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Resumo
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A Declaração de Salamanca (Salamanca - 1994) trata dos Princípios, Políticas e Práticas em Educação
Especial. Trata-se de uma resolução das Nações Unidas adotada em Assembléia Geral, a qual apresenta
os procedimentos padrões das Nações Unidas para a equalização de oportunidades para pessoas com
deficiências.
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Documento que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
(BRASIL,2001)
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A partir deste ponto do texto, a expressão necessidade educativa especial, será substituída pela sigla
NEE.
O discurso da educação para todos e da escola inclusiva, torna-se contraditório
quando percebemos que as reformas educacionais desenvolvidas em alguns países,
especialmente na América Latina a partir da década de noventa, são elaboradas com
base em uma ideologia neoliberal7 que impõe alguns “ajustes” como requisitos para que
estas nações, alcancem o desenvolvimento e a inserção no mundo globalizado. Esta
prega uma reforma economicista da educação, voltada ao mercado e ao crescimento
econômico. Os saberes por ela propostos visam a qualificar o aluno para uma ação
individualista e competitiva. (GENTILLI, 1995).
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Neoliberalismo, corrente ideológica que prega uma reformulação/descentralização do papel do Estado,
através: da defesa de um mercado livre que conduza todas as formas de interação social; enxugamento da
máquina administrativa e redução de benefícios sociais, e; globalização econômica e cultural.
(GENTILLI, 1995).
aprendizado. (BRUSCIA, 2000).
Como pré-requisito para a escolha do grupo foi definido que a turma deveria
apresentar crianças com NEE. A terceira série do ensino fundamental, do turno
matutino, apresentava as características necessárias para realização da proposta, uma
vez que era composta por 21 alunos, dos quais, um apresentava Deficiência Mental9 e
outro Hiperatividade10. As demais eram crianças “ditas normais”.
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Desenvolvida no período de Fevereiro a Junho de 2006, durante a realização do curso de especialização
em Terapia das Artes – Musicoterapia – da Universidade Federal do Espírito Santo.
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Deficiência mental, refere-se ao funcionamento intelectual significativamente inferior á média,
com manifestação no período de desenvolvimento humano e limitações associadas a duas áreas de
habilidades adaptativas comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos
da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas e lazer. (BRASIl,2002).
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Hiperatividade- forma de conduta típica, onde o aluno em geral, apresenta dificuldade em uma ou
várias formas de comportamento, tais como: permanecer sentado e concentrado nas atividades, se distrai
com muita facilidade; fala excessivamente durante a aula; pouca noção de perigo; dificuldade de manter a
atenção; dificuldade em organização; fala excessivamente (BRASIl,2002).
As sessões foram realizadas semanalmente com duração de 50 min. Num
período de 4 meses e meio, totalizando 18 sessões.
O aspecto musical das brincadeiras foi essencial, para a integração, uma vez
que através da apropriação, e do envolvimento dos integrantes do grupo com os
elementos especificamente musicais – ritmo, altura, duração, intensidade, timbre,
andamento, etc. – ocorrem constantes re-significações das relações interpessoais.
(FREGTMAN, 1989).
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Zona de Desenvolvimento Proximal é a distância existente entre o nível atual de desenvolvimento do
indivíduo, e o seu nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema,
que ocorra de forma medida, ou seja, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz,
por exemplo.( VYGOTSKY, 1989)
terapêutico, e mesmo fora deste as amizades eram constituídas entre os membros do
grupo.
Conclusões
A inserção pura e simples de alunos com NEE no ensino regular sem a devida
estruturação e conscientização, não configura a inclusão que é almejada. Isto,
desconsidera que esta população necessita de uma atenção singular, que em muitos
casos resume-se a um deslocamento do eixo dos processos de ensino, focando suas
potencialidades e não em uma perspectiva homogenizadora caracterizada como ensino
de massa.
Referências
TOBAR, F.; YALOUR, M. R. Como fazer teses em saúde pública: conselhos e idéias
para formular projetos e redigir teses e informes de pesquisa. Rio de Janeiro: Fiocruz.
2001.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.