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“ NOVE MESES NA VIDA DA MULHER”

A PRÉ-HISTÓRIA DA CRIANÇA

Nesse texto tentaremos passar de que forma podemos contribuir para


que as crianças que chegam ao mundo tenham uma qualidade de vida melhor que a
de seus pais.
Falaremos do “Banho de Linguagem”, pré-história da criança, palavras
que são encontradas na história da família que antecede a mesma, a princípio
tiradas do histórico de família das duas linhagens, homem e mulher, desde o
primeiro encontro do casal, até o projeto de gravidez ou não.
Toda família tem sua singularidade com a participação de vários
membros dela. Tudo o que não foi dito nesse contexto de vida forma o inconsciente
para depois se transformar em consciente dando margem a escolha da maneira que
vamos viver.
Esse mesmo banho de linguagem é dividido em direto: Tudo que se
diz respeito ao projeto de gravidez e indireto: A história do pai e da mãe.
A história desse casal que vai conceber uma criança também começa
com a história de seus pais, sendo assim uma corrente. O lugar que cada um
ocupou na sua determinada família vai intervir na sua maneira de se ver como Pai
ou Mãe.
Se não tivermos um bom posicionamento podemos criar interditos que
trará grandes traumas , frustrações que causam danos enormes na vida adulta como
no caso da esterilidade psicogênica que é causada por fatores inconscientes que
não autorizam que essa mulher se sinta no direito de maternidade, só conseguindo
se libertar depois de uma autorização externa como a adoção
Em qualquer família, seja qual for nível social, etnia e cultura vai existir
um lugar para cada um dos membros. Como exemplo podemos citar o irmão mais
velho, caçula, o mais inteligente e etc, sendo esse lugar determinado pelas palavras
do pais.
Quando esse processo de ser inserido na família ocupando um lugar
específico não acontece pode ocorrer o fenômeno de recém-nascidos que não
engordam e que os médicos não encontram explicação para a patologia,
necessitando de ajuda psicanalítica.
Podemos dizer que a família intervém com uma grande
parcela no que se diz respeito ao encontro com uma pessoa específica para viver
uma união, marido e mulher. As palavras ditas e não ditas pelos pais abrem um
leque de possibilidades para essa união, como por exemplo um encontro de
cumplicidade e durável ou uma paixão passageira.
Esse encontro implicará no banho de linguagem da criança que vier
dessa relação. Esse casal não se entendendo bem, a criança chega ao mundo com
uma missão de reparação. Essa missão fará parte de sua bagagem influenciando
seu comportamento tanto para o construtivo como para o destrutivo.
Graças ao jogo do Ego essa criança tem autonomia e constituirá sua
vida com os recursos dados pelos pais e sua família.
A palavra casal hoje tem vários modelos e não mais determina que são
cônjuges. Todas as crianças são filhas de um casal, porém de diferentes tipos de
casal, como por exemplo de uma cega paixão, de um adultério, e até mesmo de um
verdadeiro amor como deveria ser sempre.
O que importa é que qualquer que seja o modelo do casal implicará
diretamente na banho de linguagem desse filho, influenciando sua vida adulta. Os
filhos de pais divorciados tendem a dizer que nunca vão quere viver assim,
escolhem isso conscientemente. Mas esses eventos tendem a passar de geração
pra geração por ficarem registrados com marcas profundas.
Nem toda história familiar é dramática, mas em todas a repetições,
todavia devemos procurar ajuda de um psicanalista quando percebermos que a
história é dramática para interrompermos seu ciclo. Somos portadores de nossa
bagagem e na maioria das vezes não queremos que nossos filhos passem pelos
mesmos eventos.
Nos casos de abandono e maus tratos é bastante comum as mães que
sofreram essa agressão deixarem seus filhos para adoção em anonimato, sendo
assim uma forma de não dar continuidade nesse mesmo seguimento.
É bem mais cômodo aceitarmos a história já inserida do que criarmos
outro episódio pra ela. No caso da mãe solteira que opta por ter seu filho sem a
presença do pai é o famoso filho Edípico. Na grande maioria dos casos esses filhos
são criados pelos avôs , pois é a única figura masculina aceita pela mãe. O que
dizer então a essas crianças?
Não parece nem um pouco justo esconder a verdadeira história dela.
Os pais na tentativa de poupar seus filhos acabam por esconder eventos que fogem
da normalidade tais como: uma gravidez artificial, um suicídio, uma adoção e vários
outros.
Essa omissão as vezes é baseada na própria garantia de bem estar
dos pais em não terem que ser questionados ou assistirem o sofrimento dos filhos.
Mas esse sofrimento momentâneo ou durável terá uma razão conhecida, ao
contrário do não dito que fará um buraco em sua vida levando a graves
conseqüências.
Diante dessas descobertas pode-se afirmar que toda criança tem o
direito de saber sua história por mais que lhe faça sofrer naquele momento, esses
eventos formulados em palavras podem encontrar um bom lugar no decorrer de
sua existência.
Todos esses fatos nos remete a pensar e constatar que filhos de
inseminação artificial também devem saber de seu selo, pelas palavras de seus
próprios pais, para que ninguém fora do círculo venha a cometer um estrago na vida
dessa nova vida.
Podemos falar agora um pouco sobre projeto de filho e projeto de ser
pais, dois fatores distintos. Todo projeto de gravidez necessariamente precisa de
três pessoas, ou três desejos como a psicanálise trata, pai , mãe e filho. Cada um
depende dos outros dois para que aconteça o nascimento, esse desejo de duas
pessoas quer seja consciente ou não fará parte da pré-história da criança.
Vamos falar da contracepção e as falhas dela, o desejo para a
psicanálise não pertence somente a vontade do consciente. Sabe-se que filhos
desejados conscientemente mas que inconscientemente por algum motivo de
bagagem de linguagem na história desse pai ou dessa mãe, pode evitar essa
gravidez esperada.
Mas essa fecundação não pode ser explicada somente com o
inconsciente, mas em conjunto com o momento atual da vida de cada um dos
desejos ou seja o homem e a mulher.
Homens e mulheres são diferentes tanto na parte fisiológica como na
psíquica, desejar um filho para um homem não tem o mesmo sentido para a mulher.
Vamos começar pelo fato de que o homem tem muito mais tempo para ser pai do
que a mulher para ser mãe.
Hoje para se constituir uma família vários parâmetros são
avaliados, principalmente pela mulher. Independência financeira é a mais importante
delas, não podemos esquecer o fato de ser cada vez mais raro observar um homem
que possa assumir a responsabilidade sozinho de uma família, forçando a mulher a
assegurar uma posição profissional antes da maternidade.
Podemos entrar na ambivalência que vem complementar tudo o que
dissemos até agora de contracepção e as falhas dela. Ambivalência é o desejo de
duas coisas contraditórias, como desejar ter um filho e ao mesmo tempo questionar
vários fatores como, carreira, estudos, viagens e liberdades.
Ou mesmo aceitar fazer um aborto quando naquele momento aquele
filho era desejado, deseja o filho mas encontra muitos argumentos racionais para
não tê-lo. Sermos ambivalentes trata-se de dois fatores associados, contexto
histórico e inconsciência.
Algumas pessoas são vítimas da ambivalência deixando que todas as
decisões sejam tomadas por dúvidas. O banho de linguagem do homem e da
mulher que juntos formam um casal pode influenciar nesse desenvolvimento dessa
ambivalência.
Pode-se afirmar que esse desejo de ter filhos vem de referências
familiares, parentais e sociais. E quando ambos, homem e mulher submergiram de
uma linhagem semelhante a possibilidade de acertos aumenta muito.
O projeto de ser pai também vai de encontro com o contexto em que
fomos criado, como eram nossos pais e outros modelos parentais.
Trataremos agora das diferenças e aceitações que devemos ter dentro
de um projeto de ser pais. Cada indivíduo cria dentro do seu consciente um molde
para a pessoa que vai juntamente com ela conceber um filho. Cria um sonho e uma
expectativa que talvez venha trazer sofrimento e traumas quando não
correspondidos.
Pode-se observar que ao longo da vida conjugal cada membro evolui
em direções diferentes. Cada filho do casal poderá se inserir na linhagem que mais
se identificar como no caso do primogênito que segue a linhagem do pai e o
segundo filho opta pelas tradições da mãe. Cada filho é singular porque cada
gravidez tem o seu próprio significado surgindo nem determinado momento da vida
do casal.
Essa questão de lugar específico na família por muitas vezes gera
sofrimento e dor por motivos de alguns membros da família não elaborarem bem
um evento traumático.
A gravidez tem um significado, consciente ou inconsciente, tendo
como projeto reparar alguma coisa ou preencher um vazio causado por
desaparecimento ou morte.
Essa criança já vem ao mundo até mesmo com o mesmo nome da
pessoa que supostamente vai ocupar o lugar, chegando as vezes com uma missão
dentro da família de comandar os negócios do pai ou seguir a carreira de bailarina
por imposição da mãe.
Cada um vai lidar com essa missão conforme sua criatividade, seus
dotes e talento e não necessariamente vai seguir o que os pais determinarem.
Existem projetos mais tristes e sérios como de uma criança que vem ao mundo para
salvar com sua medula um irmão.
Nessas situações difíceis a palavra tem importância primordial para
que essa criança não se sinta como simples objeto de salvação. Precisa ser dito que
o quanto ele é importante e como foi desejado.
Agradecer por ter vindo com saúde e ter aceito a missão de ajudar os
médico a salvar seu irmão. Isso será fundamental para a fase adulta dessa criança e
na relação com seu irmão.
Na pré-história do filho é necessário incluir a sexualidade dos pais com
a finalidade de tornar possível que sua própria vida sexual seja segura com seu
parceiro na fase determinada e correta. Todas as informações da vida sexual dos
pais vão abastecer o inconsciente do filho com palavras boas ou não, determinando
sua conduta na vida adulta.
Outro fator muito importante na vida de uma criança que vai chegar é
abordar o dia da concepção e qual o contexto para chegar nesse dia marcante,
diante dessa hipótese, o que pensar dos bebês de proveta, quais seriam seus
sentimentos ao dia de sua concepção.
Nunca poderá ser generalizado o fato de concepção influenciar direta
ou indiretamente no modo de ver a vida. Muitas dessas crianças programadas são
muito mais felizes e equilibradas do que outras concebidas na noite de lua de mel,
devemos lembrar que a história precede cada um de nós e nos influencia, mas a
história continua a ser escrita todos os dias.
Agora só nos falta mencionar a esterilidade e seus desdobramentos. A
esterilidade por muitas das vezes advêm de razões inconscientes das quais só vão
ser identificadas com ajuda profissional psicanalítica.
Quando um casal é estéril o primeiro alvo é a mulher até por uma
imposição cultural. Para as mulheres existem dois tipos de esterilidade, as
explicáveis sendo classificadas organicamente e só sendo superada com técnicas
de procriação e as inexplicáveis, chamadas de psicogênicas.
Ambas têm uma trajetória penosa, cheia de angustia e decepções
assim como de expectativas e esperanças. Esse filho virá ao mundo marcado por
esse selo, e os pais terão que resistir bravamente para não educar essa criança de
maneira errada , mimando e protegendo demais.
O passo mais importante desses pais é ter as palavras certas para que
o banho de linguagem dessa criança seja construtivo. Nunca omitir os fatos, sempre
ter respostas para os questionamentos e nunca o silêncio. Conclui-se que a
esterilidade seja do homem ou da mulher, o impacto da história e o desejo
inconsciente são determinantes para que ela exista e seja vencida.
Nesse texto podemos conhecer um pouco das várias maneiras que a
criança pode ser protegida de futuros traumas e sofrimentos, que toda a nossa
história vem de muito tempo atrás, já quando nossos pais eram criados pelos seus
pais.Esse poderoso banho de linguagem que forma toda inconsciência e passa a
consciência de forma construtiva ou destrutiva para a vida adulta do homem.
Palavras representativas do
contedo do trabalho, escolhida,
preferencialmente, em vocabulário
controlado. As palavras devem ser
separadas entre si por ponto e
finalizadas também por ponto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SZEJER, M; STEWART, RICHARD; “Nove Meses na Vida da Mulher” , Uma


abordagem psicanalítica da gravidez e do nascimento: Ed Casa do Psicólogo.

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