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2. AGENTE ETIOLÓGICO
Infecções causadas por MCR (Mycobacterium abscessus) foram identificados em
procedimentos cirúrgicos estéticos, como liposucção e lipoescultura (MURILLO et al., 2000);
administração parenteral de vitaminas, extrato de córtex adrenal, lidocaína (GALIL et al., 1999;
VILLANUEVA et al., 1997; TORRES et al., 1998) e silicone (FOX, 2004); tratamento de
acupuntura (SONG et al., 2006); colocação de piercing mamilar (TRUPIANO et al., 2001);
banhos em piscinas (DYTOC et al., 2005).
As MCR constituem microrganismos problemáticos em vários setores dos serviços de
saúde, sendo associadas com fluídos de hemodiálise (LOWRY, 1990) e algumas soluções
desinfetantes (CARSON et al., 1978).
No Brasil, são poucos os casos publicados de infecções descritos por MCR. Segundo
Blanco, existe um relato de caso de ceratite por M. chelonae após cirurgia para correção de
miopia (BLANCO et al., 2002; SEABRA et al., 2002), um resumo sobre infecções cutâneas por
M. abscessus e M. fortuitum após aplicações em mesoterapia ou cirurgia plástica (OSUGUI et
al., 2001) e um artigo de Leão sobre o risco crescente de infecções por essas espécies de
micobactérias em pacientes submetidos a procedimentos médicos invasivos (LEÃO, 2002). Há
dois anos descreveu-se um caso de ceratite no qual M. abscessus foi isolado de uma cultura de
córnea, mesmo após seis meses de tratamento com antimicrobianos (GUSMÃO et al., 2005).
Recentemente, divulgaram-se surtos de micobactérias acometendo aproximadamente 1000
pessoas, principalmente no estado do Rio de Janeiro, sendo isolados como agentes etiológicos
M. abscessus, chelonae e fortuitum em pacientes submetidos à cirurgia vídeo-endoscópica,
plástica, entre outros.
As amostras biológicas, colhidas durante as investigações, em pessoas submetidas
procedimentos invasivos, em sua maioria do tipo "scopias", particularmente naquelas efetuadas
por videocirurgias, confirmaram a ocorrência de infecção pela espécie M. massiliense.
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3. PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Duas semanas a doze meses (alguns estudos colocam até 2 anos).
4. DIAGNÓSTICO
Infecções por MCR podem envolver praticamente qualquer tecido, órgão ou sistema do
corpo humano, sendo mais freqüente o acometimento de pele e subcutâneo. Diversas
publicações relatam a ocorrência de surtos de infecções por MCR após cirurgias de
revascularização miocárdica, diálise peritoneal, hemodiálise, mamoplastia para aumento de
volume mamário e artroplastia. Não existem relatos de transmissão de pessoa a pessoa, sendo
as fontes ambientais as mais importantes. As infecções de pele e subcutâneo por MCR
geralmente se apresentam como abscessos piogênicos, com reação inflamatória aguda e
supuração, ou evoluem lentamente, com inflamação crônica, formação de nódulos, ulceração,
formação de loja e fistulização. O curso da doença é variável, sendo mais freqüente a evolução
crônica progressiva, com raros casos de cura espontânea. Não existem sinais patognomônicos.
A suspeita normalmente é levantada devido à falta de resposta aos antibióticos mais utilizados
no tratamento de patógenos habituais de pele.
5. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
6. TRATAMENTO
1º Etapa: Ressecção cirúrgica das lesões, com prévia exploração por propedêutica armada da
parede da cavidade, se esta foi acessada durante o procedimento prévio;
7. VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Realizar busca ativa, de todos pacientes que realizaram vídeo cirurgias, plástica,
cirurgias com implante e genito-urinárias após a notificação do primeiro caso
suspeito, pelo período de, no mínimo, de dois meses, em caráter retroativo.
- SECREÇÃO
2- Informamos que os EAS devem notificar todo o caso suspeito, imediatamente à SESPA e
SESMA, por meio da CCIH do EAS.
Para a DCIH, a notificação deve ser imediata, através do fone 91 40064281 e pelo e-
mail: dvs@sespa.pa.gov.br e ccihsespa@hotmail.com .
O modelo de “FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE CASOS DE MICOBACTERIOSE NÃO
TUBERCULOSA APÓS PROCEDIMENTO INVASIVO” se encontra no site da ANVISA.
Esta ficha deve ser preenchida completamente (todos os campos) pelo serviço de saúde
e enviada via fax para o órgão de Vigilância Sanitária local (municipal). Este deve encaminhá-la
à Regional de Saúde, que por sua vez deve encaminhar a DCIH - Divisão de Controle de
Infecção Hospitalar, através do fone (91) 4006 – 4281, aos cuidados do Departamento de
Controle de Infecção Hospitalar do Estado.
O não envio do protocolo aos órgãos fiscalizadores implicará processo administrativo instaurado
nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de Agosto de 1977 – ANVISA.
Laura Rosseti
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ANEXOS
DETERMINAÇÕES
1. Alpha, M J Medical-Device Reprocessing Infect Control Hosp Epidemiol 2000; 21: 496-498.
2. Association of peri-Operative Nurses AORN Journal. Recommended practices for sterilization
in perioperative practice setting (Recommended Practices) Date:03/01/02006
http://www.encyclopedia.com/ doc/1G1-143524727.aspl acessado em 13/04/08
3. APECIH. Esterilização de Artigos em Unidades de Saúde, 2deg. edição, São Paulo:
Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2003.
4. BELO HORIZONTE. Portaria SMSA-SUS/BH nº 015, de 19 de julho de 2001 que "dispõe
sobre roteiros de Vistoria Fiscal Sanitária da Gerência de Vigilância Sanitária da Secretaria
Municipal de Saúde". Diário Oficial [do] Município de Belo Horizonte.
Poder Executivo, Belo Horizonte, MG, Ano VII, Nº 1421, 24 de julho de 2001.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 156, de 11
de agosto de 2006. Dispõe sobre o registro e reprocessamento de produtos médicos, e dá
outras providências. Diário oficial da União da [República Federativa do Brasil], Brasília, 11 ag.
2006.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RE/ANVISA nº2605 de 11 de agosto de 2006. Estabelece a lista de produtos médicos
enquadrados como de uso único proibidos de ser reprocessados. Diário oficial da União [da
República Federativa do Brasil], Brasília, 11 ag. 2006.
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RE/ANVISA nº 2606, de 11 de agosto de 2006. Dispõe sobre as diretrizes para
elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos e
dá outras providências. Diário oficial da União [da República Federativa do Brasil], Brasília, 11
ag. 2006.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
RE/ANVISA nº 2305, de 31 de julho de 2007. Prorroga o prazo estabelecido no Art. 17 da RE
ndeg. 2606 de 11 de agosto de 2006. Diário oficial da União [da República Federativa do
Brasil], Brasília, 31 julho. 2007.
9. BRASIL. Portaria ndeg. 2616 de 12 de maio de 1998. Controle de Infecção
Hospitalar. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 13 de maio de 1998.
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29. SOBECC. Práticas Recomendadas, 4deg. edição, 2007.
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