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As obras “maiores” dos milagreiros e as obras dos verdadeiros seguidores

de Cristo

Em João 14.12 está escrito: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê
em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas,
porque eu vou para meu Pai”. Este versículo é o preferido dos super-pregadores
milagreiros e ilusionistas, que se valem da ênfase “obras maiores” para avalizar os
seus truques, trapaças, experiências exóticas e antibíblicas, além de fenômenos
“extraordinários” que não resistem ao teste da Palavra de Deus (cf. Dt 13.1-4; 2 Ts
2.9; Mt 7.21-23).

Neste artigo faço uma análise imparcial de João 14.12, pela qual — fazendo jus ao
objetivo da exegese — procuro extrair da aludida passagem o verdadeiro sentido da
frase “também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas”. Também
aproveito o ensejo para responder aos diversos leitores que me enviam e-mails
pedindo explicações sobre o mencionado versículo.

1) O termo grego meizõn, traduzido por “maiores”, no texto em apreço,


literalmente é “coisas maiores”. Já o vocábulo “obras” (gr. ergon) significa:
“trabalho”, “ação”, “ato” (VINE. W.E., Dicionário Vine, CPAD, pp.764,827), e não
“milagres”, estritamente.

2) É claro que a obra da Igreja de Cristo envolve curas e milagres, como


consequência da pregação do evangelho (Mc 16.15-20), mas o termo ergon alude a
trabalho ou empreendimento, em sentido amplo (Jo 5.21; Rm 15.18; At 5.38). Daí a
versão bíblica inglesa King James (KJV) empregar o vocábulo works, denotando que
o termo original diz respeito a trabalho, obras, empreendimento, e não a milagres,
estritamente.

3) Qual foi a obra, o trabalho, de Jesus, ao andar na terra? O texto de Mateus 4.23
responde a essa pergunta: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas
sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e
moléstias entre o povo”. Outra passagem que enfatiza a obra do Senhor é Atos
10.38: “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o
qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele”.

4) O Senhor Jesus asseverou que o trabalho ou o empreendimento da sua Igreja,


representada em João 14 por seus primeiros discípulos, seria maior do que o seu.
Mas, em que sentido? “As obras que os discípulos farão depois da partida de Jesus
serão maiores do que as de Jesus, não em seu valor intrínseco, ou em sua
glória, mas no objetivo. Os discípulos farão obras de Deus numa escala
mais ampla, enquanto levam a mensagem da vida eterna ao mundo todo, tanto a
gentios como a judeus” (MICHAELS, J. Ramsey, Novo Comentário Bíblico
Contemporâneo de João, Editora Vida, p.277).

5) “As obras ‘maiores’ incluem tanto a conversão de pessoas a Cristo, como a


operação de milagres. Este fato é demonstrado nas narrativas de Atos (At 2.41,43;
4.33; 5.12), e na declaração de Jesus em Mc 16.17,18... As obras dos discípulos
serão ‘maiores’ em número e em alcance” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD,
p.1601).
6) Benny C. Aker — professor do Assemblie of God Theological Seminary, em
Springfield, Missouri, Estados Unidos —, referindo-se às tais “obras maiores”,
afirmou que elas: “Dizem respeito à quantidade em lugar de qualidade. Jesus
fez estas ‘obras’, mas seus seguidores ao longo dos séculos trarão milhões de mais
obras para o Pai. É o que eles fazem enquanto aguardam a vinda de Jesus”
(Comentário Bíblico Pentecostal do Novo Testamento, CPAD, p.581).

Diante do exposto, a passagem em análise não abona fenômenos estranhos


ou experiências exóticas (como “anestesia espiritual” [aplicada durante o
também antibíblico “cair no poder”], “mãos grudadas” [só desgrudam com a ordem
do milagreiro], “unção do riso”, “depósito em conta bancária”, “dentes de ouro”,
etc.), além de invencionices, modismos, sandices, truques, práticas
hipnóticas e recursos outros empregados por super-pregadores
milagreiros e ilusionistas do nosso tempo. Fiquemos com a Palavra de Deus,
haja o que houver (1 Co 4.6; Gl 1.8; 2 Co 11.3,4).

Ciro Sanches Zibordi

http://cirozibordi.blogspot.com/2009/11/igreja-deve-fazer-obras-maiores-que-
de.html

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