos e outros, e por inspiração do MPLA e do PAI, o Movimento pela Libertação
dos Povos das Colónias Portuguesas (MLPCP).
 Com outros camaradas, estabelece as bases para a união do MPLA com a União
das
 Populações de Angola (UPA).
 Colaborador Extraordinário da Junta de Investigação do Ultramar (Lisboa).
 Colaborador do professor J.V. Botelho na cadeira de Conservação do Solo do
Instituto
 Superior de Agronomia (Lisboa) para os estudos do solo de Angola.
 Colaborador permanente do professor Arie L. Azevedo na cadeira de Agricultura
Tropical Solo do Instituto Superior de Agronomia (Lisboa) para os estudos da
tecnologia do solo em certas regiões de Angola.
 Assistente permanente do professor C. M. Baeta Neves na cadeira de
Entomologia Agrícola do Instituto Superior de Agronomia (Lisboa).
 Membro efectivo da Sociedade de Ciências Agronómicas (Lisboa)
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À 3 de Agosto de 1959 - Uma manifestação dos trabalhadores do porto de Bissau, (que


reclamavam por melhores condições de trabalho e salario) é violentamente reprimida
pelas tropas coloniais. Cerca de 50 mortos e uma centena de feridos marcam o
“massacre de Pidjiguiti “ para Cabral e seus pares, este “banho de sangué”, mostra a
impossiblidade da luta contra o colonialismopor meios pacificos, é convocado a célebre
reunião de quatro em o partido decidiu mudar de estratégia: ordenou que acabassem as
confrotações directas nasgrandes cidades, as quais implicariam a perda de vidas
humanas, e aconselhou os seus homens a retirarem-se de Bissau e a procurarem refúgio
nos paises fronteiriços, como Senegal e a Guiné – Conacri, onde deveriam organizar-se
para dar inicio à guerra anticononial.

Em 4 de Setembro de 1961, os Angolanos, iniciam a sua luta de libertação nacional.


Durante este periodo Amílcar Cabral desencadeia um processo de informação a nivel
internacional sobre a realidade dos Guineenses sob dominio Portugués. Em meados de
62, a “voz” do povo da Guiné, atraves do Cabral chega as Nações Unidas, Amílcar
apresenta em nove do PAIGC, um trabalho profundo de analíses e critica ao colonilismo
Portugués. Malogradas as tentativas dedialgo como governo de Lisboa, conquistado os
camponese para causa da independencia, à 23 de janeiro de 1963 tem início a luta
armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da
Guiné-Bissau, a partir de bases na Guiné-Conacri. Objectivo, a liquidação da dominação
Portuguesa,ou de qualquer outra especie de dominação colonialista ou imperialista, na
Guiné e Cabo Verde. Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho
Neto e Marcelino dos Santos, é recebido pelo Papa Paulo VI em audiência privada. Em
21 de novembro do mesmo ano, o Governador Português da Guiné-Bissau determina o
início da operação "Mar Verde", com a finalidade de capturar ou mesmo eliminar os
líderes do PAIGC, então aquartelados em Conacri. A operação não teve sucesso.
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A guerra contra o dominio Portugués haveria de durar 11 anos, a Guiné foi talvez o
conflito mais complicado para Portugal em termos bélicos e, com o decorrer da guerra,
a derrota Portuguesa avizinhava-se. A guerra de libertação inicia-se em 1963, tendo, a
guerrilha do PAIGC rapidamente alargado as frentes de combate e ocupado e
administrado, em 1968, cerca de 2/3 do território. Política e militarmente bem
organizado, o PAIGC conquistou um capital de simpatia importante nos fóruns
internacionais e em países como a Suécia, URSS, China, Marrocos e Guiné-Conakry,
nos meios intelectuais e junto de diversas forças sociais e políticas e da juventude dos
países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, o que permitiu obter apoios materiais
e logísticos decisivos e importantes vitórias diplomáticas como as intervenções de
Amílcar Cabral na Comissão de Descolonização da ONU e a audiência conjunta
concedida pelo Papa Paulo VI, no Vaticano, aos líderes da FRELIMO, do MPLA e do
PAIGC. A Guiné-Bissau foi à primeira colónia portuguesa a proclamar a independência,
no dia 24 de Setembro de 1973, só reconhecida por Portugal a 11 de Setembro de 1974,
com o apoio de 72 países, mais do que aqueles com os quais Portugal mantinha relações
diplomáticas. Uma semana depois, a ONU aprovava uma resolução na qual considerava
Portugal potência ocupante e convidava a retirar-se daquele país.

Considerado o "pai" da nacionalidade cabo-verdiana, Amílcar Cabral foi um dos mais


carismáticos líderes africanos cuja acção não se limitou ao plano político mas
desempenhou um importante papel cultural tanto em Cabo Verde como na Guiné-
Bissau.
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TEMPOS DA UNIVERSIDADE

Em 1945, Amilcar é
contemplado, por concurso, com
uma bolsa de estudos para
Portugal, atribuída pela Casa dos
Estudantes do Império. E ainda
no final deste ano parte para
Lisboa, Portugal, onde passa a
viver , tornando-se, em 1949,
um dos dirigentes da CEI.

Sem tempo para se dedicar ao


seu desporto preferido (futebol),
segundo crónicas, tanto deu nas
vistas na equipa de agronomia
que caso tivesse querido poderia
ter feito carreira, pois declinou
um convite do Benfica para que
ingressasse no clube.

Durante os anos de estudo um


irresistível apelo o toma : era
necessário o regresso a África. Não só pela família que ama mas porque : “milhões de
indivíduos têm necessidade da minha contribuição na luta difícil que travam
contra a natureza e os próprios homens (...) Lá, em África, apesar das cidades
modernas e belas da costa, há ainda milhares de seres humanos que vivem nas
profundas trevas.” Em 1949, escrevera : “ Vivo intensamente a vida e dela extraí
experiências que me deram uma direcção, uma via que devo seguir, sejam quais
forem as perdas pessoais que isso me ocasione. Eis a razão de ser da minha vida”.
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CABRAL, O POETA

Amílcar, tinha 17 anos e frequentava o liceu no Mindelo. Não se sente ainda com
capacidade para auxiliar o pai na cruzada em favor de Cabo Verde. Mas já conhece
todos os problemas que afectam a sua terra, porque o pai, desde cedo, o consciencializa.
Todavia, Amílcar é, nessa altura, Larbac. Assim assina os poemas de amor que escreve:
Quando Cupido acerta no alvo, Devaneios, Arte de Minerva, entre outros. Os temas
denotam influências clássicas. Os poetas que conhece do liceu são os inspiradores:
Gonçalves Crespo, Guerra Junqueiro, Casimiro de Abreu, por exemplo. O lirismo de
Amílcar (Larbac é anagrama de Cabral) não se evidencia pela originalidade. Revela,
porém, a sua sensibilidade amorosa. Esse romantismo passa para a sua prosa de
adolescente, os contos, notas e comentários onde se vislumbra já um seguro
conhecimento e um desejo de participação no universo insular em que vive.

ILHA
Tu vives, mãe adormecida,
nua e esquecida, seca, fustigada pelos ventos,
ao som de músicas sem música,
das águas que nos prendem…
Ilha:
teus montes e teus vales
não sentiram passar os tempos
e ficaram no mundo dos teus sonhos
os sonhos dos teus filhos
a clamar aos ventos que passam,
e às aves que voam, livres, as tuas ânsias!
Ilha:
colina sem fim de terra vermelha
terra dura, rochas escarpadas tapando os horizontes,
mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!

Um poema de Amílcar Cabral - Praia, - Cabo Verde, 1945


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O FIM PRECOSE, DE UM LIDER E COM ELE VÁRIOS SONHOS...

“Um MÊS ANTES DO ASSASSINIO DE AMÍLCAR CABRAL, Lilica Boal,


professora cabo-verdiana na Escola-Piloto, em Conacri, tinha recebido a noticia da
morte de um tio seu. O lider (Cabral tinha um constante precupação com estado anímico
dos seus homens) foi ter com ela e as palavras que usou para a consolar, “agora que
falta tão pouco tempo para agente chegar”, expressam admiravelmente bem o seu
próprio estado de espírito quando, em finais do ano de 1973, pareciam estar no fim os
quases dez anos de guerra, com os seus momentos de angústia e sofrimento e,
sobretudo, com milhares de vidas sacrificadas pela independência da Guiné. Se “chegar’
para Cabral, significava entrar com os seus companheiros e irmãos de irmas em Cabo
Verde e na Guiné Bissau independentes, ele seria um dos muitos que nunca chegariam”
Testemunhos da época revelam também que Amílcar Cabral tinha consciência que
poderia ser traído pelos companheiros de luta. Esta preocupação reflectia certamente os
vários atentados que a sua vida tinha sofrido nos últimos anos. Em face de tudo isto, não
admira que, nos últimos anos de vida, Cabral tenha vindo a ficar cada vez mais
preocupado com traições. Afirmara algumas vezes: "se alguém me há-de fazer mal, é
quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC. Só nós
próprios". Mas Cabral, em vez de se proteger com maior eficácia contra conspirações
que se desenhavam à sua volta, tratou antes de desvalorizar a sua própria vida! Em
Outobro de 1971 em entrevista ao director darevista Afrique/Assie, Simon Manley, foi
provavelmente ele que inaugurou uma expressão muitas vezes posteriormente repetida:
“Se eu morrer amanha, nada mudará na evolução inelutável da luta do meu povo e
de sua vitoria... pois teremos dezenas, centenas de Cabrais no nosso povo. “A nossa
nação encontrará um militante para tomar o testemunho”.

Em reportagem publicada no Expresso, a 16 de Janeiro de 1993, José Pedro Castanheira


fornece uma série de dados sobre a morte de Amílcar Cabral, que, três anos depois
aprofunda no livro "Quem Mandou Matar Amílcar Cabral?". É possível crer em vários
factos. A política colonial portuguesa, dividindo para reinar, criara uma diferenciação
entre cabo-verdianos e guineenses. Os primeiros, mestiços na sua grande maioria e mais
escolarizados, são os preferidos da administração do Estado Novo. As tensões, os
conflitos no interior do PAIGC existiram sempre. Em 1973, a guerra de libertação
nacional encaminha-se para a vitória. Os dirigentes políticos continuam a ser cabo-
verdianos. É provável que a proximidade do êxito extremasse a confrontação no
Partido.Desempenham os cargos menos desqualificados, usufruem de um tratamento
preferencial. Séku Turé que, desde 1958, fora um líder africano de grande prestígio está
em perda de influência. Por seu turno, Amílcar Cabral é uma personalidade que se
evidencia na cena africana e internacional, reunindo apoios que vão da China e dos
regimes comunistas, aos países nórdicos. O grande sonho de Turé de anexar a Guiné-
Bissau para criar a "Grande Guiné" está em perigo. É bem provável que tivesses dado
sinais de concordância aos revoltosos - todos guineenses - para consumarem o crime.
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Cabral sairia de cena, o PAIGC desmembrar-se-ia, passando, na prática, para o controlo


de Turé. (Em Maio de 1974, Leopold Senghor, Presidente do Senegal, não hesita em
afirmar ao coronel Carlos Fabião e ao embaixador Nunes Barata ter sido Séku Turé o
instigador do assassínio de Amílcar Cabral). Por fim, a PIDE/DGS. Desde muito, pelo
menos desde 1967, a organização policial portuguesa procurava matar Cabral. Alguns
guerrilheiros prisioneiros foram manobrados para colaborarem com a polícia política.
Ficou provado em relação a alguns dos intervenientes no atentado. Tudo leva a crer que,
em medida desconhecida, a PIDE não foi alheia a toda a trama.

Na noite de 20 de Janeiro de 1973, em Conakry, Amílcar Cabral seria brutalmente


assassinado por um grupo de homens armados, desaparecia (Fisicamente) para sempre,
“O mais esclarecido dirigente africano da sua geração, o principal teórico da luta
armada africana de libertação.” Três meses após o seu assassínio, é desencadeada a
“Operação Amílcar Cabral”, cujo objectivo era o de ocupar o quartel de Guiledje, o
mais bem fortificado da frente Sul, na certeza de que a sua queda iria acelerar o fim da
presença colonial na Guiné. A 22 de Maio de 1973 o quartel é conquistado. Quatro
meses depois, a 24 de Setembro de 1973, reunia-se em Madina do Boé a primeira
Assembleia Nacional Popular que declarava a existência de um Estado Soberano, a
República da Guiné-Bissau, rapidamente reconhecida por 63 países da comunidade
internacional. A independência chegou com a Revolução dos Cravos portuguesa de
1974. A 10 de Setembro de 1974, Guiné-Bissau foi à primeira colónia portuguesa de
África a ter reconhecida a sua independência. Luís Cabral é então eleito primeiro
Presidente da República. Amílcar Cabral foi sepultado no cemitério de Conacri. Sékou
Touré ofereceu a Amílcar Cabral exéquias dignas de um chefe de Estado.

O cadever do fundador do PAIGC foi depositado no mausoléu de Camayenne, nos


arredores de Conacri, onde se encontravam igualmente os restos de heróis míticos da
resistências á ocupação francesa, com o Alpha Yaya e Samory Touré. As cerimónias
fúnebres, com a duração de duas horas e meia, tiveram lugar no Estádio de 28
Setembro. Os vinte mil lugares tinham sido preenchidos não apenas por nacionais, mas
igualmente por várias pessoas em representação das 680 delegações estrangeiras, vindas
de África e das várias outras partes do mundo, sobretudo de países de orientação. Os
restos mortais de Amílcar Cabral fariam uma última viagem, já depois da
independência, com destino ao seu país natal, durante a presidência do seu irmão, Luis
Cabral. Na cerimónia de despedida, Sékou Touré, não escondendo a emoção, disse:
“Cabral, tu não deixas um país estrangeiro. Deixas uma parte para regressar a outra do
teu país”. A urna de Cabral está ainda hoje depositada na fortaleza de Amura, em
Bissau, num terreiro sombreado de mangueiras.
Nome do arquivo: AMÍLCAR CABRAL
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Autor: Samuel
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Data de criação: 26/6/2010 14:40:00
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Última gravação: 28/6/2010 20:35:00
Salvo por: Samuel
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