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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS – CAMPUS
PALMAS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA À
EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
1 INTRODUÇÃO
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Professor da rede Estadual e Municipal de Educação em Palmas/TO – Escola Estadual Novo
Horizonte. Graduado em Licenciatura Plena em História e Pós-Graduando em Educação Profissional
Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
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Professor do Instituto Federal do Tocantins Campus Palmas – Coordenação de informática –
Doutorando em Engenharia Elétrica – (UFCG) – Mestre em Ciência da Computação pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (2000).
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2 DESENVOLVIMENTO
Para transformarmos a sociedade em que vivemos, a educação deve estar voltada para
a formação de indivíduos atuantes; o mundo moderno é exigente, cobra-se muito do outro,
embora nós mesmos não somos capazes de enfrentar as transformações e, neste contexto nos
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deparamos com o paradoxo da educação brasileira, onde cada vez mais são criadas leis e
decretos na tentativa de melhorar a qualidade do ensino e acabar com o fantasma do fracasso
e da exclusão escolar e social que ronda as instituições no país. Amparado pela Constituição
Brasileira de 1988 e pelo Decreto nº 5.840/06 de 13 de julho de 2006, esse panorama vem se
modificando após a criação do PROEJA, que visa preparar a sociedade para os novos
paradigmas da Educação Profissional e amenizar as diferenças sociais na conquista do
mercado de trabalho. O PROEJA chegou com uma prospecção de políticas inovadoras, exigiu
dos gestores mecanismos, ações e programas no campo educacional, pautando na
compreensão de que, não é possível superar os desafios da educação, se não houver uma
parceria entre governos e sociedade. Segundo Freire “ensinar exige a convicção de que a
mudança é possível” (Caderno pedagógico nº 02 f. 75). Afim de que as mudanças efetivem-
se, a qualificação do docente é talvez, o desafio maior a ser enfrentado pelo sistema de ensino
com profissionais em áreas específicas.
Para Arruda (Artigo, 2000, p. 1286), “A qualificação profissional emerge no cenário
contemporâneo como um elemento fundamental na composição dos fatores que regem a
competitividade dos países, das organizações e dos indivíduos”.
Em 2006 foi instituído o programa do Proeja que tem como base o decreto nº 5.840/06
e os atos normativos que o fundamentam: Lei 9394, de 20 de Dezembro de 1996, Decreto nº
5154, de 23 de Julho de 2004; os Pareceres CNE/2004 e as Resoluções CNB/CEB Nº 04/99 e
nº 01/20. A SETEC/MEC, com o objetivo de estimular as ações de implementação do
PROEJA, constituiu um grupo de trabalho que elaborou um documento denominado
documento base MEC/2006, contendo as propostas gerais para elaboração de projetos
pedagógicos de cursos de especialização voltados para a formação de profissionais do ensino
público. Segundo esse documento base (BRASIL, MEC, 2006), revela a decisão
governamental de atingir Jovens e Adultos pela oferta integrada de educação profissional
técnica de nível médio.
Assim, permitindo que o sujeito participante do ensino médio tenha a possibilidade
de ser um profissional técnico de nível médio, alicerçado numa concepção de mundo,
comprometido com a construção de uma sociedade coerente com os ideais de cidadania.
3 POLÍTICAS PÚBLICAS
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Ainda segundo Bobbio (1993), o poder é a forma que o indivíduo vivência para tornar-
se um agente ativo, atuante, capacitado com legitimidade na Constituição, com direitos e
deveres sociais. Em contrapartida, é importante que o sujeito tenha a capacidade de analisar a
realidade para situar-se no mundo, enfrentando as desigualdades políticas, econômicas e
sociais.
No início do século XXI, as políticas de urbanização e políticas públicas, buscaram
efetivar a acessibilidade de todos, sem distinção social. O Brasil recebeu apoio de iniciativas
internacionais com o objetivo de inclusão social, através de projetos inseridos nas instituições
escolares, por serem o canal de formação cidadã que o indivíduo precisa para promover-se,
buscando o bem-estar de todos.
O governo federal, dispõe de benefícios, só que ele ainda se encontra incapaz de
cumprir as metas estabelecidas. Mesmo assim, houve um crescimento favorável da clientela,
sendo esta, uma das maiores preocupações do atual governo, em manter ativa essas políticas
públicas, visando uma melhor qualidade na aquisição do conhecimento diante das
transformações globais.
A profissionalização de educadores é outro fator preocupante para o governo. Vários
mecanismos contribuem para o resgate de uma educação de qualidade, com formações
continuadas, cursos tecnológicos e criação de sindicatos.
A seguir são apresentados diversos dados que pautaram esta pesquisa e permitiram
organizar conclusões relacionadas ao aumento de investimentos públicos bem como na
expansão no número de matrículas nos diversos novos cursos criados em diversas instituições
de ensino no Brasil.
5 RECURSOS FINANCEIROS
6 FORMAÇÃO DO EDUCADOR
A prática cotidiana do professor, representa um insumo essencial para efetivar o
conhecimento do aluno no Ensino Profissionalizante, no exercício da cidadania e como
subsídio ao aprender a aprender e a atualização precisa ser permanente e diária. É
fundamental portanto, conhecer as limitações de cada aluno.
Para Freire, o metabolismo intelectual, a história individual de cada um, por querer
próprio, consegue realizar seus sonhos de acordo com a expectativa do outro. Muito se fala
em educação em nosso país, mas o que presenciamos é um amontoado de leis elaboradas por
uma minoria que impõem métodos sufocantes, que dita regras, sem saber a real situação dos
alunos. O que falta, é um projeto de educação bem definido e concreto.
Segundo Gadotte (2010, p. 62),
Refletir sabre as funções do educador, rever estratégicas de ação, trocar
experiências, propor políticas, e até mesmo assumir a Pedagogia da Integração, só é
eficaz no coletivo, pois as atitudes isoladas, além do enfraquecimento da ação,
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Portanto, é bem normal que reflitamos nossas experiências, pois são elas que vão
garantir o futuro das novas gerações. A internet, a tecnologia, a globalização são sem dúvida
o meio que o homem concebe a si e ao mundo, não permitindo que o aluno se robotize e não
isole do meio coletivo.
O PROEJA, veio contribuir e oferecer oportunidades educacionais na última etapa da
educação básica, a uma formação profissional, constituído por Jovens e Adultos que
concluíram o ensino fundamental. Para Crispum (2001, p. 64):
Espírito Distrito
Ano Maranhão Goiás Ceará
Santo Federal
2005 5.093 10.281 8.835 7.553 8.776
2006 4.476 11.835 14.399 8.465 8.386
2007 3.842 13.277 20.352 5.9111 11.572
2008 4.254 13.073 20.624 11.209 11.984
2009 5.283 15.561 20.401 12.633 16517
2010 5.115 16.115 20.684 12.666 16.092
Conforme dados apresentados em 2006 a rede privada respondeu por 54,8% das
matrículas da educação profissional, enquanto a rede estadual ampliou sua participação de
26,6% em 2005, para 31,4% em 2006. Os dados das matrículas da educação profissional de
2006 revelam um crescimento de 5,3% em relação ao ano de 2005. Esse crescimento é
bastante acentuado nas matrículas na rede estadual, principalmente nos estados do Nordeste
(290,8%), com destaque para Pernambuco (900,9%), Alagoas (505,2%) e Paraíba (377,2%),
seguidos dos estados da Região Norte (161,1%), onde os maiores índices ocorreram em
Tocantins (808,0%) e no Amazonas (330,9%), de acordo mapa de Educação Profissional do
Brasil e Regiões e a planilha de matrículas por localização e dependência administrativa
identificados abaixo.
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EDUCAÇÃO PROFISSSIONAL
Concomitante e Subseqüente
VARIAÇÕES ABSOLUTA E PERCENTUAL DA MATRÍCULA
BRASIL E REGIÕES
Norte
2005 - 2006
9.390
Nordeste
(47,0%)
25.371
Centro-Oeste (36,7%)
1.283
Sudeste
(4,6%)
Censo 2005 = 707 mil -5.762
Censo 2006 = 744 mil Sul (-1,3%)
Diferença Absoluta: 7.145
Fonte: MEC/INEP
Fonte: MEC/INEP
Figura 01: Número de Matrículas na Educação Profissional, por Localização e Dependência Administrativa,
segundo a Região Geográfica e a Unidade da Federação, em 29/3/2006
Fonte: MEC/INEP.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRUDA, Thelny da Costa. A função política e social das Escolas Técnicas Federais.
ETFs – Brasília 1990.
FERREIRA, E. B., - UFES. RAGGI, D., CEFETES., GT: Trabalho e Educação. N. 09.
GADOTTI, M., ROMÃO, J. E., Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta.
11ª Ed. – São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2010. – (Guia da Escola Cidadã; V. 5), p.
19-58.