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Referencial
Trajetória
Deslocamento
É o vetor resultante da subtração do vetor posição final pelo vetor posição inicial :
Velocidade média
É a taxa de variação da posição de um corpo se esse tivesse se deslocado da posição
inicial à final em velocidade constante. Define-se o vetor velocidade média como
sendo:
Para fins práticos podemos definir também a rapidez média ou velocidade escalar
média. Trata-se do quociente da distância percorrida ΔS pelo intervalo de tempo Δt em
que isto foi feito. Em uma corrida de fórmula 1, por exemplo, se levarmos em conta
somente o vetor posição, ao final de cada volta o piloto terá desenvolvido 0 de
velocidade média! Entretanto, considerando apenas o espaço percorrido pelo piloto,
teremos uma velocidade escalar média diferente de 0, portanto, muito mais útil para as
análises necessárias. No movimento unidimensional, trabalhar tanto com um quanto
com outro nos leva aos mesmos resultados.
Velocidade instantânea
É a taxa de variação da posição de um corpo dentro de um intervalo de tempo δt
infinitesimal (na prática, instantâneo). Define-se velocidade instantânea ou
simplesmente velocidade como sendo:
Podemos falar também de uma rapidez instantânea, que seria o módulo do vetor
velocidade em um dado instante de tempo t.
(aceleração média)
(aceleração instantânea)
O conceito de partícula que será usado aqui difere do conceito de partícula encontrado
na física quântica (ex: quarks, elétrons). Definiremos uma partícula como algo que
possui apenas duas propriedades: localização e massa. Assim, note que a partícula não
tem extensão nem forma. Para descrever a posição de um corpo extenso, precisamos
dizer a localização de cada pedaço que o compõe, mas isso não é necessário para uma
partícula. Graficamente, podemos pensar na partícula como um ponto que possui massa
e se move pelo espaço com a passagem do tempo. As partículas não existem na
realidade, são objetos matemáticos sobre os quais construímos a primeira descrição
realmente poderosa do mundo.
Vamos colocar isso de forma mais precisa. Definimos uma reta, à qual estão restritos os
movimentos das partículas que estamos considerando. Sobre a reta, definimos um ponto
qualquer, chamado de "origem". Definimos então uma coordenada "x" para a partícula.
O módulo de x é a distância entre a partícula e a origem; enquanto o sinal é dado como
positivo caso a partícula esteja à direita da origem, e negativo caso ela esteja à esquerda.
A escolha da direita como positivo e esquerda como negativo é questão de definição:
nada impede que se faça o contrário, tomando os devidos cuidados. Também nada
impede que se faça uma reta vertical, definindo x como positivo quando estiver acima
da origem e negativo abaixo dela, por exemplo. A escolha das "inclinações" da reta são
irrelevantes aqui, e espera-se do leitor uma certa abstração quanto a isso.
• O problema da descrição
2- Criar um outro conjunto, cujos elementos serão valores da coordenada "x". Esse
conjunto deve ser compatível com o "3":
3- Criar uma função do primeiro ao segundo conjunto. Ou seja, para cada valor do
tempo haverá uma posição bem definida da partícula sobre a reta.
A existência de uma função que relaciona a cada valor do tempo uma posição no espaço
é denotada por:
x = x(t)
Onde t são os valores do tempo.
• Velocidade média
• Velocidade instantânea
Fica claro que, quanto menor é o intervalo de tempo t2 - t1, mais precisa é a descrição
dada pela velocidade média. Se o tempo for de dez anos, alguém podería ter conhecido
o mundo todo antes de voltar para casa nesse período (e parecería à velocidade média
que ele quase não se deslocou). Mas se o tempo foi de um segundo, a pessoa não pode
ter feito tanta coisa assim. Isso nos leva a desejar a formulação do conceito de
"velocidade instantânea", ou seja, algo análogo à velocidade média, mas com uma
precisão infinita. Para aumentar a precisão da velocidade, é preciso considerar tempos
cada vez menores, ou seja, valores de t2 arbitrariamente próximos de t1. Assim, usamos
a operação matemática conhecida como "limite": a velocidade instantânea é o limite da
velocidade média quando t2 tende a t1. Ou seja:
A operação acima descrita é chamada uma "derivada". Se temos uma função qualquer
f(t), então a derivada de f(t) no ponto t1 é:
Assim, fica claro que a velocidade instantânea v(t1) é a derivada da função x(t) no
ponto t1. Ou seja, A velocidade instantânea é a derivada temporal da posição.
Este trecho supõe que o leitor entenda o conceito de integral. A partir da equação
E sabemos que
temos
• O referencial
Este movimento é caracterizado pelo simples fato de que não há aceleração agindo
sobre a partícula.
Para isso, lembremos que a aceleração é a taxa de variação da velocidade com o tempo.
Sendo assim, em um movimento onde não haja aceleração, a velocidade obviamente
não varia com o tempo. Isto é, ela permanece constante. Então, no movimento
unidimensional uniforme:
v(t) = v0
Então, lembrando que a velocidade é a taxa de variação da posição, e sabendo que ela é
constante, vemos que a posição varia uniformemente com o tempo, o que justifica o
nome desse movimento. Ou seja, variação da posição é diretamente proporcional ao
tempo, sendo a constante de proporcionalidade a velocidade!
Δx(t) = v0Δt
Escrevendo delta x = x - x0, temos
x = x0 + v0Δt
Essa equação dá uma descrição completa do movimento uniforme.
v(t) = v0 + aΔt
Para encontrar x, podemos usar a velocidade média:
Que leva a
vm(t1,t2)Δt + x0 = x
Como a velocidade cresce uniformente, a velocidade média deve ser a média aritmética
entre a velocidade final (ou simplesmente v(t)) e a velocidade inicial
Assim,
De onde vem:
Que é uma equação bastante útil. O conceito de trabalho emerge dela, como pode ser
visto no artigo "Trabalho", que está indicado no fim desta página.
A equação
v2 − v2 = 2.0.Δx = > 0 = 0
Isso reflete o fato de que saber a velocidade em um dado instante não é o bastante para
saber a posição nesse instante. De fato, todas as posições correspondem à mesma
velocidade!