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a) particularidades gerais
b) particularidades especiais
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papa Pio IX, no ano de 1854, proclamou como "dogma" de fé a
Imaculada Concepção.
o A Igreja Ortodoxa rejeita a agregação do "Filioque," aprovado
pela Igreja de Roma, no Símbolo Niceno-Constantinopolitano.
o A Igreja Ortodoxa nega a existência do limbo e do purgatório.
o A Igreja Ortodoxa não admite a existência de um Juízo Particular
para apreciar o destino das almas, logo após a morte, mas um só
Juízo Universal.
o O Sacramento da Santa Unção pode ser ministrado várias vezes
aos fiéis em caso de enfermidade corporal ou espiritual, e não
somente nos momentos de agonia ou perigo de morte, como é
praticado na Igreja Romana.
o Na Igreja Ortodoxa, o ministro habitual do Sacramento do Crisma
é o Padre; na Igreja Romana, o Bispo, e só extraordinariamente,
o Padre.
o A Igreja Ortodoxa não admite a existência de indulgências.
o No Sacramento do Matrimónio, o Ministro é o Padre e não os
contraentes.
o Em casos excepcionais, ou por graves razões, a Igreja Ortodoxa
acolhe a solução do divórcio admitindo um segundo ou terceiro
casamento penitencial.
o São distintas as concepções teológicas sobre religião, Igreja,
Encarnação, Graça, imagens, escatologia, Sacramentos, culto
dos Santos, infalibilidade, Estado religioso...
Diferenças especiais:
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o 11-Na fórmula da absolvição dos pecados no Sacramento da
Confissão, o sacerdote ortodoxo absolve não em seu próprio
nome, mas em nome de Deus - "Deus te absolve de teus
pecados"; na Romana, o sacerdote absolve em seu próprio nome,
como representante de Deus - "Ego absolvo a peccatis tuis...."
o 12-A Ortodoxia não admite o poder temporal da Igreja; na
Romana, é um dogma de fé tal doutrina.
Os Dez Mandamentos
A fundação
da Igreja Ortodoxa
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Fundada por Cristo sobre a fé de seus doze Apóstolos, a Igreja Ortodoxa
nasceu no ano 33 da era cristã, dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo
apareceu aos Apóstolos reunidos no Cenáculo como línguas de fogo. A Igreja
Cristã Ortodoxa nasceu com Cristo e seus Apóstolos e não com Fócio no ano
858, nem com Miguel Cerulário, em 1054, como equivocada e erroneamente
alguns propagam.
primeiro entre iguais "primus inter pares," o Patriarca de Roma, pela condição
de ser a capital do Império (I Concílio Ecuménico, art. 6; II Concílio Ecuménico,
art. 3; IV Concílio Ecuménico, art. 28; VI Concílio Ecuménico, art.36). A mais
alta autoridade da Igreja Cristã era, e ainda continua a sê-lo, o Concílio
Ecuménico, cujas decisões são obrigatórias para toda a Igreja.
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A separação das Igrejas
Ortodoxa e Romana
A divisão foi efectuada durante vários séculos. A origem desse facto histórico
teve como verdadeira causa a pretensão de Carlos Magno (século VIII - ano
792) de contrair casamento com a Princesa Irene de Bizâncio e não conseguir
seu objectivo. Ressentindo-se com a recusa, atacou os orientais, atribuindo-
lhes erros que não tinham, nos livros chamados Carolinos, apoiado pelos
teólogos da corte de Aix-la-Chapelle. Essa atitude prejudicou profundamente a
vida entre ambas as Igrejas, não obstante haver o próprio Papa desaprovado a
ocorrência.
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ano de 1098, despojaram o Patriarca legítimo, João e, no seu lugar, colocaram
um de nome Bernard. Em Jerusalém, compeliram o Patriarca legal, Simão, a
afastar-se da Sé e substituíram-no por um chamado Dimper.
A Fidelidade Ortodoxa
A Igreja Ortodoxa manteve sem acréscimos nem reduções a Lei que lhe foi
confiada. Em três ocasiões, São Paulo recomendou ao discípulo Timóteo
que mantivesse a fé, incólume e imaculada, tal como a recebera, dizendo-
lhe:
"Eu te exorto diante de Deus... que guardes este mandamento sem mácula
nem repreensão até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo" (I: VI-13 e 14).
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"Timóteo! Guarda o que te foi confiado, evitando conversas vãs e profanas e
objecções da falsa ciência, a qual tendo alguns professado, se desviaram da
fé" (I: VI-20 e 21).
"Conserva o modelo de sãs palavras que de mim ouviste na fé e no amor que
há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo
que habita em nós" (II: I-13 e 14).
Éfeso, que teve em Timóteo o seu primeiro bispo, permaneceu durante longo
tempo como a vanguarda do cristianismo. Nela se realizou o VI Concílio
Ecuménico. Os seus numerosos bispos contribuíram para a grandeza da Igreja,
que deles se orgulha através dos séculos. O Bispo Marcos, um dos seus
sábios prelados, de atitudes nobres e corajosas na defesa do cristianismo,
compareceu ao Concílio de Florença, em 1439, batendo-se quase sozinho,
sem medo e sem vacilação, com a maioria constituída de antagonistas, em
defesa da fé confiada pelos seus antecessores.
O bispo Marcos não era, no Oriente, o único prelado íntegro e leal, zeloso pela
pureza da fé; Como ele existiram numerosas e nobres personalidades. Assim,
todas as deliberações dos Concílios Ecuménicos, arquivadas pela Igreja
Ortodoxa, sem acréscimos ou reduções, foram a maior prova e o mais santo
testemunho da conservação da fé, sã e intacta, na Igreja do Oriente.