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EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
DE MINAS GERAIS
Curso Pró-Técnico
Disciplina:
Língua Portuguesa e
Literatura Brasileira
Texto Experimental – 1a Edição
Fonte: http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/
......................................................... Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Campus VIII – Varginha.
Sumário
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6. ORTOGRAFIA ................................................................................................. 51
7. ESTUDO DE TEXTO ....................................................................................... 53
7.1 - RECURSOS POÉTICOS ................................................................................. 55
7.1.1 - Assonância e aliteração ..................................................................... 55
7.1.2 - Ritmo.................................................................................................. 57
7.1.3 - Recursos Sonoros.............................................................................. 61
7.1.4 - Figuras de linguagem:........................................................................ 61
7.2 - NEOLOGIA .................................................................................................. 63
7.3 - SEMÂNTICA E PRAGMÁTICA .......................................................................... 67
EXERCÍCIOS.................................................................................................... 68
7.4 - COERÊNCIA TEXTUAL .................................................................................. 71
8. DUPLA POSSIBILIDADE DE LEITURA.......................................................... 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 90
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Sejam os textos:
Pontuação é tudo
Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e caneta e escreveu assim:
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou
aos pobres.
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens à minha irmã. Não a
meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz toda diferença.
A Mosca
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Elefantes
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Depois de dar à luz, a mamãe elefante alimenta seu bebê com seu leite várias vezes ao dia. Este
se mantém sempre junto dela durante os primeiros meses de vida, andando quase sempre por
entre as duas patas da mãe para maior proteção.
A alimentação do elefante adulto é composta por aproximadamente 250 a 320 quilos de folhas,
frutos e raízes. Essa quantidade de alimentos corresponde a mais ou menos um quilômetro
quadrado de vegetação rala. Além disso, precisam beber de 110 a 190 litros de água por dia, sem
falar na água do banho. É por isso que, para não dizimar a vegetação de um lugar, os elefantes
estão sempre viajando.
Os elefantes mais velhos e doentes, geralmente, retiram-se do grupo principal e formam sua
própria manada. Com eles vão alguns elefantes jovens, que lhes fornecem ajuda para procurar
comida e proteção contra outros animais.
Quando estão quase à morte, esses elefantes velhos e doentes procuram lugares calmos onde
possam conseguir água e comida com mais facilidade. Os mortos ficam por ali, o que deu a falsa
impressão de que existiriam “cemitérios de elefantes.”
Os elefantes jamais morrem por ataque de outros animais, sendo o homem o seu maior inimigo.
1 - Quais são as principais informações que o texto nos traz sobre os elefantes?
3 - Existem realmente cemitérios de elefantes? Comente, com base nas informações trazidas pelo
texto.
7 - Pontue as frases a seguir, usando os dois pontos com o mesmo objetivo apontado no item 5.
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a) As famílias de elefantes são formadas por estes componentes algumas fêmeas adultas, suas
crias e outros elefantes ainda jovens.
b) A alimentação do elefante adulto é composta por três elementos básicos folhas, frutos e raízes.
c) Há bandos de elefantes formados por outros elementos elefantes mais velhos e doentes e
elefantes mais jovens.
Depois de dar à luz, a mamãe elefante alimenta seu bebê com seu leite várias vezes ao dia.
Várias vezes ao dia, a mamãe elefante alimenta seu bebê seu leite depois de dar à luz.
Agora responda.
8.2. O que você pôde perceber que aconteceu com o uso da vírgula nas duas frases? Tem algo a
ver com a posição em que as expressões sublinhadas se encontram? Comente.
c) Durante o período de um dia um elefante precisa beber de 110 a 190 litros de água.
d) Um elefante precisa beber de 110 a 190 litros de água durante o período de um dia.
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Quando estão quase à morte, esses elefantes velhos e doentes procuram lugares calmos onde
possam conseguir água e comida com mais facilidade.
Esses elefantes velhos e doentes, quando estão quase à morte, procuram lugares calmos onde
possam conseguir água e comida com mais facilidade.
Esses elefantes procuram lugares calmos onde possam conseguir água e comida com mais
facilidade quando estão quase à morte.
Agora responda:
O que você pôde perceber com relação ao uso da vírgula nessas frases? Tem algo a ver de novo
com a posição de certas expressões na frase? Comente, procurando dizer que tipos de idéias são
por elas expressas.
a) O bebê elefante anda quase sempre por entre as patas da mãe para que fique mais protegido.
b) Os elefantes retiram-se do grupo principal e formam sua própria manada quando ficam mais
velhos e doentes.
Marcos era um adolescente que só pensava em jogar futebol e não ligava pra mais nada, até que
um dia ele estava jogando e viu uma linda garota, que estava assistindo o jogo, foi amor a primeira
vista, ele não tirava os olhos dela, até então a amiga da garota fazer um sinal para Beti que um
menino estava à observá-la, quando ela percebeu achou que ele era um cara simpático e
bonitinho.
Depois de ter comentado isso, ela pediu para Vanessa sua amiga para falar que ela queria ficar
com ele. Vanessa chegou e marcou um encontro entre os dois, mas Marcos já estava a pensar
para si mesmo; e agora o que eu vou fazer nunca beijei nenhuma garota, eu não sei beijar só falta
eu passar um vexame.
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Já estava na hora e Beti já o estava esperando a algum tempo, até que quando ela estava indo
embora ele apareceu tímido e embaraçado, Beti que já tinha alguma experiência foi direta ao
assunto pois percebeu que ela seria sua primeira namorada.
Ela perguntou a Marcos: - Você já beijou alguém em sua vida, ele não sabia o que falar, até que
resolveu encarar a verdade eu nunca beijei uma garota. Beti chega e fala pra ele não existe
segredo nisso.
E quando ele menos esperava ele já estava à beijá-la, demorou, mas depois do primeiro beijo
percebeu que não se tem nada a se temer.
o
(Texto produzido por um aluno o 1 ano do ensino médio
de uma escola pública estadual da Grande Porto Alegre).
Aposto: é o termo da oração que sempre se liga a um nome que o antecede com a função de
explicar, esclarecer, identificar, discriminar esse nome. Geralmente o aposto vem separado do
nome a que se refere por sinais de pontuação.
OBS.: Existe um tipo de aposto que normalmente não vem separado por sinais de pontuação,
como nos exemplos que seguem:
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Revista essa questão, releia atentamente o segundo parágrafo e procure ver em que situação
temos caso de aposto. Constatada tal situação, verifique se há necessidade ou não de pontuar o
aposto. Havendo, reescreva a frase em que ele encontrar-se, empregando o sinal de pontuação
adequado.
Travessão:
Aspas:
Um novo encontro que estava marcado para hoje acabou sendo transferido para a próxima
semana. “Não conseguimos avançar”, disse Maria Stella. Nem a agência nem as seguradoras de
saúde informaram os motivos do retrocesso nas negociações. As seguradoras querem cobrar dos
clientes antigos reajustes médios de 80%, valor considerado abusivo, na avaliação da ANS.
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a) Com base nesses dois exemplos, responda: como se inserem nos parágrafos desses dois
textos os discursos diretos marcados por travessão e os marcados por aspas?
b) Agora atente para o quarto parágrafo do texto do aluno que estamos analisando. Nele
aparecem dois discursos diretos. Identifique-os e reescreva o parágrafo com a pontuação
adequada.
c) Ainda atentando para esses dois discursos diretos, que tipo de frase temos no primeiro? Será
que a pontuação dela está adequada? Se não está, cuide também desse detalhe na re-escritura
do parágrafo.
Atividade de Pontuação I
Quem não desejou, pelo menos uma vez na vida, fazer um feitiçozinho? Sei lá? Mudar a nota de
um teste que correu mal! Fazer calar um professor que fala, fala e nunca mais se cala! Coisas
assim, do dia-a-dia! Quer saber como é que as bruxas aprendem? Decodifique a mensagem.
a. Leia tudo uma primeira vez antes de começar a colocar qualquer sinal. É só para apanhar a
idéia geral indicada para cada parágrafo.
b. Faça uma segunda leitura, se possível em voz alta. Ouvir as palavras ajuda a encontrar o ritmo
do texto, porque as palavras puxam-se umas às outras formando frases com sentido.
c. Divida os parágrafos.
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para produzir uma poção eficaz além de misturar os ingredientes corretos e colocá-los para
cozinhar à temperatura adequada a bruxa precisa saber a fórmula que deve ser pronunciada para
lançar o feitiço isso exige que a bruxa quando jovem passe por muitas horas de treino exaustivo
depois da escola ela precisa ter aulas de culinária estudar receitas aprender taquigrafia datilografia
e milhões de canções chamamentos gritos murmúrios e sortilégios para ter sucesso na carreira a
bruxa precisa de uma boa base de conhecimento os feitiços mais simples referem-se ao tempo
para desencadear uma tempestade no mar por exemplo é só a bruxa rodar um gato três vezes em
volta da cabeça e atirá-lo ao mar cantando Raios e trovões bruum bruum catatrá façam mil
vagalhões erguer-se no mar os feitiços para curar doenças são muito difíceis mas muito mais úteis
Atividade de Pontuação II
Apesar do ar carrancudo com que aparecem diante de princesas, reis e rainhas, as bruxas são
bem humoradas e gostam de se divertir. Como? Decodifique a mensagem e descubra.
5 parágrafos.
1º parágrafo (o ano das bruxas) - 3 períodos (2 vírgulas)
2º parágrafo (o dia das bruxas) - 3 períodos (9 vírgulas)
3º parágrafo (a festa da Primavera) - 1 período (2 vírgulas)
4º parágrafo (o dia dos namorados) - 2 períodos (1 vírgula)
5º parágrafo (o dia das colheitas) - 3 períodos (1 vírgula)
o ano das bruxas começa no Dia das Bruxas quando em alguns países fantasmas demônios e
crianças saem pedindo dinheiro e fazendo travessuras as casas são enfeitadas com velas dentro
de abóboras e morangas acendem-se fogueiras e as pessoas pescam maçãs num grande alguidar
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no dia das bruxas as bruxas reúnem-se à meia-noite e dançam ardentemente em torno das
chamas até ao amanhecer valsam sapateiam dançam de um lado para o outro depressa devagar
giram sacodem-se como só elas sabem o dia das bruxas é uma festa em que as roupas as
diversões e os vôos são os mais fantásticos na Festa da Primavera as bruxas jovens dançam em
torno do mastro de fitas cada uma querendo chamar a atenção para ser eleita a Rainha da
Primavera no dia dos Namorados as bruxas mais jovens colocam folhas de louro debaixo do
travesseiro para sonhar com os seus futuros maridos não se sabe se esses sonhos são muito
pacíficos a festa da colheita é a última oportunidade da jovem muitas bruxas fazem bolos mágicos
com o trigo recém-recolhido para oferecer aos seus namorados quando não consegue seduzir um
homem com a sua beleza a bruxa acaba por ter de usar os seus encantamentos.
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2. Sinais de Pontuação
• 2em frases que indiquem surpresa, espanto, admiração, alegria (Que espetáculo!)
• após interjeições (Bravo!, Bis!!!)
• indicando citações de outros autores (Disse Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena se a
alma não é pequena")
• em palavras ou expressões estrangeiras e gírias (Ele foi o "must", "tá"?!)
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• separar itens de uma enumeração (em leis, decretos, portarias, regulamentos etc.)
• separar orações com certa extensão, que dificultem a compreensão e respiração
• para frisar o sentido adversativo antes da conjunção
• separar orações que sejam quebradas por vírgula, para marcar pausa maior entre as
orações
• Em período composto:
o para separar as orações coordenadas assindéticas (sem conectivos)
o para separar as orações coordenadas sindéticas, quando os sujeitos das duas
orações forem diferentes
o para separar as coordenadas adversativas. É bom saber que não se pode usar
vírgula depois do mas e que, quando porém, contudo, todavia, no entanto e
entretanto iniciarem a frase, poderão ou não ser seguidos de vírgula. Essas
últimas conjunções sempre terão uma vírgula antes e outra depois quando
estiverem intercaladas no período
o para separar as coordenadas sindéticas alternativas em que haja as conjunções
ou....ou, ora.....ora, quer....quer, seja......seja
o para separar as coordenadas sindéticas conclusivas (logo, pois, portanto). O pois
com valor conclusivo (= portanto) sempre deve vir entre vírgulas
Ex.: Não era alfabetizado; não podia, pois, ter carta de habilitação.
o para separar as coordenadas sindéticas explicativas (Não fale assim porque
estamos ouvindo você)
o para separar as adverbiais reduzidas e as adverbiais antepostas ou intercaladas
na principal
o para separar as orações consecutivas
o isolar as subordinadas adjetivas explicativas. As restritivas, geralmente não se
separam por vírgula. Podem terminar por vírgula em casos de ter certa extensão
ou quando os verbos se sucedem. Entretanto nunca devem começar por vírgula.
(O rapaz, que tinha o passo firme, resolvei o problema / O aluno que estuda,
aprende)
• Vírgula antes do e:
o não se emprega nas enumerações do tipo das seguintes:
Ex.: Comprei um livro e um caderno / Fui ao supermercado e à farmácia
o usa-se quando vier em polissíndeto
Ex.: E fala, e resmunga, e chora, e pede socorro.
o a vírgula separa elementos com a mesma função sintática, exceto se estiverem
ligados pela conjunção e:
Ex.: O João, o Antônio, a Maria e o Joaquim foram passear.
o pode-se usar a vírgula se os sujeitos forem diferentes
Ex.: Eles explicam seus pontos de vista, e a imprensa deturpa-os.
o se o e assumir outros valores que não o aditivo, cabe o emprego de vírgula
Ex.: Responderam a mãe, e não foram repreendidos (adversidade)
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EXERCÍCIOS
1. Pontue as frases se necessário:
2. Pontue o período abaixo de forma que sejam possíveis dois sentidos opostos:
R.
b) com sentido de que vai morrer:
R.
2.3. A pontuação pode transformar uma frase relativa restritiva em relativa explicativa, o que
interfere no sentido a ser compreendido. Qual a diferença de sentido que podemos perceber em
cada uma das orações relativas?
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3. ACENTUAÇÃO GRÁFICA
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Toda
palavra da língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as
sílabas tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai
sobre a sílaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó. Além disso,
você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras
com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade
está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia).
1º - Divida-a em sílabas;
2º - Classifique-a quanto à tonicidade (oxítona, paroxítonas, proparoxítonas);
3º - De acordo com sua terminação, encaixe-a nos exemplos abaixo.
3.2 - Oxítonas
São assinaladas com acento agudo as palavras oxítonas que terminam em a, e e o abertos, e com
acento circunflexo as que terminam em e e o fechados, seguidos ou não de s:
a........ já, cajá, vatapá
as...... ás, ananás, mafuás
e....... fé, café, jacaré
es..... pés, pajés, pontapés
o...... pó, cipó, mocotó
os..... nós, sós, retrós
e....... crê, dendê, vê
es..... freguês, inglês, lês
o....... avô, bordô, metrô
os..... os bisavôs, propôs
- Incluem-se nesta regra os infinitivos seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las: dá-lo, matá-
los, vendê-la,fazê-las, compô-lo, pô-los etc.
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3.3 - Paroxítonas
3.4 - Proparoxítonas
- Acentuam-se sempre os ditongos tônicos abertos éi, éu, ói: boléia, fiéis, idéia, céu, chapéu, véu,
apóio, herói,caracóis etc.
- Acentuam-se sempre o i e o u tônicos dos hiatos, quando estes formam sílabas sozinhas ou são
seguidos de s: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, etc.
- Acentua-se com acento circunflexo o primeiro o do hiato ôo, seguido ou não de s: abençôo,
enjôo,corôo, perdôo, vôos etc.
- Mantém-se o acento circunflexo do singular crê, dê, lê, vê nas formas do plural desses verbos —
crêem, dêem, lêem, vêem — e de seus compostos — descrêem, relêem, revêem.
- Acentua-se com acento agudo o u tônico pronunciado precedido de g ou q e seguido de e ou i,
com ou sem s: argúi, argúis, averigúe, averigúes.
- Acentuam-se graficamente as palavras terminadas em ditongo oral átono, seguido ou não de s:
área, ágeis, importância, jóquei, lírios, mágoa, extemporâneo, régua, tênue, túneis.
- Emprega-se o trema no u que se pronuncia depois de g ou q, sempre que for seguido de e ou i:
agüentar, argüição, ungüento, eloqüência, freqüente, tranqüilizante.
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- Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação,
etc.
O acento diferencial é utilizado para distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira.
ás (subst.) as (artigo)
côa/côas (verbo coar) coa/coas (com + a/as)
pára (verbo parar) para (preposição)
péla/pélas e péla pela/pelas (verbo pelar e subst.)
pêra (subst. fruto da pereira) pêra (preposição)
pôde/ (pret. perf. do ind. de poder) pode (pres. do ind. de poder)
pólo/pólos norte ou sul
pelo, pela (preposição) pêlo (subst.)
pôr (verbo) por (preposição)
porquê (subst.) porque (conjunção)
quê (substantivo ou pronome no fim da frase) que (pronome, conjunção)
EXERCÍCIOS
A) Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pelo mesmo motivo de: também, incrível e
caráter.
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4. ESTUDO DE TEXTO
(As Cobras, Luís Fernando Veríssimo, Zero Hora, Segundo Caderno, 13 fev. 1995)
Num texto, o sentido de cada parte é definido pela relação que mantém com as demais
constituintes do todo. Assim como uma receita não é o amontoar dos ingredientes, o sentido do
todo não é mera soma das partes, mas é dado pelas múltiplas relações que se estabelecem entre
elas.
• Eu sabia que você era collorido por fora, mas caiado por dentro. (PRN/PFL)
• Você tem cores por fora, mas é revestido de cal por dentro.
• Você apresenta um discurso moderno, de centro-esquerda, mas é reacionário.
a comida
a sineta
a saliva
a sineta
a saliva
a saliva
a saliva
a saliva
a saliva
o mistério
o rito
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a igreja
o rito
a igreja
a igreja
a igreja
a igreja
a igreja
a revolta
a doutrina
o partido
a doutrina
o partido
o partido
o partido
o partido
o partido
a emoção
a idéia
a palavra
a idéia
a palavra
a palavra
a palavra
a palavra
a PALAVRA.
(Paes, José P. Um por todos, São Paulo: Brasiliense, 1986, pp. 92-3).
São Paulo ganha hoje um parque que reúne duas grandes “paixões” do paulistano: o
verde e a água. O verde está na farta arborização do novo local de lazer: 2100 árvores de 120
espécies diferentes. E a água está no lago que recobre 70% dos 110 mil metros quadrados de
área do parque Cidade de Toronto.
A vegetação procura fazer jus ao nome do novo local de lazer. Batizado com este nome
graças ao Programa Municipal de Intercâmbio Profissional firmado entre São Paulo e Toronto –
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que doou parte das verbas necessárias à sua construção -, o parque, situado na zona Oeste,
presta uma homenagem à cidade canadense através da vegetação típica de clima temperado,
como o pinheiro e o plátano, introduzida junto às plantas nativas.
(Jornal da Tarde, 1º de Julho de 1992)
EXERCÍCIOS
As piadas costumam ser engraçadas porque tiram partido da confusão na referenciação. Leia as
piadas abaixo e explique o motivo que as torna engraçadas.
Texto 1
Juquinha chegou esbaforido e todo sujo, além de atrasado, na primeira aula. A professora se
indignou:
- Isso é hora? E sujo desse jeito? Isso não tem mesmo uma explicação!
- Tem sim, professora: tive que levar a vaca lá de casa pro touro cobrir.
- Mas seu pai não podia fazer isso?
- Poder, podia, mas acho que a vaca prefere o touro.
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Texto 2
- Não deixe sua cachorra entrar mais na minha casa. Ela está cheia de pulgas.
- Princesa, não entre mais na casa porque ela está cheia de pulgas.
4.3 - Conexões
Como vimos anteriormente, os elementos de um texto estão em relação uns com os outros,
formando um "tecido" em que os fios se acham tramados. Mas essas relações não dizem respeito
somente aos referentes que aparecem no texto; dizem respeito também às relações entre
proposições. É o que veremos neste tópico e que chamamos "coesão seqüencial". Por exemplo,
as duas frases "Está chovendo. Vou pegar o guarda-chuva" são ligadas por uma relação de
causa-efeito sem a presença de um conectivo. Mas, na maioria dos casos, principalmente em
textos escritos, a ligação entre duas proposições deve ser expressa lingüisticamente.
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EXERCÍCIOS
Texto 1
O mesmo boné que aparecia na cabeça de um homem preso na zona da mata de Pernambuco
__________ ele saqueou um caminhão de cargas apareceu na cabeça do Presidente da
República. Esse fato pode sinalizar uma identidade entre os que usam o mesmo boné.
__________ assim interpretarmos, podemos dizer que o Presidente da República e o MST
assumem uma causa comum, __________, eles comungam a idéia de que a reforma agrária é
necessária, o que ninguém contesta. ___________, neste episódio particular, há quem veja no
gesto do Presidente um apoio aos saques realizados pelo MST. Trata-se, __________, de um
fato que pode ter conseqüências políticas negativas.
Texto 2
Texto 3
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b) Reescreva o último parágrafo, construindo um único período explicitando as relações por meio
dos conectivos adequados.
c) O conector “ou” que aparece no primeiro parágrafo tem valor inclusivo ou exclusivo? Por quê?
Nos períodos abaixo foi empregado o pronome "onde". Em alguns deles, esse emprego é
inadequado. Assinale as alternativas ocorre o problema e reescreva o trecho de modo a
saná-lo
(a) A literatura médica de vários países serviu de base para uma pesquisa, onde o resultado
mostrou que dois terços dos cegos do mundo estão concentrados na Índia, China e na África.
(b) Para as crianças de países pobres, onde as condições de saúde são precárias, o risco de
cegueira é dez vezes maior comparativamente ao risco de cegueira que correm as crianças de
países ricos.
(c) Após mais de uma década de controvérsia, os artefatos da caverna sul-africana, onde se
encontram também ossadas humanas, já estão sendo aceitos como a mais antiga evidência de
que o homem surgiu na África.
(d) Talvez por conta de um maior número de pobres, o Nordeste é a região do país onde as
marcas dos produtos estão menos presentes nas cabeças das pessoas.
(e) Aqueles produtos da pesquisa Top of Mind onde as marcas estão mais presentes nas cabeças
femininas são margarina, chocolate e desodorante.
(f) Para a Unilever Brasil, fabricante do produto, é mais do que razão para comemorar, já que o
Brasil é o país onde mais se vende Omo no mundo.
b) Não ousava fazer-lhe nenhuma queixa, (…) mas ficava calada e emburrada. (contradição)
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c) As mulheres, quando os maridos saíam, mandavam acender uma lamparina à Nossa Senhora.
(tempo)
Os dois trechos que se seguem foram extraídos da letra da música “Último desejo", de Noel
Rosa.
Na biografia do autor, Noel Rosa, consta que a cantora Aracy de Almeida andou alterando a letra
do ilustre compositor. O amigo de Noel Rosa, Armênio Mesquita Veiga, deu-lhe a notícia nestes
termos: “... em vez de ‘Mas meu último desejo’, ela canta ‘Pois meu último desejo’ e em lugar de
‘Que meu lar é o botequim’, ela diz ‘que meu lar é um botequim’". Diante da informação do amigo,
Noel Rosa reagiu: “Juro que nunca mais dou música minha para ela gravar”.
(João Máximo e Carlos Dider. Noel Rosa, uma biografia. Brasília, Ed. UNB, 1990, pp 446-52).
O cantor Noel Rosa tem razão de ficar irritado com as alterações que a cantora Aracy de Almeida
introduziu na letra da canção?
a) Por que a conjunção pois é inadequada para exprimir a relação que vem expressa pela
conjunção mas?
b) Sob que ponto de vista do significado, que diferença faz trocar o artigo o por um em “meu lar é
o botequim”?
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Metalinguagem é uma das possibilidades de produção de texto - poético ou não, sem perder de
vista a originalidade de expressão - é ter um ponto de partida referencial. "Em literatura não há
geração espontânea": as linguagens se cruzam, se relacionam, se complementam... dão a
possibilidade criativa de fazer nascer obras sempre novas, fortes, únicas e vivas.
Mas,
Estes pedaços marcados e suados,
Que morrem
(parte de uma fotografia de Sebastião Salgado)
Sem febre e sem realidade,
Não são nossa fuga...
São fantasmas
Que velam o nosso silêncio
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
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Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações [de apreço
ao sr. Diretor.
(...)
Estou farto do lirismo* namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
Manuel Bandeira
(BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993).
A palavra intertextualidade significa interação entre textos, um diálogo entre eles. E texto no
sentido amplo: um conjunto de signos organizados para transmitir uma mensagem, portanto, no
mundo atual da multimídia, ela acontece entre textos de signos diferentes.
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Goethe
Doce e terno,
Doce e terno para mim. Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais
Minha terra tem mais rosas Não permita Deus que eu morra
E quase que mais amores Sem que volte pra São Paulo
Minha terra tem mais ouro Sem que veja a Rua 15
Minha terra tem mais terra E o progresso de São Paulo
Os sururus em família têm por testemunha a mas custam cem mil réis a dúzia.
[ Gioconda.
Eu morro sufocado Ai quem me dera chupar uma carambola de
em terra estrangeira. [ verdade
Nossas flores são mais bonitas e ouvir um sabiá com certidão de idade!
nossas frutas mais gostosas
■ Carlos Drummond de Andrade, 1945
UMA CANÇÃO
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■ José Paulo Paes, 1973 (PAES, José Paulo. In Meia Palavra, 1973)
JOGOS FLORAIS
Jogos Florais I
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Jogos Florais II
■ Ferreira Gullar, 2000 (GULLAR, Ferreira. In O Globo, caderno Prosa & Verso, 02/09/2000)
Para Cláudia
Guilherme de Almeida
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte: A citação é a forma
mais explícita de marcar a reprodução de discurso no discurso. Falamos de citação sempre que
um determinado locutor reproduz, no seu ato de enunciação, um outro ato de enunciação
originário de um locutor diferente (ou de si próprio, num outro momento). É raro que as palavras
citadas correspondam textualmente às palavras proferidas. É uma transcrição de texto alheio,
marcada por aspas. A música Cinema Novo, de Caetano Veloso, faz citações:
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Na citação sobre o samba, Caetano Veloso diz que o Cinema Novo quer representar o Brasil,
como fez o samba da época de Carmem Miranda.
Epígrafe, do grego gráphein (“inscrição”), é um texto breve, em forma de inscrição solene, que
abre um livro ou uma composição poética. ver a introdução do texto do Gonçalves Dias; A “canção
do exílio”, de Gonçalves Dias, apresenta versos introdutórios de Goethe, com a seguinte tradução:
“Conheces o país onde florescem as laranjeiras? Ardem na escura fronde os frutos de ouro...
Conhecê-lo? Para lá, para lá quisera eu ir!”
A epígrafe e o poema mantêm um diálogo, pois os dois têm características românticas, pertencem
ao gênero lírico e possuem caráter nacionalista.
Alusão é uma referência explícita ou implícita a uma obra de arte, um fato histórico ou um autor,
para servir de comparação, e que apela à capacidade de associação de idéias do leitor. O recurso
à alusão literária torna clara a relação de um autor com a tradição com a qual se identifica. A
alusão é a referência direta ou indireta a um texto preexistente. Machado de Assis, em seu livro
Dom Casmurro cita Otelo, personagem de Shakespeare, para que o leitor analise o drama de
Bentinho.
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(LIMA, Jorge de. Poesia. Org. Luiz Santa Cruz. 3.ed. Rio de Janeiro: Agir, 1975)
O autor retoma explicitamente a oração Ave Maria e mantém-se fiel a ele, justapõe a figura de
Maria à da sua mãe, refere-se à hora do Ângelus.
Paródia é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com
ele, sutil ou abertamente”. Ela acontece no famoso poema de Carlos Drummond de Andrade, No
meio do caminho, que faz uma paródia do soneto Nel Mezzo Del Camin, de Olavo Bilac que, por
sua vez, remete ao primeiro verso da Divina comédia, de Dante Alighieri: “Nel mezzo del camin de
nostra vita”. Além do título, Drummond imitou o esquema retórico do soneto de Bilac, ou seja, em
vez de parodiar o significado, promoveu uma paródia na forma: empenhou-se na imitação irônica
da estrutura, reproduzindo apenas o quiasmo (repetição invertida) do texto.
No meio do caminho
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MENTIRAS
Mário Quintana
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EXERCÍCIOS
As questões de 1 a 5 referem-se ao texto seguinte:
Quando era menino, o pintor mexicano Diego Rivera entrou numa loja, numa daquelas antigas
lojas cheias de mágicas e surpresas, um lugar encantado para qualquer criança.
Parado diante do balcão e tendo na mão apenas alguns centavos, ele examinou todo o universo
contido na loja e começou a gritar, desesperado: “O que é que eu quero ???”.
Quem nos conta isso é Frida Kahlo, sua companheira por mais de 20 anos. Ela escreveu que a
indecisão de Diego Rivera o acompanhou a vida toda. Ao ler isso, me perguntei:
quem de nós sabe exatamente o que quer? A gente sabe o que não quer: não queremos
monotonia, não queremos nos endividar, não queremos perder tempo com pessoas mesquinhas,
não queremos passar em branco pela vida. Mas a pergunta inicial continua sem resposta: o que a
gente quer, o que iremos escolher entre tantas coisas interessantes que nos oferece esta loja
chamada Futuro? Sério, a loja em que o pequeno Diego entrou chamava-se, ironicamente, Futuro.
O que é que você quer? Múltiplas alternativas. Medicina. Arquitetura. Música. Homeopatia. Casar.
Ficar solteiro. Escrever um livro. Fazer nada o dia inteiro. Ter dois filhos. Ter nenhum. Cruzar o
Brasil de carro. Entrar para a política. Tempo para ler todos os livros do mundo. Conhecer a
Grécia. Morrer dormindo. Não morrer. Aprender chinês. Aprender a tocar bateria. Desaprender
tudo o que aprendeu errado. Acupuntura. Emagrecer. Ser famoso. Sumir. O que você quer? Morar
na praia. Filmar um curta. Arrumar os dentes. Abrir uma pousada. Recuperar a amizade com seu
pai. Trocar de carro. Meditar. Aprender a cozinhar. Largar o cigarro. Nunca mais sofrer por amor.
Nunca mais. O que você quer? Viver mais calmo. Acelerar. Trancar a Faculdade. Cursar uma
Faculdade. Alta na terapia. Melhorar o humor. Um tênis novo. Engenharia Mecânica. Engenharia
Química. Um mundo justo. Cortar o cabelo. Alegrias. Chorar. Abra a mão, menino, deixe eu ver
quantos centavos você tem aí. Olha, por esse preço, só uma caixinha vazia, você vai ter que
imaginar o que tem dentro. Serve.
(MEDEIROS, Marta . Montanha russa. Porto Alegre: LPM, 2003. p.199-200.)
a) “Abra a mão, menino, deixe eu ver quantos centavos você tem aí”. (linha 35)
b) “Ao ler isso, me perguntei: quem de nós sabe exatamente o que quer?” (linha 9)
c) “... antigas lojas cheias de mágica e surpresas, um lugar encantado para qualquer criança.”
(linha 2)
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d) “Parado diante do balcão e tendo na mão apenas alguns centavos, ele examinou todo o
universo contido na loja...” (linha 4)
5) “Abra a mão, menino, deixe eu ver quantos centavos você tem aí.” (linha 35)
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5. VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma
língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, de
gênero para gênero, idade para idade, e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar
que o uso seja uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes
variedades de uma só forma da língua.
Sem nenhum juízo de valor, a norma pode variar no interior de uma comunidade
idiomática, seja de um ponto de vista diatópico (português de Portugal, português do Brasil,
português de Angola), seja de um ponto de vista diastrático (linguagem culta, linguagem média,
linguagem popular), seja, finalmente, de um ponto de vista diafásico (linguagem poética,
linguagem da prosa, situações de comunicação). Tudo isso sem alterar a coesão do sistema, que
faz a unidade fundamental da língua. Sistema e norma são coisas distintas. O que varia é a
norma.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe,
Timor-Leste. O primeiro passo no processo de criação da CPLP (Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa) foi dado em São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, por ocasião da
realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua
Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambiquel, Portugal e São Tomé e
Príncipe -, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney. Na reunião, decidiu-se criar o Instituto
Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que se ocupa da promoção e difusão do idioma comum
da Comunidade.
EXERCÍCIO
Observe o texto que se segue:
Em 1983, no decurso de uma visita oficial a Cabo Verde, o então ministro dos Negócios
Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama, referiu que:
"O processo mais adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos
sete países de língua portuguesa espalhados por África, Europa e América seria realizar cimeiras
rotativas bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de Ministros de
Negócios Estrangeiros, efectivar consultas políticas freqüentes entre directores políticos e
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Ortografia: “p” e o “n” são muitas vezes sons mudos em português quando antecedem outra
consoante. No Brasil, como não são pronunciadas na linguagem padrão foram eliminadas da
escrita. Assim, enquanto que em pt-PT se
Curiosidade
escreve “acção”, “baptismo”, “óptimo”, “Egipto”,
O Brasil espera que Portugal e Cabo Verde ratifiquem
acordo ortográfico da língua portuguesa. “Neptuno” e “connosco”; no Brasil escreve-se
Siglas. A “SIDA” lê-se, em ambos pt-BR e pt-PT como “Síndrome da Imonudeficiência Adquirida”.
No entanto, no Brasil, a leitura da sigla como “AIDS”, embora proveniente da sigla em língua
inglesa (Acquired Immunodeficiency Syndrome), é de uso comum e é perfeitamente
compreensível em um diálogo. De forma similar, a leitura da sigla “ADN” (ácido
desoxirribonucléico) é igual em ambos os países, embora ao menos no Brasil também seja de uso
comum a forma inglesa, “DNA”. Ocorre o inverso com a sigla da Organização do Tratado do
Atlántico Norte, cuja sigla é preferida no original em inglês (NATO) no pt-PT e traduzida para sua
equivalente em português (OTAN) no pt-BR.
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Uso do trema no Brasil. As sílabas “qüe”, “güe”, “güi” são usadas no Brasil para indicar que o “u”
é lido, mas não em Portugal e África (escreve-se simplesmente “que”, “gue” ou “gui”), apesar de
ser lido da mesma forma. Exemplo: pt-BR “agüentar”, “freqüente”, pt-PT “aguentar”, “frequente”. É
fundamental observar que a regra brasileira determina o uso do trema, mas ela não é seguida por
muitos. Há até veículos de comunicação que aboliram por si próprios o sinal (p. ex.: Revista IstoÉ,
por exemplo). O acordo ortográfico de 1990, que talvez seja adotado em breve, prevê a completa
abolição do trema na escrita do português.
Acentuação variável. Devido à pronúncia padrão de cada país, as vogais “o” e “e” antes das
consoantes nasais “m” e “n”, quando tônicas, são fechadas no Brasil e abertas em Portugal e
África. Ex. pt-BR “Mônica”, “Antônio” e “econômico”, pt-PT “Mónica”, “António” e “económico”. No
Brasil, as palavras terminadas em “éia” têm o “é” do ditongo “ei” acentuado, mas não no português
escrito na África e Portugal. Assim, escreve-se “Assembléia” e “Européia” no pt-BR e “Assembleia”
e “Europeia” em Portugal. Também no Brasil utiliza-se o acento circunflexo no penúltimo o
(fechado) do hiato oo: “vôo”, “enjôo”, “abençôo”, “perdôo”, etc. Em Portugal: “voo”, “enjoo”,
“abençoo”, “perdoo”
Significados diferentes. Algumas palavras têm significados diferentes nos dois países. Alguns
exemplos:
1. No Brasil, “puto” é uma gíria para prostituto no sentido pejorativo, e em Portugal significa
apenas uma criança do sexo masculino.
2. Em Portugal, “bicha” pode ser o que os brasileiros entendem por “fila”, muito embora a
palavra também tenha o significado brasileiro de homossexual.
3. No Brasil, “banheiro” é o que em Portugal se chama “casa de banho”; em algumas regiões
de Portugal, “banheiro” é o que os brasileiros chamam de “salva-vidas” ou “guarda-vidas”.
“Salva-vidas” também é usado em Portugal.
Formas verbais: como estou a fazer, ando a fazer (Portugal); estou fazendo (Brasil).
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Conjugação em 2ª pessoa (tu e vós) – no Brasil, restrita a algumas regiões que, em geral, empregam o tu
conjugando o verbo na 3ª pessoa: tu vai, tu foi.
Fonética – as diferenças são profundas. De modo geral, a pronúncia em Portugal é mais rápida e seca:
Al'manha (Alemanha), esp'rança (esperança), p'reira (pereira). Outras distinções: o hábito, em Portugal, de
alongar certas vogais, transformando-as em ditongo: senhoire (senhor), fazeire (fazer) ou de pronunciar
como ai o ditongo ei: baijo (beijo).
O trecho abaixo, do romance "A vida verdadeira de Domingos Xavier ", do escritor angolano José Luandino
Vieira, mostra um pouco do português usado em Angola.
"Miúdo Zito entrou a correr no pequeno compartimento que servia de sala e, atravessando no quintal, viu o
avô, ao fundo, junto às aduelas. Parou, ofegante, e depois chamou:
- Vavô! Vem depressa. Tem preso!
Velho Petelo se virou e interrogou com seus olhos pequenos, piscando na luz do sol da manhã coado nas
folhas da mandioqueira:
- Menino disse tem preso? Viste com teus olhos?
Arrastando a perna esquerda e seguido por miúdo Zito, atravessou na sala e saiu para o areal vermelho.
Rodearam na cubata de sô Miguel, e, em frente, onde já se aglomeravam algumas mulheres com seus
monas escondidos nos panos, viram o homem que fazia esforços para descer da carrinha, debaixo das
pancadas de dois cipaios."
miúdo – garoto; aduelas - tábuas de barril usadas para formar cercas delimitando o quintal; cubata - habitação feita de
restos de materiais de construção; barraco, casebre; monas – crianças; carrinha - caminhonete aberta, tipo pick-up;
cipaios - policiais africanos, encarregados de policiar a população africana.
5.2 - Jargões
( ) " As expressões são data venia, permissa venia, concessa venia. O senhor, para não usar
de aspereza, o senhor bota data venia, que quer dizer "com o devido respeito", bota antes data
venia e aí fala o que quiser para o juiz. Os sinônimos de data venia seriam permissa venia,
concessa venia. Eu jamais repito data venia no mesmo processo. Só data venia, data venia, fica
enfadonho, né?"
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( ) "Tem gente que nasce com coração maior ou menor, com vários defeitos. Essas são as
cardiopatias congênitas, né, o coração pode nascer com inúmeros defeitos. Agora, o tamanho do
coração também tem a ver com outros problemas que não são congênitos, como a insuficiência
coronariana."
( ) "Olha, hoje em dia, uma campanha, qualquer que seja, sai muito cara e não se admite mais
nenhum esforço em qualquer organização do país ou do mundo que não use informática para
melhorar seu controle de custos, melhorar a divulgação de suas mensagens junto aos clientes,
melhorar a organização da campanha. Então a informática serve para tudo isso, é a ferramenta
moderna e que está penetrando em todas as empresas."
( ) "O cavaquinho me atura há mais ou menos uns 14, 15, 20 anos. Eu não sei, eu acho que eu
já nasci tocando esse troço, é mais um instrumento, né, mais uma arma pra segunda sem lei, pra
gente aturar aí esse pessoal que infelizmente, né, não dão muito espaço, não dão mais espaço
pra gente, pro samba autêntico, samba bom, samba de fato, samba de Cartola, de Nelson, de
Donga, de João da Baiana, Pixinguinha, Bide e Marçal, entendeu, que não tocam e a gente
enfrenta a segunda-feira, e aqui uma arma é o cavaco, a outra, o violão de sete cordas, a flauta,
como o tio Pixinguinha tocava, o pandeiro, o Joseli e o surdo recuperado, o surdo, no lugar da
tambora, nada contra, né, tambora ou tantam, mas o surdo, que é um instrumento adicional pra
agüentar esse excesso de lei que tem por aí, que, infelizmente, não viabilizam a música de
qualidade no rádio, né? Nas AM, nas FM, você ouve muita música importada do que música
nacional".
( ) "É importante que a gente faça a maromba, que a gente utilize o trabalho de maromba que é
pro corpo ficar sarado, pra que a gente possa ficar casca grossa."
( ) "Então a nossa filosofia é mostrar pras pessoas, né, tentar passar pras pessoas que elas
podem brilhar, que elas são importantes (...) Então nós viramos pro negro e falamos: pô, negócio
seguinte, tu é bonito, tu não é feio como dizem que tu é feio. Teu cabelo não é ruim como dizem
que teu cabelo é ruim, entendeu? Meu cabelo é crespo, entendeu? Existe cabelo crespo, existe
cabelo liso. Não tem essa de cabelo bom, cabelo ruim. Por que que cabelo de branco é bom e
meu cabelo é ruim?"
( ) Foi no Cristal Grafiti. A onda veio abrindo inteira, dropei no crítico, fiz o bottom turn de
backside, subi e dei um rasgadão. Aí deixei cair lá embaixo, subi novamente, dei outra rasgada e,
quando ela engordou, adiantei, dei um cutback bem agachado e bati na espuma. Veio a junção e
mandei uma esbagaçada, depois foi aquela marolagem, enganação.
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Lembrem-se das diferenças regionais sobre as quais falamos: “larga mão”, “véi”; “fio” , que são
expressões bem típicas e mostram bem a função social da linguagem, consequentemente a
adequação ou inadequação de seu uso.
Conversinha Mineira
(texto extraído do livro A Mulher do Vizinho, Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1962, pág. 144.)
a) sujeito astucioso, malandro, nada dizendo que possa ser interpretado como opinião ou
tomada de posição.
b) cara folgado, indolente, evitando a todo custo qualquer trabalho que venha interromper o
seu sossego.
c) homem ingênuo, de boa fé, facilmente enganado pelos fregueses espertalhões e políticos
ladinos.
d) cara pacato, pacífico, desencorajando qualquer intenção de briga ou discussão.
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2) O dono do leiteria, bom mineiro que é, respondeu a quase todas as perguntas de modo:
a) provocante
b) desonesto
c) objetivo
d) evasivo
As línguas de cultura têm variantes, variações e variedades, mas é preciso que se lute para que elas não
extrapolem aquele matiz ideal preconizado por Jorge Luís Borges – “um matiz que seja bastante discreto
para não entorpecer a circulação total do idioma e bastante nítido para que nele ouçamos a pátria”.
(CUNHA, Celso. A questão da norma culta brasileira. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1985).
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6. ORTOGRAFIA
Eis aqui um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do
brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica. Em vez de melhorar o ensino, vamos
facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo. Para não assustar os poucos que
sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma
gradual.
No primeiro ano, o "Ç" vai substituir o "S" e o "C" sibilantes, e o "Z" o "S" suave. Peçoas que
açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O "C" duro e o "QU"
em que o "U" não é pronunçiado çerão trokados pelo "K", já ke o çom é ekivalente. Iço deve
akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza
prátika e ekonômika.
Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko
"H" mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O "CH" çera çimplifikado para "X"
e o "LH" pra "LI" ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como "onra" fikem 20%
mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe. Da mesma
forma, o "G" ço çera uzado kuando o çom for komo em "gordo", e çem o "U" porke naum çera
preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em "tigela", uza-çe o "J" pra façilitar ainda mais a
vida da jente.
No terçeiro ano, a açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças
mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que
alem de desneçeçarias çempre foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando
kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo virgulas
dois pontos aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio
já vaum tarde.
No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos
adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu
xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Os karioka talvez
naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de eskrever xxx nos finau das palavra
mas vaum akabar entendendo. Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra
akabar com o D nos jerundio mas ai tambem ja e eskuliambaçaum.
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No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem
fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba
toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i ai im vez di
çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum eli ki e muito milio
çertu ? os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta
fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a
fraze akabo.
Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança
pçikolojika todu mundu vai iskreve sempri çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e
finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu ate us jornalista us publiçitario us blogeru
us adivogado us iskrito i ate us pulitiko i u prezidenti olia ço ki maravilia.
O texto acima é bem engraçado. Entretanto, apesar de defender o argumento de que a escrita e a
leitura seriam mais fáceis se fossem um espelho fonético da fala, não é bem isso que acontece. O
que percebemos é o caráter convencional do uso de certas letras para designar certos sons. A
fuga dessa canonização ortográfica causa enorme dificuldade na leitura. A escrita é, pois, um
mero artifício convencional sobre como escrever as palavras. É o conhecimento dessas
convenções que torna a escrita mais ou menos compreensível. Você agora terá como tarefa
reescrever o sétimo parágrafo segundo as regras da ortografia atualmente em vigor no Brasil. Em
tempo, não se esqueça das regras de acentuação e da pontuação.
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7. Estudo de TEXTO
1. revelar a opinião ou a emoção do falante: é o que fazem, por exemplo, biografias, memórias,
poesias líricas e cartas de amor.
2. oferecer informações: como em notícias de jornal e textos científicos.
3. influenciar o comportamento do receptor: vemos isso em sermões e propagandas que se
dirigem diretamente ao consumidor.
4. revelar recursos imaginativos criados pelo emissor: o que percebemos em obras literárias, letras
de música e em algumas propagandas.
POEMINHO DO CONTRA
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Faça uma análise das palavras em destaque nesses versos de Quintana. O que você observa ao
ler o último verso, mais especificamente a palavra passarinho? Quais as implicações de sentido
para a palavra passarão? No que se refere ao significado, que conclusão podemos tirar desse
efeito, digamos, a posteriori?
Em um mesmo texto, podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a
função predominante no texto, para então defini-lo. Quando a língua ultrapassa a sua função
basicamente comunicativa e se torna, ela própria, a matéria-prima para uma obra de arte, tem-se
como resultado o texto literário. "Essa aplicação artística da língua é espontânea e encontra-se em
todas as sociedades, mesmo as mais rudimentares." (Mattoso Câmara Jr., 1996).
Paulo Leminski (Melhores poemas de Paulo Leminski. Seleção Fréd Góes, Global, São Paulo,
1996).
Texto poético
Para caracterizar a atividade literária como essencialmente poética, Mattoso Câmara Jr. afirma: "A
poética é a atividade lingüística que tem um objetivo de arte e procura criar com a linguagem um
estado psíquico de emoção estética por meio da aplicação sistemática de processos de estilística.
(...) A expressão lingüística tende a organizar-se em frases ritmadas, na base da entonação, do
número de sílabas, da distribuição mais ou menos regular das sílabas acentuadas, constituindo-se
séries de versos; mas a POESIA, ou atividade poética em sentido lato, se faz também em PROSA,
isto é, sem essa organização rítmica das frases."
Várias são as possibilidades de exploração da linguagem com esta função poética: no material
sonoro, nas palavras, na associação de idéias, nas construções frasais. Para isto utilizam-se o
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A poesia pode ainda ser encontrada em outras manifestações artísticas, como a pintura, a música,
a dança, etc. O prazer estético é o que sentimos ao ler um texto poético, ao observar um quadro,
ao ouvir uma música, quando nos sensibilizamos e experimentamos um estado emotivo ou lírico.
Paulo Leminski
Ali se ali
ali se dissesse
ali quanta palavra
só veio e não desce
ali
se ali
bem ali
se alice dentro da alice
ali se visse só alice
quanto alice viu com alice
e não disse ali se parece
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Se
se
nem
for
terra
se
trans
for
mar
Tanto na fotografia (detalhe da casa Mila, Espanha) quanto na pintura (quadro Gato de Jean Miro),
assim como em várias outras linguagens, é possível identificar esses recursos de repetir
elementos para produzir determinado efeito.
7.1.2 - Ritmo
Trem de ferro
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
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Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
(café com pão é muito bom)
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
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Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(trem de ferro, trem de ferro)
1) Uma olhada panorâmica nos dá conta que o poema contém 53 versos distribuídos em 6
estrofes de tamanhos irregulares, formadas por versos que oscilam entre 1 e 12 sílabas. Essa
distribuição não é feita ao acaso, mas guarda uma relação estreita com o significado contido nos
versos e nas estrofes. A primeira estrofe contém 3 versos de 4 sílabas e é logo seguida por uma
estrofe de 12 sílabas.
3) O primeiro verso da terceira estrofe assinala uma mudança em relação ao verso anterior.
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a) Do ponto de vista da velocidade, essa alteração indica maior ou menor rapidez? Por quê?
b) No plano do sentido, os versos começam a descrever mudança de paisagem. Cite o verso
que denota isso.
c) Ainda no plano do sentido, há versos que indicam aumento de potência da máquina. Cite-
os.
6) Na estrofe 5, há uma mudança de tema e de enunciador: não é mais a voz simulada do trem
que “fala” e o tema não são mais os ruídos das engrenagens nem os objetos da paisagem.
a)a sonoridade das palavras é tão ou, por vezes, mais importante que o sentido.
b)o que se diz é sempre mais relevante do que o modo como se diz
c) o plano do conteúdo entra em conflito com o plano da expressão, resultando daí o sentido
global da obra.
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Onomatopéia: ocorre quando o plano da expressão de uma palavra ou conjunto de palavras, isto
é, os sons que os compõem, imita o som do objeto representado.
Metáfora: É transferência ou transporte do significado total e possível de uma palavra para outra
palavra. “Eu sou a mosca que pousou na sua sopa” (incômoda, dá nojo)
Comparação: É uma associação mais limitada de sentidos. “Tal qual o sol deseja a vinda da
noite, eu desejo sua presença”. Eu me pareço com o sol apenas nesse aspecto.
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Ironia: Quando se tem a intenção de falar o contrário do que está dizendo: Coitadinho do
assassino! Acabou condenado.
Antítese: Uso de palavras de sentidos opostos (antônimos) para expressar contradição. Morte e
Vida Severina. Uns buscam o bem, outros o mal.
Assonância: Repetição de vogais. Nos versos de João Cabral de Melo Neto: “pois catar esse
feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco.” O
Onomatopéia: Figura sonora que procura reproduzir ou imitar os sons ou ruídos. Ploc, ploc,
passou o cavalo; Toc, Toc, quem chama?; Tiquetaque, Tiquetaque. A monotonia das horas.
Polissíndeto: Repetição insistente da conjunção “e” que cadencia o ritmo fluente do verso,
enfatizando o fluir das idéias, como flashes consecutivos. "E fale e ri e gesticula e grita."
TAREFA
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Agora que você conhece muitos dos recursos usados pelos poetas, tente localizar nos poemas do
livro Nariz de Vidro de Mário Quintana exemplos de recursos rítmicos e figuras de linguagem
usados pelo autor.
7.2 - Neologia
Citando Ieda Maria Alves, no texto A renovação lexical nos domínios de especialidade, o léxico da
língua portuguesa, como de toda língua viva, renova-se incessantemente. Algumas unidades
lexicais, sobretudo as de origem latina, acompanham a história dessa língua desde a fase arcaica
do português e ainda são usadas pelos falantes contemporâneos. Citamos, como exemplo, o
substantivo administração (< administrat o, õnis > “ação de prestar ajuda, execução,
administração, gestão, direção”), registrado no português desde o século XIV e ainda amplamente
usado no português contemporâneo.
Ao longo dos séculos, o português foi ampliando seu léxico, tanto com unidades lexicais mais
gerais, conhecidas pela maioria dos falantes, como com unidades mais específicas a um domínio.
Mattoso Câmara, em História e estrutura da língua portuguesa, faz referência a cinco campos
semânticos, constituídos por termos portugueses originários, especialmente, do latim popular, mas
também do latim erudito e de outras línguas: termos relativos aos domínios do mundo físico, das
partes do corpo humano, do parentesco, do transcurso do tempo e do tempo climático. Refere-se
também o autor à contribuição que outras línguas aportaram a esse léxico: os empréstimos do
árabe nos domínios da agricultura e da alimentação (arroz, alface, algodão, azeite, cenoura),
denominações territoriais (aldeia, bairro), ofícios (alfaiate, alferes); os empréstimos do italiano
marcam a influência italiana, de caráter literário e artístico, na época do Renascimento: termos da
música (arpejo, piano, violoncelo), da pintura (aquarela), da poesia (soneto); os do tupi
representam designações da flora (capim, jacarandá, peroba) e da fauna (acará, perereca,
tamanduá) brasileiras.
O desenvolvimento das ciências e das técnicas, que se processa de maneira crescente, gera,
conseqüentemente, um número igualmente crescente de novos termos, necessários para
denominar os novos inventos, as novas tecnologias. Como são criados esses termos? Além de
prefixos de origem grega e latina, como macro-, mega -, micro-, ultra -, alguns domínios de
especialidade apresentam características próprias para a formação de seus termos. Assim, a
medicina tem recorrido a radicais de origem grega para a formação de parte de seus termos, a
exemplo de hemo-, “carregado de sangue”, que forma hemodiálise, hemodiluição, hemograma,
além de mais três centenas de outros compostos. Recorre também a sufixos próprios, a exemplo
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Outro tipo de empréstimo semântico é observado em termos como árvore, folha, nó,
ramo,utilizados na botânica e empregados, por meio da transferência metafórica, na terminologia
da inteligência artificial, adquirindo, nesse vocabulário, significados próprios.
Segundo Alfredo Maceira Rodríguez, o português, como as demais línguas ditas de cultura, sofreu
no seu devir histórico interferência de outras línguas, assim como também contribuiu para
enriquecer outras com as que em algum período histórico entrou em contato, porém, nos últimos
séculos, algumas línguas, devido ao grande desenvolvimento científico e tecnológico que
alcançaram os países de que são originárias, interferiram avassaladoramente em outras línguas e
culturas, impondo seus valores e com eles os elementos lingüísticos que os acompanham. A
grande penetração cultural e lingüística exercida pela França na língua portuguesa do século XIX,
foi substituída pela do inglês americano.
Aqui, vale lembrar o termo GAVROCHE, que encontramos no poema “Minha rua”, de Mário
Quintana. Essa palavra remete ao nome de um personagem masculino de Victor Hugo, e
caracteriza um menino parisiense bastante arteiro, impertinente e engraçado. Victor Hugo foi
poeta, romancista, ensaísta e artista plástico francês do séc. XIX. Seu romance mais conhecido é
Os Miseráveis. Sabendo que Quintana nasceu e viveu nos primeiros anos do séc. XX, explica-se a
influência que teve da cultura da francesa. Lembre-se de que Quintana traduziu Proust, Voltaire,
Maupassant Balzac, todos franceses.
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A expansão e progresso econômico dos países de fala inglesa, principalmente o dos Estados
Unidos, interferiu também lingüisticamente no português, mas fez-se notar ainda mais no
português do Brasil e cada vez com mais intensidade. Vejamos em que áreas essa influência se
faz mais presente e como essa penetração se processa. Em nossa vida cotidiana já vêm sendo
incorporados numerosos termos originados no inglês. Assim já quase não percebemos que vieram
desta língua palavras como:
teste (test) flerte (flirt), esnobe (snob), blefe (bluff), coquetel (cocktail), drinque (drink), lanche
(lunch[i]), sanduíche (sandwich), estresse (stress), vagão (waggon), estoque (stock), estande
(stand), clube (club), esporte (sport), futebol (football), time (team), gol (goal), basquete (basket),
turfe (turf), surfe (surf), suspense (suspense), blecaute (black-out), locaute (lockout), nocaute
(knock-out), trailer (trailer), estêncil (stencil) xérox (xerox) e muitos outros.
A maneira como estes termos se comportam na língua portuguesa também varia muito Assim, o
substantivo basket, que em inglês significa cesto ou cesta, só penetrou no português com o
significado especial da modalidade esportiva. O sentido geral do termo inglês não afetou seu
correspondente português (cesto, cesta). O mesmo aconteceu com turf (gramado, relva), surf,
(arrebentação, espuma das ondas), drink (bebida em geral).
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bit bi(nary dig)it [dígito binário] = quantidade mínima de informação que pode ser transmitida por
um sistema
boot = operação que inicializa o funcionamento
browser = navegador, programa de busca na Internet
byte = seqüência de 8 bits, considerada unidade básica
bug = erro ou mau funcionamento de um programa
chip = pastilha, placa minúscula de material de condução elétrica usada em circuitos integrados
drive = unidade de disco
driver = programa que gerencia a entrada e/ou saída de dados
electronic mail ou e-mail = correio eletrônico
game = jogo, particularmente jogo eletrônico
gate = portão, lugar de entrada de dados, etc.
hacker = gênio em computação que consegue penetrar em outros computadores ou sistemas
hard disk = disco rígido, disco duro
hardware = componentes físicos do computador
homepage = espaço reservado na Internet
joystick = dispositivo manual para operar alguns jogos eletrônicos
led = luzinha colorida no computador;
line = linha
link = ligação com outras homepages
modem mod(ulation)/dem(odulation) = dispositivo que converte dados eletrônicos nos sentidos de
ida e volta
mouse (camundongo) = dispositivo para executar diversas operações com o computador
no-break (não-interrompe) = dispositivo para manter o fluxo de eletricidade
on-line = ligado (o aparelho), estar na linha
off-line = desligado (o aparelho), fora da Internet
output = produção, saída (de dados)
path = caminho (itinerário usado no processamento de dados)
site = sítio, espaço reservado na Internet
scanner = dispositivo para cópia de documentos
software = programas e dispositivos com os que opera o computador
web = rede, por antonomásia a Internet.
b) Alguns verbos:
attach = anexar (documento com dados)
delete = apagar, remover (material escrito em disco)
download = baixar (material da Internet)
reset = reiniciar (o computador)
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Algumas siglas:
CD (Compact Disk) = disco compacto (contém material sonoro)
CD-ROM (Compact Disk Read Only Memory) = disco que também pode conter material visual
(multimídia)
CPU (Central Process Unit) = Unidade central de processamento
HD (Hard Disk) = disco rígido, disco duro, whinchester
PC (Personal Computer) = computador pessoal, micro
URL (Universal Resource Locator) = localizador universal de recursos
WWW (World Wide Web) = rede de toda a teia de âmbito mundial, Internet
A neologia semântica tem como característica a modificação semântica de uma unidade lexical.
Nessas condições, ao se transformar em unidade terminológica, a unidade lexical tem seu
conteúdo semântico mudado.
Segundo o dicionário Aurélio (1986), habilitar é: “1. Tornar hábil: Era incapaz, mas a experiência
habilitou-o. 2. Preparar, dispor. (...) 4. Tornar-se apto, capaz.”.
Leia as frases abaixo, todas tiradas do Jornal O Globo, e discuta os significados envolvidos nos
termos grifados. Explique o neologismo semântico envolvido no processo:
1) Um menino pequeno chega à porta da frente de casa e ouve sua mãe dizer:
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2) Um pai está tentando fazer com que sua filha de 3 anos pare de levantar seu vestido para
mostrar sua calcinha nova para os convidados.
Pai: A gente não faz assim, querida!
Filha: Eu sei, pai! Tu não usa vestido!
EXERCÍCIOS
Maria: É rosa!
b. Marta: Café?
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2. Observe os diálogos abaixo, nos quais a primeira proposição foi modificada e a segunda parece
permanecer a mesma. O conteúdo do enunciado do segundo falante permanece o mesmo. Agora
responda, o seu significado pragmático também? Em cada diálogo, escreva o sentido que assume
agora a resposta dada pelo segundo falante.
Maria: É rosa!
g. Marta: Eu fui ver “O Exorcista” ontem à noite, mas não estava muito assustador.
Como você pôde ver, o contexto fornecido pelo enunciado precedente levou a uma implicatura
diferente em cada caso. O texto materializa a intenção do autor através de elementos tanto
lingüísticos quanto gráficos, cabendo ao leitor a recuperação dessa intenção. Nesse processo, o
leitor se apóia tanto em elementos extralingüísticos ou contextuais quanto em elementos
lingüísticos ou contextuais.
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Hoje, eu, o rei, convido todos a comparecer em massa, para assistir ao massacre de Israel.
Quais as implicações de sentido para essa frase se você soubesse que ela estivesse assim
assinada:
_______________________________________________________________________________
____
_______________________________________________________________________________
_____
_______________________________________________________________________________
4) O jornal da Tarde de São Paulo, no dia 9 de dezembro de 1994, por ocasião da morte de Tom
Jobim, grande compositor brasileiro, saiu com a seguinte manchete na primeira página:
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a) ___________________________________________________________________________
b) ____________________________________________________________________________
Um estudioso francês, Michel Charolles, propôs quatro princípios responsáveis pela coerência
textual.
Princípio da repetição: referentes são retomados por expressões nominais, pronomes, elipses.
Princípio da progressão: um texto deve apresentar informações novas.
Princípio da não-contradição: em um texto coerente, o que se diz depois não pode contradizer o
que se disse antes ou ficou pressuposto.
Princípio da relação: o conteúdo de um texto coerente deve ser adequado a um estado de coisas
no mundo real ou em mundos possíveis.
A) As frases abaixo apresentam problemas de coerência textual. Identifique qual princípio foi
infringido em cada uma delas:
1) Estamos tentando explicar como as coisas estão, e elas estão como elas estão. Algumas
coisas vão bem e outras obviamente não vão bem. Você tem dias bons e dias ruins. No caminho
da democracia este é um momento, e teremos outros momentos. E serão bons momentos e
momentos não tão bons.
(Donald Rumsfeld, Secretário de Defesa dos EUA. Veja, 14/04/2004, n. 15, edição 1849, p. 43)
2) É realmente apropriado que nos reunamos aqui hoje, para homenagear Abraham Lincoln, o
homem que nasceu numa cabana de troncos que ele construiu com suas próprias mãos.
(Político, em um discurso, homenageando Lincoln)
3) Damos cem por cento na primeira parte do jogo e, se isso não for suficiente, na segunda parte
damos o resto. (Yogi Berra, jogador norte-americano de beisebol, famoso por suas declarações
esdrúxulas)
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5) Encontrando um milhão de dólares na rua, eu procuraria o cara que o perdeu e, se ele fosse
pobre, devolveria (Idem)
6) Alguma força sinistra entrou, aplicou uma outra fonte de energia e apagou as informações
contidas na fita. (Alexandre Haig, oferecendo ao juiz John Sirica uma teoria sobre um buraco de
18,5 minutos nas fitas de Nixon, durante o caso Watergate).
7) Nós não temos censura. O que temos é uma limitação do que os jornais podem publicar. (Louis
Net, ex-vice-ministro da Informação da África do Sul).
8) Nós não temos censura. O que temos é uma limitação do que os jornais podem publicar. (Louis
Net, ex-vice-ministro da Informação da África do Sul).
9)... considerando etc., etc., este Conselho resolve: a) que uma nova cadeia seja construída; b)
que a ;nova cadeia seja construída com os materiais da velha cadeia; c) que a velha cadeia seja
usada até que a nova esteja pronta. (Resolução da Junta dos Conselheiros, Canto, Mississipi,
1800)
10) Acho eu os senhores pensam que, em nossa diretoria, metade dos diretores trabalha e a outra
metade nada faz. Na verdade, cavalheiros, acontece justamente o contrário. (Diretor de
empresa, defendendo membros do seu staff)
11) Por que judeus e árabes não podem se reunir e discutir a questão como bons cristãos? (Arthur
Balfour, estadista britânico, primeiro-ministro e ministro do Exterior)
12) *"Minha mãe era uma mulher que nasceu analfabeta!" (Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da
República, falando no Dia Internacional das Mulheres) .
13) Eu não estava mentindo. disse, sim, coisas que mais tarde se viu que eram inverídicas.
(Presidente Nixon, em depoimento durante as investigações do caso Watergate).
14) Governo do PR deve pagar grevistas que não aderiram à greve (UOL – Últimas Notícias -
21h13 - 28/02/2002).
15) Quando um grande número de pessoas não consegue encontrar trabalho, o resultado é o
desemprego. (Calvin Coolidge, presidente americano em 1931).
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16) “Cuidado! Tocar nesses fios provoca morte instantânea. Quem for flagrado fazendo isso será
processado”. (Tabuleta numa estação ferroviária).
17) “Um homem não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, a menos que ele seja uma
ave”. (Sir Boy Roche, deputado representante de Tralee no Parlamento Britânico).
18) “Quando dois trens se aproximarem em um cruzamento, ambos devem parar por completo e
nenhum dos dois iniciar viagem até que o outro tenha passado” (De uma lei do Kans
19) Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera sensivelmente o sentido do
enunciado.
20) No texto a seguir há um trecho que, se tomado literalmente (ao pé da letra), leva a uma
interpretação absurda.
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cai na circulação sangüínea e passa a provocar irritações oculares até a perda total da
visão.
(Folha de S. Paulo, 2/11/90)
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Diálogo desencontrado
Um garoto pergunta para o outro:
- Você nasceu em Pelotas?
- Não, eu nasci inteiro.
Diálogo desencontrado
Duas turistas em Paris trocam déias sobre a viagem.
- Você acredita que já estou há três dias em Paris e ainda não consegui ir ao Louvre.
- Pois eu também. Deve ser a comida.
2) Muitas vezes, a dupla possibilidade de leitura acontece por um descuido na redação. O texto
abaixo foi publicado na Folha Sudoeste de 6 de julho de 1992 e foi explorado pelo vestibular da
Unicamp.
“As vídeo locadoras de São Carlos estão escondendo as fitas de sexo explícito. A decisão atende
a uma portaria de dezembro de 91, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo
aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda
os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais.”
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Nesse desenho acima, há uma palavra que possibilita duas possibilidades de leitura.
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Texto 1
Nós, os Brasileiros
Uma editora européia me pede que traduza poemas de autores estrangeiros sobre o Brasil. Como
sempre, eles falam da floresta amazônica, uma floresta muito pouco real, aliás. Um bosque
poético, com “mulheres de corpos alvíssimos espreitando entre os troncos das árvores, e olhos de
serpentes hirtas acariciando esses corpos como dedos amorosos”. Não faltam flores azuis, rios
cristalinos e tigres mágicos. Traduzo os poemas por dever de ofício, mas com uma secreta - e
nunca realizada - vontade de inserir ali um grãozinho de realidade. Nas minhas idas (nem tantas)
ao exterior, onde convivi, sobretudo, com escritores ou professores e estudantes universitários -
portanto, gente razoavelmente culta -, fui invariavelmente surpreendida com a profunda ignorância
a respeito de quem, como e o que somos. - A senhora é brasileira? Comentaram espantados
alunos de uma universidade americana famosa.
- Mas a senhora é loira! Depois de ler num congresso de escritores em Amsterdam um trecho de
um dos meus romances traduzido em inglês, ouvi de um senhor elegante, dono de um antiquário
famoso, que segurou comovido minhas duas mãos: _ Que maravilha! Nunca imaginei que no
Brasil houvesse pessoas cultas! Pior ainda, no Canadá alguém exclamou incrédulo: - Escritora
brasileira? Ué, mas no Brasil existem editoras? A culminância foi a observação de uma crítica
berlinense, num artigo sobre um romance meu editado por lá, acrescentando, a alguns elogios, a
grave restrição: “porém não parece um livro brasileiro, pois não fala nem de plantas nem de índios
nem de bichos”. Diante dos três poemas sobre o Brasil, esquisitos para qualquer brasileiro, pensei
mais uma vez que esse desconhecimento não se deve apenas à natural (ou inatural) alienação
estrangeira quanto ao geograficamente fora de seus interesses, mas também a culpa é nossa.
Pois o que mais exportamos de nós é o exótico e o folclórico. Em uma feira do livro de Frankfurt,
no espaço brasileiro, o que se via eram livros (não muito bem arrumados), muita caipirinha na
mesa, e televisões mostrando carnaval, futebol, praia e ... mato. E eu, mulher essencialmente
urbana, escritora das geografias interiores de meus personagens neuróticos, me senti tão
deslocada quanto um macaco em uma loja de cristais. Mesmo que tentasse explicar, ninguém
acreditaria que eu era tão brasileira quanto qualquer negra de origem africana vendendo acarajé
nas ruas de Salvador. Porque o Brasil é tudo isso. E nem a cor de meu cabelo e olhos, nem meu
sobrenome, nem os livros que li na infância, nem o idioma que falei naquele tempo além do
português, me fazem menos nascida e vivida nesta terra de tão surpreendentes misturas: imensa,
desaproveitada, instigante e (por que ter medo da palavra?) maravilhosa.
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Exercícios
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
QUESTÃO 03
QUESTÃO 04
Assinale a alternativa em que apareça exemplo de linguagem que foge à norma culta:
a) - Escritora brasileira? Ué, mas no Brasil existem editoras?
b) o que se via eram livros (não muito bem arrumados), muita caipirinha na mesa, e televisões
mostrando carnaval, futebol, praia e ... mato.
c) ... eu era tão brasileira quanto qualquer negra de origem africana vendendo acarajé nas ruas
de Salvador.
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d) ...nesta terra de tão surpreendentes misturas: imensa, (...) instigante e (por que ter medo da
palavra?) maravilhosa.
QUESTÃO 05
O complemento do verbo grifado foi corretamente identificado em:
a) “(...) não parece um livro brasileiro, pois não fala nem de plantas (...)”.(DE PLANTAS)
b) “(...) mas com uma secreta - e nunca realizada – vontade de inserir ali um grãozinho
de realidade.” (ALI)
c) “Diante dos três poemas sobre o Brasil, (...) pensei mais uma vez que esse
Desconhecimento não se deve apenas à natural (...)” (MAIS UMA VEZ)
d) “Depois de ler num congresso de escritores em Amsterdam um trecho de um dos
meus romances traduzido em inglês (...)” (NUM CONGRESSO DE ESCRITORES)
QUESTÃO 06
Os termos destacados entre vírgulas exercem a mesma função sintática, EXCETO em:
a) “(...) eles falam da floresta amazônica, uma floresta muito pouco real, aliás.”
b) uma feira de livro de Frankfurt, no espaço brasileiro, o que se via eram livros (...)”
c) “E eu, mulher essencialmente urbana, escritora das geografias interiores de meus personagens
(...)”
d) “(...) ouvi de um senhor elegante, dono de um antiquário famoso, que segurou comovido
minhas duas mãos.”
QUESTÃO 07
O pronome destacado pode ser substituído adequadamente pelo termo entre parênteses em:
a) “(...) nem o idioma que falei naquele tempo além do português (...)” (DE QUE)
b) “Nas minhas idas (...) ao exterior, onde convivi, sobretudo, com escritores (...)” (COMO)
c) “(...) ouvi de um senhor elegante, (...), que segurou comovido minhas duas mãos.” (O QUAL)
d) “(...) me fazem menos nascida e vivida nesta terra de tão surpreendentes misturas (...)”
(NESSA)
QUESTÃO 08
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QUESTÃO 09
QUESTÃO 10
A nova pontuação das frases extraídas do texto (1) NÃO obedece à norma padrão em:
a) “Pior ainda, no Canadá, alguém exclamou incrédulo (...)”
b) “(...) pensei, mais uma vez, que esse desconhecimento não se deve apenas à natural (...)”
c) “Depois de ler, num congresso de escritores em Amsterdam, um trecho de um dos meus
romances (...)”
d) “Mesmo que tentasse explicar, ninguém acreditaria, que eu era tão brasileira quanto qualquer
negra (...)”
QUESTÃO 11
A relação de idéias expressa nas orações foi estabelecida de forma correta em:
a) “(...) me senti tão deslocada quanto um macaco em uma loja de cristais.” (CONSEQÜÊNCIA)
b) “Mesmo que tentasse explicar, ninguém acreditaria que eu era tão brasileira (...)”
(CONCESSÃO)
c) “(...) não parece um livro brasileiro, pois não fala nem de plantas nem de índios nem de bichos”.
(COMPARAÇÃO)
d) “Traduzo os poemas por dever do ofício, mas com uma secreta(...) vontade de inserir ali um
grãozinho de realidade.” (CAUSA)
QUESTÃO 12
As frases abaixo são todas de propagandas de produtos muito conhecidos. Todas brincam com a
linguagem para construir novas possibilidades de leitura
a) Nunca foi tão fácil TIRAR O DOCE DE UMA CRIANÇA. (Escova dental Oral B)
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_________________________________________________
c) Pense GRANDE. Afinal, você já ouviu falar de Alexandre, o Médio? (3i, consultores de
empresas). _____________________________________
d) As fitas não são VIRGENS, mas, também, hoje em dia quem é? (Blockbuster)
_________________________________________________
f) Deve. Haver. Uma. Maneira. Mais. Rápida. De. Chegar. Ao. Trabalho. (AM Express Bus,
Minneapolis) . _________________________________
QUESTÃO 13
As frases abaixo também brincam com as possibilidades de leitura embutidas nas palavras.
Explique o duplo sentido das palavras destacadas abaixo:
f) Gostaria de CRIAR home pages, mas não sei o que elas comem. (Autor Anônimo).
_____________________________________
2) Informações implícitas
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a) Pressupostos: são idéias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do
sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Ex: “André tornou-se um anti-tabagista convicto”. A partir do verbo tornou-se podemos pressupor
que André não era anti-tabagista.
“Todos vieram, até Maria.” Nessa frase, a palavra ATÉ nos faz pressupor que a presença de Maria
na festa era um acontecimento inesperado.
EXERCÍCIO
Nas frases abaixo, descubra qual é a informação implícita a partir das palavras em destaque.
a) Na maioria dos países do primeiro mundo, os trabalhadores têm mais direitos que no Brasil.
b) Alex Lobo lança seu livro: A verdadeira história do três porquinhos.
c) Quando entrarmos em contato com seres de outro planeta, os mistérios acerca de sua
existência serão esclarecidos.
d) Os acidentados socorridos num pronto-socorro do INSS, mas saíram de lá são e salvos.
e) A igreja do bairro foi destruída para dar lugar a uma avenida.
f) Uma igreja do bairro foi destruída para dar lugar a uma avenida.
g) A ciência encontra uma nova explicação para os buracos negros.
h) Freqüentei a universidade, mas aprendi bastante.
i) Renato continua doente.
j) Julinha é minha primeira filha.
k) Pedro é o último convidado a chegar à festa.
l) Ela é muito inteligente, apesar de ser mulher.
3) NARIZ DE VIDRO
As questões que se seguem são todas relacionadas ao livro Nariz de Vidro, de Mário Quintana. Os
poemas poderão estar total ou parcialmente reproduzidos.
Eu nada entendo
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QUESTÃO 01
No último verso, a palavra bem poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido, por:
QUESTÃO 02
Na última estrofe, através do verso Nossos comuns desejos e esperanças!, o eu poético está
se referindo a si mesmo e
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De gramática e de linguagem
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Nas questões de 04 a 06, assinale a figura de linguagem explorada pelo poeta em cada trecho
reproduzido:
QUESTÃO 04
a) gradação
b) antítese
c) hipérbole
d) metáfora
QUESTÃO 05
a) ironia
b) personificação
c) eufemismo
d) metonímia
QUESTÃO 06
a) onomatopéia
b) metonímia
c) catacrese
d) personificação ou prosopopéia
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QUESTÃO 07
...
Mas o bom, mesmo, são os adjetivos,
Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.
Verde. Macio, Áspero. Rente. Escuro. Luminoso.
Sonoro. Lento. Eu sonho
...
No trecho acima, se tivesse que respeitar a regra de pontuação, Quintana deveria ter separado os
adjetivos por vírgula, visto estar enumerando palavras da mesma classe gramatical. Entretanto, o
poeta separa-as com um ponto final. Em sua opinião, ele faz isso:
QUESTÃO 08
Todas as palavras sublinhadas estão corretamente interpretadas pelo termo entre parênteses,
EXCETO:
a) Cujas palavras sumarentas escorram. Como a polpa de um fruto maduro em tua boca.
(SUCULENTA)
b) E há-de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão, (RETRAÍDO)
c) Amigo ou adverso... João só será definitivo... (INIMIGO)
d) E há-de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão (DE MAU CARÁTER)
QUESTÃO 09
...
Um poema que te mate de amor
Antes mesmo que tu LHES saibas o misterioso sentido:
Basta provares o seu gosto...
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d) gosto
QUESTÃO 10
Nesse poema, Quintana declara preferir as cousas aos homens. Assinale a afirmativa que NÃO
justifica essa preferência do poeta:
Daqui
Do fundo
Das suas goelas,
Só vemos o céu, estreitamente, através de suas empinadas gargantas ressecas.
Para que lhes serviu beberem tanta luz?!
Defronte
À janela aonde trabalho
Há uma grande árvore...
Mas já estão gestando um monstro de permeio!
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QUESTÃO 11
No verso “Onde estão os meus verdes? Os meus azuis? O arranha-céu comeu!”, o poeta fala da
vegetação e do céu. Entretanto, fala de ambos apenas através de uma de suas características.
Assinale a alternativa que nomeia a figura de linguagem que descreve esse recurso:
a) metáfora
b) catacrese
c) metonímia
d) polissíndeto
QUESTÃO 12
QUESTÃO 13
QUESTÃO 13
...
Defronte
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a) Em breve, não poderá mais ver a árvore que existe defronte à sua janela;
b) Em breve, haverá um prédio entre sua janela e a árvore que por hora ele pode ver.
c) Já existe um prédio em frente à sua janela;
d) Um prédio já está sendo construído;
QUESTÃO 14
Nesse poema, Mário Quinta usa todas as figuras de linguagem, EXCETO:
a) metáfora
b) prosopopéia
c) onomatopéia
d) comparação
QUESTÃO 15
Todas as palavras em destaque estão corretamente interpretadas pelos termos entre parênteses,
EXCETO:
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Referências Bibliográficas
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Língua Portuguesa. São Paulo: DCL, 2005.
a
MOISES, Massaud. Pequeno Dicionário da Literatura Brasileira. 6 edição. Editora
PENSAMENTO-CULTRIX, 2003. ISBN: 8531602947.
ABREU, Antônio Suárez.Curso de Redação. Ática Universidade. São Paulo: Ática, 2004.
AVVAD, Mariana Teixeira (UERJ). A Produtividade Lexical das Colunas Sociais. Disponível em
em <http://www.filologia.org.br/viiifelin/11.htm>. Acesso em 10 nov. 2006.
CHAROLLES, Michel. Introdução aos problemas da coerência dos textos (abordagem teórica
e estudo das práticas pedagógicas). In: GALVES, C.; ORLANDI, E.; OTONI, P. (orgs.). O texto:
escrita e leitura. Campinas : Pontes, 1988.
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FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo:
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MAZZAROTTO, Luiz; CAMARGO; Davi & SOARES Ana. MANUAL DE REDAÇÃO. Guia Prático
da Língua Portuguesa. São Paulo: DCL, 2005.
PECCEI, Jean Stilwell. Pragmatics (Tradução: Ingrid Finger). London & New York: Routledge,
1999.
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FIORIN, José Luiz & SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de Texto: Leitura e Redação. São
Paulo: Ática, 2001.
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