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Gás de Aterro – Compreendendo o Recurso
2.1 Geração de LFG e Fatores de Geração
Os fatores primários que influenciam a distância com que o gás migra desde os
resíduos até os solos adjacentes são a permeabilidade do solo adjacente ao
aterro e o tipo de cobertura de superfície de terra ao redor do aterro.
Geralmente, maior a permeabilidade do solo adjacente ao aterro, maior a
distancia de migração possível. O conteúdo de água do solo tem um efeito
importante em sua permeabilidade com respeito ao fluxo de LFG. À medida
que o conteúdo de água aumenta, a transmissibilidade efetiva de solo ou
resíduo para o fluxo de gás diminui. Alem disso, o tipo de cobertura de
superfície terrestre afeta a ventilação do LFG que pode escapar para a
atmosfera. Superfícies terrestres congeladas ou pavimentadas limitam a
ventilação de gás para a atmosfera e, portanto, aumentam a distancia de
migração potencial. Um alinhamento do aterro pode reduzir grandemente o
potencial para a migração de sub superfície. A presença de solos heterogêneos
ao redor do local ou esgotos e outro serviço de utilidade enterrado aumentara a
distancia de migração potencial ao longo desses corredores. O LFG pode
migrar uma distancia significativa a partir do aterro em esgotos ou leito de
esgoto. A avaliação do potencial para migração sub superfície a partir de um
local deve considerar esses fatores.
É pratica típica presumir que o LFG gerado consiste de 50 por cento de metano
e 50 por cento de dióxido de carbono para que o LFG total produzido seja igual
a duas vezes a quantidade de metano calculado a partir da Equação “1”.
II ANÓXICA 1 A 6 MESES
Figura 2.3
FASES TÍPICAS DE PRODUÇÃO DO LFG
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
FONTE:
FARQUHAR AND ROVERS, 1973,
AS MODIFIED BY REES, 1980,
AND AUGENSTEIN & PACEY, 1991.
Semi-Vidas dos Subprodutos da Biodegradação
Embora haja vários pontos negativos que possam surgir da presença do LFG,
há numerosos benefícios associados ao manejo adequado do LFG, e seu uso
potencial como fonte de energia. Os projetos de gestão de LFG que coletam e
queimam o LFG tem o potencial de gerar receita por meio da venda e
transferência de créditos de redução na emissão, o que proporciona um
incentivo e meios para melhorar o desenho e a operação do aterro e para
desenvolver um sistema global de manejo de lixo melhor.
Figura 2.4
CUSTO VERSUS EFICIÊNCIA DE RECUPERAÇÃO
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
Figura 2.5
DETALHE TÍPICO DE UM DRENO VERTICAL DE EXTRAÇÃO DO LFG
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
CORTE
CAMADA DE COLETA HORIZONTAL TÍPICA
FORA DE ESCALA
Figura 2.6
DETALHE DA VALA DE COLETA HORIZONTAL TÍPICA DE LFG
MANUAL PARA A PREPARAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO PARA PROJETOS DE ENERGIA
BANCO MUNDIAL
• melhor controle aéreo das emissões de gás;
• o campo de drenos pode ser expandido para refletir as modificadas
condições de aterro; e
• a coleta de condensação pode ser minimizada.
Essas condições podem não ser absolutamente idênticas em cada aterro, mas
elas servem como uma boa diretriz para assegurar o funcionamento apropriado
do sistema de coleta de LFG e minimizar a intrusão de ar na queima da usina
de LFGTE.
Um cabeçote de anel no aterro pode ser usado quando não houver terra
disponível para a construção de um sistema de cabeçote fora do limite do
resíduo. Cabeçotes de anel fora do aterro reduzem parte dos problemas
associados com a colocação de tubos no refugo. Cabeçotes de anel devem ser
equipados com válvulas para permitir o isolamento de partes do aterro, e portos
de monitoramento para monitorar a qualidade e a quantidade de gás. Sistemas
de cabeçote duplo têm sido utilizados em alguns aterros grandes e profundos
que têm uma longa vida ativa de aterro para segregar o gás rico em metano a
partir de porções mais profundas do aterro desde o gás coletado de perto da
superfície que pode ser diluído via intrusão de ar. Há numerosos
critérios/restrições de desenho relacionados às instalações de tubos para
especificar como encostas de mínimo e máximo; remoção da umidade
condensada; estresses de diferenciais e assentamentos totais; e estresses de
carga morta e viva.
O sistema de ventilação deveria ter a capacidade para manejar 100 por cento
da taxa estimada de produção do LF no período de pico, além de alguma
capacidade extra para controlar a migração. Algum nível de redundância de
defesa é normalmente recomendado para todos os sistemas de ventilação que
fornecem combustível para um sistema de utilização de LFG que gera receitas.
Dependendo do tamanho e idade de um aterro, uma abordagem por etapas na
construção da usina de controle de LFG é, freqüentemente, benéfica caso os
incrementos graduais na produção de LFG forem antecipados.
Queima de LFG
Para dar uma simples diretriz de custo, uma queima de gás de resíduo de
combustão de 1000 m3/hora de LFG custaria na faixa de $50.000 e $100.000
dependendo dos controles periféricos e dos apetrechos de segurança
requeridos. Para comparação relativa, um tambor blindado com uma
capacidade semelhante tem uma variação de custo duas vezes a da queima de
gás de resíduo. Alguns componentes como os sistemas refratários ou de
controle podem variar substancialmente de preço dependendo dos requisitos
de desempenho.
• vácuo;
• pressão diferencial;
• temperatura;
• composição de LFG (metano e conteúdo de 02); e
• posição da válvula.
Inspeção regular deveria ser realizada na usina de coleta de LFG para registrar
o fluxo de gás, a temperatura de chama, as concentrações de combustível e
oxigênio do LFG, temperaturas suportáveis, vezes de funcionamento do motor
e quaisquer outros parâmetros críticos. Só pessoal familiarizado com a
operação do sistema de coleta de LFG deveria realizar a correção de
irregularidades ou ajuste da operação do sistema.
A coleta ativa de LFG precisa estar ligada a outros sistemas ativos no aterro,
como operações de aterramento ativos, coleta de chorume, alinhamento de
linha e sistemas de cobertura finais. O desenho final do aterro precisa levar em
consideração todos os sistemas numa maneira progressiva para assegurar a
interconexão de sistemas e a expansão potencial de aterro progressiva.
Algumas das questões de interconexão e/ou interferência com a coleta de LFG
ativa incluem:
• A conexão do sistema de coleta de LFG ao sistema de coleta de
chorume. A quantidade e qualidade de LFG coletáveis a partir do
sistema de chorume podem ser significativas. Uma válvula precisa ser
instalada no ponto de conexão para permitir ajuste de fluxo e pressão
aplicados sobre o sistema de coleta de chorume. O risco desta conexão
é que se vácuo excessivo for aplicado o oxigênio pode ser puxado para
dentro dos sistemas de coleta de LFG e de chorume.. A intrusão de
oxigênio para dentro de ambos esses sistemas pode ser um perigo tanto
de segurança quanto de operação.
• As operações de aterramento em andamento podem resultar em
intrusão de ar no sistema de coleta de LFG bem como no aterro em si.
Em aterros ativos, precisa-se tomar cuidado para proteger/cobrir os
tubos de coleta de LFG com cobertura adequada de resíduo/ínterim
antes da ativação pra minimizar a intrusão de ar. A intrusão de ar
excessiva diluirá o LFG coletado, reduzindo seu conteúdo de energia, e
pode causar incêndios de aterro. Em locais abertos outro risco é
equipamento pesado danificar tubulação subterrânea exposta ou mal
enterrada.
• A expansão progressiva do campo de coleta de LFG é benéfica ao
aumentar a capacidade de coleta de LFG mas pode interferir com o
alinhamento existente e sistemas de cobertura finais. Após a expansão
do campo de coleta de LFG (instalação de drenos/valas e laterais
associadas), qualquer interrupção da cobertura final precisa ser
reconstruída até sua condição original.