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Magmah
Rio de Janeiro/Rio de Janeiro: Edição Independente,
2011. 40p.
Rio de Janeiro 2011.
Todos os direitos reservados
Esta obra está licenciada sob uma Licença
Creative Commons
Capa: Axills
Revisão e Formatação:
Alessandra Bertazzo
Produção Editorial:
Samuel Achilles
2011
Trovart Publications
trovart@globo.com
SUMÁRIO
Prefácio ..................................................................................................................................... 5
(Uni) verso magmáhtico ...................................................................................................... 6
Elucubrações.......................................................................................................................... 7
Traço sutil ............................................................................................................................... 8
O que é o amor? .................................................................................................................... 9
Pandora .................................................................................................................................. 10
Apelo ao deus chronos ...................................................................................................... 11
Decrepitude .......................................................................................................................... 12
Um quê de caos ................................................................................................................... 13
Mãos que tecem................................................................................................................... 14
Palavra mágica..................................................................................................................... 15
Nada ........................................................................................................................................ 16
Dançando com a vida ........................................................................................................ 17
Continuum ............................................................................................................................ 18
Meros arquejos .................................................................................................................... 19
Balada em lá bemol............................................................................................................ 20
O que escrevo ....................................................................................................................... 21
Simbólico ............................................................................................................................... 22
O canto da sereia ................................................................................................................ 23
Placebo ................................................................................................................................... 24
Salto quântico ...................................................................................................................... 25
Mormaço ................................................................................................................................ 26
Porta fechada ....................................................................................................................... 27
Pai lírico ................................................................................................................................. 28
A letra e a serpente ............................................................................................................ 29
Letras embriagadas ............................................................................................................ 30
Transmutação ...................................................................................................................... 31
Círculos de fogo ................................................................................................................... 32
Só ............................................................................................................................................. 33
Pássaro sulista .................................................................................................................... 34
Desabrochar ......................................................................................................................... 35
Cyclus ..................................................................................................................................... 36
Vento norte ........................................................................................................................... 37
Posfácio .................................................................................................................................. 38
Minibiografia ........................................................................................................................ 39
Contatos com a autora...................................................................................................... 40
Magmah
PREFÁCIO
Meus versos são para mim pais, filhos, irmãos, amantes e amores.
Educam-me, rejeitam, abraçam; ora me estupram, ora fazem amor comigo.
São homens cujo olhar me enxerga a essência.
São os passos de uma dança insana com o tempo e a vida, o flerte entre
a morte e a loucura. São voos de um pássaro criando asas sem saber voar.
Dão à luz criaturas mágicas e lendárias, em meio ao vômito involuntário que
precede o ato... Há náuseas e há anseios. Piruetas num trapézio, malabares,
navios atracados num só porto, lançando âncoras ao acaso, com
destempero: “lucidezes” perigosas e cortantes.
Magmah
ELUCUBRAÇÕES
Para não serdes os escravos martirizados do Tempo,
embriagai-vos: embriagai-vos sem cessar!
De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa maneira.
Charles Baudelaire
TRAÇO SUTIL
Arranco do meu crânio as nebulosas.
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!
Augusto dos Anjos
O QUE É O AMOR?
É um não querer mais que bem querer
É um andar solitário entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É um cuidar que ganha em se perder.
Camões
PANDORA
E desde então, sou porque tu és
E desde então és, sou e somos
E por amor serei... serás... seremos...
Pablo Neruda
DECREPITUDE
A sorte deste mundo é mal segura;
[...]
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
Tomás Antonio Gonzaga
UM QUÊ DE CAOS
Que farás, meu Deus, se eu perecer?
Eu sou o teu vaso – e se me quebro?
Eu sou tua água – e se apodreço? [...]
Comigo perdes Tu o teu sentido.
Rainer Maria Rilke
PALAVRA MÁGICA
Eu...
Imperfeito? Incógnito? Divino?
Não sei...
Eu...
Álvaro de Campos
NADA
Tudo o que vemos ou parecemos não passa
de um sonho dentro de um sonho.
Edgar Allan Poe
CONTINUUM
Porque o tempo é uma invenção da morte
não o conhece a vida
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Mário Quintana
MEROS ARQUEJOS
Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas.
Cruz e Souza
BALADA EM LÁ BEMOL
E a música cessa como um muro que desaba
Pelo despenhadeiro dos meus sonhos interrompidos...
Fernando Pessoa
O QUE ESCREVO
Que se eu levo
dentro n’alma quanto devo,
de transladar em papéis,
vede qual melhor lereis:
se a mim, se aquilo que escrevo?
Camões
SIMBÓLICO
Além do livro, colossal, enorme,
Que nunca dorme perscrutando os céus!.
Acima dele supernal, potente
Está somente, tão-somente Deus!
Cruz e Sousa
O CANTO DA SEREIA
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
Cecília Meireles
PLACEBO
Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nessa vida
Não fosse o mesmo amor de toda gente!
Florbela Espanca
SALTO QUÂNTICO
Ah, quanto do meu passado
Foi só a vida mentida
De um futuro imaginado!
Fernando Pessoa
MORMAÇO
Por muito tempo achei que a ausência é falta
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo [...]
Porque a ausência assimilada
Ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
PORTA FECHADA
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
Olavo Bilac
PAI LÍRICO
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas.
Florbela Espanca
de sensibilidade e transparência.
Um Pai com tantas filhas! Coração
confuso entre os amores e as carências.
A LETRA E A SERPENTE
Se Narciso se encontra com Narciso
e um deles finge que ao outro admira
(para sentir-se admirado),
o outro pela mesma razão finge também
e ambos acreditam na mentira.
Ferreira Gullar
serpentearam-se e se confundiram.
Sou ambas, esse “esse” e essa serpente
as metaforizaram e se viram.
LETRAS EMBRIAGADAS
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Olavo Bilac
TRANSMUTAÇÃO
Ah! Mais cem vidas! com que ardor quisera
Mais viver, mais penar e amar cantando!
Olavo Bilac
CÍRCULOS DE FOGO
Se eu soubesse que no mundo
Existia um coração
Que só por mim palpitasse
De amor em terna expansão...
Casimiro de Abreu
SÓ
Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.
Olavo Bilac
PÁSSARO SULISTA
Mas nós sabemos por que é
Que o vento xucro não pára:
São suspiros da Jussara
Chamando o índio Sepé!
Jaime Caetano Braun
DESABROCHAR
Nem acredites se pensas que te falo: palavras
São meu jeito mais secreto de calar.
Lya Luft
CYCLUS
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.
Cecília Meireles
VENTO NORTE
Deixa que o vento corra coroado de espuma,
que me chame e me busque,
galopando nas sombras (...)
Pablo Neruda
É inevitável a comparação,
Provocas em mim o mesmo que o vento,
Os meus desejos mais caros tu apuras.
POSFÁCIO
MINIBIOGRAFIA
Blogs:
(Uni)Verso Magmáhtico
http://sarahsarah-magmah.blogspot.com
Violetas e Açafrão
http://sarah-magmah.blogspot.com
Site na Web:
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=31744