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DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE PLANCK

ATRAVÉS DO EFEITO FOTOELÉTRICO

Jucimar Peruzzo e Cleison Carlos Cividini


Graduados em Física pelo UNICS – Centro Universitário Católico do Sudoeste do Paraná. Palmas – PR.

Resumo: Anotando dados de freqüência de luz incidente e de potencial frenador num experimento que
envolve o efeito fotoelétrico, determinaremos o valor da constante de Planck.
Palavras-chave: efeito fotoelétrico, constante de Planck.

1. INTRODUÇÃO
Este experimento tem por objetivo estudar o efeito fotoelétrico, verificando que a energia
dos elétrons emitidos é dependente apenas da freqüência da radiação incidente e não da
intensidade luminosa. Através de medições de dados de potencial frenador em um
aparelho h/e em função da freqüência da luz incidente, proveniente de uma lâmpada de
mercúrio, determinou-se o valor da constante de Planck através da análise de gráficos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons de uma superfície metálica, quando
incidida por radiação. Esse efeito foi descoberto por H. Hertz em 1887 e teve uma
explicação teórica dada por Albert Einstein em 1905. Em suas experiências realizadas
para confirmar a existência de ondas eletromagnéticas propostas por Maxwell, Hertz
percebeu que uma descarga entre dois eletrodos ocorria mais facilmente quando se fazia
incidir sobre um deles luz ultravioleta. Em 1900 P. Lenard constatou que a descarga que
saltava entre os eletrodos eram partículas idênticas às estudadas nos anos anteriores por
Thomson: os elétrons. Um experimento usado para estudar o efeito fotoelétrico é
mostrado na Fig.1.

Fig. 1 - Esquema usado para estudar o efeito fotoelétrico

Um invólucro de vidro encerra o aparelho no qual se faz vácuo. Uma luz


monocromática incide sobre a placa de metal e arranca elétrons (fotoelétrons). Os
fotoelétrons podem ser detectados sobre a forma de corrente elétrica se forem atraídos
para a placa coletora através de uma diferença de potencial V estabelecida entre as duas
placas no tubo de vácuo. A corrente fotoelétrica é medida pelo amperímetro.
Se V é muito grande, a corrente fotoelétrica atinge um valor limite, no qual todos os
fotoelétrons emitidos pela placa emissora atingem a placa coletora. Se V é invertido, I não
cai imediatamente a zero, o que sugere que os elétrons são emitidos com alguma energia
cinética. Alguns alcançarão a placa coletora apesar do campo elétrico opor-se ao seu
movimento. Se essa diferença de potencial for muito grande, o chamado potencial de
corte (potencial de parada ou potencial frenador), a corrente fotoelétrica cai a zero. O
potencial de corte está relacionado com a energia cinética máxima dos elétrons emitidos,
por:
1 
Tmáx  eV0   mv 2 
2 máx
Os resultados experimentais e outros aspectos do efeito fotoelétrico não podiam ser
explicados em termos da teoria ondulatória clássica da luz. O campo elétrico oscilante E
da onda incidente cresce à medida que a intensidade da luz for aumentando. Sendo eE é
a força aplicada aos elétrons, isso faria com que a energia cinética dos fotoelétrons
também crescesse. Como foi visto, a energia cinética independe da intensidade da luz. O
efeito fotoelétrico deveria ocorrer para qualquer freqüência de luz, desde que tivesse
intensidade suficiente para conseguir ejetar os elétrons. Millikan mostrou, no entanto, que
existe um limiar de freqüência característico para cada superfície. Para freqüências
menores que f0 o efeito fotoelétrico não ocorre, independente da intensidade luminosa.
Deveria haver intervalo de tempo entre os instantes em que a luz começa a incidir sobre a
superfície e o instante da ejeção do fotoelétron. Nenhum retardamento jamais foi
observado.
Einstein deu a explicação para o problema do efeito fotoelétrico, propondo que a
quantização da energia usada por Planck no problema do corpo negro fosse uma
característica universal da radiação. Segundo ele, em vez de estar distribuída
uniformemente no espaço no qual se propaga, a energia eletromagnética está quantizada
em pacotes concentrados, os fótons. A energia do fóton é definida por:
hc
E  hf 

onde h é a constante de Planck.
Quando um elétron é emitido da superfície de um metal, sua energia cinética é:
T  hf  
onde hf é a energia do fóton incidente absorvido e  é a função trabalho, a energia
mínima necessária para um elétron escapar das forças atrativas que o unem ao metal.
A interpretação dada por Einstein leva imediatamente a várias conclusões. Se a
energia do fóton incidente for insuficiente (f menor que f0), ele não conseguirá arrancar
nenhum elétron. A intensidade da luz significa apenas mais ou menos fótons. Quanto
maior a intensidade da luz, maior é o número de fotoelétrons ejetados, mas não mais
energéticos. A energia mínima para conseguir remover um elétrons é dada considerando
Tmáx  0 na equação anterior, donde vem:
hf 0  
Quanto à existência de um intervalo de tempo considerado entre a incidência do
fóton e a emissão do elétron, isso ocorre praticamente de forma instantânea (esse tempo
é da ordem de ns). Se considerarmos o fóton como uma energia concentrada em pacotes,
quando um feixe de radiação incidir sobre um metal, esse fóton será imediatamente
absorvido por algum átomo, causando a emissão de um fotoelétron.

3. PROCEDIMENTO, RESULTADOS E ANÁLISE EXPERIMENTAL


Para a realização do experimento utilizou-se um conjunto contendo uma lâmpada de
mercúrio de alta pressão e uma rede de difração, um aparelho h/e que continha um
fotodiodo e um voltímetro. Insiriu-se a barra de acoplamento do aparelho h/e no pino da
barra de acoplamento da lâmpada de mercúrio. Ligou-se a lâmpada e focalizou-a na tela
fluorescente do aparelho h/e. A tela fluorescente torna visível a radiação ultravioleta por
fluorescência e a cor violeta fica uma pouco mais azul.
Ligou-se o aparelho h/e e conectou-se um voltímetro nos bornes adequados,
ajustando-o na escala de 2V DC. Moveu-se o aparelho h/e no sentido horário ou anti-
horário (escolheu-se aquele que dava melhor visibilidade) e focalizou-se o espectro de
luzes sobre a fenda central na tela fluorescente, fazendo com que apenas a radiação
escolhida incidisse sobre o fotodiodo. Focalizou-se cada cor do espectro sobre a fenda
(para as cores amarela e verde utilizou-se os filtros de absorção que acompanhavam o
experimento) e mediram-se os respectivos potenciais frenador no voltímetro. Foram
efetuadas medidas para as difrações de primeira e segunda ordem.
As medidas obtidas do potencial frenador em função da freqüência da luz incidente
encontram-se na Tabela 1:

Tabela 1 - Potencial frenador versus freqüência da luz incidente.

Quando um fóton de energia E  hf atinge uma superfície metálica ele transfere


sua energia para um elétron que sai com energia cinética T, dada por T  hf   . A
energia cinética relaciona-se com o potencial frenador pela equação Tmáx  eV0 . Temos
então:
1 hf 
eV  hf   ou V  (hf   )  
e e e
Com essa equação podemos determinar a constante de Planck, o trabalho
necessário para arrancar o elétron do metal e o limiar de freqüência. Com os dados do
potencial frenador de primeira ordem da Tabela 1 plotou-se no software Origin o gráfico
de f x V, que se encontra no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Potencial de Parada em função da Freqüência da radiação incidente.

Fazendo uma regressão linear encontrou-se a função da reta que melhor se ajusta
entre todos os pontos: y  1,37425  3,94864  1015 x . Fazendo um comparativo da
equação da reta y  a  bx com a relação V  ( hf / e)  ( / e) temos que b  h / e ou
h  be e a   / e o que nos dá   ae . A partir dessas relações encontramos o valor da
constante de Planck:
h  6,318  1034 J .s
Calculando o erro percentual com o valor estabelecido de h (6,626 x 10-34 J.s),
encontramos E %  4,65% .
Além disso, encontramos   2, 2  1019 J  1,374eV e f 0  3,32  1014 Hz .

4. CONCLUSÃO
Efeito fotoelétrico é o fenômeno que consiste na remoção de elétrons da superfície de
certos materiais, quando iluminada com radiação eletromagnética de determinada
freqüência. A energia cinética máxima dos fotoelétrons depende da freqüência da luz e do
material iluminado. Para um mesmo material quanto maior a freqüência da luz, maior a
energia dos fotoelétrons. A energia dos fotoelétrons independe da intensidade luminosa.
Luz mais intensa apenas arranca mais elétrons, gerando maior corrente fotoelétrica.
Fazendo uma análise do resultado encontrado podemos considerar bastante
satisfatório o valor da constante de Planck encontrada, pois um erro de 4,65% é
considerado baixo para um experimento que exige um notável grau de sensibilidade.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EISBERG, R.; RESNICK, R.. Física Quântica- Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e
Partículas. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1979.
PIACETINI, J. J. Introdução ao Laboratório de Física. Florianópolis: Ed da UFSC, 1998.
TIPLER, P. A.; LLEWELLYN, R. A. Física Moderna. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
VEIT, E.A.; THOMAS, G.; FRIES, S.G.; AXT, R.; FONSECA, L. O Efeito Fotoelétrico no
Segundo Grau Via Computador. Caderno Catarinense de Ensino de Física. Agosto de
1987.

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