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Estudo dos Números Reais

1. INTRODUÇÃO

O Enfoque destas primeiras aulas é o estudo dos números Reais. Entende-se por números Reais
todos os números que aparecem na natureza de alguma forma. Conhecer que tipos de elementos fazem
parte desse conjunto e as propriedades (matemáticas) que os mesmos têm é de máxima importância para o
domínio e estudo de toda a matemática a eles aplicada, seja de ensino básico ou superior. Vamos então, de
forma bastante informal e intuitiva, construir o conjunto dos números Reais.

2. CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS


Primeiramente, alguns dos elementos (números) deste conjunto têm representação muito simples.
Para falar de quantidades cotidianas inteiras, como número de animais, objetos, prédios, etc o ser humano
decifrou o conjunto dos números NATURAIS. Estes são representados pela letra N e contém os números
0, 1, 2, 3, 4, 5,... Dizemos que ele é infinito, pois não existe um último número natural. O conjunto N é
limitado inferiormente pelo 0, de forma que todo numero natural tem um sucessor e, com exceção do zero,
todo natural tem também um antecessor. Este simples conjunto apresenta propriedades matemáticas
bastante importantes: Pela primeira vez em matemática fala-se em ARITMÉTICA. “Dizia eu que a
aritmética” é o conjunto das operações de soma (+), subtração (-), multiplicação (x ou .) e divisão (/ ou ÷) .
Observe que no conjunto dos números naturais não existem números negativos nem números
“quebrados”, então a conta 5 – 7 ou 5÷2 , por exemplo, não pode tem solução natural (mesmo que
saibamos que existem números que representam estas contas). Façamos então um pouco de aritmética com
os naturais:

1) Efetue as seguintes sentenças:

a*) 4 + 5 x 8 =
b) 11 – 3 x 4 =
c*) 27 – 32 ÷ 4 =
d) 6 x 4 + 3 x 7 =
e) 8 – 3 x 4 + 18 ÷ 6 – 2 =
f) 5 x 2 x 3 =
g*) 3 x 5 x 2 =
h)18 ÷ 6 – 14 ÷ 7 =
i) 24 x 3 – 108 ÷ 2 =
j*) (4 + 5) x 8 =
k)5 x (7 + 4) + 3 x 2 =
l) (8 – 3) x 4 + 18 ÷ (6 – 2) =

Aqui é importante anotarmos algumas particularidades desses números:

Obs: Estas particularidades (e outras que aparecerão) pertencem ao conjunto dos números
Reais (que estamos construindo), elas serão válidas SEMPRE, então é importante guardá-las.
Essa matemática dos naturais sempre foi muito útil e graças a sua aplicação na vida das pessoas foi
se percebendo muitas belezas nela escondida. A noção de Divisor e Múltiplo de um número, por exemplo,
era importante para os egípcios para aperfeiçoar suas colheitas com a partição correta de áreas, construírem
seus templos e moradias, e para evolução do comércio como um todo.

Existem ainda características específicas para alguns Múltiplos. Vamos citar aqui os mais usados:

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1º) Múltiplos de 2: ___________________________________________________
___________________________________________________________________
2º) Múltiplos de 3: ___________________________________________________
___________________________________________________________________
3º) Múltiplos de 5: ___________________________________________________
___________________________________________________________________
4º) Múltiplos de 6: ___________________________________________________
___________________________________________________________________
5º) Múltiplos de 9: ___________________________________________________
___________________________________________________________________

Ainda há uma infinidade de belezas intrínsecas nos números naturais que não trataremos aqui (vale
a pena pesquisar os números perfeitos, números felizes, números pitagóricos, números de Fibonacci, entre
outros). Vamos nos despedir desse conjunto falando dos números PRIMOS:

Definição de Primos:

Exemplos:

Além disso, podemos estar interessados em conhecer se dois ou mais números tem um múltiplo em
comum. Por exemplo, os “astrônomos” gregos, para conhecer quando ocorreriam os eclipses mediam o
tempo de giro da Lua e do Sol em torno da terra (lembre-se que eles eram geocentristas); o Mínimo
Múltiplo Comum (M.M.C) entre esses períodos é a periodicidade dos eclipses. Da mesma forma, quando
se pretendia fazer plantações de variedades diferentes de grãos utilizando a área plantio de forma mais
proveitosa, levando em conta o tipo de grão usado e o tratamento que cada um deveria ter, calcular o
M.M.C entre a quantidade de cada grão definia precisamente a área a ser usada (veja um exemplo na lista
de exercícios).

Vamos então sistematizar o uso dessas propriedades dos números naturais:


2) Calcule o M.M.C entre:

a) 6; 8
b) 4; 8
c) 10; 12; 15
d) 4; 6
e) 8; 9
f) 1; 4; 10
g)12; 18

3) Decomponha em fatores primos os M.M.C encontrados no exercício 2.

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3. CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS

É importante pensarmos que os números só evoluíram pela necessidade humana. Os números


naturais foram os primeiros justamente por ser o tipo de interpretação que a natureza primeiro nos remete.
Mas a evolução das sociedades, em especial a filosofia e o comércio das civilizações antigas, levaram-nos a

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necessidade de “pensarmos negativo” ! A dívida e a “falta de” passou a ser parte comum na vida humana e
a filosofia trabalhou mais profundamente o assunto “ter algo que não se tem”, então houve necessidade de
traduzir essa nova noção para a matemática. Aqui nasceram os números INTEIROS. Os números inteiros
são representados pela letra Z e contém (... ,-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...). Com novos números, uma nova
regra aparece, a Regra de sinais :
+ -
- +
+ +
- -
4) Efetuar em Z :

a) 5 – 7 =
b) 59 – 11 + 22 – 100 =
c) (+8)x(+9) =
d) (–5)x(+7) =
e) (–1)x(–8) =
f) (15)÷(–3) =
g)(8)x(–3)÷(–4) =
h)(–2)x(–6)x(–5)÷(–3) =
i) –4– 2x(5–7) =
j) 2 + 3x[5 – 2 x (4÷2 + 5) + 2] – 7 =
k) 3 – {4x5 – 2 x[– 8 ÷2 + 1 – (5 – 7) ÷ 2] + 1}=

Sempre vale a pena lembrar que estamos construindo um conjunto de números chamado Reais e
que os dois conjuntos até aqui apresentados fazem parte deste conjunto maior. Devemos então esperar que
os próximos membros desse grande conjunto respeitem prioritariamente as propriedades já respeitadas por
N e Z (ou seja, a aritmética e as regras de sinal) além de apresentar outras próprias desses números.
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4. CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS

Mais uma vez devemos pensar na evolução da necessidade de contar. Note que até o presente
momento todas as divisões apresentadas foram do tipo exatas. Lembrando que numa divisão temos :

DIVISÃO INTEIRA:

- o dividendo é maior que o divisor


- o resto é menor que o divisor
- vale a relação (de Arquimedes ) :
resto + quociente x divisor = dividendo
1 + 8 x 3 = 25

Quando falamos em uma divisão inteira paramos a conta por ai, pois o conjunto dos números
inteiros é fechado (uma operação em Z deve gerar um número de Z). Mas sabemos por experiência própria
que há como continuar essa conta. Quando há a necessidade de que não haja resto em uma conta e
devemos trabalhar com “pedaços” ou frações de números inteiros estamos já falando de um novo conjunto
de números, o CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS representados pela letra Q. Há uma definição
formal para o conjunto Q :
p
x ∈ Q ⇔ x = / p, q ∈ Z , q ≠ 0 , (chamamos p de numerador e q de denominador)
q
Interprete essa definição. Ela garante que o conjunto Z seja subconjunto dos Q? A partir dessa
definição, que tipos de números fazem parte do conjunto Q?

Os números racionais abrem em muito a aplicação da matemática a nossas vidas. Praticamente


toda a matemática convencional é feita com esses números. Mesmo em casos que se tenham números

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irracionais (próximo assunto) costuma-se aproximar esses números em racionais para fazer-se contas (é o
que acontece por exemplo quando temos que fazer contas com o número π ).
Os números racionais podem ser representados de duas formas: fracional e decimal. Então
devemos saber converter uma forma na outra quando necessário.
Vejamos então a aritmética racional:
1º) Soma e subtração de frações
1a)Com denominadores iguais :

1b)Com denominadores iguais :

2º) Multiplicação de frações

3º)Divisão de frações

5) Transformar em decimal cada fração dada :

a) 7/10 b) 4/5 c) 31/10 d) 17/8

e) 731/4 f) 71/25 g) 200/125 h)1/20

6) Efetuar em Q :

7) Efetuar em Q:

a) 7,3 + 18 + 0,03 + 0,0002 b) 0,0612 + 7,48 + 0,00039

c) 372,001 - 298,03 + 0,0018 d) 6,481 x 1,78

e) 0,703 x 1,003 f) 0,05 x 0,05

g) 0,9 ÷ 0,72 h) 0,0075 ÷ 0,03

i) 0,0164 ÷ 0,005 j)1,28 ÷ 80

k) 0,01125 ÷ 0,25
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APENDICE 1 – Números Irracionais
Existem ainda números que, por mais que façam parte de nossa realidade, são de difícil
caracterização, ou seja, difícil obtenção exata. Esses números não uma representação decimal, não seguem
uma dizima periódica e não podem ser escritos na forma de fração. Esses números recebem o nome de
IRRACIONAIS e são representados pela letra q com um traço em cima ( Q ). Mas onde afinal esses
números aparecem? Por exemplo, em geometria, quando calculamos a razão entre o comprimento de uma

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circunferência e seu diâmetro, encontramos um número excepcionalmente curioso: o π (pi). Um valor
aproximado para o π é:

1º) π  (pi) : 3,14159265389793238462624332795 ...

e continua sem qualquer periodicidade. Esse número é representante de qualquer curvatura no


universo e, mesmo tendo sido usado a primeira vez a milhares de anos (os documentos mais antigos que
falam sobre o π remontam a 2000 A.C e este número é também citado na bíblia), aparece nas equações
mais modernas da física como a da entropia de um buraco negro descritas por Stephen Hawking, um dos
mais respeitados astrofísicos do mundo.
O rolar das ondas numa praia, o trajeto aparente diário das estrelas no céu terrestre, o espalhamento
de uma colônia de cogumelos, o movimento das engrenagens e rolamentos, a propagação dos campos
eletromagnéticos e um sem número de fenômenos e objetos têm o valor do π em sua descrição.
Como se não bastasse, outros números irracionais têm propriedades fascinantes:

2º) e (número de Euler) = 2,7182818284509452353602874713527....

Esse número foi publicado pela primeira vez pelo matemático Jhon Naper (1618), mas foi bem
estudado por Euler (leia Óiler) (1736). Apresenta uma das mais fantásticas propriedades dos números: toda
grandeza natural cuja taxa de variação é proporcional à quantidade atual é função do número de Euler:
decaimento radioativo, resfriamento de um corpo, comportamento de juros a taxa contínua, crescimento
populacional, reprodução de bactérias, capacidade de absorção do conhecimento humano, renda de um
país, produção de alimentos, taxa de formação de produtos em uma reação química, etc . Em matemática,
esse número aparece principalmente em Cálculo (ensino superior), sendo base nos logaritmos naturais e das
funções exponenciais. As formas de se calcular tal número também dependem de matemática avançada.
1+ 5
3º) ϕ = = 5 0 ,5 × 0,5 + 0,5 (Phi, constante áurea)=1,6180339887489848482045868343656...
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Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi pode ser encontrado na proporção
de conchas de animais, quantidade de folhas e galhos em qualquer árvore, seres humanos (o tamanho das
falanges, ossos dos dedos, por exemplo), e em inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do
crescimento. Um fator numérico interessante de Phi é que ele é o único número cujo quadrado é igual a ele
mesmo mais 1 (lembre-se que esse número tem infinitos dígitos).
O número áureo é retirado da proporção de sucessões numéricas (Seqüência de Fibonnachi). Está
relacionada com a perfeição e a beleza. Na história da arte renascentista tal constante foi fortemente
utilizada em quadros de pintores famosos, em obras como O Nascimento de Vênus, quadro de Botticelli.
Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides. Por exemplo, cada bloco da pirâmide era 1,618
vezes maior que o bloco do nível a cima. As câmaras no interior das pirâmides também seguiam essa
proporção, de forma que os comprimentos das salas são 1,618 vezes maior que as larguras.

A trajetória da busca humana pela


perfeição tem a utilização da constante áurea de
forma surpreendente seja nas pinturas, nos
projetos arquitetônicos ou até nas músicas. A
partir dela os gregos criaram o retângulo dourado.
Trata-se do retângulo no qual a proporção entre o
comprimento e a largura é aproximadamente o
número Phi, ou seja, 1,618. Com esse triângulo
fizeram o Pathernon e muitos outros edifícios.

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O “Homem Vitruviano”, de Leonardo da Vinci.
As idéias de proporção e simetria aplicadas à
concepção da beleza humana.
Meça a distância entre o SEU ombro e a ponta
do SEU dedo médio; depois meça a distância entre
o SEU cotovelo à ponta do SEU dedo médio.
Dividindo o primeiro valor pelo segundo você
obterá um valor muito próximo de 1,618. Bem
como a medida do SEU quadril ao chão em
relação à medida do SEU joelho ao chão, ou a
medida de SUA altura em relação a SEU umbigo
entre outras (pode testar, isso vale pra qualquer
pessoa!).

Outros números irracionais importantes são 2 , 3 , 5 , assim como toda raiz quadrada não
exata, mas o mais importante é entender que eles não podem ser escritos em forma racional, daí seu nome.
A união desses dois conjuntos finais (racionais e irracionais) forma o conjunto dos números
REAIS, representado por R, que será o enfoque da maior parte da matemática a ser estudada. Há ainda o
conjunto complexo, maior que o conjunto real, que merece um tratamento mais rigoroso e é estudado após
uma base de propriedades reais mais sólida.

APÊNDICE 2 – Gabarito das questões de 5 a 7.

5)

a) 0,7 b) 0,8 c) 3,1 d) 0,875

e) 182,25 f) 2,84 g) 1,6 h)0,05

6)
a) -1/12 b) 23/24 c) 145/72 d) 12/5 e) 17/6 f)120/13 g) 33/47

7)
a) 25,3302 b) 7,54159 c) 73,9728 d) 11,53618
e) 0,705109 f) 0,0025 g) 1,25 h) 0,25

i) 3,28 j) 0,016 k) 0,045

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