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Editorial

Já temos o que comemorar em 2010!


Na rede estadual, a implantação do Piso Salarial de R$ metodologia de estudo para luta pelo maior piso salarial possível
1.135,00 é realidade. Viramos esta página! Agora, a luta é pelo é de grande força na mobilização. A greve de mais de 50 dias
Piso de R$ 1.312,00. Para isso, há uma luta a ser construída. em Cláudia, como também as greves em Ribeirão Cascalheira e
Ela passa pela exigência da aplicação correta dos recursos Rondolândia, demonstra que somente nossa luta é que poderá
constitucionais em educação. Assim, a luta pela aplicação do fazer avançar na conquista do Plano de Carreira Único com
IRRF, pelo fim da compensação de dívidas, pelo respeito aos jornada única de 30 horas com a inclusão dos funcionários de
recursos da educação na Isenção e Renúncia fiscal é condição de escola no plano.
mais recursos para a educação. Em 2010, nenhum passo atrás! Vamos para o nosso Congresso
Nossa vitória será do tamanho da nossa luta. O acordo da Estadual em Setembro, com os encontros municipais e regionais.
greve de 2008 que nos garante a possibilidade de avançar na Nestes encontros temos que reafirmar um Projeto Democrático
questão salarial em Maio e Setembro de cada ano já é lei. Vamos e Popular para o Brasil. Para isso combater a Aliança PSDB-DEM
exigir o que é nosso: que tanto mal fez à educação e ao país no governo federal até
À EDUCAÇÃO O QUE É DA EDUCAÇÃO. 2002, mas que continua nos estados e municípios impedindo os
A filiação ao Sintep/MT nas Redes municipais de Tangará avanços na valorização como acontece com o piso.
da Serra e Sinop e outros municípios é sinal claro de que nossa Em frente, “NADA A TEMER SENÃO O CORRER DA LUTA!”

XIV Congresso Estadual de Educação do Sintep/MT


(de 02 a 05 de setembro de 2010, em Cuiabá)
Companheiros(as), participem dos Encontros Municipais que ocorrem até o dia 12 de
junho, nas subsedes, e dos Seminários Pré-congressuais nos pólos regionais.
Confira as datas no site do Sintep/MT.

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Trabalhadores(as) da Educação cobram implantação
do piso de R$ 1.312
Giro pelas redes municipais
O Sintep/MT exige dos governos estadual e municipais a imediata
adoção do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$ 1.312,00.
“A lei que regulamenta o PSPN é resultado de uma mobilização
histórica dos trabalhadores da educação de uma maneira geral”, disse o
secretário de Comunicação do Sintep/MT e presidente da Central Única
Guiratinga Várzea Grande Jangada
dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT/MT), Julio Cesar Viana.
Em assembleia geral, Os(as) trabalhadores(as) da Os(as) profissionais da educação de Jangada, a 82
O artigo 5º da Lei 11.738/2008, a Lei do PSPN, estabelece que os
realizada no dia 10 de educação de Várzea Grande km de Cuiabá, em greve desde 26 de maio, cobram
salários devem ser reajustados pelo índice do valor por aluno do Fundo
maio, os(as) cerca de 120 reivindicam, há cerca de cinco a implementação do PSPN e a adequação do PCCS,
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
profissionais da rede municipal anos, a reestruturação do Plano de entre outros pontos.
dos Profissionais da Educação (Fundeb). Segundo Julio Viana, o papel
de ensino de Guiratinga, a Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
do Sintep/MT é justamente esclarecer a opinião pública sobre a lei e a
334 km de Cuiabá, decidiram No começo de 2010, em resposta
relevância de sua efetiva aplicação para a garantia de uma educação de
qualidade. “É preciso que se garanta a execução da lei, especialmente
pela filiação ao Sintep/MT. A à greve da categoria, o então Juara
expectativa da categoria é a de secretário municipal de Educação,
pelos governos estadual e municipais, que insistem em sonegá-la”.
conseguir avanços, sobretudo Isaac Nassarden, estipulou o dia Os(as) trabalhadores da educação de Juara, a
Outro problema apontado pelo Sindicato, é a questão do não
na implantação do Piso Salarial 30 de junho como prazo final para 690 km de Cuiabá, entraram em greve por tempo
repasse por parte do governo do Estado dos 25% do Imposto de
Profissional Nacional (PSPN), a conclusão de um estudo acerca indeterminado. A paralisação teve início no dia
Renda Retido na Fonte (IRRF) para a Educação, contrariando o que X
já que o valor praticado em do documento, mas, até hoje, não 20 de maio, em função da não implementação do
prevê a Constituição Federal. “É uma sonegação que o Estado insiste
Guiratinga é R$ 756,48, muito houve avanços. Até o momento PSPN. Segundo o diretor do polo regional Nortão
em manter”, reclamou Julio Viana. “Já os municípios querem apenas
abaixo do piso determinado não foram tomadas medidas contra IV do Sintep/MT, Isac Pintor, o prefeito, José Alcir
aplicar na educação exclusivamente o recurso do Fundeb, e com isso
pela Lei 11.738/08, inclusive as irregularidades na folha de Paulino (PP), sinalizou que o reajuste do piso
deixam para este setor apenas um quinto dos recursos, que legalmente
no que diz respeito ao pagamento, apontadas por um estudo estipulado pela Lei 11.738/08 seria concedido a
deveriam ser aplicados”, explicou.
reajuste. técnico da subsede do Sintep/MT. partir de janeiro deste ano, o que não ocorreu.

Como a CNTE chegou a


esse valor?
O artigo 5º da Lei 11.738/2008 estabelece como parâmetro de reajuste Tabaporã Nortão Jauru
do valor do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) o Índice do Valor por
Aluno do Fundeb. O valor-base é de R$ 950,00 para 2008, quando o piso foi No município de Tabaporã, Alguns municípios da região Norte Os(as) profissionais da educação de
regulamentado. Em 2009, o índice foi de mais ou menos 19%, e este ano, de a 643 km da Capital, a conquistaram avanços quanto à valorização Jauru, a 463 km de Cuiabá, comemoram
15%. situação não é muito diferente profissional. Em Porto dos Gaúchos, por avanços com relação ao PCCS. Durante
Portanto, o piso de R$ 1.312,00 está totalmente amparado pela Lei. É das demais redes. Os(as) exemplo, distante 644 km de Cuiabá, o audiência com o secretário municipal
um direito dos(as) trabalhadores(as) da Educação! Estudos realizados pelo profissionais rejeitaram a piso salarial passou de R$ 777,00 para R$ de Educação de Jauru, Carlos Lucatto,
Sintep/MT apontam que esse valor já poderia ser pago a partir de maio de proposta do prefeito, Edson 810,00, correspondente a jornada de 30 dia 25 de maio, a subsede do Sintep/MT
2010, se o governo do Estado cumprisse a Constituição Federal, destinando Rosso (PT), de conceder um horas semanais. Já em Novo Horizonte apresentou as reivindicações e obteve
25% do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para a pasta. aumento de 8%, parcelado do Norte, a 663 km da Capital, houve um sinalização positiva do Poder Executivo.
em duas vezes. A categoria aumento de R$ 712,00 para R$ 801,00. Entre os pontos que avançaram estão a
não descarta uma paralisação, Além disso, os profissionais receberão, nas inclusão dos funcionários de escola no
Julio Martins Viana, secretário de comunicação do Sintep/MT
caso não seja atendida. Os folhas de pagamento de maio e junho, a Plano e a jornada de 30 horas semanais,
trabalhadores da educação diferença entre os valores retroativa a janeiro sendo 1/3 destinado à hora-atividade. A
Subsedes devem denunciar gestores(as) que negarem reivindicam reposição salarial
imediata de 20% sobre o piso
deste ano. Nas duas cidades, os funcionários
de escola estão enquadrados no Plano de
categoria também reivindica o reajuste do
piso salarial no município, que hoje é R$

acesso às receitas atual de R$ 712,00. Cargos, Carreiras e Salários. 659,88 para uma jornada de 25 horas.

Uma das principais dificuldades para a implantação do PSPN nas redes


municipais é o acesso à folha de pagamento da Educação. O estudo das
receitas e despesas é a única forma de analisar qual é o piso possível a
ser pago. Com a negação em entregar um documento público, capaz de
comprovar eventuais discrepâncias, fica inviável avançar nesta questão.
Além de representar um entrave à luta dos(as) trabalhadores(as) da
Educação, dentre tantos outros apresentados pelos(as) gestores(as) públicos(as), Rondolândia Terra Nova do Norte Ribeirão Cascalheira
trata-se da negação de um direito de todos(as) os(as) cidadãos(ãs). Mas o
impasse, conforme destaca Gilmar Soares Ferreira, não pode ser um empecilho Os(as) trabalhadores(as) da A greve no município, a 648 Em Ribeirão Cascalheira, a 893
para a mobilização da categoria. Educação paralisaram as atividades entre km da Capital, durou pouco menos km de Cuiabá, a paralisação, iniciada
Por isso, a orientação é que as subsedes entrem com representação os dias 05 e 22 de abril, no município, de um mês (de 29/03 a 20/04) no dia 1° de março, foi suspensa,
junto ao Ministério Público, caso tenham a apresentação destas contas a 1600 km de Cuiabá. O movimento e apresentou importante avanço temporariamente, no dia 29 de abril,
negada. Devem ainda apresentar queixa ao Conselho Municipal do foi suspenso em função da retomada com a instituição de rodadas de por meio de um acordo entre a subsede
Fundeb e encaminhar representação ao Conselho Nacional do Fundeb, de negociações com o Poder Público, negociações até o dia 15 de junho do Sintep, prefeitura e Poder Judiciário,
com cópia para a direção central do Sintep/MT. que manteve a jornada de 40 horas para apresentação final do PCCS. que estipulou um prazo de 20 dias para
Estudos - Seminários sobre estudo dos dados referentes à arrecadação semanais, mas com 20 horas para hora- Os(as) profissionais da Educação retomar as negociações. As reivindicações
serão realizados em todas as regiões do Estado para intensificar a luta pela atividade. Outro avanço foi a garantia de reivindicam a adequação dos(as) são: aplicação dos 60% dos recursos
garantia da jornada única, do PSPN e do PCCS. Esta bandeira foi apontada que a reestruturação do PCCS ocorrerá funcionários(as) de escola no plano em salários; reformulação do PCCS;
pelo último Conselho de Representantes do Sintep/MT, em abril. “Com os(as) em conjunto com a categoria. referente à elevação de classe. implantação do PSPN, dentre outras.
profissionais da Educação, conquistaremos para a Educação aquilo que é dela
por direito”, frisa o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira.
O Sintep/MT realiza, periodicamente, oficinas de capacitação de
análise das receitas com trabalhadores(as) das Redes Municipais

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Sintep/MT divulga tabelas
salariais com reajuste de maio
O reajuste de 8,11%, válido a partir do mês de maio, sendo 4,11% de inflação
e 4% de ganho real, foi mais uma conquista da mobilização da categoria. Com mais
este avanço, os(as) trabalhadores(as) da rede estadual mantém aberto o diálogo
para a construção do piso salarial para os profissionais, conforme a Lei 11.738/08.
Confira os novos valores:

Boletim Informativo do Sindicato dos


Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso

Gestão: “Gente de luta”


Presidente: Gilmar Soares Ferreira
Edição: Luiz Fernando Vieira
Redação: Gláucio Nogueira e Nara Assis
Fotos: Foto e Prosa
Editoração Eletrônica: Felipe Nascimento e
Fernanda Martins
Produção: Pau e Prosa Comunicação
(65) 3664-3300
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p
sintep@terra.com.br
4 4 communiccacao@@sinttep org br
comunicacao@sintep.org.br
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5 5
Concurso
Sintep/MT cobra homologação e posse dos aprovados(as)
O Sintep/MT está preocupado com a destes cargos e o respeito aos(às)
demora, por parte do governo do Estado, em profissionais. Tudo isso beira o Problemas mancharam “maior concurso
público da história do Estado”
homologar o concurso deste ano e empossar absurdo”, salienta. Outro ponto
os aprovados. Isto porque, devido à legislação cobrado pelos(as) profissionais é
eleitoral, os gestores têm até o dia 3 de em relação aos cargos técnicos e
julho para homologar o certame. “Estamos de apoio que, hoje, somam mais
apreensivos com isso, principalmente porque a de 70% dos(as) profissionais em
rede pública de Mato Grosso conta com mais regime temporário. “As escolas
de 50% de profissionais em regime temporário. vivem em situação precária com a
A não homologação causará prejuízos ausência destes trabalhadores e o
incalculáveis para o projeto de aprendizagem concurso visava também amenizar
e de escola, uma vez que continuaremos a ter, esta situação. Mas começamos
entre trabalhadores e trabalhadoras, pessoas a duvidar desta intenção com as
realizando múltiplas jornadas para atingir um atitudes tomadas pelos gestores,
salário aceitável”, ressalta o presidente do principalmente pela demora na
Sindicato, Gilmar Soares Ferreira. publicação”, pondera.
Para o sindicalista, a situação da educação em O concurso – Cercado de problemas, aquele 22 de novembro, foi cancelada, por diversos
Mato Grosso desperta nos(as) trabalhadores(as) que se intitulava o “maior concurso público motivos, inclusive de segurança. O certame foi,
um sentimento de frustração. “Não é possível que da história de Mato Grosso” se mostrou um posteriormente, dividido em três etapas, realizadas
não haja vontade política para o preenchimento verdadeiro fiasco. A prova, realizada no dia em janeiro, fevereiro e março de 2010.

1 0 de Maio
Atividade marca lançamento simbólico da campanha salarial Justiça
No dia 1º de maio, os(as) profissionais
da Educação participaram da Romaria dos
O Supremo Tribunal Federal (STF), que
ainda não julgou o mérito da Ação Direta de
integração do PSPN encontra-se no Tribunal
de Contas do Estado (TCE). “No que podemos
TJ veta abuso sobre desconto previdenciário
Trabalhadores e das Trabalhadoras, em Cuiabá. Inconstitucionalidade (ADI) 4.167, alimenta chamar de uma das maiores aberrações jurídicas, O desconto previdenciário de 11% deve ser Constituição Federal”, explicou o presidente do Teto - De acordo com a Emenda
O Dia do Trabalhador marcou o lançamento da a prática nefasta de gestores(as) estaduais e os conselheiros emitiram um acórdão que praticado sobre o valor excedente do teto. Esse Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira. Constitucional n° 41, o limite máximo para
campanha salarial pelo piso de R$ 1.312,00. Nos municipais em postergar o cumprimento da desobriga o governo a repassar 25% do Imposto é o entendimento do Tribunal de Justiça de Mato De acordo com a assessora jurídica do o valor dos benefícios do regime geral de
municípios, faixas e mobilizações marcaram o Lei 11.738/08. “Essa atuação pífia da Suprema de Renda Retido na Fonte (IRRF) para a Educação, Grosso (TJMT), que julgou de forma favorável Sindicato, Ignes Linhares, o Mandado de previdência social foi fixado em R$ 2.400,00, em
início da luta. Corte cria terreno fértil para as controvérsias contrariando o que preconiza a Constituição o Mandado de Segurança Coletivo ajuizado Segurança ainda precisa ser analisado pelo 2003. Em função dos reajustes, baseados pelos
Cansado das manobras políticas que sobre a Lei, mas não vamos abrir mão do que Federal. Queremos para a Educação aquilo que é pelo Sintep/MT contra a Secretaria de Estado de Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Mas enquanto mesmos índices aplicados aos benefícios do
impedem a implantação do PSPN, o Sintep/ é um direito dos(as) trabalhadores(as)”, salienta dela por direito”, destaca. “E isso só acontece aqui Administração (SAD). isso não ocorre, a decisão do TJ é que vale”, regime geral de previdência social, o teto atual é
MT encampa mais esta bandeira, que defende Gilmar Soares Ferreira. em Mato Grosso. Graças a esse desvio dos recursos, A entidade recebeu reclamações de frisou. Equívocos como esse, conforme afirmou de R$ 3.416,54.
a valorização profissional como condição IRRF - Outra celeuma utilizada pelo Governo da ordem de mais de R$ 200 milhões, os gestores profissionais da educação aposentados(as) com Gilmar Soares, são inaceitáveis levando em Os(as) aposentados(as) filiados(as) ao Sintep/
fundamental para a qualidade da Educação. do Estado de Mato Grosso para não realizar a postergam a aplicação da Lei”. relação ao desconto previdenciário, no final consideração a estruturação do corpo jurídico MT que se sentirem lesados(as) devem procurar a
de 2009, e constatou que o órgão público do governo do Estado. “A Constituição Federal entidade para que as providências sejam tomadas.
praticou abatimento abusivo. “O desconto estava é muito clara quanto a isso, portanto o “A orientação é verificar o holerite e, caso haja
incidindo sobre o valor total dos proventos dos(as) descumprimento da Lei é considerado uma falta desconto abusivo, nos encaminhar uma cópia do
profissionais da educação, o que é contra a de ética, um absurdo”. contracheque”, informou o presidente.

Gratificação
Trabalhadores(as) PCCS
unidos(as) pelo regime Diretores(as) estão há mais
de dois anos sem correção Distorções e ilegalidades são verificadas nos municípios
de colaboração Os(as) diretores(as) e secretários(as) de escolas de Mato Grosso estão
Os(as) trabalhadores(as) da educação das
redes municipais de Mato Grosso são vítimas de
“Além de ser completamente equivocado,
o trabalho de elaboração do PCCS é pago,
presidente. Assim, os prefeitos conseguem
justificar uma negativa em implementar o
O inciso V do artigo 23 da Constituição Federal de 1988 indignados com o descaso do governo em relação à gratificação por um esquema, orquestrado, que visa a instituição com dinheiro público, o que onera ainda piso”, diz. Desta forma, também garantem o
aponta a educação como competência comum entre as três exercício de função. No caso dos(as) diretores(as), em 2007 foi instituído de Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) mais os cofres dos municípios”, salienta o pagamento de apadrinhados políticos com uma
esferas, federal, municipal e estadual. Porém, até hoje, não há que o valor seria fixo e não proporcional ao salário, divido entre escolas distorcidos e equivocados, que não valorizam sindicalista. Há 12 anos, o Sintep/MT já verba repassada pontualmente, o Fundo de
uma regulamentação sobre como funcionaria este regime de pequenas, médias e grandes. “Porém, desde então, não há um reajuste os(as) profissionais. “A lei que instituiu o Piso possui um modelo do plano, que privilegia Manutenção e Desenvolvimento da Educação
colaboração. “Isso causa aberrações como o fato de que quem nestes valores. Já temos casos em que coordenadores, cuja gratificação Salarial Profissional Nacional (PSPN) estabelece a valorização da aprendizagem e contempla Básica e de Valorização dos Profissionais da
arrecada menos, no caso os municípios, tem mais gastos, e é proporcional ao salário, recebem mais do que os diretores”, ressalta o um limite de jornada de até 40 horas semanais. os(as) trabalhadores(as) com uma jornada que Educação (Fundeb).
quem arrecada mais, o governo federal, tem menos gastos”, Mas isso não significa que tenha que ser, possibilita o trabalho de pesquisa e preparação Outro ponto comumente desrespeitado
secretário de Cultura do Sintep/MT, Edson Evangelista dos Santos.
explica o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira. necessariamente, com este período e muito das aulas. “Bastariam alguns ajustes, de acordo nos PCCS é o percentual de evolução dos
Desde então, os(as) trabalhadores(as) cobram do governo a revisão
Um sistema único de Educação é fundamental para que menos que o valor do piso seja para esta com cada município, para a implementação”, vencimentos em relação à carreira. A Lei
dos valores que acompanhe o índice de reajuste obtido pela categoria.
se alcance uma jornada única, piso único e Plano de Cargos, jornada com redução proporcional para outras complementa o sindicalista. Orgânica dos Profissionais da Educação Básica
Carreiras e Salários único. “Isso melhoraria a qualidade na “Já cobramos um posicionamento da Secretaria de Estado de Educação jornadas”, explica o presidente do Sintep/MT, Além da falta de vontade política por parte (Lopeb) prevê, por exemplo, aumento de 50%
aprendizagem, bandeira da nossa categoria, e evitaria casos (Seduc/MT) e não tivemos nenhuma resposta”, salienta o secretário. Gilmar Soares Ferreira. dos gestores municipais, diversas questões no salário do(a) profissional quando passa da
em que um profissional que tem as mesmas atribuições ganhe Secretaria – Os(as) secretários(as) das escolas também enfrentam um Com apoio e consultoria da Associação os impedem de colocar em prática um PCCS categoria Nível Médio para Nível Superior. Mas,
metade do salário de outro que trabalha em outra cidade ou sério problema com a gratificação. “A responsabilidade é muito grande, Mato-grossense dos Municípios (AMM), dialogado e construído para o bem comum. “O nestes PCCS, o que o Sintep/MT constatou
pertence a outra rede”, finaliza o sindicalista. toma muito tempo, e já temos casos, em várias escolas, em que ninguém prefeitos têm criado verdadeiras aberrações, principal caso que observamos é a alocação de é que tais índices não têm sido respeitados.
quer assumir a função exatamente pelo fato da gratificação ser tão completamente fora da realidade vivida profissionais que nada têm a ver com a educação “E vamos continuar lutando para que estes
baixa”, completa Edson Evangelista dos Santos. pelos(as) trabalhadores(as) nos municípios. na folha de pagamento da pasta”, aponta o prefeitos cumpram a lei”, finaliza.

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Caso de polícia
Trabalhadores(as) de
Cláudia são ameaçados
A truculência de prefeitos em relação a grevistas é algo
bem comum em Mato Grosso e chegou a um nível extremo
no município de Cláudia. Lá, os(as) trabalhadores(as),
cansados das promessas do prefeito Vilmar Giachini (PMDB),
decidiram cruzar os braços no dia 16 de março. Desde
então, vinham sofrendo todo o tipo de retaliação possível por
parte do poder público, que só cessou com a articulação da
Direção Central do Sintep/MT, junto ao governo.
“Desde 2009, o prefeito apenas pede novos prazos para
realizar as implementações. Além disso, já havia a promessa
de que em janeiro deste ano o PSPN seria pago”, afirmou o
presidente da subsede do Sintep no município, Edson João
Sauthier. O compromisso foi firmado em cinco ofícios da
prefeitura.
Durante as negociações, os(as) profissionais realizaram
duas passeatas e duas greves para cobrar mais celeridade
do Executivo. Para retardar o processo, o prefeito utilizou
artimanhas como a exoneração de toda a equipe da pasta
de Educação no começo do mês março, poucos dias
antes da data limite para definição da questão. A partir
do dia 19 de março, os(as) trabalhadores(as) iniciaram um
acampamento, em frente ao prédio da prefeitura, para
pressionar os gestores.

MST e pais de alunos Aumento do movimento


apoiam profissionais gera retaliações
No dia 29 de março, cerca de 300 integrantes do Movimento dos
Percebendo o crescimento do movimento grevista, o prefeito Vilmar
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se juntaram aos(às) profissionais
Giachini passou a usar outras estratégias para desarticular a mobilização.
acampados. Além da solidariedade, os(as) trabalhadores(as) rurais
Mentiras e informações desencontradas começaram a circular na cidade,
lutam contra o fechamento de escolas nos assentamentos. “Todos
com o apoio da mídia local. De acordo com Edson Sauthier, o prefeito
sabem que o prefeito (Vilmar Giachini) é bom para fechar escolas
divulgou na imprensa local que os profissionais estariam recebendo multa
rurais. Em oito anos de administração, fechou praticamente todas que
diária de R$ 5 mil. “A greve não foi considerada ilegal e fizemos uma
se situavam a mais de quatro quilômetros da cidade, deixando apenas
denúncia na Promotoria Pública contra essas declarações”, disse.
uma”, protestou Edson Sauthier.
No dia 22 de abril, o sindicato registrou um Boletim de Ocorrência
Mesmo diante dos problemas, os sindicalistas contam com o
(BO) denunciando as ameaças sofridas. Uma professora que filmava a
apoio da maioria dos pais de alunos. Após uma reunião com a
manifestação da categoria teve o braço apertado, deixando a câmera cair
categoria, no dia 16 de abril, alguns deles coletaram assinaturas
no chão. “Durante o ato público de 21 de abril, tivemos outras situações
em favor das reivindicações da categoria. No dia 30 de abril, os(as)
como essa, com o intuito de intimidar o movimento”, ressaltou Sauthier.
profissionais entregaram a pauta de reivindicações à primeira-dama
do município, Rose Giachini.

Grevistas se refugiam
Ilegalidades viram
em Cuiabá
caso de polícia No dia 11 de maio, a subsede de Cláudia Sintep/MT e o prefeito Vilmar
Com o passar do tempo, o prefeito aumentou a carga de Giachini estabeleceram termo de compromisso intermediado pelo deputado
intimidações aos(às) trabalhadores(as). No início de maio, a prefeitura estadual Ságuas Moraes (PT). No encontro o gestor municipal se comprometeu
anunciou o corte no pagamento dos salários referentes ao mês de abril, a suspender o corte de pagamento da categoria imediatamente; restituir o
baseando a decisão em um parecer emitido pelo advogado da prefeitura. pagamento de salário do mês de abril a todos os servidores; e suspender os
O presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, protocolizou, dia processos de retaliação como demissão dos temporários(as) e abertura de processo
10 de maio, pedidos de audiências com o secretário Diógenes Gomes administrativo contra os(as) efetivos(as) em função do movimento grevista. “Mas ele
Curado Filho, com o promotor de Justiça do Ministério Público Estadual, fez exatamente o contrário, ou melhor, simplesmente ignorou o compromisso que
Marcelo Ferra, com o Governador do Estado Silval Barbosa, com o assumiu em Cuiabá”, protestou o diretor regional do polo Nortão III do Sintep/MT
presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado e vice-presidente da Câmara Municipal, Antônio Cândido da Silva.
José Riva (PP), e com o presidente da Comissão de Educação, Ciência, No acampamento, os profissionais da educação foram notificados da
Tecnologia, Cultura e Desporto, para evitar uma tragédia no município. abertura de um processo individual contra cada um dos grevistas. Sem outra
No encontro com o chefe de gabinete do secretário Diógenes alternativa, os(as) trabalhadores do município se deslocaram, dia 17 de maio,
Curado, major Alves, o Sintep/MT solicitou proteção policial para Cuiabá, em busca do apoio de deputados, secretários e do governador
aos(às) trabalhadores, uma vez que o Poder Executivo elevou o do Estado, Silval Barbosa, para a solução do impasse. Após longa negociação,
tom nas intimidações com presença quase diária de integrantes da o gestor municipal se comprometeu a retirar as notificações e efetuar os
prefeitura no acampamento. pagamentos dos vencimentos retidos.

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