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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS

DISCIPLINA: Ciências da Arte: Espaço Simbólico

PROFESSOR: Daniela Pinheiro Machado Kern

ALUNO: Taís Almeida Fanfa

2010/1

FICHA DE LEITURA

AUTOR: Panofsky, Erwin

TÍTULO: A perspectiva como forma simbólica

TEMA

O autor apresenta, ao longo da história da arte, como a perspectiva


atua no espaço. E de que forma a visão perspéctica modificou-se da
Antiguidade Clássica ao Renascimento.

IDÉIAS PRINCIPAIS

I – representação do espaço

A definição de perspectiva, originária do Latim é “ver através de”,


Panofsky utiliza a expressão “perspéctica” para designar a
representação do espaço como um todo, segundo o autor, “... não
apenas os objetos individuais, as casas ou utensílios [...], mas sim o
quadro todo.” (Panofsky, p.108). Ao longo do tempo, mais
precisamente no Renascimento, essa representação de espaço passa
por um amadurecimento e uma simplificação. Dentre essas
simplificações está o conceito de pirâmide visual, no qual o autor
define o olho como um triângulo que liga os pontos no espaço para
formar uma determinada imagem. Conforme o autor: “... considero o
olho como um ponto e o ligo aos pontos isolados no espaço que
pretendo representar.” (Panofsky, p.108).
O texto especifica que existem dois espaços, que são eles:
matemático e o psicofisiologico. O espaço matemático é racional,
infinito, constante e homogêneo, que difere do psicofisiologico. Este é
como nós percebemos o espaço, nosso cérebro ignora o conceito de
infinito. “A percepção ignora o conceito de infinito, já de partida,
restrito por determinados limites espaciais imposto por nossa
capacidade perceptiva.” (Panofsky, p.109).

II– evolução da perspectiva do medievo ao renascimento

No Medievo houve um retorno de formas representativas


consideradas primitivas para resolução de um espaço, como, o
retorno da linha como meio de sistematização e a multiplicidade de
corpos no espaço.

A Arte Bizantina não conseguiu representar de forma linear o espaço,


então, fez uso do mosaico para resolveu o problema de espaço.
Apenas no final, utilizou a linha a fim de representar planos de fundo,
tais como: paisagens e a arquitetura.

O Românico afasta-se da representação clássica, a linha é somente


linha, renuncia a ilusão espacial. Aqui, a homogeneidade está
presente, pois os corpos e o espaço estão unidos.

Na escultura da alta Idade Media também há um abandono


ilusionismo, volta-se a um espaço, no qual as figuras são unidas por
contornos lineares, não existe apenas um corpo, estabelece uma
relação de figura-fundo, ou seja, a figura e o fundo são uma só
substancia. Esculturas arquitetônicas diferem das cariátides, uma vez
que não é simplesmente acrescida a arquitetura, mas sim por
constituir uma expressão própria, como diz o autor: “... diferente da
métopa e da cariátide antigas, não é inserida ou acrescentada ao
edifício e sim constitui uma direta expressão da própria massa da
construção.” (Panofsky, p. 119).

III- a perspectiva amadurecida

Pode-se dizer, segundo o texto, que Giotto e Duccio - durante


trezentos e quatrocentos italianos - foram os percussores da moderna
perspectiva; pois ambos conseguem superar a visão figurativa
medieval, para uma nova visão: “uma perspectiva amadurecida”, que
é fruto da junção da perspectiva clássica com a moderna. Essa união
concebe a perspectiva moderna, que Panofsky coloca como
“objetivação da subjetividade”, seria a transformação da arte em uma
ciência exata: a matemática. Ela deixa de ser um problema
representacional técnico, mas sim “uma faca de dois gumes”. Na qual
a arte pode representar mimeticamente o espaço, ou questionar-se
sobre essa representação.

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