O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no uso

de suas atribuições legais, e de acordo com a resolução........., vem tornar

público o Processo de Escolha dos membros do Conselho Tutelar do
Município, nos termos da Lei Federal nº 8069/90 e da Lei Municipal nº 1763/97
de 10/07/1997 e demais disposições contidas neste Edital.

1. DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1. A operacionalização do processo de escolha dos novos

conselheiros tutelares será responsabilidade da Comissão
Organizadora constituída na reunião ordinária do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada
no dia......................., na sala dos conselhos da Prefeitura
Municipal de Ouro Fino.
1.2. O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente tem suas sede na sala dos conselhos, localizado a
Av. Cyro Gonçalves 173, Sede I da Prefeitura Municipal.
1.3. Compõem a Comissão Organizadora os membros do CMDCA:
Tatiane Antunes Vilhena, Maria José de Carvalho Nunes,
Antonio de Pádua Silva, Andréia Maria Eufrásio, Elizabete
Brandão Junqueira.
1.4. O presente edital será divulgado no endereço eletrônico da
Prefeitura Municipal, www.ourofino.mg.gov.br e afixado no
quadro de avisos da Prefeitura Municipal na Sede I e Sede II e
no Departamento de Assistência Social.
1.5. Todas as informações oficiais relativas ao presente Processo
de Escolha, bem como o cronograma do Processo, serão
divulgadas pelos meios citados no item 1.4 deste Edital, sendo
responsabilidade do candidato acompanhar as publicações.

2. DA FUNÇÃO

2.1. O Conselho Tutelar é um órgão permanente e autônomo, não-

jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,
definidos pelo Estatuto Da Criança e do Adolescente (Lei
8069/90).
2.2. O Conselheiro Tutelar é um agente público investido de um
mandato concedido pela comunidade, com autonomia para o
exercício das suas atribuições, definidas pelo ECA.
2.3. Os ocupantes da função de Conselheiro Tutelar, em número de
05(cinco), têm as suas atribuições previstas na Lei Federal nº
8069/90 e alterações posteriores e nas Lei Municipal nº
1763/97 e suas alterações.
2.4. A jornada mínima de trabalho de Conselheiro Tutelar é de 40
(quarenta) horas semanais, com regime de plantão.
2.5. A função de Conselheiro Tutelar é de dedicação exclusiva e o
seu exercício não configura vínculo empregatício ou estatutário
com o Município.
3. DO PROCESSO DE ESCOLHA
3.1. O Processo de escolha será composto das seguintes fases:
 a. Inscrição de candidatos com apresentação de documentos
específicos;
b. Capacitação dos candidatos, sendo a freqüência mínima de 75%
requisito para a continuação no processo;
c. Prova de conhecimentos sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e das Leis Municipais (prova objetiva e redação);
d. Avaliação psicológica dos candidatos aprovados na prova de
conhecimentos, visando constatar aptidão para o exercício do cargo;
e. Eleição mediante voto direto e secreto por um colegiado
designado para esse fim.

4. DOS REQUISITOS EXIGIDOS AOS CANDIDATOS

4.1. No ato da inscrição o interessado deverá atender ao disposto

abaixo:
a. Reconhecida idoneidade moral, atestada por meio de
comprovantes de Bons Antecedentes e Antecedentes Criminais
fornecidos por órgão competente (Justiça Estadual de Minas
Gerais, Justiça Federal, Secretaria de Segurança Pública de
Minas Gerais e Polícia Federal).
b. Ser maior de 21 anos;
c. Residência no município há mais de 02 (dois) anos,
apresentando documentação comprobatória ou declaração de
próprio punho.
d. Comprovação de endereço (conta de água, luz, telefone,
entre outros)
e. Estar em gozo dos direitos políticos (apresentar
comprovante de votação na última eleição);
f. O candidato do sexo masculino deverá estar em dia com as
obrigações militares;
g. Apresentar CPF, RG e Título de Eleitor, cópia e original.
h. Apresentar cópia do certificado de conclusão do ensino
médio, expedido por escola oficial ou reconhecida pelo órgão
competente.

5. DA INSCRIÇÃO

CARGA HORÁRIA
CARGO Nº DE VAGAS REMUNERAÇÃO
SEMANAL
Conselheiro
40 horas 05 titulares 613,47 + adicional noturno
tutelar

5.1. As inscrições serão feitas na sede do Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do
Adolescente ...................................................................., no
horário de ....... às ........., no período (a definir).
5.2. No ato da inscrição o candidato deverá apresentar a
documentação constante no item 4 (quatro) deste Edital,
originais e cópias;
5.3. Os candidatos portadores de deficiências que necessitarem de
condições especiais deverão, no ato da inscrição, indicar os
recursos especiais necessários, cuja possibilidade será
avaliada.
 5.4. O protocolo do pedido de inscrição implica por parte do
candidato no conhecimento e aceitação de todos os termos
fixados no presente edital e em prévia aceitação do
cumprimento do que estabelece a Lei Federal 8.069, de 13 de
julho de 1990 e Leis Municipais nº ......................................O
período de avaliação das inscrições e impugnações terá
duração de 10 (dez) dias úteis a contar a publicação da lista de
candidatos inscritos;
5.5. O candidato que tiver sua inscrição indeferida ou impugnada,
poderá apresentar recurso para a plenária do Conselho
Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, no prazo de
3 (três) dias, cujo pedido deve ser protocolado na sede deste
Conselho, dirigido ao Presidente.
5.6. Oferecida a impugnação, o processo será encaminhado ao
Ministério Público para manifestação.

6. DOS IMPEDIMENTOS

6.1. São impedidos de servir, no mesmo Conselho Tutelar,

parceiros com união estável, ascendente e descendente, sogro,
genro ou nora, irmãos, cunhados, tio, sobrinho, padrasto ou
madrasta e enteado, conforme o Artigo 140 do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
6.2. O critério de desempate será, em primeiro lugar, a nota final da
prova escrita e, depois, o candidato com mais idade.

7. DA CAPACITAÇÃO

7.1. A capacitação terá duração de 02 dias, com data e conteúdo

programático a ser definido pela Comissão Organizadora e
divulgado nos locais citados no item 1.3 deste edital.
7.2. A freqüência mínima de 75% da carga horária total da
capacitação é requisito para a permanência do candidato no
processo eleitoral. O descumprimento desse requisito implicará
na desclassificação imediata do candidato.
7.3. Poderão participar da capacitação todos os candidatos que
tiverem suas inscrições deferidas.
7.4. A capacitação tem como finalidade preparar o candidato para o
exercício da função de conselheiro tutelar, esclarecendo sobre
legislação, atribuições, responsabilidade, área de atuação, e
outros temas inerentes, permitindo assim a participação
consciente no processo eleitoral.
7.5. Os assuntos abordados na capacitação poderão ser cobrados
na prova de conhecimentos, em forma de questões de múltipla
escolha ou redação.

8. DA PROVA DE CONHECIMENTOS

8.1. A prova de conhecimentos é de caráter eliminatório, com 30

questões de múltipla com escolha, cada uma com 04 (quatro)
alternativas, e 01 (uma) redação.
8.2. O valor total da prova é de 100 pontos, distribuídos da seguinte
forma:
.a Questões de múltipla escolha – 02 (dois) pontos cada;
.b Redação – 40 (quarenta) pontos, onde serão avaliados o conteúdo
e ortografia.

8.3. A prova de conhecimentos terá duração de 03 (horas) e será

realizada no dia (a definir), no horário de 9h às 12h,
no ..............................................................

8.4. A prova será de conhecimento sobre:

.a Lei Federal nº 8069/90 – Estatuto da Criança e do

Adolescente com as alterações introduzidas pelas Leis Federais nº
8.242/91 e 9.975/00;
.b As Leis Municipais que dispõe sobre a política de
atendimento a criança e ao adolescente no município
de .........................., leis .......................................;

8.5. Tanto nas questões de múltipla escolha quanto na redação,

não serão cobradas as regras do novo acordo ortográfico.
8.6. O acesso ao local das provas será restrito aos candidatos, a
equipe de elaboração da prova, a Comissão Organizadora e ao
Ministério Público;
8.7. Os candidatos deverão comparecer ao local com antecedência
mínima de 30 (trinta) minutos, munidos de identidade,
comprovante de inscrição e caneta esferográfica azul ou preta;
8.8. O ingresso dos candidatos ao local da prova só será permitido
dentro do horário estabelecido e mediante apresentação de
documento de valor legal com foto;
8.9. Iniciada a aplicação da prova não será permitido o acesso de
candidatos, sendo então considerado eliminado;
8.10. Não será permitida consulta para realização da prova, nem
uso de celular, transmissor / receptor de imagens ou qualquer
tipo de equipamento mecânico, eletrônico ou óptico que
permitem o armazenamento ou a comunicação de dados,
informações ou conversa;
8.11. Não serão computadas questões não respondidas nem
questões que contenham mais de uma resposta (mesmo que
uma delas esteja correta), emenda ou rasura, ainda que legível.
8.12. A prova tem caráter sigiloso e somente a equipe
responsável terá ciência de seu conteúdo, sendo vedada
qualquer informação a seu respeito antes do encerramento de
sua aplicação;
8.13. Caso alguma questão da prova seja anulada, esta será
considerada como acerto para todos os candidatos;
8.14. Será excluído do processo de escolha o candidato que
faltar as provas ou, durante a sua realização, for flagrado em
comunicação com outro candidato, ou com pessoas estranhas,
oralmente, por escrito ou por meio de equipamento eletrônico,
ou ainda se utilizar qualquer forma de consulta, sem prejuízo
de eventuais sanções criminais;
8.15. Será considerado aprovado o candidato que obtiver nota
igual ou superior a 50% do valor da prova objetiva e 50% do
 valor da redação, ou seja, com pontuação mínima simultânea
de 30 pontos na prova objetiva e 20 pontos na redação.
8.16. A classificação será por ordem decrescente do valor total
obtido na prova de conhecimentos (prova objetiva e redação);
8.17. Os recursos contra o gabarito, contra as questões ou
contra a redação deverão ser encaminhados com as devidas
justificativas no prazo de 3 (três) dias após a realização da
prova, para a Comissão Organizadora, no endereço da sede do
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

9. DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

9.1. A avaliação psicológica será realizada de forma eliminatória,

sendo que os candidatos serão submetidos à entrevista e/ou
dinâmica, podendo participar todos os candidatos aprovados na
etapa anterior.
9.2. A data da avaliação psicológica será divulgada por meio de
edital elaborado pela Comissão Organizadora, respeitando-se
os prazos de recurso da etapa anterior.
9.3. O candidato deverá comparecer no local designado com meia
hora de antecedência, munido de caneta esferográfica de tinta
azul ou preta, lápis preto nº 02, de um documento original de
identidade e do comprovante de inscrição.
9.4. Serão classificados para próxima etapa os candidatos que
conforme a avaliação psicológica, demonstrarem aptidão ao
cargo de conselheiro tutelar.
9.5. A partir da data de publicação do resultado inicia-se o prazo de
48 horas para interposição de recursos, que deverão ser
protocolados na sede do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.

10. DA ELEIÇÃO

10.1. A candidatura é individual e sem vínculo a partido político

ou a grupo religioso
10.2. Os candidatos poderão promover suas candidaturas junto
aos eleitores, através de debates, entrevistas, seminários, e
distribuição de panfletos, seguindo as normas específicas
expedida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente de .....................;
10.3. A eleição acontecerá no dia ...... , em dois períodos. O
primeiro período (manhã), iniciará ás 8 horas até as 11 horas e
ficara sob a responsabilidade dos
senhores : ....................................................................... O
segundo período (tarde) iniciará ás 11 horas até ás 14 horas e
ficara sob a responsabilidade dos senhores: ...........................
10.4. Os eleitores deverão comparecer ao posto de votação
portando o título de eleitor ou documento de identidade com
foto.
10.5. O voto será secreto em cédula própria rubricada pela
comissão eleitoral onde o eleitor deverá designar o nome ou
número do candidato ao conselho tutelar.
 10.6. A mesa de recepção dos votos será composta de dois
membros da comissão eleitoral e dois membros indicados pelo
Juiz da Infância e Juventude .
10.7. No local da eleição será afixado a lista dos candidatos com
seus respectivos números e resultados das provas.
10.8. Caberá o representante do Ministério Publico indicar cinco
fiscais que acompanharão o processo de votação como
também o processo de apuração do pleito eleitoral para o
conselho tutelar.
10.9. Cada eleitor poderá votar somente uma vez e em apenas
01 (um) candidato.
10.10. Será proibida a boca de urna ou qualquer propaganda no
dia da eleição;
10.11. Os candidatos poderão fiscalizar ou indicar um fiscal para
acompanhamento do processo de votação e apuração;
10.12. Terminada a votação a urna deverá ser lacrada pelo
representante do ministério publico na presença dos
conselheiros do CMDCA e dos presentes.
10.13. Imediatamente após a lacração da urna uma comissão de
apuração deverá ser formada por dois membros indicados pelo
Judiciário e quatro membros do CMDCA sob a orientação do
poder Judiciário, para inicio da apuração e contagem dos votos,
devendo ser observados os seguintes pontos: As cédulas com
mais um nome ou número escrito deverão ser anuladas, duvida
entre nome e número do candidato prevalece o nome. - Serão
Eleitos membros efetivos do conselho tutelar os cincos nomes
mais votados e os cincos subseqüentes serão considerados
suplentes.
10.14. Terminada a apuração será proclamado o resultado da
eleição conforme estabelecido nos artigos 24 e 25 da Lei
Municipal 1763/97 de 10/07/97.
10.15. Havendo empate, será aclamado vencedor o candidato que
tiver obtido maior nota na prova de conhecimentos (objetiva e
redação), e, prevalecendo o empate, o candidato com mais
idade.
10.16. A fiscalização de todo o processo de escolha (inscrição,
prova, avaliação psicológica, votação e apuração) estará a
cargo do Ministério Público.
10.17. O prazo para a interposição dos recursos é de 2 (dois) dias
úteis, devendo este ser encaminhado a Comissão
Organizadora, no endereço da sede do Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.

11. DAS PENALIDADES

11.1. O candidato que não seguir aos termos deste edital poderá
ter a sua candidatura impugnada pela Comissão Organizadora;
11.2. Será penalizado com o cancelamento da candidatura e
perda do mandato o candidato que fizer uso da estrutura
público para realização da campanha ou propaganda;
11.3. A propaganda insidiosa ou que promova ataque pessoal
para os concorrentes deverá ser analisada pela Comissão
Organizadora, que, se entender incluída nessas características,
determinará sua suspensão.
12. DA POSSE

12.1. A posse será realizada no dia (a definir), às 16 horas

perante a Prefeita Municipal de ...................... e o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente;
12.2. No momento da posse, os Conselheiros Eleitos deverão
assinar documento de que não exercem atividade incompatível
com a função de Conselheiro Tutelar.

13. DAS DIPOSIÇÕES FINAIS

13.1. A não exatidão das afirmativas ou irregularidades nos

documentos, mesmo que verificadas a qualquer tempo, em
especial por ocasião da investidura, acarretarão a nulidade da
inscrição, com todas as suas decorrências, sem prejuízo das
demais medidas de ordem administrativa, civil ou criminal.
13.2. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão
Organizadora do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente.
13.3. A jornada de trabalho e a renumeração dos Conselheiros
Tutelares poderão ser alterados mediantes modificação da Lei
Municipal 1763/97, em atendimento ao interesse público e
social, especialmente no que se refere à Criança e ao
Adolescente.

Ouro Fino, 21 de outubro de 2010

Presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.