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Em 1999, a revista Time nomeu Keynes como uma das cem pessoas mais
influentes do século XX, dizendo que "sua ideia radical de que os governos
devem gastar o dinheiro que não têm pode ter salvado o capitalismo". Keynes
é amplamente considerado o pai da macroeconomia moderna e, de acordo
com comentaristas como John Sloman, é o economista mais influente do
século XX. Além de ser um economista, Keynes era também um funcionário
público, um patrono das artes, um diretor do Banco da Inglaterra, um
conselheiro de várias instituições de caridade, um escritor, um investidor
privado, um colecionador de arte, e um fazendeiro. De estatura imponente,
Keynes tinha 1,98 metro.
Harry Dexter White, do Tesouro americano, e John Maynard Keynes, na
conferência inaugural dos governadores do Fundo Monetário Internacional, em
1946
Em 1906, tendo passado no exame para o serviço civil, seguiu para a Índia
Office, tendo aí permanecido durante dois anos antes de voltar para o King’s
College, onde se especializou no ensino dos Princípios Econômicos de
Marshall. A vida acadêmica, ampliada para incluir tantos os interesses culturais
como pecuniários que proporcionavam uma bela renda adicional, era-lhe
bastante adequada.
Mas ele sempre esteve envolvido em assuntos públicos numa posição ou
outra, particularmente em questões de comércio e finanças. Este aspecto de
sua carreira está em perfeita consonância com sua abordagem
predominantemente pragmática; a economia como ciência pura era-lhe muito
menos interessante do que a economia a serviços de políticas.
J. M. Keynes discordou da lei de Say (que Keynes resumiu como : "a oferta cria
sua própria demanda"). Assim como Thomas Malthus, não acreditava que a
produção de mercadorias gerariam, sempre e obrigatoriamente, demanda
suficiente para outras mercadorias. Poderiam ocorrer crises de superprodução,
como ocorreu na década de 1930. Para ele o livre mercado pode, durante os
períodos recessivos, não gerar demanda bastante para garantir o pleno
emprego dos fatores de produção devido ao "entesouramento" das poupanças.
Nessa ocasião seria aconselhável que o Estado criasse déficits fiscais para
aumentar a demanda efetiva e instituir uma situação de pleno emprego.
A teoria dos ciclos comerciais, seja ela monetária ou não em sua maneira de
apreciar a questão, interessa-se primordialmente pelos problemas das rendas e
empregos flutuantes; esses problemas preocuparam os economistas por
muitos anos. Os estudos primitivos sobre os ciclos comerciais raramente
empregaram muita evidência empírica, mas pelo menos nos Estados Unidos
da América a macroanálise existiu durante meio século. Keynes fez a ênfase
recair inteiramente sobre os níveis de renda, que segundo ele, afetavam os
níveis de emprego, o que constitui, naturalmente, uma ênfase diferente da
encontrada nos estudos anteriores. É provavelmente verídico que toda a
economia keynesiana tenha-se destinado a encontrar as causas e curas para o
desemprego periódico. Keynes não encontrou solução alguma para o problema
em quaisquer trabalhos sobre Economia Política então existentes, sendo os
seus esforços, portanto, grandemente exploratórios. Desviou-se claramente da
maioria das teorias econômicas anteriores, até mesmo da de seu professor,
Alfred Marshall, a qual era considerada pela maior parte dos eruditos quase
sacrossanta. É verdade que muitas de suas idéias combinaram com as dos
economistas anteriores, como Lauderdale, Malthus, Rae, Sismondi, Say,
Quesnay e outros. Keynes combinou suas próprias teorias e os
desenvolvimentos anteriores em uma análise que ocasionou transformações na
Economia aceita em grau que raiou pela revolução.
Essa preferência pela liquidez de seus ativos por parte dos agentes
econômicos se justifica por causa de incerteza quanto ao futuro dos eventos
econômicos e do resultado futuro dos investimentos passados e presentes. Por
essa razão, os indivíduos preferem manter sua riqueza na forma de dinheiro.
As suas idéias e as dos seus seguidores foram adotadas por vários governos
ocidentais e também por muitos governos do terceiro mundos. Constituem, até
hoje, a essência da política econômica mantida nos Estados Escandinavos,
cujas populações desfrutam dos melhores padrões de vida do mundo. A sua
influência começou a diminuir a partir dos anos 70 com a ascensão dos
monetaristas, provocada pela crise do dólar norte-americano de 1971, durante
o governo Nixon, quando os Estados Unidos se viram obrigados a interromper
a conversibilidade do dólar em ouro, mas ressurge depois de 1986 com a
publicação do teorema de Greenwald-Stiglitz e o surgimento dos economistas
novo-keynesianos.
Vida pessoal
Em 1921 ele se apaixonou com a bailarina russa Lydia Lopokova, uma das
estrelas do Ballets Russes de Serguei Diaguilev. Eles se casaram em 1925, o
que deu origem aos conhecidos versos de autoria desconhecida: "Oh, que
união de beleza e inteligência. Os justos Lopokova e John Maynard Keynes".
De acordo com todas os relatos, a união era feliz, apesar de não ter gerado
filhos – Lydia engravidou em 1927, mas sofreu um aborto espontâneo. Keynes
passou muito tempo incentivando-a a prolongar sua carreira como forma de
compensar a falta de filhos.
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