Vous êtes sur la page 1sur 12

1.

Produtos Tóxicos e Perigosos

Produto tóxico é todo produto que contém uma substância química capaz de
causar dano a um sistema biológico, alterando uma função fisiológica e/ou levando
o sistema à falência e morte.
Os produtos tóxicos compreendem uma infinidade de materiais diferentes,
desde produtos radioativos até os simples produtos de limpeza. Assim, a facilidade
de exposição é muito grande, o que exige orientação e informações de advertência
nas embalagens desses produtos.
Vale ressaltar que, praticamente qualquer substância ingerida em grande
quantidade pode ser tóxica. As fontes comuns de intoxicação incluem drogas,
produtos domésticos, produtos agrícolas, plantas, produtos químicos industriais e
substâncias alimentícias. A identificação do produto tóxico e a avaliação exata do
perigo envolvido são fundamentais para um tratamento eficaz.
Além disso, alguns produtos tóxicos possuem uma toxicidade tão baixa que
é necessário uma exposição prolongada ou ingestões repetidas de grandes
quantidades para que ocorram problemas. Outros produtos tóxicos são tão
potentes que quantidades menores que uma gota, sobre a pele, já podem causar
lesões graves. As características genéticas também podem influir no fato de uma
substância ser tóxica ou não para uma determinada pessoa.
Também a idade costuma afetar a quantidade de uma determinada
substância que pode ser ingerida antes que a intoxicação ocorra. Por exemplo, em
comparação a um adulto, uma criança pequena pode ingerir uma maior quantidade
de acetaminofeno antes de adoecer. Um benzodiazepínico (um sedativo) pode ser
tóxico para uma pessoa idosa em doses que um adulto de meia-idade pode ingerir
sem qualquer problema.
Produtos Perigosos são aqueles que podem causar danos à saúde e ao meio
ambiente, porém necessários à vida moderna. Como exemplo, podemos citar os
combustíveis, lubrificantes, defensivos agrícolas, cloro (para uso de produtos de
limpeza e tratamento de água), tintas, vernizes, resinas, ácido sulfúrico (insumo
industrial para diversos produtos. Consideram-se produtos perigosos os
relacionados pela Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes.
A grande maioria dos produtos perigosos, de acordo com a ANTP, é
transportada por rodovias, onde circulam mais de 3 mil produtos, entre eles,
líquidos inflamáveis, explosivos, gases, materiais radioativos e outros.

 Diferença entre Produto Perigoso e Carga Perigosa


Embora apresentem semelhanças, têm características diferentes que podem
ser vistas da seguinte forma:
a) O produto perigoso oferece risco armazenado no depósito ou sendo
transportado.
Exemplo: Um tambor contendo 200 litros de
gasolina.
b) A carga perigosa estacionada no pátio da empresa não oferece risco, o
que só acontece quando está sendo transportada.
Exemplo: Um transformador de energia elétrica pesando 110 toneladas.
Com base nessas informações podemos afirmar que: "Todo produto
perigoso é sempre uma carga perigosa, mas, nem sempre uma carga perigosa é
um produto perigoso".

1.2. Embalagem, rotulagem e propaganda comercial


Conforme define Decreto Estadual n. 12.059/2006, define no seu artigo 2º,
incisos XII e XIII como:
Embalagens: envoltório, invólucro, receptáculo ou recipiente,
composto de qualquer material, tal como fibra ou tecido,
2

natural ou sintético, madeira, metal, papel, papelão, plástico,


vidro ou outro, removível, reciclável ou reutilizável, ou não,
caracterizando bag, barrica, barril, bombona, caixa, fardo,
galão, garrafa, kit, lata, pipa, saco, sacola, tanque, tonel,
vasilha, vaso ou outro, que contenha agrotóxico, seus
componentes e afins. Podendo ser unitária, coletiva ou
externa.
Embalagem vazia: a embalagem que apresente as
características do bem, coisa ou mercadoria, podendo ser
nova, reciclada, usada reciclável, usada não-reciclável, usada
reutilizável, usada inaproveitável.
Segundo artigo 2º, III, do Decreto Federal n. 98.816/1990, “O invólucro,
recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a
conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não, os
Agrotóxicos e afins”. As embalagens devem preencher determinados requisitos
legais para que possam ser aprovados, segundo Antunes (2001), como:
a) seu projeto deve ser de modo a impedir
qualquer vazamento, evaporação, perda ou alteração do conteúdo do produto;
b) os materiais com os quais são produzidas
devem ser imunes ao agrotóxico que protegerão ou de, em combinação com o
produto, produzirem misturas perigosas ou nocivas ao meio ambiente, à
agricultura e à saúde humana;
c) devem ser suficientemente resistentes;
d) devem ser providas de lacre e de tampa de
segurança que denunciem a sua primeira abertura;
e) deve ter, em destaque, a advertência de que
não podem ser reutilizadas.
Ainda, segundo Antunes (2001, p. 376):
As embalagens de vidro não serão permitidas, salvo quando inexistirem
outras apropriadas no território nacional. Deve-se observar que a
embalagem e a rotulagem dos agrotóxicos deve ser feita de molde a impedir
que os mesmos se confundem com produtos de higiene, farmacêuticos,
alimentos, etc. A rotulagem deverá ser feita na forma determinada pelos
artigos 38/41 do Decreto nº 98.916/90.

Segundo, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2002), no Catálogo


Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos Pulverizador Costal Manual, a classificação
toxicológica dos produtos fitossanitários para efeito da rotulagem devem ser
conforme apresentado a seguir:

Classificação toxicológica dos produtos fitossanitários para efeito da


rotulagem
Classe Faixa Significado
I Vermelha Extremamente tóxico
II Amarela Altamente tóxico
III Azul Medianamente tóxico
IV Verde Pouco tóxico
Fonte: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (2002).

Com o crescimento desenfreado das áreas de plantio, e conseqüentemente a


necessidade de se obter maior produtividade por hectare plantado, os agricultores
implementam com Defensivos Agrícolas suas atividades afim de que elas fiquem
livres de pagas e ervas daninhas que venham a diminuir o volume esperado dos
resultados na colheita, com isso, a geração de resíduos de Embalagens de
Defensivos Agrícolas, foi crescendo, e forçosamente, mostrando a toda a cadeia
evolvida na fabricação, comercialização, agricultores e poder público a necessidade
na criação de normas que viesse a orientar a destinação final de embalagens de
Agrotóxicos, criando alternativa sustentável de gerenciamento desse resíduo.
3

2. Certificação Ambiental – ISO 14000


Comprovação de que determinado órgão empreendedor que se utiliza do
meio ambiente para produzir está em conformidade com a Lei do Meio Ambiente
n°6938/81, deixando-o na melhor condição possível a fim de obter um
desenvolvimento sustentável.

2.2. ISO 14000


International Organization for Standardization, que, em português significa
“Organização Internacional para Normalização”, é uma organização não-
governamental e foi criada depois da II Guerra Mundial (1946) e situada em
Genebra com o objetivo de facilitar as trocas internacionais de bens e serviços e
criar normativas para o comércio mundial. O Brasil participa do ISO através da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN) uma associação privada sem fins
lucrativos.
A série ISO 14000, recentemente lançada, é um conjunto de 28 normas
relacionadas a Sistemas de Gestão Ambiental, elas abrangem seis áreas bem
definidas:
1. Sistema de Gestão Ambiental;
2. Auditorias Ambientais
3. Avaliação de Desempenho Ambiental;
4. Rotulagem Ambiental;
5. Aspectos Ambientais nas Normas de Produtos e
6. Análise do Ciclo de Vida do Produto.
Inicialmente formas aprovadas cinco normas: ISO 14001, 14004, 14010,
14011 (parte 1 e 2) e 14012.
a) ISO 14000 – Guia de orientação do conjunto de normas da série.
b) ISO 14001 (17 requisitos) – Sistema de gestão ambiental, apresenta as
especificações.
c) ISO 14004 – Sistema de gestão ambiental, apresenta diretrizes para princípios,
sistemas e técnicas de suporte.
d) ISO 14010 – Diretrizes para auditoria ambiental, princípios gerais.
e) ISO 14011 (parte 1 e 2) – Diretrizes para auditoria ambiental, procedimento de
auditoria.
f) ISO 14012 – Diretrizes para auditoria ambiental, critérios para qualificação de
auditores.
As normas ISO 14000 não estabelecem níveis de desempenho ambiental,
especificam somente os requisitos que um sistema de gestão ambiental deverá
cumprir. De uma forma geral, referem o que deverá ser feito por uma organização
para diminuir o impacto das suas atividades no meio ambiente, mas não
prescrevem como o fazer.

2.3. Política Ambiental


A preocupação com a conservação do meio ambiente está se tornando uma
constante nos últimos tempos. Vários movimentos estão pressionando as
organizações e os governantes para tornarem as regulamentações cada vez mais
rígidas, exigindo das empresas uma postura ambiental correta.Com isso o produto
que possui o ISO 14000 (ou qualquer outro de sua família) é visto de uma outra
maneira, pois ele possui um diferencial competitivo, e isso mostra à sociedade que
a empresa é comprometida com a preservação ambiental. A ISO 14000 já se
tornou um passaporte para a exportação de produtos para a Europa.
Alguns motivos para implantação de um sistema de gestão ambiental (ISO
14000):
a) Motivos Externos: pressão do cliente; alta concorrência do mercado e
restrição de comércio através de regulamentações de mercado.
b) Motivos Internos: convicção, acreditar nos benefícios que o sistema
proporciona; política corporativa e estratégia de competitividade.
4

Alguns benefícios para a empresa


a) Proporciona uma ferramenta gerencial adicional para aumentar cada vez
mais a eficiência e eficácia dos serviços;
b) Proporciona a definição clara de Organização, com responsabilidades e
autoridades de cada função bem estabelecidas;
c) Promove a capacidade dos colaboradores para o exercício de suas funções,
estruturadas a partir de seleções, treinamentos sistemáticos e avaliação de
desempenho;
d) Reduz custos através de uma maior eficiência e redução do desperdício, o
que aumenta a competitividade e participação no mercado;
e) Aumenta a probabilidade de identificar os problemas antes que eles causem
maiores conseqüências.

Após implantação do Sistema de Garantia da Qualidade (ISO 9000) ou do


Sistema de Gestão (ISO 14000), a empresa deve solicitar a certificação de seu
Sistema. A certificação á efetuada por um Organismo Certificador que, no âmbito
do Sistema Brasileiro de Certificação – SBC, determinado através de resolução do
CONMETRO, deve estar credenciado junto a INMETRO para exercer tal atividade.

2.4. Pré Avaliação


 Empresa contata Certificadora;
 Certificadora encaminha questionário de avaliação preliminar à Empresa;
 Certificadora recebe questionário respondido, analisa documentação e
realiza pré-auditoria;
 Empresa promove correção das não conformidades.

2.5. Avaliação
 Auditoria do Sistema nas instalações da Empresa;
 Certificadora analisa o relatório de auditoria;
 Caso aprovada emiti-se o certificado, senão dado um prazo para correção
das não conformidades e realizada nova auditoria.

2.6. Pós Avaliação


A certificação tem acompanhamento constante (auditorias a cada seis meses),
para verificar a continuidade da conformidade do Sistema da Empresa aos
requisitos da Norma. A Certificadora tem o poder de suspender, cancelar ou
revogar o certificado obtido pela Empresa.

2.7. Programa de Gestão Ambiental


Essa metodologia, acima mostrada, é empregada por profissionais sênior, esses
profissionais visitam a empresa, acompanhados pelo coordenador do Sistema de
Gestão Ambiental na Empresa ou pessoa designada a assumir a coordenação da
Gestão Ambiental na Empresa, nesta visita os profissionais, seguindo um roteiro de
avaliação que envolve exame de instalação, documentação e entrevista,
diagnosticam o atendimento à norma de referência e recomendam procedimentos a
serem adotados.

2.8. Conscientização e Treinamento


O programa de Gestão Ambiental deve prover treinamento aos funcionários com
atribuições na área ambiental, para que estejam conscientes da importância do
cumprimento da política e objetivos do Meio Ambiente, das exigências legais e de
outras definidas pela empresa.
O treinamento também deve levar em consideração todos os impactos
ambientais reais ou potenciais associados as suas atividades de trabalho.
5

2.9. Relações das Empresas


Várias empresas já estão preparando para se adequarem ao novo sistema de
Gestão Ambiental, resolvendo seus problemas. Este é um aspecto positivo no
quadro das ações onde o maior beneficiário é o ambiental. A conscientização das
empresas permite a visualização de uma compatibilidade entre a atividade
industrial com a boa gestão ambiental. A empresa deve possuir um organograma
que demonstre que suas inter-relações estão bem definidas e comunicadas em toda
a empresa. . O Programa de Gestão Ambiental deve integrar as funções dos
funcionários da empresa, através da descrição de cargos e funções relativas à
questão ambiental.
O ISO 14000 é tão importante para a empresa que existe até livros sobre o
assunto para ajudar a empresa no que ela precisar. As normas de meio ambiente
não são um modismo: vieram para ficar. Atendem às novas exigências do mercado,
cada vez mais globalizado e competitivo, em que o fator de preservação ambiental
estará cada vez mais relacionado com aceitação dos produtos, logo, com ampliação
de vendas.
De olho neste futuro - que já chegou - a Confederação Nacional da Indústria
lançou a cartilha Normas Ambientais ISO 14000 - Como podem influenciar sua
empresa. A publicação orienta as empresas em seus esforços de adaptação para o
uso racional dos recursos naturais e no tratamento dos eventuais danos causados
ao meio ambiente pelas atividades industriais.
O Brasil entrou definitivamente na era da qualidade, respondendo à pressão dos
consumidores na busca do desenvolvimento sustentável.
Crê-se que, no futuro, a certificação ambiental das organizações, segundo as
normas ISO 14000, possa vir a ser indispensável para o acesso a determinados
mercados e concursos, à semelhança do que já ocorre com a certificação de
sistemas de qualidade, de acordo com as normas ISO 9000.
Com efeito, nenhuma empresa pode continuar a ignorar que a proteção do
ambiente constitui no momento atual um fator a ter na devida consideração no seu
dia-a-dia, sem o que, não só a sua viabilidade econômica como também a sua
própria competitividade, estarão irremediavelmente comprometidas.
As considerações ambientais devem estar hoje definitiva e irreversivelmente
integradas nas preocupações do empresário moderno.

3. Desenvolvimento Sustentável
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento
capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade
de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não
esgota os recursos para o futuro.
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de
harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação
ambiental.
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e
do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.
Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que
leva em conta o meio ambiente.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que
depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de
desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos
naturais dos quais a humanidade depende.
Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de
recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana
e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico.
O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de
quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da
reutilização e da reciclagem.
6

O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o


caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados.
Mesmo porque não seria possível.
Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do
Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10
vezes e a de recursos minerais, 200 vezes.
Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é
preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.
O crescimento econômico e populacional das últimas décadas tem sido marcado
por disparidades.
Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população
do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70%
da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.
3.2. Reciclagem 3R’s

"R" de Reduzir
O primeiro passo para diminuir a quantidade de lixo é sem dúvida reduzir o que
consumimos. Consumir não é necessariamente adquirir alimentos, e sim produtos
para qualquer finalidade. Muitas vezes compramos coisas das quais não
precisamos, e ficamos dias, meses e anos acumulando "tranqueiras" quando um
belo dia decidimos renovar tudo (principalmente na passagem do ano, não é?) e
jogamos todas as nossas "tranqueiras" fora.
Uma outra forma que aumentamos o lixo de casa sem muitas vezes perceber é
comprando produtos revestidos com muitas embalagens que no final jogamos fora,
ou com embalagens não-recicláveis, por exemplo o isopor.
Então por que não pensamos um pouquinho mais quando fazemos compra, se
realmente precisamos das coisas que compramos, pois além de diminuir o lixo,
muitas vezes estaremos economizando!

"R" de Reutilizar
Após pensarmos em reduzir o que consumimos podemos agora procurar
reutilizar as coisas antes de jogá-las fora. Podemos reaproveitar os potes de
sorvete para guardar comida, fazer arte com garrafas de refrigerante ou jornal, por
exemplo papel machê. Imagine se conseguirmos usar pelo menos mais uma vez as
coisas que consumimos, o quanto estaríamos diminuindo o lixo de casa!

"R" de Reciclar
Após evitar consumir coisas desnecessárias, reaproveitar outras, agora é hora
de pensar em reciclar. Muitos materiais podem ser reciclados e cada um por uma
técnica diferente.
A reciclagem permite uma diminuição da exploração dos recursos naturais e muitas
vezes é um processo mais barato do que a produção de um material a partir da
matéria-prima bruta.
A lata de alumínio é um exemplo do dia-a-dia de qualquer um, pois vemos que
mal acabamos de tomar o refrigerante e já tem alguém interessado na latinha. Isso
porque o Brasil é o número 1 em reciclagem de latinhas, e o valor do alumínio é
bem atraente para aqueles que não possuem outra fonte de renda.

3.3. Ciclo de vida dos produtos


Quando compramos um produto ou mesmo quando nos deparamos com
qualquer produto pronto para o consumo, pouquíssimos somos os que se
preocupam em saber a origem daquele produto e muito menos a destinação final
que daremos a ele.
O ciclo de vida dos produtos vem sendo estudado em ampla gama de contextos
organizacionais, influenciando, assim, as relações comerciais entre países
exportadores e importadores, tendo como preocupações - de caráter ambiental -
7

aspectos que vão desde o processo produtivo e seus produtos, até o uso e seu
posterior descarte.
Inicialmente as preocupações iniciais pautam-se nos aspectos das normas
técnicas dirigidas aos produtos, no que se refere ao dimensionamento dos valores
limite em relação á questão ambiental. Entretanto tais preocupações – com o
decorrer do tempo- passaram a ser relacionadas com os processos de fabricação,
buscando, dessa forma, a redução do impacto que tais processos causavam ao
nosso planeta.
A avaliação do ciclo de vida se faz extremamente importante, uma vez que
contribui para que a empresa que produz o produto venha reduzir as perdas e a
falta de controle sobre o processo de fabricação, ajudando a separar e organizar
suas instalações e processos de forma a melhor atender as necessidades do
produto e do gerenciamento ambiental.
Em meio a tantas informações, temos que a adoção da norma ISO 14000 é uma
maneira eficaz de implantar um processo de controle e uma nova filosofia a ser
adotada.
Tecnicamente, a análise do ciclo de vida, compõe-se das seguintes fases,
segundo as normas ISO 14000:
• ISO 14040 – Análise do Ciclo de Vida – Princípios gerais e práticas.
Esta norma especifica a estrutura geral, princípios e requisitos para conduzir e
relatar estudos de avaliação do ciclo de vida, não incluindo as técnicas de avaliação
do ciclo de vida em detalhes.
• ISO 14041 – Análise do Ciclo de Vida – Inventários.
Esta norma orienta como o escopo deve ser suficientemente bem definido para
assegurar que a extensão, a profundidade e o grau de detalhe do estudo sejam
compatíveis e suficientes para atender ao objetivo estabelecido. Da mesma forma,
esta norma orienta como realizar a análise de inventário, que envolve a coleta de
dados e procedimentos de cálculo para quantificar as entradas e saídas pertinentes
de um sistema de produto.
• ISO 14042 – Análise do Ciclo de Vida – Análise dos impactos.
Esta norma especifica os elementos essenciais para a estruturação dos dados,
sua caracterização, a avaliação quantitativa e qualitativa dos impactos potenciais
identificados na etapa da análise do inventário.
• ISO 14043 – Análise do Ciclo de Vida – Interpretações.
Esta norma define um procedimento sistemático para identificar, qualificar,
conferir e avaliar as informações dos resultados do inventário do ciclo de vida ou
avaliação do inventário do ciclo de vida, facilitando a interpretação do ciclo de vida
para criar uma base onde as conclusões e recomendações serão materializadas no
Relatório Final.

A análise do ciclo de vida presta-se a responder às questões e também as


duvidas mais corriqueiras quando da concepção de um produto. Em linguagem mais
popular a avaliação do ciclo de vida leva ao estudo do nascimento e ”morte” do
produto, ou seja, o produto desde sua criação e processos( berço) até a destinação
final após consumo( tumulo).

3.4. Resíduos Industriais e de Consumo


Os resíduos sólidos são materiais heterogêneos (inertes, minerais e orgânicos)
resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser
parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e
economia de recursos naturais. Esses constituem problemas sanitário, ambiental
econômico e estético (AMBIENTAL BRASIL, 2006).
Resíduos são o resultado de processos de diversas atividades da comunidade de
origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e ainda
da varrição pública. Os resíduos apresentam-se nos estados sólido, gasoso e
líquido. Ficam incluídos nesta definição tudo o que resta dos sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle
8

de poluição, bem como, determinados líquidos cujas particularidades tornem


inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou aqueles
líquidos que exijam para isto soluções técnicas e economicamente viáveis de acordo
com a melhor tecnologia disponível (AMBIENTAL BRASIL, 2006).
Os resíduos podem ser divididos em grupos como: Lixo Doméstico, é aquele
produzido nos domicílios residenciais. Compreende papel, jornais velhos,
embalagens de plástico e papelão, vidros, latas e resíduos orgânicos, como restos
de alimentos, trapos, folhas de plantas ornamentais e outros;Lixo Comercial e
Industrial, é aquele produzido em estabelecimentos comerciais e industriais,
variando de acordo com a natureza da atividade; Lixo Público, são resíduos de
varrição, capina, raspagem, entre outros, provenientes dos logradouros públicos
(ruas e praças), bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de cerâmica,
entulhos de obras e outros materiais inúteis, deixados pela população,
indevidamente, nas ruas ou retirados das residências através de serviço de
remoção especial; Lixo de Fontes Especiais, é aquele que, em função de
determinadas características peculiares que apresenta, passa a merecer cuidados
especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final (AMBIENTAL
BRASIL, 2006).
Segunda a Ambiental Brasil (2006), os resíduos quanto às suas característica
física podem ser: seco: papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros,
madeiras, guardanapos e toalhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas,
parafina,cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças; molhado: restos de comida,
cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc.
E quando à Composição Química podem ser: orgânico, é composto por pó de
café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras,
ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim; inorgânico,
composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos,
metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas,
porcelana, espumas, cortiças, etc.
Quanto a origem os resíduos sólidos podem ser: domiciliar, originado da vida
diária das residências, constituído por restos de alimentos, produtos deteriorados,
jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas
descartáveis e uma grande diversidade de outros itens; comercial, originado dos
diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados,
estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.; serviços públicos,
originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo todos os resíduos de varrição
das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas,
limpeza de feiras livres, etc.; hospitalar, descartados por hospitais, farmácias,
clínicas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas,
curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e
animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X);
portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, resíduos sépticos, ou seja,
que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos; industrial,
originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, como: o metalúrgico, o
químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc.; radioativo,
resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de atividades com urânio,
césio, tório, rafônio, cobalto), que devem ser manuseado apenas com
equipamentos e técnicos adequados; agrícola, resíduos sólidos das atividades
agrícolas e pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração,
restos de colheita; entulho, resíduos da construção civil (demolições e restos de
obras, solo de escavações) (AMBIENTAL BRASIL, 2006).

3.5. Custos na Logística Reversa


A questão de custos está sempre associada às operações logísticas em geral,
porém vale a pena fazer distinção entre as categorias de custos que incidem nas
atividades de retorno de produtos.
9

 Custos logísticos contabilizados – dessa forma, podemos atribuir


custos logísticos à logística reversa, traduzindo o somatório dos custos de
transportes, armazenagens, consolidações e de sistemas de informações inerentes
ao canal reverso. A esses custos, somam-se os custos de redistribuição dos
produtos ou materiais reaproveitados. Por se tratar de uma atividade de menor
previsibilidade, os custos tendem ser maiores em cada uma das categorias, o que
justifica maior atenção dos gestores operacionais.
Levantamentos atuais estimam que o número de transações logísticas no
retorno de produtos é de 5 a 10 vezes maior, o que redundará em custos de 3 a 5
vezes mais em relação aos do envio para o mercado.

 Custos logísticos de gestão na logística reversa – Na gestão


logística utilizam-se diversos indicadores de custos que variam entre empresas,
como os custos controláveis, de oportunidade, irrecuperáveis, metas, melhorias
etc., que podem ser utilizados da mesma forma nas operações de logística reversa.

 Custos intangíveis ou pouco visíveis – entende-se por custos


intangíveis aqueles relativos aos riscos envolvendo imagem da marca, imagem
corporativa e reputação da empresa junto à comunidade. Custos mercadológicos:
recuperação de uma falha ou uma experiência negativa em relação a um produto
ou serviço adquirido revela que em 85% dos casos o cliente abandona a marca ou
empresa; conquistar clientes custa 5 vezes mais do que mantê-los; a lucratividade
de um cliente cresce com a sua permanência; recuperar uma imagem é muito mais
caro que mantê-la.

3.6. Logística Reversa agregando valor

Logística Reversa de pós- Cadeia de Logística Reversa de pós-


consumo distribuição direta venda

 Reaproveitament  Liberação de área


o de componentes Consumidor de loja

 Reaproveitament  Redistribuição de
o de materiais Bens de pós-venda estoques

 Incentivo a nova Bens de pós-  Fidelização de


aquisição consumo clientes

 Revalorização  Nível de serviços


ecológica
 Feedback de
qualidade

Imagem corporativa
Competitividade
Redução de custos
10

Referências Bibliográficas

Ciclo de vida dos produtos, disponível em http://www.artigonal.com/meio-


ambiente-artigos/ciclo-de-vida-dos-produtos-425441.html. Acesso em 15/04/2010.

Cores da Coleta Seletiva, disponível em http://www.tekplast.com.br/cores_da


_coleta_seletiva.html. Acesso em 15/04/2010.

Desenvolvimento Sustentável, disponível em http://www.wwf.org.br/informa


coes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/. Acesso em 14/04/2010.

GUERINO, Marli de Souza. DESEMPENHO DO INPEV NA GESTÃO DA COLETA


DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS EM CAMPO GRANDE – MATO
GROSSO DO SUL. Campo Grande, 2006. Disponível em
http://www.universoambiental.com.br/Gestao/Imagens_Arquivos/MonografiadaMarl
i-30-11-2006-final.doc. Acesso em 14/04/2010.

LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. São


Paulo. Pearson Prentice Hall, 2009

ISO 14000, disponível em http://www.mundodoquimico.hpg.ig.com.br/iso14000.


htm. Acesso em 13/04/2010.

Produtos Tóxicos, disponível em http://www.portaleducacao.com.br/farmacia


/artigos/7827/produtos-toxicos. Acesso em 13/04/2010.

Produtos Perigosos, disponível em http://www.atividadesrodoviarias.pro.br/pro


dutosperigosos.html. Acesso em 14/04/2010.

Resolução CONAMA nº275 de Abril de 2001, disponível em


http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res01/res27501.html. Acesso em
15/04/2010.

Sério ISO, disponível em http://acv.ibict.br/normas. Acesso em 15/04/2010.


11

Anexos

RESOLUÇÃO No 275 DE 25 DE ABRIL 2001


O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuições que lhe
conferem a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto na Lei no
9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto no 3.179, de 21 de setembro de 1999, e
Considerando que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no
país, para reduzir o consumo de matérias-primas, recursos naturais não-renováveis, energia e
água;
Considerando a necessidade de reduzir o crescente impacto ambiental associado à extração,
geração, beneficiamento, transporte, tratamento e destinação final de matérias-primas,
provocando o aumento de lixões e aterros sanitários;
Considerando que as campanhas de educação ambiental, providas de um sistema de
identificação de fácil visualização, de validade nacional e inspirado em formas de codificação já
adotadas internacionalmente, sejam essenciais para efetivarem a coleta seletiva de resíduos,
viabilizando a reciclagem de materiais, resolve:
Art.1o Estabelecer o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva.
Art. 2o Os programas de coleta seletiva, criados e mantidos no âmbito de órgãos da
administração pública federal, estadual e municipal, direta e indireta, e entidades paraestatais,
devem seguir o padrão de cores estabelecido em Anexo.
§ 1o Fica recomendada a adoção de referido código de cores para programas de coleta
seletiva estabelecidos pela iniciativa privada, cooperativas, escolas, igrejas, organizações não-
governamentais e demais entidades interessadas.
§ 2o As entidades constantes no caput deste artigo terão o prazo de até doze meses para se
adaptarem aos termos desta Resolução.
Art. 3o As inscrições com os nomes dos resíduos e instruções adicionais, quanto à segregação
ou quanto ao tipo de material, não serão objeto de padronização, porém recomenda-se a
adoção das cores preta ou branca, de acordo a necessidade de contraste com a cor base.
Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JOSÉ SARNEY FILHO
Presidente do CONAMA

ANEXO
Padrão de cores
AZUL: papel/papelão;
VERMELHO: plástico;
VERDE: vidro;
AMARELO: metal;
PRETO: madeira;
LARANJA: resíduos perigosos;
BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;
ROXO: resíduos radioativos;
MARROM: resíduos orgânicos;
CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

Publicado DOU 19/06/2001


12

Fonte: http://www.tekplast.com.br/cores_da_coleta_seletiva.html (2010)

Vous aimerez peut-être aussi