Vous êtes sur la page 1sur 3

A vez da Inteligência Analítica como ferramenta de

Otimização de Dados.
Por Rafael Scucuglia

De tempos em tempos o universo da gestão organizacional se depara com


mudanças de paradigmas significativos. É recorrente a publicação de livros que
revolucionam a maneira de pensar dos gestores. A teoria sobre administração
está em pleno desenvolvimento, desde o fim do século passado. Novos gurus
surgem com crescente constância.

Algumas literaturas chegam e demonstram-se passageiras. Fazem parte de


modismos inerentes à ebulição do mercado editorial. Outras, no entanto,
realmente revolucionam as formas de pensar e agir dos administradores.

Foi assim com Kotler e sua nova visão de Marketing Integrado, cujos conceitos
alicerçam as decisões até os dias de hoje. Kaplan e Norton, e seu “Balanced
Scorecard”, viraram sinônimo de estratégia. Jack Welch trouxe um novo estilo
de liderança. Michael Porter mostrou o poder da “vantagem competitiva” e
Stephen Covey veio com seus 8 hábitos, entre inúmeros outros exemplos.

Toda publicação de novos temas, novas ferramentas e novas teorias tem a


potencialidade de virar fenômeno. Toda novidade tem a possibilidade de aderir-
se tão bem às necessidades, anseios e desafios das organizações que acabam
transformando-se em pré-requisitos para uma gestão eficiente e eficaz.

O que diferencia as teorias que revolucionam as características dos gestores dos


modismos passageiros é um misto de necessidade latente da sociedade,
possibilidade de resolução de problemas modernos e capacidade de trazer
resultados oriundos de processos pouco explorados.

Segundo David Norton (“O alinhamento em primeiro lugar”. HSM Management,


maio de 2007), “... se uma idéia vem para ficar, ela tem de estar no momento
certo e no local certo. No caso do Balanced Scorecard, o momento certo era o da
nova economia – que, de alguma maneira, tornou obsoletos os sistemas de
medição e gestão que usávamos, porque era como silos e hierárquicos, quando
a nova economia exigia que você fosse holístico e transfuncional. E o lugar certo
era o do sistema de medição. (...) Essas duas coisas se juntaram, e nós (Kaplan e
Norton) tivemos a idéia de balancear indicadores financeiros e não-financeiros.”.
Exceções à parte, não sabemos quando surgirá a próxima teoria que irá
alavancar a gestão organizacional, que trará inovações relevantes e significantes
na área. Nunca sabemos qual será o próximo grande tema amplamente
debatido pela sociedade mundial envolvida com gestão: muitos dizem que a
próxima vedete será o RH, outros concordam que aperfeiçoamentos nas teorias
sobre estratégia se fazem necessários, outros abordam que evoluções em TI
serão responsáveis por novos modelos de gestão. Abordagem por processos,
liderança, marketing, inteligência emocional: temas recorrentes abordados por
estudiosos mundiais.

Atrevo-me a dar minha opinião sobre um dos próximos grandes temas a entrar
na pauta. Inteligência Analítica. Acredito que este seja o momento certo para
qualquer evolução neste sentido. E o primeiro passo já foi dado: Thomas
Davenport, da Harward Business School, publicou “Competição Analítica –
Vencendo através da Nova Ciência” (editora Elsevier), recém traduzido para o
português.

Com o advento da informatização, a utilização de sistemas informatizados é pré-


requisito para todo e qualquer tipo de organização. Softwares ERP’s passaram a
ser constantes, comuns e presentes. E com eles, extensas bases de dados
surgiram nas empresas. Informações que antes não existiam passaram a ficar
disponíveis. A grande questão em evidência é: como o gestor deve utilizar toda
esta base em prol do sucesso dos negócios? Qual a melhor maneira de analisar
os dados? Como utilizá-los visando um incremento no sucesso da organização?
Como as informações podem maximizar os resultados corporativos? Isso é
inteligência analítica.

Deveport definiu Inteligência Analítica como “... a utilização extensiva de dados,


análises quantitativas e estatísticas, modelos explicativos e preditivos e gestão
baseada em fatos para orientar decisões e ações”. É a extração e entendimento
amplo de tudo o que os dados disponíveis têm a nos dizer. É a interpretação e
análise de informações de modo a nos permitir, de maneira objetiva e
contundente, tomar decisões mais precisas, melhor embasadas e com maior
probabilidade de acerto.

O autor, em sua obra, analisou empresas americanas que adotaram posturas de


vanguarda no assunto. Diversos exemplos bem sucedidos (e revolucionários) de
inteligência analítica são abordados. São aplicações nos mais diversos processos
que buscam, por meio da detalhada análise de dados e informações, maximizar
a performance dos mesmos.
É demonstrado como as organizações vêm aplicando inteligência analítica em
pricing, na análise financeira, em P&D, na gestão de operações, em RH, na
atração e retenção de clientes, no relacionamento com o cliente, no
relacionamento com fornecedores, etc. Empresas que se tornaram líderes em
seu segmento devido à inteligência analítica.

Entre os cases analisados, incluem-se exemplos de empresas como Google,


Amazon.com, Wal-Mart, Netflix, Procter & Gamble, Capital One, Harra’s, Boston
Red Sox, FedEx, entre muitas outras.

Segundo Davenport, dois aspectos fundamentais precisam ser considerados na


adoção da inteligência analítica: tecnológico e humano. Os dois devem
caminhar juntos rumo à adoção de modelos de tomada de decisão baseados em
evidências e constatações.

Não me estenderei em detalhes de suas abordagens, mas posso dar um


testemunho pessoal: são inovadoras, altamente especializadas e com resultados
confirmados. Com certeza, abrem portas para novos desenvolvimentos.

Para concluir: Inteligência Analítica se trata de uma necessidade bastante atual


dos administradores, que demandam soluções inovadoras para seus processos
decisórios e para a utilização otimizada de sua base de dados. Chegamos na “Era
da Informação”, profetizada por Drucker. É certo que existe um potencial de
incremento nos resultados operacionais a partir da utilização dos dados de
maneira mais qualificada. O tema precisa evoluir e, para isso, demandará maior
debate entre os estudiosos mundiais. E Davenport deu o primeiro passo. Aonde
isso chegará? Só o tempo há de nos revelar.

*Rafael Scucuglia é Diretor de Operações da Gauss Consulting. empresa de consultoria


instrumental e assessoria especializada.

rafael@gaussconsulting.com.br

Vous aimerez peut-être aussi