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Estadual Monteiro
Lobato - CIMOL
Manual de Produção
Mecânica II
Centro Estadual de Referência no
Ensino Profissional
Introdução
Usinagem como Referencial Pré-Histórico
A Pré-História compreende o período que vai desde o surgimento do homem
até o aparecimento da escrita, sendo subdividida em:
• Idade da Pedra Lascada (Paleolítico- fig. Machado de Pedra Lascada)
• Idade da Pedra Polida (Neolítico-fig. Foice de osso)
• Idade dos Metais (fig. Pontas de armas)
Observe que a usinagem evoluiu juntamente com o homem, sendo usada
como parâmetro de subdivisão de um período.
Porém foi durante o período de guerra que ocorreu considerável progresso das
máquinas destinadas à fabricação. O marco deste progresso foi o surgimento
de partes intercambiáveis.
Torneamento
No torneamento, a matéria prima (tarugo) tem inicialmente a forma cílíndrica. A
forma final é cônica ou cilíndrica. Na operação de corte a ferramenta executa
movimento de translação, enquanto a peça gira em torno de seu próprio eixo.
Abaixo as variações do processo de torneamento.
Sangramento Radial
1. Corpo do cabeçote
2. Canhão
3. Ponta
4. Volante
5. Parafuso de fixação do barramento
6. Base
7. Sapata
a) Base
É uma placa de ferro fundido que assenta nas guias do barramento.
b) Corpo
É um suporte de construção sólida para o alojamento de um cilindro,
que se encontra rigorosamente alinhado com a árvore do cabeçote
fixo. O corpo desloca-se transversalmente sobre a base.
Ajusta-se sua posição em alinhamento com a árvore ou desalinha-se em
caso de torneamento cônico. Esta ajustagem é realizada por meio de
parafusos laterais entre a base e o corpo.
c) Canhão ou mangote
É um tubo cilíndrico, provido de uma porca que se desloca axialmente
dentro do cabeçote; este movimento resulta da transformação de rotação de
um fuso apoiado no mancal na extremidade e movido por meio de um
volante. Há cabeçotes, em tornos pesados, onde o próprio mangote é o
fuso, enquanto o volante faz o papel de porca.
Na extremidade do canhão ou mangote, existe um cone interno para
colocação de pontos, buchas, etc. Esta conicidade é de 3º.
d) Dispositivo de fixação
É composto por um ou mais parafusos com sapatas que servem para
a fixação em qualquer parte do barramento.
1.3.8 - Fuso
É um vergalhão cilíndrico, provido de rosca em quase toda sua extensão, a
qual corresponde ao curso útil do carro longitudinal. Esta rosca é, geralmente,
de perfil trapezoidal ou quadrado. A rotação do fuso é transmitida a uma porca
bipartida, montada no interior do carro, e serve para transformar o movimento
rotativo do fuso, em um movimento longitudinal do carro sobre o barramento.
Nos tornos antigos, todos os movimentos de avanços do carro realizavam-se
pelo fuso. Tal uso permanente resultava em desgaste relativamente rápido da
rosca do fuso e da porca bipartida prejudicando a precisão das roscas que
eram abertas. Assim, o fuso deve ser utilizado exclusivamente para abrir
roscas.
1.3.9 - Vara
Substitui o fuso para a realização dos avanços necessários ao
torneamento liso. É o segundo elemento para conduzir a rotação da
caixa de mudanças rápidas para o carro. É constituído de um vergalhão
cilíndrico liso que tem em quase todo o seu comprimento, um rasgo de
chaveta, a qual se encontra no interior do carro. Esta chaveta serve para
movimentar o carro durante o torneamento automático.
1.3.10 - Grade
Conhecida ainda pelos nomes de Viola e Lira, permite a colocação de
uma série de engrenagens, também chamada de “Trem de Rodas”.
1.3.11 - Avental
Onde ficam localizados os acionamentos automáticos.
Aplainamento
O aplainamento é um processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies,
geradas por um movimento retilíneo alternativo da peça ou da ferramenta. O
aplainamento pode ser horizontal ou vertical. Quanto à finalidade, as operações de
aplainamento podem ser classificadas ainda em aplainamento de desbaste e
aplainamento de acabamento.
Tipos de Aplainamento:
Aplainamento de guias
Aplainamento de superfícies
Aplainamento de perfis
Aplainamento de rasgos
Aplainamento de ranhuras em T
As mais usadas na indústria são:
Aplainamento de rasgos
Aplainamento de Perfis
Fresamento
Na operação de fresamento a ferramenta de corte possui vários gumes e
executa movimento de giro, enquanto é pressionada contra a peça. A peça
movimenta-se (alimentação) durante o processo. A superfície usinada
resultante pode ter diferentes formas, planas e curvas. Veja as variantes do
processo.
Fresamento Tangencial
Fresadora
Fresadora em operação.
Fresas utilizadas numa fresadora.
Fresadora é uma máquina de movimento continuo, destinada a usinagem de
materiais. Remove-se cavacos por meio de uma ferramenta de corte chamada
fresa.
A operação de fresagem consta da combinação de movimentos simultâneos da
ferramenta e da peça a ser usinada simultaneamente.
Índice
• 1 Tipos e característica
• 2 Classificação
• 3 Fresadora horizontal
• 4 Fresadora vertical
• 5 Fresadora universal
• 6 Fresadora especial
○ 6.1 Fresadora ferramenteira
Tipos e característica
A ferramenta de trabalho da fresadora é classificada de fios (Afiações)
múltiplos e se poder montar num eixo chamado porta–fresas. As combinações
de fresas de diferentes formas, conferem à máquina características especiais e
sobretudo vantagens sobre outras máquinas-ferramenta.
Uma das principais características da fresadora, é a realização de uma grande
variedade de trabalhos tridimensionais. O corte pode ser realizado em
superfícies situadas em planos paralelos, perpendiculares, ou formando
ângulos diversos: construir ranhuras circulares, elípticas, fresagem em formas
esféricas, côncavas e convexas, com rapidez e precisão.
Outras características importantes e que nos dão ideia das possibilidades da
máquina são:
• Comprimento e largura da mesa;
• Giro da mesa em ambos os sentidos;
• Máximo deslocamento longitudinal da mesa;
• Máximo deslocamento transversal da mesa;
• Máximo deslocamento vertical do suporte da mesa;
• Máxima altura da superfície da mesa em relação ao eixo principal;
• Maior e menor números de RPM do eixo principal;
• Avanços da mesa em mm/min;
• Velocidade e potencia do motor;
• Peso que a maquina suporta sobre a mesa.
Estas características são as que permitem identificar a máquina nos catálogos
comerciais , onde são explicadas com detalhes.
Classificação
As fresadoras se classificam segundo a posição do eixo-árvore em relação à
superfície da mesa de coordenadas. Desta forma, salientam-se fresadoras dos
seguintes tipos: horizontal, vertical, universal e especial.
Fresadora horizontal
O eixo-árvore ocupa a posição horizontal, paralela à superfície da mesa da
máquina. A peça é presa num divisor ou numa morsa, podendo se deslocar em
qualquer eixo horizontal (x, y).
Fresadora vertical
O eixo-árvore ocupa posição vertical , perpendicular à superfície da mesa da
máquina. A peça pode se deslocar nas coordenadas x e/ou y em relação à
ferramenta, sua fixação também pode ser através de um "divisor" ou de uma
"morsa".
Fresadora universal
Fresadora especial
Enquadram-se nesta classe as fresadoras que se destinam a trabalhos
específicos. Por exemplo: fresadora copiadora, cortadora de rodas dentadas,
ferramenteira, etc.
Fresadora ferramenteira
A fresadora ferramenteira destaca-se como a de maior importância para a
realização dos trabalhos de ferramentaria, sendo, portanto, objeto de estudos
mais detalhados.
A fresadora-ferramenteira é usada em trabalhos especiais. Assemelha-se a
fresadora vertical com alguns recursos de movimento em seu cabeçote vertical
girando no sentido do eixo x, eixo y e z. Em alguns momentos podemos operá-
la como fresadora horizontal. Para isso, monta-se nela um cabeçote especial
que aciona o eixo horizontal e a torna mais versátil. Pode-se montar em seu
cabeçote: mandril porta-pinça, mandril universal ou de aperto rápido. Esta
máquina se destaca por sua versatilidade, precisão e rendimento com auxilio
de régua e indicador digital. Ferramentaria: Atividade em expansão
Furação
Processo de Furação
A furação é um processo mecânico de usinagem destinado a obtenção de um furo
geralmente cilíndrico numa peça.
Na furação uma ferramenta (broca) de dois gumes executa uma cavidade
cilíndrica na peça. O movimento da ferramenta é uma combinação de rotação e
deslocamento retilíneo (ao longo do eixo do furo). Para tanto a ferramenta ou a
peça se desloca segundo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao
eixo principal da máquina.
Furação
Tipos de furação:
Furação em cheio
Furação com pré-furação
Furação escalonada
Furação de centros
Trepanação
ALARGAMENTO
O alargamento é um processo mecânico destinado ao desbaste ou ao
acabamento de furos cilíndricos ou cônicos, com auxílio de ferramenta
normalmente multicortante. Para tanto, a ferramenta ou a peça gira e a
ferramenta ou a peça se desloca segundo uma trajetória retilínea, coincidente
ou paralela ao eixo de rotação da ferramenta. O alargador é uma ferramenta
similar à broca, porém com múltiplos gumes, remove material de um furo,
aumentando seu diâmetro, ao mesmo tempo conferindo-lhe um alto grau de
acabamento.
Tipos de alargamento:
Alargamento cilíndrico de desbaste
Aço Ferramenta
Denomina-se de aço ferramenta o material descrito abaixo (aço não ligado). Há
diferenças de nomenclatura na bibliografia, que pode também denominar aço
ferramenta toda a gama de aços usados para fabricação de ferramentas.
• Foi o único material (aço) empregado na confecção de ferramentas de
corte até 1900.
Característica
Composição: 0.8 a 1.5% de carbono.
Aplicação
Após o surgimento do aço rápido seu uso reduziu-se a aplicações secundárias,
tais como:
• Reparos, uso doméstico e de lazer.
• Ferramentas usadas uma única vez ou para fabricação de poucas
peças.
• Ferramenta de forma.
São ainda atualmente usados pelas seguintes características:
• São os materiais mais baratos.
• Facilidade de obtenção de gumes vivos.
• Tratamento térmico simples.
• Quando bem temperado obtem-se elevada dureza e resistência ao
desgaste.
Limitação
• Temperatura de trabalho: até 250° C, acima desta temperatura a
ferramenta perde sua dureza.
Aço Rápido
Desenvolvido por Taylor e apresentado publicamente em 1900 na Exposição
Mundial de Paris.
Composição
• Elementos de Liga: tungstênio, cromo e vanádio como elementos
básicos de liga e pequena quantidade de manganês para evitar
fragilidade.
• Em 1942 devido à escassez de tungstênio provocada pela guerra, este
foi substituído pelo molibdênio.
Características
• Temperatura limite de 520 a 600°C;
• Maior resistência à abrasão em relação ao aço-ferrameta;
• Preço elevado;
• Tratamento térmico complexo.
Ligas Fundidas
Desenvolvidas por Elwood Haynes em 1922.
Composição
• Tungstênio, cromo e vanádio;
• No lugar de tungstênio pode-se usar em partes, manganês, molibdênio,
vanádio, titânio e tântalo;
• No lugar do cobalto o níquel.
Característica
• Elevada resistência a quente;
• Temperatura limite de 700 a 800ª.C;
• Qualidade intermediária entre o aço rápido e o metal duro
Metal Duro
O Metal Duro (Carbonetos Sinterizados) surgiram em 1927 com o nome de
widia (wie diamant - como diamante), com uma composição de 81% de
tungstênio, 6% de carbono e 13% de cobalto.
Cermet
Composição
Cermet é um composto formado por cerâmica e metal (CERâmica/Metal).
Quase tão antigo quanto o metal duro à base de tungstênio/cobalto, o cermet é
um metal duro à base de titânio. Durante a década de 1930, os primeiros
cermets (Ti/Ni) eram muito frágeis e pouco resistentes à deformação plástica.
Durante os anos quarenta e cinqüenta, o metal duro WC/Co desenvolveu-se
consideravelmente, com grandes avanços em melhoria da performance.
Enquanto isso, os cermets avançaram marginalmente com a adição de
materiais, provavelmente adicionados de modo tentativa-e-erro, e com o
aprimoramento da tecnologia de sinterização.
Característica
• Baixa tendência a formação de gume postiço;
• Boa resistência a corrosão;
• Boa resistência ao desgaste;
• Resistência a temperatura elevada;
• Alta estabilidade química;
Aplicação
Ao longo da história da usinagem, os cermets ganharam fama de suscetíveis à
repentina e imprevisível falha das pastilhas e, como tal, não têm sido fáceis de
compreender em sua aplicação. As próprias recomendações dos fornecedores
freqüentemente são contraditórias: alguns especificam o uso somente se os
fatores operativos no torneamento de acabamento estiverem exatamente
corretos; outros indicam uma área ampla de utilização, incluindo o exigente
semi-acabamento. Além disso, os cermets são amplamente usados no
fresamento de materiais de peças duros com êxito. Assim, parece não haver
diretrizes bem definidas sobre onde os cermets se encaixam na usinagem.
Cerâmica
Inicialmente cerâmica era o nome atribuido a ferramentas de óxido de alumínio.
Na tentativa de diminuir a fragilidade destas ferramentas, os insertos passaram
por considerável desenvolvimento, diferindo atualmente dos iniciais.
Hoje encontramos dois tipos básicos de cerâmica:
• base de óxido de alumínio.
• base de nitreto de silício.
Característica
• Alta dureza a quente (1600°C)
• Não reage quimicamente com o aço;
• Longa vida da ferramenta;
• Usado com alta velocidade de corte;
• Não forma gume postiço.
Característica da cerâmica não metálica em relação ao aço
• 1/3 da densidade do aço;
• alta resistência a compressão;
• muito quebradiço;
• módulo de elasticidade em torno de 2 vezes ao do aço;
• baixa condutividade térmica;
• velocidade de 4 à 5 vezes a do metal duro;
• baixa deformação plástica;
Aplicação
• Ferro Fundido;
• Aço endurecido; (hard steels)
• Ligas resistentes ao calor. (Heat resistant alloys)
Fabricação
Pó finíssimo prensado, porém apresenta-se muito poroso. Para eliminar os
poros, o material é sinterizado a uma tempertura de 1700o C ou mais. Durante
a sinterização as peças experimentam uma contração progressiva, fechando os
canais e diminuindo a porosidade.
Exigência
• Máquina Ferramenta com extrema rigidez e potência disponível
Recomendações
• Usinagem a seco para evitar choque térmico;
• Evitar cortes interrompidos;
• Materiais que não devem ser usinados:
○ Alumínio, pois reage quimicamente
○ Ligas de titânio e materiais resistentes ao calor, pela tendência de
reagir químicamente, devido a altas temperaturas envolvidas
durante o corte;
○ Magnésio, berílio e zircônio, por inflamarem na temperatura de
trabalho da cerâmica.
CBN
Nitretos de Boros Cúbicos Cristalinos
Material relativamente jovem, introduzido nos anos 50 e mais largamente nos
anos 80, devido a exigência de alta estabilidade e potência da máquina-
ferramenta.
Característica
• São mais estáveis que o diamante, especialmente contra a oxidação;
• Dureza elevada;
• Alta resistência à quente;
• Excelente resistência ao desgaste;
• Relativamente quebradiço;
• Alto custo;
• Excelente qualidade superficial da peça usinada;
• Envolve elevada força de corte devido a necessidade de geometria de
corte negativa, alta fricção durante a usinagem e resistência oferecida
pelo material da peça.
Aplicação:
• Usinagem de aços duros;
• Usinagem de desbaste e de acabamento;
• Cortes severos e interrompidos;
• Peças fundidas e forjadas;
• Peças de ferro fundido coquilhado;
• Usinagem de aços forjados
• Componentes com superfície endurecida;
• Ligas de alta resistência a quente(heat resistant alloys);
• Materiais duros (98HRC). Se o componente for macio (soft), maior será
o desgaste da ferramenta.
Fabricação
Diamante
Monocristalino
• Tipos: Carbonos, ballos e Borts.
• Característica marcante: são os materiais que apresentam maior dureza.
• Materiais que podem ser empregados: usinagem de ligas de metais,
latão, bronze, borracha, vidro, plástico, etc.
Parâmetros de corte permitido para uma ferramenta de corte:
• Velocidade de corte permitida: 100 a 3000m/min;
• Avanço: 0,002 a 0,06 mm;
• Profundidade de corte: 0,01 a 1,0 mm;
Limitação
• Ferramentas de diamante não podem ser usadas na usinagem de
materiais ferrosos devido à afinidade do C com o ferro;
• Não pode ser usado em processos com temperaturas acima de 900oC
devido a grafitização do diamante.
Aplicação
• Usinagem fina, pois é o único material para ferramenta de corte que
permite graus de afiação do gume até quase o nível de um raio atômico
de carbono.
• Usinagem onde é exigido ferramentas com alta dureza, por exemplo,
furação de poços de petróleo.
Diamante Policristalino
• Material sintético obtido em condições de extrema pressão e
temperatura;
• Propriedades semelhantes ao encontrado no diamante natural, porém
mais homogênios;
• São usados na usinagem de materiais não ferrosos e sintéticos;
• Ocorre grafitização para uma determinada condição de corte.
Descrição Geral da Ferramenta
Agora vamos conhecer um pouco mais sobre este tipo de ferramenta de
usinagem.
A descrição a seguir é baseada numa ferramenta de tornear simples, que
representa uma típica ferramenta de geometria definida.Assim buscamos fixar
esta parte do conteúdo, que é muito importante para entender o funcionamento
das demais ferramentas de geometria definida, como brocas e fresas.
• Elementos da ferramenta.
• Sistema de Referência e Planos.
• Movimentos de Corte.
• Ângulos da Ferramenta.
Elementos da Ferramenta
Superfície da Ferramenta
• FACE: Superfície da cunha sobre a qual o cavaco escoa.
• FACE REDUZIDA: É uma superfície que separa a face em duas regiões
- face e face reduzida - de modo que o cavaco entre em contato
somente com a face reduzida.
• FLANCO: Superfície da cunha voltada para a peça.
• FLANCO PRINCIPAL: Superfície da cunha voltada para a superfície
transitória da peça.
• FLANCO SECUNDÁRIO: Superfície da cunha voltada para a superfície
usinada da peça.
• QUEBRA CAVACO: São alterações presentes na face reduzida com o
objetivo de controlar o tamanho do cavaco de modo que não ofereça
risco ao operador e não obstrua o local de trabalho.
Gumes e Quina
Usado como referência para medir os ângulos da ferramenta.
• GUME: É o encontro da face com o flanco, destinada a operação de
corte.
• GUME PRINCIPAL: Interseção da face e do flanco principal.
• GUME SECUNDÁRIO: Interseção da face e do flanco secundário.
• GUME ATIVO: É a parte do gume que realmente está cortando.
• GUME PRINCIPAL ATIVO: É a parte do gume principal que realmente
está cortando.
• GUME SECUNDÁRIO ATIVO: É a parte do gume secundário que
realmente está cortando.
• QUINA: É o encontro do gume principal com o gume secundário.
.
Movimento de Corte
Movimentos da Peça e da Ferramenta
• MOVIMENTO DE CORTE: É o movimento relativo entre a peça e a
ferramenta que força o material da peça a escoar sobre a face da
ferramenta, proporcionando a formação de cavaco.
• MOVIMENTO DE AVANÇO: É o movimento relativo entre a peça e a
ferramenta o qual, combinado ao movimento de corte, proporciona uma
remoção contínua do cavaco e consequente formação de uma superfície
usinada.
• MOVIMENTO RESULTANTE DE CORTE: É o movimento resultante
dos movimentos de corte e de avanço.
SOLDAGEM
O QUE É A SOLDAGEM?
É o processo pelo qual se faz a união localizada de metais ou não-
metais, produzida pelo aquecimento dos materiais a temperatura adequada e
com ou sem a utilização de metal de adição.
A soldagem é extremamente utilizada pela indústria metal-mecânica,
que produz tubulações, caldeiras, navios, automóveis, vagões, pontes
metálicas, assim como por outros setores também, como o de
eletrodomésticos, eletrônicos, etc.
Arco elétrico
Arco elétrico é uma passagem de corrente elétrica em um meio que
normalmente é isolante (um gás) causada pela diferença de potencial (tensão)
entre o eletrodo (metal de adição-positivo) e a peça (metal de base-negativo).
O arco ocorre em um espaço preenchido de gás e isto resulta em uma
temperatura muito alta, capaz de fundir ou vaporizar qualquer coisa.
Tensão - Diferença de Potencial
Considere um aparelho que mantenha uma falta de elétrons em uma de
suas extremidades e na outra um excesso. Este aparelho é chamado gerador e
pode ser uma pilha comum ou uma fonte transformadora ou retificadora de
solda. A falta de elétrons em um pólo e o excesso em outro origina uma
diferença de potencial (d.d.p.). Um aparelho elétrico só funciona quando se cria
uma diferença de potencial entre os pontos em que estiver ligado para que as
cargas possam se deslocar. A Tensão ou Diferença de Potencial é medida em
Volts.
Corrente Elétrica
A passagem dessas cargas entre um polo e outro da fonte de tensão é
chamada corrente elétrica. É a corrente elétrica que causa o aquecimento e a
fusão do eletrodo e da peça.
O símbolo convencional para representar a intensidade de corrente
elétrica (ou seja, a quantidade de carga Q que flui por unidade de tempo t) é o
I.
Resistência
Resistência é a capacidade de um corpo se opor a passagem de
corrente elétrica, ou seja, quanto maior é a resistência maior é a dificuldade da
corrente elétrica passar. A resistência é medida em Ohms (Ω).
Durante o procedimento de soldagem a comprovação da lei de Ohm é
possivel atravéz das seguintes alterações:
- Afastamento do eletrodo: causa o aumento de resistência e a diminuição da
corrente
- Aproximação do eletrodo: diminui a resistência aumentando da corrente
- Aumento da tensão: causa o aumento da corrente aumentando a fusão
- Aumento da velocidade do arame: aumenta a corrente e aumenta o volume
de metal depositado.
Técnicas de soldagem
A primeira técnica geral de soldagem que afeta as características da solda é a
posição da tocha. Ela se refere à maneira pela qual a tocha é mantida
relativamente ao cordão de solda. A posição da tocha é normalmente definida
em duas direções — o ângulo relativo ao comprimento do cordão e o ângulo
relativo às chapas, como está ilustrado nas figuras abaixo, respectivamente.
Ambas as técnicas de soldagem puxando e empurrando são mostradas na
primeira figura. Na técnica puxando a tocha é posicionada de tal modo que o
arame seja alimentado no sentido oposto ao do deslocamento do arco. O
arame é adicionado ao metal de solda já depositado. Na técnica empurrando a
tocha é posicionada de tal modo que o arame seja alimentado no mesmo
sentido do deslocamento do arco. Nessa técnica o arame é adicionado, em sua
maior parte, diretamente na peça. Deve ser observado que não é necessária
qualquer alteração no sentido de soldagem para facilitar a soldagem puxando
ou empurrando, mas apenas uma mudança no posicionamento longitudinal da
tocha. Geralmente os soldadores acham que a técnica de soldagem puxando
proporciona um arco mais estável e menos respingos na peça.
A segunda técnica geral de soldagem que deve ser considerada é o sentido de
soldagem quando este deve ser realizada na posição vertical. Como a Figura
abaixo ilustra, existem duas progressões pelas quais a soldagem pode ser
executada — a ascendente e a descendente.
Equipamentos de segurança.
Segurança - EPC e EPI’s:
Como o próprio nome sugere, os equipamentos de proteção coletiva (EPC)
dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos
a determinado risco. Como exemplos podem citar o enclausuramento acústico
de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes
móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, capelas
químicas, extintores de incêndio, dentre outros.
Os E.P.I.s (Equipamentos de Proteção Individual) evitam lesões ou minimizam
sua gravidade, em casos de acidente ou exposição a riscos, também, protegem
o corpo contra os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressivas, que
causam as doenças ocupacionais.
3.Óculos de segurança
São especificados de acordo com o tipo de risco, desde materiais
sólidos perfurantes até poeiras em suspensão, passando por materiais
químicos, radiação e serviços de solda ou corte a quente com maçarico. Nesse
último caso, devem ser usadas lentes especiais.
4. Protetor auricular
5. Calçado de Segurança
6. Respiradores
7. Luvas e Aventais
8. Toca de Proteção
9. Cinto de Segurança