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Curso Prático de Harmonização

Introdução

Nesta apostila eu procuro simplificar a Teoria Geral de Estrutura dos Acordes.


Isto porque, nos Métodos hoje encontrados no mercado, a Teoria é muito resumida; isto dificulta o entendimento
do aluno que deseja aprimorar e entender os princípios básicos dos acordes e harmonização.
Meu ensejo não é criar um novo conceito de harmonização, pois regra é sempre regra, viso apenas facilitar a
compreensão da mesma.
Voltado mais para o leigo, espero poder contribuir para a expansão da aprendizagem do aluno que chegar às mãos
esta apostila.
Música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma por meio dos sons.
A música divide-se em 4 partes fundamentais, que são:
1) Melodia: que é a combinação dos sons quando são executados uns após os outros formando um sentido
inteligível;
2) Harmonia: é a combinação dos sons quando são executados juntamente (dois ou mais sons), formando um
conjunto que soam como se fossem um só.
3) Timbre: é a propriedade que tem um som de ser diferente dos demais, mesmo quando têm em comum o nome,
mas soa diferente dos outros;
4) Ritmo: é a arte de combinar os sons, subdividi-los e organiza-los dentro de determinados espaços de tempo,
criando uma variação de estilos e forma de executa-los.

As propriedades da música e suas diversas variações foram criadas em função de tempo e de combinações.
O princípio gerador das combinações é uma seqüência de sete notas (sons), que é chamada Escala Base.
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Estas notas se repetem quase que infinitamente tanto no sentido positivo (ascendente) quanto no sentido
negativo (descendente). Damos o nome de Agudos aos sons ascendentes e Graves aos sons descendentes.

Criou-se, para efeito de organização, uma definição que todo os sons são gerados à partir do DÓ chamado
central no piano. Daí partimos em ambos os sentidos formando as escalas.

A partir destas notas da Escala Base foram criados os semitons, que são notas que estão entre as sete notas
convencionais. Para representa-los, das sete notas existentes, dividiram-se cinco, formando uma escala de
doze notas.

DÓ – DÓ# - RÉ – RÉ# - MI – FÁ – FÁ# - SOL – SOL# - LÁ – LÁ# - SI --> SI – SIb – LÁ – LÁb – SOL –
SOLb – FÁ – MI – MIb – RÉ – RÉb - DÓ.

Sendo: # (sustenidos) em sentido ascendente e b (bemóis) em sentido descendente.

A essa Escala de doze notas, damos o nome de Escala Cromática.

A menor distância que existe entre uma nota (som) e outra(o) é chamada de SEMITOM, e a distância entre
duas nota é chamada de TOM. Observe:

Observe que a distância entre Dó e Dó# é de meio tom ou um semitom, e a distância entre Dó e Ré e de um
tom. Observe também que, mesmo não havendo notas semitonadas entre o Mi e o Fá e entre o Si e o Dó, a
distância entre estas notas é de um semitom. A distância entre Dó e Ré# e de um tom e meio, a distância
entre Ré e Fá# é de dois tons e assim por diante, soma-se de meio em meios-tons e descobre-se a distância
entre as notas da Escala.
Cada nota de uma Escala é chamada de Grau dessa Escala. Dentro da Escala Natural – de sete notas há
sete Escalas. E na Escala Cromática existem doze Escalas naturais. Para descobrir cada Escala, basta
iniciarmos de quaisquer das sete ou doze notas das Escalas e percorrermos o caminho, conforme o padrão
da escala natural. Observe este padrão abaixo:

ONDE: T (um tom) e ST (semitom)

Se iniciarmos uma Escala em Ré, seguindo o mesmo padrão, teremos:

Esta escala será chamada Escala Natural de Ré, porque começa com a nota Ré. E assim por diante... a
escala que começa em Dó será chamada de Dó, etc.

Baseado na Escala Natural podemos criar variações e assim, através disto, descobrir novas possibilidades
de combinações.

Maior ou menor?

Um acorde é maior quando sua Terça (terceiro grau) é maior.

Para que seja maior é preciso observar a seguinte regra:

Observe os intervalos que formam a escala de Dó maior, conforme explicado anteriormente.

Um tom de Dó à Ré, um tom de Ré à Mi, meio tom (semitom) de Mi à Fá, um tom de Fá à Sol, um tom de Sol
à Lá, um tom de Lá à Si e meio tom de Si à 8ª (Dó)

Agora, contando de Dó (1º grau) a Mi (3º grau) são exatamente dois tons.

Então, quando a distância entre a Tônica e a Terça forem de dois tons, a Terça será maior.

Agora conte da Tônica até a 5ª (Sol), serão três tons e meio. Quando a distância entre a tônica e a 5ª forem
de três tons e meio a 5ª será maior.

Harmonização: é a propriedade da música que tem como objetivo combinar e organizar os sons de maneira
que formem um conjunto em harmonia (que soa bem aos ouvidos).

Para definirmos o sentido de harmonização, tomaremos como exemplo o acorde de DÓ MAIOR. O acorde de
DÓ MAIOR é formado pela combinação de três sons:

Dó – que é chamado Tônica, porque é ele quem dá nome ao acorde e porque é o que soa mais destacado.
Mi – que é chamado Terça porque é o terceiro grau, partindo da tônica;
Sol – é chamado Quinta porque é o quinto grau, partindo da tônica.

Os acordes (harmonias) são nada mais que pilhas de notas que pertencem à mesma escala.
Para isso vamos dispor a escala de Dó maior assim:

Partindo do primeiro grau: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Partindo do terceiro grau: MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI

Partindo do quinto grau: SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL

As notas empilhadas ficam assim:

Existem dois tipos de harmonias:

Tríades: que é formada por três graus da escala, no caso de Dó maior:

DÓ: Tônica do acorde


MI: Terça do acorde
SOL: Quinta do acorde
(A tríade é um tipo de harmonia consonante, porque seus graus combinam-se perfeitamente, formando um
som definido).

Tétrades: que é formada por quatro graus da escala, no caso de Dó maior:

DÓ: Tônica do acorde


MI: Terça do acorde
SOL: Quinta do acorde
SI: Sétima do acorde
(A tétrade é um tipo de harmonia dissonante, porque seus graus quando soam juntos dão um idéia de
desarmonia, mas pertencem à mesma escala).

Trabalhando com as tríades veremos que existem quatro tipos delas:

Vamos analisar agora as tétrades

A tétrade têm sua formação parecida e originária da tríade, só que com um grau a mais. Esse grau é
justamente uma Terça maior (partindo da Quinta) exemplo:
2 tons - então é uma Terça maior

1 tom e ½ - então é uma Terça menor

2 tons - então esta é uma Terça maior.

Empilhando as notas
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ
MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI
SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL
SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Dessa forma temos as tétrades de Dó maior. E seus nomes serão:

Confira:

Todo acorde maior, como já vimos anteriormente, é formado por três graus maiores, que são: 1º (Tônica), 3º
(Terça) e 5º (Quinta). Então a tríade de Dó maior será:

Dó (Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si - Dó)


Mi
Sol

Quando a Terça de um acorde for menor (se a distância entre a Tônica e a Terça for de um tom e meio) o
acorde também será menor. Veja no exemplo:

Dó (Dó - Ré - Mib - Fá - Sol - Láb - Si - Dó)


Mi bemol (ou Ré sustenido)
Sol
Escalas e Harmonização

Sustenido e bemol são formas diferentes de representar os semitons.

Enquanto sustenido (#) representa meio tom subindo na escala, bemol (b) significa meio tom descendo na
escala.

Existem uma vasta complexidade na harmonização; isto dá-se porque existem infinitas combinações. Mas
cada tipo de harmonia têm uma escala como origem.

Toda escala, como já foi explicado, têm sua formação na Escala Cromática:

DÓ – DÓ# – RÉ – RÉ# – MI – FÁ – FÁ# – SOL – SOL# – LÁ – LÁ# – SI – DÓ

Usamos a escala cromática de Dó maior como exemplo.

Como podemos observar, a escala acima é uma escala cromática, que é formada por semitons, e por ela ter
começado em DÓ será chamada de escala cromática de Dó.

Baseado nisto vamos estudar os intervalos entre uma nota (grau) e outra.
Como mostra a tabela acima os graus dependem do acidente (# ou b) para serem identificados. Se for #
(sustenido) serão maiores ou aumentados. Se for b (bemol) serão menores ou diminutos.

Detalhamento dos tipos de escalas:

Cromática: A escala cromática é formada por ½ e ½ tons, isto chama-se simetria, porque são distâncias
iguais.

Hexafônica: A escala hexafônica é formada somente por tons inteiros.

Exemplo: DÓ – RÉ – MI – FÁ# - SOL# - LÁ# - DÓ

Diminuta: Formada de um tom e meio consecutivos.

Exemplo: DÓ – RÉ – MIb - MI- FÁ – SOLb – LÁb - SIb – DÓ

Pentatônica: A escala pentatônica origina-se da escala maior; na verdade é uma escala maior sem os 4º e
7º graus.

Exemplo: DÓ – RÉ – MI – SOL – LÁ – DÓ

Diz-se pentatônica porque é formada de apenas 5 graus.

Existem também as escalas menores harmônicas e melódicas

Estas escalas são muito usadas porque geram uma série importantes de novas combinações harmônicas.
Mas para que se possa entender, preste atenção na explicação abaixo.

Toda escala maior pode dar origem a uma outra escala, que é uma escala menor. Essa escala têm sua
formação baseada da mesma forma que a tríade. A essa escala damos o nome de escala relativa e ela
começa no sexto (6º) grau da escala natural maior. Veja no exemplo abaixo:
Escala natural maior de Dó maior

Então a escala relativa menor de Dó maior será:

Como você pode notar ela começa em Lá, portanto será a escala de Lá menor.

Mas voltando às escalas Harmônicas e Melódicas ...

Harmônicas

A escala harmônica é a mesma relativa, só que com o sétimo grau alterado. Ex.:

Analisando a escala:

1. Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Terça for menor que dois tons a Terça será uma Terça
menor, é o caso desta escala. Ela é uma escala menor por esta razão.

2. Lembre-se que se a distância entre a Tônica e a Quinta forem de três tons e meio a Quinta será uma
maior. Neste caso a Quinta desta escala será uma Quinta maior.

Agora vamos empilhar as notas:

Partindo do primeiro grau: LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ

Partindo do terceiro grau: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ

Partindo do quinto grau: MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI

Dispondo-os em ordem, a tríade de Lá menor será:


Agora o empilhamento para a descrição das tétrades:

Partindo do primeiro grau: LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# - LÁ

Partindo do terceiro grau: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ

Partindo do quinto grau: MI – FÁ – SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI

Partindo do sétimo grau: SOL# – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI– FÁ – SOL#

Dispondo-os em ordem, a tétrade de Lá menor será:

Escala Menor Melódica

A escala menor melódica é uma escala montada a partir da relativa menor, só que com os 6º e 7º graus
aumentados. Veja no exemplo:

E seus intervalos são: T; 2M; 3m; 4J; 5J; 6M; 7M

Se você montar a escala natural de Lá maior verá que a única diferença que há entre a maior e a menor
melódica é a Terça, que é maior na maior, e menor na menor melódica. Conclusão: para tornar um acorde
maior em menor basta diminuir a sua Terça.

Campo harmônico da menor melódica


Escalas Modais

Além das escalas básicas Maior e Menor, existem outras escalas, que são chamadas de Modais. Estas
escalas são conhecidas como escalas gregas, pois têm seu princípio baseado nos estudos da música grega.
São elas:

Jônio: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Dórico: RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ

Frígio: MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI

Lídio: FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ

Mixolídio: SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL

Aeólio: LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ

Lócrio: SI – DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Podemos notar que o modo Jônio é exatamente igual à Escala Maior e o modo Aeólio é exatamente igual à
Escala Menor básica (não alterada para formas as escalas melódicas e harmônicas). Isto pode ser facilmente
explicado, uma vez que as nossas escalas, que usamos na música ocidental, tiveram a sua origem nas
antigas escalas gregas. Das sete escalas apresentadas acima, na música ocidental atual, usamos
normalmente apenas essas duas.

Arpegios:

Os arpegios são notas dos acordes que são executadas uma após outra.

Os arpegios de Dó maior (Jônio) são:

Tríade
DO – MI – SOL

Tétrade
DO – MI – SOL – SI

Como você pode observar, usamos o modo Jônio e empilhamos, no caso da tríade, usamos os 1º, 3º e 5º
graus. E no caso da tétrade usamos os 1º, 3º, 5º e 7º graus. Vamos fazer o mesmo com os demais modos.

Observe na separação, no quadro abaixo.


Veja que o Lócrio ganhou o nome de acorde diminuto. Isto porque seus 3º e 5º graus são bemóis.

Representações – Sinais Gráficos

Para representar os acordes foram criados sinais. As cifras (nome dos acordes) são identificadas por letras.

E sinais como:

M - maior
+ - maior (quando estiver na frente dos 7º e 14º graus) e aumentada quando estiver na frente dos demais
graus ou acordes (cifras).
– - menor
m - menor
sus - acorde suspenso
º - diminuto (quando estiver na frente de cifras) e grau (quando estiver na frente de números que
representam os graus da escala.
# - sustenido
b - bemol
x - duplo sustenido (natural da escala)
bb - duplo bemol (natural da escala)
( ) - atenção !
(add) - acorde que não contém um dos graus que compõe a tríade, suprimida temporariamente durante a
execução. Ex.: Dadd (Fá# - Lá)
Ø - meio diminuto. (tríade diminuta que contém o sétimo grau menor)
/ - acorde com baixo ou estrutura alterada. Ex.: D (Ré – Fá# - Lá) estrutura normal D/A (Lá – Ré – Fá#)
estrutura alterada (graus invertidos).
Transposição:

Transposição é quando queremos transportar uma música, tocada em um acorde qualquer, para ser tocada
em outro acorde. Por exemplo, temos uma música tocada em C (dó maior) e queremos toca-la em E (mi
maior)

Então conte quantos tons existem entre C (Dó) e E (Mi): São dois tons.

Escala do acorde da música:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ

Escala que queremos tocar:

MI – FÁ# – SOL# – LÁ – SI – DÓ#– RÉ#– MI

Acordes comuns (exemplo) na música tocada em Dó maior

C7+; G/B; C5+; Am; Am/G; F7+; G7; C7; F; G; E; Dm7; G#7+; Gm7

Acrescentando dois tons (isto vale para todos os acorde comuns), temos:

Notas musicais:

A música escreve-se sobre 5 linhas e 4 espaços (entre as linhas). A esse conjunto damos o nome de
Pentagrama ou Pauta, suas linhas e espaços se contam de baixo para cima.

Para representarmos musicalmente todo o espectro sonoro,dos mais graves aos mais agudos, usando
apenas essas cinco linhas, temos que usar de Claves, sinais que iniciam a pauta. Veja no exemplo abaixo:

Esta clave chama-se clave de Sol, criada para representar as notas mais agudas.

Temos ainda a Clave de Fá (para instrumentos graves) e a Clave de Dó (para instrumentos médios).

Na clave de Sol as notas se dispõe assim:


Clave de Fá: Observe que o desenho a clave de Fá inicia com uma curva em cima da 4ªlinha. Por causa
disso, esta linha chama Fá.

Agora veja a clave de Fá escrita na 3ª linha

Já a clave de Dó tem 4 variações, sendo a primeira escrita na 3ª linha.

A segunda variação escrita na 1ª linha

A terceira variação escrita na 2ª linha

E a quarta variação escrita na 4ª linha

Como você pode observar para cada variação, o centro da clave de Dó indica onde estará a nota Dó.

As claves de Fá e Sol podem ser combinadas, representando um grande espectro sonoro. Isto é possível
porque o Dó superior da clave de Fá têm a mesma altura que o primeiro Dó da clave de Sol. Baseado nesta
verdade, podemos escrever uma seqüência de notas, usando as duas claves, assim:
Sinais usados na música:

Fermata, ponto de suspensão ou órgão ( )

D. C. - Da Capo (do começo);

As barras (verticais) que separam as notas no pentagrama são para definir até onde vai um compasso. Por
exemplo, um compasso vai de uma barra à outra.

Dentro de cada compasso podem existir:


4 tempos se após a clave houver um sinal 4/4 ou C;
2 tempos se houver um sinal 2/4
3 tempos se houver um sinal 3/4

Os compassos acima são chamados compassos inteiros ou simples. Nestes compassos, o número superior
é divisível por dois. Já os compassos 6/8, 9/8, 12/8, etc., cujo número superior é divisíel por três, são
chamados compassos compostos.

Aos compassos 2/4, 6/8 e suas derivações damos o nome compassos binários.
Aos compassos 3/4, 9/8 e suas derivações damos o nome compassos ternários.
Aos compassos 4/4, 12/8 e suas derivações damos o nome compassos quaternários.

As figuras musicais variam em nome e valores, conforme tabela abaixo:


As Notas no Braço do Violão (Guitarra)

Para instrumentos de cordas dedilhadas podemos usar o sistema de TABLATURA, que nada mais é que as
cordas do instrumentos organizadas graficamente. Ex.

Na tablatura única coisa que muda em relação ao instrumento é a organização das cordas, pois a sexta
corda (Mi grave), na tablatura passa a ser a primeira (contando de baixo para cima). Esta mudança deve-se
ao fato de facilitar a leitura e interpretação de partituras e sua execução no violão. Por exemplo:

Exemplo de um trecho musical:

Este trecho musical seria representado na tablatura da seguinte maneira:

Os números representam as casas onde se pressiona as cordas para a emissão da nota musical.
Mini-Curso Básico de Contra-Baixo
Guia de introdução para o estudo do Baixo
Parte I

Capítulo 7: Escalas

Neste capítulo abordaremos um assunto de vital importância não só pro contra-baixo, mas assim como para todos os
instrumentos de corda: As tão faladas escalas musicais.
Podemos iniciar afirmando que nas escalas, suas notas representam graus, e estão separados por intervalos convencionados.
Cada tipo de escala possui uma característica melódica própria que a identifica e a individualiza. A melodia de uma escala é
definida pela disposição dos intervalos e por sua quantidade de graus. E a combinação posição - quantidade que padroniza
sua melodia, sendo estabelecida por fórmula.

Toda escala é constituída sobre uma "nota base" que passe a ser o seu primeiro e principal grau. A função deste grau
fundamental é denominada Tônica, se repetindo no último grau da escala. A propósito, a palavra diatônica , significa
"concordando com a tônica".

• O Sistema diatônico é constituído somente por intervalos convencionados em tom e semitom:

Tom (t): É o intervalo formado por dois semitons, resultando num tom "Inteiro".

Semitom (s): É o intervalo de "meio-tom"; o prefixo "semi" significa metade.

ESCALA MAIOR NATURAL

As escalas diatônicas possuem 5 intervalos de tom e 2 intervalos de semitom, dispostos entre seus 8
graus. O "modo" como esses intervalos são organizados gera uma melodia própria para cada escala.

No caso da escala maior natural, a configuração de seus intervalos refere-se ao modo jônico e, a
classificação maior, ao intervalo entre a tônica e o terceiro grau que é de dois tons (terça maior). A
sonoridade melódica das escalas maiores nos induz a extroversão, ao entusiasmo e a euforia.

Fórmula da Escala Maior Natural:

T II III IV V VI VII T
t t s t t t s

Os nomes dos graus se definiram conforme suas posições na escala, determinando suas funções:

I. Tônica: Grau fundamental que nomeia a escala e define seu Tom.


II. Sobretônica: Grau acima da tônica.
III. Mediante: Grau do meio entre a tônica e a dominante, define a classificação maior ou menor.
IV. Subdominante: Grau abaixo da dominante.
V. Dominante: Grau que "domina" o Tom. É o grau mais importante depois da tônica.
VI. Submediante: Grau do meio entre a tônica oitavada e a Subdominante.
VII. Sensível: Grau que precede a tônica em um semitom e pede complemento da mesma.
VIII. Oitava: Repetição da tônica, porém com o dobro da freqüência sonora (Hertz).

A tônica é o pólo de repouso da melodia da escala. A dominante, em oposição, é o pólo de tensão.

A escala de C Maior Natural é considerada perfeita por ser composta apenas por notas naturais. O
Temperamento permitiu a toda nota musical poder ser eleita tônica de qualquer tipo de escala. Na
estruturação de uma escala sobre uma tônica qualquer, se faz necessário alterar certas notas por meio
dos acidentes, para obedecer, desta maneira, a fórmula interválica da escala requerida.

A transposição tonal de uma escala consiste em adotar uma nova tônica, e manter a formação original de
seus intervalos, ou seja, apresentam-se tônicas diferentes para o mesmo padrão modal. A teoria sobre
esse processo será adequadamente detalhada no capitulo relativo ao sistema tonal.

A escala Maior Natural é a mais importante do sistema diatônico, pois é o alicerce fundamental para
entender os encadeamentos de escalas, construções de acordes e progressões harmônicas.
OBS:

A aplicação de escalas requer um embasamento teórico amplo e amadurecido, porém, adota-se primeiro este critério básico:
"Aplica-se uma escala sobre os acordes que esta pode gerar".

Aplicação da escala maior: acordes maiores (6, 7M, add9, 6/9, 7M/9, 6/7M, 6/7M/9).

ESCALAS MENORES

As três principais escalas menores usadas na Música são: a Natural, a Harmônica e a Melódica. As escalas
menores são assim classificadas devido ao intervalo de um tom e meio configurado entre a tônica e o
terceiro grau (terça menor) característica comum a todas escalas menores. Sob este aspecto apresentam
um semitom a menos que o intervalo correspondente nas maiores. A melodia de uma escala menor,
geralmente nos induz a introversão, a melancolia e nostalgia.

• Escala Menor Natural

A escala menor natural tem a organização de intervalos idêntica à configuração do modo eólio. A escala
menor natural (eólica) pode ser obtida partindo-se do VI grau da escala maior natural. De outro modo,
pode-se obter a escala maior natural, partindo do III grau da escala menor natural. Esse elo de
congruência, é o referencial que torna essas 2 principais escalas diatônicas relativas, pois ambas, embora
possuam fórmulas diferentes, compartilham exatamente das mesmas notas.

Fórmula da Escala Menor Natural

T II IIIb IV V VIb VIIb T


t s t t s t t

Aplicação da escala menor natural: Acorde menor "tríade" ou (m7, m7/11, m7/9, m7/9/11).

è A partir de adaptações sobra a escala menor natural derivaram-se duas outras escalas menores, as
quais requerem embasamento em estudo sobre harmonia básica para um melhor entendimento.

• Escala Menor Harmônica

A escala menor harmônica foi convencionada para reestruturar o campo harmônico menor. O sétimo grau
na escala menor natural está a um tom da oitava, denominando-se "subtônica". O grau na condição de
subtônica, atenua a tensão melódica ascendente da escala para a oitava. Sustenizou-se a subtônica
promovendo-a a sensível, naturalmente complementada pela tônica. Como conseqüência harmônica, o
acorde dominante menor converteu-se para maior, aumentando assim seu efeito tensionador e,
resolvendo de maneira mais convincente sobre o acorde de tônica.

Fórmula da Escala Menor Harmônica

T II IIIb IV V VIb VII T


t s t t s ts s

Aplicação da escala menor Harmônica: Acordes menores (m9, m7M, m7/11, m7M/9).

• Escala Menor Melódica

A escala menor melódica é resultado de uma adaptação feita sobre a escala menor harmônica. Esta
última, por apresentar o intervalo de tom mais semitom entre os seus sexto e sétimo graus, era uma
exceção ao sistema diatônico, predominante na época, tornando-a de difícil entonação. Para reconciliá-la
ao diatonismo e suavizar seu fluxo melódico, elevou-se o VI grau dá harmônica em um semitom,
resultando na escala menor melódica.

Devido ao destensionamento melódico que ocorre no sentido descendente das escalas, é desnecessário
manter esse padrão, além disso, comparando a fórmula da menor melódicas com a da maior natural,
ambas diferem só no III grau. Por este motivo, para melhor distinguí-las no sentido descendente, usa-se
a escala menor natural. No padrão convencional acende-se, escala menor melódica e descende-se, escala
menor natural.

Fórmula da Escala Menor Melódica

T II IIIb IV V VI VII T
t s t t t t s

Aplicação da escala menor melódica: Acordes (m6, m7M m6/9, m7M/9, m6/9/11, m9/11).

Capítulo 8 : Modos

Outro assunto que complementa as escalas são os Modos. As características sonoras de cada modo podem ser transportadas
para qualquer tonalidade, desde que sua seqüência de intervalos original não seja alterada.

Na verdade, isso produz cinco novas escalas – e não sete, já que o Jônio e o Eólio coincidem com as escalas diatônicas naturais
maior e menor respectivamente. Essas cinco novas escalas constituem alternativas à estrutura melódica e harmônica das
escalas diatônicas.

Modos e escalas possuem aplicações diferentes. As escalas determinam a harmonia e os modos expressam as variações
melódicas. Para se saber se um modo é maior ou menor basta olhar para o intervalo entre a 1ª e a 3ª notas. O Lídio e o
Mixolídio são, na verdade, maiores, enquanto o Dórico e o Frígio são menores. O Lócrio é incomum, na medida em que seu
acorde de tônica é "Diminuto". A atmosfera geral do modo pode ser ouvida executando-se acordes construídos sobre seus
graus, apenas com as notas que o modo contém.

• Modo Jônio

Foi o predecessor da escala maior diatônica. Possui a mesma seqüência de intervalos e, portanto, a mesma sonoridade.

• Modo Dórico

É um modo menor. Difere da escala menor natural (eólio) apenas na 6ª nota, que recebe um sustenido. Muito adequado para
seqüências de acordes menores (por exemplo Im, Iim, III, IV, Vm, VII), que adquirem assim, um toque jazzístico.

• Modo Frígio

Outro modo menor, praticamente idêntico à escala menor natural (eólio), exceto na 2ª nota, que é bemolizada (Db). Esta nota
é ouvida como "9ª bemolizada" quando acrescentada a um acorde de tônica com sétima menor.

• Modo Lídio

Uma escala maior. Difere da maior diatônica (jônio) por possuir um sustenido na 4ª nota. É uma escala maior com (#4).

• Modo Mixolídio

A escala mixolídia possui a 7ª nota bemolizada. É o que diferencia da escala maior diatônica (jônio). Na verdade, trata-se de
um dos modos utilizados com maior freqüência para improvisação no Blues e no Jazz.

• Modo Eólio

Este modo foi o predecessor da escala menor natural diatônica. Possui a mesma seqência de intervalos e, portanto, a mesma
sonoridade.

• Modo Lócrio

Todas as notas desta escala são bemolizadas, com exceção da tônica (I grau) e da 4J (IV grau). Dos sete modos este é o
menos utilizado na música ocidental, mas desempenha um papel importante nas músicas Indiana e Japonesa.

Modos e seus intervalos

JÔNIO - T 2M 3M 4J 5J 6M 7M 8J
DÓRICO - T 2M 3m 4J 5J 6M 7m 8J
FRÍGIO - T 2m 3m 4J 5J 6m 7m 8J
LÍDIO - T 2M 3M 4aum 5J 6M 7M 8J
MIXOLÍDIO - T 2M 3M 4J 5J 6M 7m 8J
EÓLIO - T 2M 3m 4J 5J 6m 7m 8J
LÓCRIO - T 2m 3m 4J 5dim 6m 7m 8J

Modos originados pela escala Maior

Modo Jônio -C–D–E–F–G–A–B–C


Modo Dórico -D–E–F–G–A–B–C–D
Modo Frígio -E–F–G–A–B–C–D–E
Modo Lídio -F–G–A–B–C–D–E–F
Modo Mixolídio -G–A–B–C–D–E–F–G
Modo Eólio -A–B–C–D–E–F–G–A
Modo Lócrio -B–C–D–E–F–G–A–B

Modos, posição vertical

Jônio 1
--------------------------------------------6---7---9----------------
-------------------------------6---7---9-----------------------------
------------------5---7---9------------------------------------------
-----5---7---9-------------------------------------------------------

Jônio 2
--------------------------------------------4---6---7----------------
-------------------------------4---6---7-----------------------------
-----------------4---5---7-------------------------------------------
------5----7---------------------------------------------------------

Jônio 3
--------------------------------------2---4---6----------------------
-------------------------2---4---6-----------------------------------
-------------2---4---5-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------

Dórico 1
--------------------------------------------5---7---9----------------
-------------------------------5---7---9-----------------------------
------------------5---7---9------------------------------------------
-----5---7---8-------------------------------------------------------

Dórico 2
---------------------------------------------4---5---7---------------
-------------------------------4---5---7-----------------------------
---------------------5---7-------------------------------------------
------5---7---8------------------------------------------------------

Dórico 3
--------------------------------------2---4---5----------------------
-------------------------2---4---5-----------------------------------
-------------2---3---5-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------

Frígio 1
--------------------------------------------5---7---9----------------
-------------------------------5---7---8-----------------------------
------------------5---7---8------------------------------------------
-----5---6---8-------------------------------------------------------

Frígio 2
---------------------------------------------3---5---7---------------
-----------------------------------5---7-----------------------------
---------------------5---7---8---------------------------------------
------5---6---8------------------------------------------------------

Frígio 3
----------------------------------------2---3---5--------------------
---------------------------2---3---5---------------------------------
-------------1---3---5-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------

Lídio 1
--------------------------------------------6---8---9----------------
-------------------------------6---7---9-----------------------------
------------------6---7---9------------------------------------------
-----5---7---9-------------------------------------------------------

Lídio 2
--------------------------------------------4---6---8----------------
-------------------------------4---6---7-----------------------------
-----------------4---6---7-------------------------------------------
------5----7---------------------------------------------------------

Lídio 3
--------------------------------------2---4---6----------------------
-------------------------2---4---6-----------------------------------
-------------2---4---6-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------

Mixolídio 1
--------------------------------------------6---7---9----------------
-------------------------------5---7---9-----------------------------
------------------5---7---9------------------------------------------
-----5---7---9-------------------------------------------------------

Mixolídio 2
--------------------------------------------4---6---7----------------
-------------------------------4---5---7-----------------------------
-----------------4---5---7-------------------------------------------
------5----7---------------------------------------------------------

Mixolídio 3
--------------------------------------2---4---6----------------------
-------------------------2---4---5-----------------------------------
-------------2---4---5-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------

Eólio 1
--------------------------------------------5---7---9----------------
-------------------------------5---7---9-----------------------------
------------------5---7---8------------------------------------------
-----5---7---8-------------------------------------------------------

Eólio 2
--------------------------------------------4---5---7----------------
----------------------------------5---7------------------------------
--------------------5---7---8----------------------------------------
------5---7---8------------------------------------------------------

Eólio 3
-----------------------------------------2---4---5-------------------
---------------------------2---3---5---------------------------------
-------------2---3---5-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------

Lócrio 1
--------------------------------------------5---7---8----------------
-------------------------------5---7---8-----------------------------
------------------5---6---8------------------------------------------
-----5---6---8-------------------------------------------------------

Lócrio 2
--------------------------------------------3---5---7----------------
----------------------------------5---7------------------------------
--------------------5---6---8----------------------------------------
------5---6---8------------------------------------------------------

Lócrio 3
-----------------------------------------2---3---5-------------------
---------------------------1---3---5---------------------------------
-------------1---3---5-----------------------------------------------
--------5------------------------------------------------------------
Modos em 2 oitavas

Jônio
----------------------------------------------------9-/-11---13---14-----
-------------------------4---6---7-/-9---11---12-------------------------
------------4---5---7----------------------------------------------------
---5---7-----------------------------------------------------------------

---14---13---11----------------------------------------------------------
-------------------14---12---11-/-9--------------------------------------
---------------------------------------12--11---9-/-7--------------------
---------------------------------------------------------10---9---7-/-5--

Dórico
----------------------------------------------------9-/-11---12---14-----
-------------------------4---5---7-/-9---10---12-------------------------
----------------5---7----------------------------------------------------
---5---7---8-------------------------------------------------------------

---14---12---11----------------------------------------------------------
-------------------14---12---10-/-9--------------------------------------
---------------------------------------12--10---9-/-7--------------------
---------------------------------------------------------10---8---7-/-5--

Frígio
----------------------------------------------------9-/-10---12---14-----
-----------------------------5---7-/-8---10---12-------------------------
----------------5---7---8------------------------------------------------
---5---6---8-------------------------------------------------------------

---14---12---10----------------------------------------------------------
-------------------14---12---10-/-8--------------------------------------
---------------------------------------12--10---8-/-7--------------------
---------------------------------------------------------10---8---6-/-5--

Lídio
----------------------------------------------------9-/-11---13---14-----
-------------------------4---6---7-/-9---11---13-------------------------
-------------4---6---7---------------------------------------------------
---5---7-----------------------------------------------------------------

---14---13---11----------------------------------------------------------
-------------------14---13---11-/-9--------------------------------------
---------------------------------------12--11---9-/-7--------------------
---------------------------------------------------------11---9---7-/-5--
Mixolílio
----------------------------------------------------9-/-11---12---14-----
-------------------------4---5---7-/-9---11---12-------------------------
-------------4---5---7---------------------------------------------------
---5---7-----------------------------------------------------------------

---14---12---11----------------------------------------------------------
-------------------14---12---11-/-9--------------------------------------
---------------------------------------12--10---9-/-7--------------------
---------------------------------------------------------10---9---7-/-5--

Eólio
----------------------------------------------------9-/-10---12---14-----
-----------------------------5---7-/-9---10---12-------------------------
----------------5---7---8------------------------------------------------
---5---7---8-------------------------------------------------------------

---14---12---10----------------------------------------------------------
-------------------14---12---10-/-9--------------------------------------
---------------------------------------12--10---8-/-7--------------------
---------------------------------------------------------10---8---7-/-5--

Lócrio
----------------------------------------------------8-/-10---12---14-----
-----------------------------5---7-/-8---10---12-------------------------
----------------5---6---8------------------------------------------------
---5---6---8-------------------------------------------------------------

---14---12---10----------------------------------------------------------
-------------------13---12---10-/-8--------------------------------------
---------------------------------------12--10---8-/-6--------------------
---------------------------------------------------------10---8---6-/-5--

Exercício de modos com intervalos:


Jônio, padrão terças:
--------------------------------------------------4------6--4--7--6--9---
-----------------------------4-------6--4--7--6-------7------------------
-------4--------5--4--7--5-------7---------------------------------------
---5-------7-------------------------------------------------------------

----7-------6------------------------------------------------------------
--------9------7--9--6--7-----6------------------------------------------
---------------------------9-----7--9--5--7-----5------------------------
---------------------------------------------9-----7--9--5--7--4—5-------
Jônio, padrão quartas:
-----------------------------------------4-----6-----7-----9-------------
----------------------4------6-----7--4-----6-----7-----9----------------
-------5--------7--4-----5------7----------------------------------------
---5-------7-------------------------------------------------------------

----7-------6------------------------------------------------------------
--------7------6--9-----7-----6------------------------------------------
---------------------9-----7-----5--9-----7-----5-----4------------------
---------------------------------------9-----7-----5---—-4--5------------

Jônio, padrão quintas:


---------------------------------------4--------6-----7-----9------------
----------------4------6-------7-----------4-------6-----7---------------
-------7-----------4-------5-------7-------------------------------------
---5-------7-------------------------------------------------------------

----7-------6-------4----------------------------------------------------
--------6-------4-----------7--------6-------4---------------------------
------------------------7-------5--------4------------7-------5----------
--------------------------------------------------7---—---5-------4---5--

Jônio, padrão sextas:


----------------------4-----6-----7-----9-7----6-------------------------
----4-----6-----7--------------4-----6-------9---7-9---7---6-------------
-------------4-----5-----7---------------------------5---------9---7-----
-5-----7-------------------------------------------------9---7---5---4-5-

Jônio, padrão sétimas:


---------------4---6----7----9-7----6-----4------------------------------
-----6-----7------------------------------------7-----6-----4------------
-------------4---5----7---9------7-----5-----4---------------------------
--5-----7------------------------------------------7---—-5-----4--5------

ESCALA MAIOR NATURAL


As escalas diatônicas possuem 5 intervalos de tom e 2 intervalos de semitom, dispostos entre seus 8 graus. O "modo"
como esses intervalos são organizados gera uma melodia própria para cada escala.

No caso da escala maior natural, a configuração de seus intervalos refere-se ao modo jônico e, a classificação maior, ao
intervalo entre a tônica e o terceiro grau que é de dois tons (terça maior). A sonoridade melódica das escalas maiores nos
induz a extroversão, ao entusiasmo e a euforia.

Fórmula da Escala Maior Natural:

T II III IV V VI VII T
t t s t t t s
Os nomes dos graus se definiram conforme suas posições na escala, determinando suas funções:

IX. Tônica: Grau fundamental que nomeia a escala e define seu Tom.
X. Sobretônica: Grau acima da tônica.
XI. Mediante: Grau do meio entre a tônica e a dominante, define a classificação maior ou menor.
XII. Subdominante: Grau abaixo da dominante.
XIII. Dominante: Grau que "domina" o Tom. É o grau mais importante depois da tônica.
XIV. Submediante: Grau do meio entre a tônica oitavada e a Subdominante.
XV. Sensível: Grau que precede a tônica em um semitom e pede complemento da mesma.
XVI. Oitava: Repetição da tônica, porém com o dobro da freqüência sonora (Hertz).

A tônica é o pólo de repouso da melodia da escala. A dominante, em oposição, é o pólo de tensão.

A escala de C Maior Natural é considerada perfeita por ser composta apenas por notas naturais. O Temperamento
permitiu a toda nota musical poder ser eleita tônica de qualquer tipo de escala. Na estruturação de uma escala sobre uma
tônica qualquer, se faz necessário alterar certas notas por meio dos acidentes, para obedecer, desta maneira, a fórmula
interválica da escala requerida.

A transposição tonal de uma escala consiste em adotar uma nova tônica, e manter a formação original de seus intervalos,
ou seja, apresentam-se tônicas diferentes para o mesmo padrão modal. A teoria sobre esse processo será adequadamente
detalhada no capitulo relativo ao sistema tonal.

A escala Maior Natural é a mais importante do sistema diatônico, pois é o alicerce fundamental para entender os
encadeamentos de escalas, construções de acordes e progressões harmônicas.

Capítulo 8 : Modos
Outro assunto que complementa as escalas são os Modos. As características sonoras de cada modo podem ser
transportadas para qualquer tonalidade, desde que sua seqüência de intervalos original não seja alterada.

Na verdade, isso produz cinco novas escalas – e não sete, já que o Jônio e o Eólio coincidem com as escalas diatônicas
naturais maior e menor respectivamente. Essas cinco novas escalas constituem alternativas à estrutura melódica e
harmônica das escalas diatônicas.

Modos e escalas possuem aplicações diferentes. As escalas determinam a harmonia e os modos expressam as variações
melódicas. Para se saber se um modo é maior ou menor basta olhar para o intervalo entre a 1ª e a 3ª notas. O Lídio e o
Mixolídio são, na verdade, maiores, enquanto o Dórico e o Frígio são menores. O Lócrio é incomum, na medida em que
seu acorde de tônica é "Diminuto". A atmosfera geral do modo pode ser ouvida executando-se acordes construídos sobre
seus graus, apenas com as notas que o modo contém.

• Modo Jônio

Foi o predecessor da escala maior diatônica. Possui a mesma seqüência de intervalos e, portanto, a mesma sonoridade.

• Modo Dórico

É um modo menor. Difere da escala menor natural (eólio) apenas na 6ª nota, que recebe um sustenido. Muito adequado
para seqüências de acordes menores (por exemplo Im, Iim, III, IV, Vm, VII), que adquirem assim, um toque jazzístico.

• Modo Frígio

Outro modo menor, praticamente idêntico à escala menor natural (eólio), exceto na 2ª nota, que é bemolizada (Db). Esta
nota é ouvida como "9ª bemolizada" quando acrescentada a um acorde de tônica com sétima menor.

• Modo Lídio

Uma escala maior. Difere da maior diatônica (jônio) por possuir um sustenido na 4ª nota. É uma escala maior com (#4).
• Modo Mixolídio

A escala mixolídia possui a 7ª nota bemolizada. É o que diferencia da escala maior diatônica (jônio). Na
verdade, trata-se de um dos modos utilizados com maior freqüência para improvisação no Blues e no Jazz.

• Modo Eólio

Este modo foi o predecessor da escala menor natural diatônica. Possui a mesma seqência de intervalos e,
portanto, a mesma sonoridade.

• Modo Lócrio

Todas as notas desta escala são bemolizadas, com exceção da tônica (I grau) e da 4J (IV grau). Dos sete
modos este é o menos utilizado na música ocidental, mas desempenha um papel importante nas músicas
Indiana e Japonesa.

Modos e seus intervalos

JÔNIO - T 2M 3M 4J 5J 6M 7M 8J
DÓRICO - T 2M 3m 4J 5J 6M 7m 8J
FRÍGIO - T 2m 3m 4J 5J 6m 7m 8J
LÍDIO - T 2M 3M 4aum 5J 6M 7M 8J
MIXOLÍDIO - T 2M 3M 4J 5J 6M 7m 8J
EÓLIO - T 2M 3m 4J 5J 6m 7m 8J
LÓCRIO - T 2m 3m 4J 5dim 6m 7m 8J

Modos originados pela escala Maior

Modo Jônio -C–D–E–F–G–A–B–C


Modo Dórico - D – E – F – G – A – B – C – D
Modo Frígio -E–F–G–A–B–C–D–E
Modo Lídio -F–G–A–B–C–D–E–F
Modo Mixolídio - G – A – B – C – D – E – F – G
Modo Eólio -A–B–C–D–E–F–G–A
Modo Lócrio -B–C–D–E–F–G–A–B

ESTE JÁ TIREI LA DE CIMA OBSERVAÇÃO PARA NÃO REPETIR NA IMPRESSÃO QUANDO FOR FORMATAR

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