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PROCESSO PENAL

Curso de Processo Penal – Fernando Capez – 14ª edição

Cap. 10 – INQUÉRITO POLICIAL

• art. 4º, CPP – é o conjunto de diligências realizadas pela policia judiciária para a apuração
de uma infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal posa ingressar em
juízo.
• É procedimento persecutório de caráter administrativo instaurado pela autoridade policial e
destinado imediatamente ao Ministério Público, titular exclusivo da ação penal pública e ao
ofendido, titular da ação penal privada.

POLÍCIA JUDICIÁRIA

• A Polícia é uma instituição de direito público, destinada a manter a paz pública e a


segurança individual.
• Divide-se:
- quanto ao lugar de atividade – terrestre, marítima e aérea;
- quanto a exteriorização – ostensiva e secreta;
- quanto à organização – leiga e de carreira;
- quanto ao objeto:
- administrativa ou de segurança – caráter preventivo, visando impedir atos lesivos a bens
individuais e coletivos, atuando com discricionariedade, independente de autorização judicial;
- judiciária – função auxiliar à justiça, atuando quando os atos que a polícia administrativa
pretendia impedir não foram evitados. Tem como finalidade apurar infrações penais e suas
autorias, a fim de fornecer ao titular da ação penal elementos para propô-la. No âmbito estadual
fica a cargo da Polícia Civil, dirigida por delegado de carreira; na esfera federal fica exclusivamente
com a Polícia Federal. A lei 10.446/02 aumentou a competência da PF – ler art. 144, I, § 1º, CF.

COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÃO

• Salvos exceções, a competência para condução de IPL é dos delegados de polícia de


carreira, podendo se fixar a atribuição tanto pelo lugar da consumação da infração, quanto
pela natureza da mesma.
• No interior as autoridades deverão ater às suas respectivas circunscrições, utilizando se for
o caso precatórias ou rogatórias. Quando se fala em Capital ou DF, havendo mais de uma
circunscrição, a autoridade poderá ordenar diligências em outra circunscrição, independente
de precatória ou requisição. Art. 22, CPP.
• A atribuição para a lavratura do auto de prisão em flagrante é da autoridade do lugar em que
se efetivou a prisão, sendo que os demais atos cabem à autoridade do local da consumação
do crime. Art. 290 e 308. CPP
• Entende-se que a falta de atribuição das autoridade policiais não invalida seus atos, aina
que se trate de prisão em flagrante, pois como a Polícia não exerce função jurisdicional,
nãos e submete a competência jurisdicional em razão do local. A norma constitucional em
momento algum prevê o direito do suspeito ser investigado pelo delegado previamente
indicado, até porque o IPL é um procedimento inquisitivo, não se falando em devido
processo legal. Ou seja, não há que se falar do princípio do “delegado natural”, muitos
menos em nulidade dos atos investigatórios realizados fora da circunscrição da autoridade
policial. Sem contar ser pacífico que o IPL é mera peça informativa, cujos vícios não
contaminam a ação penal. Em resumo, não há que se falar em nulidade de IPL presidido
por autoridade policial incompetente, nem possibilidade de relaxamento de prisão em
flagrante por esse motivo.

FINALIDADE

• A finalidade do IPL é apurar fato que configure infração penal e sua respectiva autoria, para
servir de base à ação penal ou às providências cautelares.

INQUÉRITOS EXTRAPOLICIAIS

• Art. 4º, parágrafo único, CPP – o IPL realizado pela polícia judiciária não é a única forma de
investigação criminal. Ex: IPM, CPI, etc.
• Quando surgirem indícios de prática de infração penal por parte de membro da Magistratura
ou do MP no curso das investigações, no caso de Magistrado, os autos devem ser
remetidos ao tribunal ou órgão competente, e no caso de membro do MP ao PGJ, para que
seja dado prosseguimento ao feito. Se o suspeito for membro do MPU, os autos do IPL
devem ser remetidos ao PGR.
• Com a nova lei de falências, não existe mais inquérito judicial falimentar.

CARACTERÍSTICAS

• PROCEDIMENTO ESCRITO – tendo em vista a finalidade do IPL, não há que se permitir


investigação verbal. Todas as peças serão em um só processo, escritas ou datilografadas, e
neste caso, rubricadas pela autoridade policial.
• SIGILOSO – a autoridade assegurará no IPL o sigilo necessário à elucidação do fato ou
exigido pelo interesse da sociedade. O direito genérico de obter informação dos órgãos
públicos pode sofrer limitações visando a segurança da sociedade e do Estado. O sigilo não
se estende ao representante do MP, nem à autoridade judiciária. No caso do advogado,
caso seja decretado judicialmente o sigilo, não poderá acompanhar a realização de atos
procedimentais.
• OFICIALIDADE - O IPL é investigação feita por órgãos oficiais, não podendo ficar a cargo
do particular, ainda que a titularidade da ação penal seja do ofendido.
• OFICIOSIDADE - Consequência do princípio da legalidade – obrigatoriedade – da ação
penal pública. Significa que as atividade das autoridades policiais independem de
provocação, sendo a instauração de IPL obrigatória diante da notícia de uma infração penal,
ressalvados os casos de ação penal pública condicionada e de ação penal privada.
• AUTORIEDADE – exigência expressa da CF – art. 144, §4º – o IPL é presidido por
autoridade pública, no caso, autoridade policial – delegado de polícia de carreira.
• INDISPONIBILIDADE – é indisponível. Após a instauração não pode ser arquivado pela
autoridade policial. Art. 17, CPP
• INQUISITIVO – caracteriza-se como inquisitivo o procedimento em que as atividades
persecutórias concentram-se nas mãos de uma única autoridade,a qual, por isso, não
depende de provocação de quem quer que seja, podendo e devendo agir de ofício.
Característica oriunda dos princípios da obrigatoriedade e oficialidade da ação penal. É
secreto e escrito, e não se aplicam o contraditório e a ampla defesa, pois se não há
acusação, não que se falar em defesa. O único IPL que permite contraditório é o instaurado
pela PF, a pedido do MJ, visando à expulsão de estrangeiro. Neste caso o contraditório é
obrigatório.

VALOR PROBATÓRIO
• O IPL tem conteúdo informativo, tendo como finalidade fornecer ao MP ou ao ofendido os
elementos necessários para a propositura da ação penal. Possui valor probatório relativo.
Sendo assim, a confissão extrajudicial terá validade como elemento de convicção do juiz
apenas se confirmada por outros elementos colhidos durante a instrução processual.

VÍCIOS

• Por ser apenas procedimento informativo, os vícios existentes nessa fase não acarretam
nulidades processuais, não atingem a fase seguinte da persecução penal. A irregularidade
poderá gerar a invalidade e a ineficácia do ato corrompido.

JUIZADOS ESPECIAIS – LEI 9.099/95

• Art. 69 e 77, § 1º da lei – O IPL é substituído por um simples boletim de ocorrência


circunstanciado, lavrado pela autoridade policial, chamado de “termo circunstanciado”, no
qual constará uma narração sucinta dos fatos, bem como a indicação da vítima, do autor do
fato e das testemunhas, em número máximo de 3, seguindo em anexo um boletim médico
ou prova equivalente, quando necessário para comprovar a materialidade delitiva -dispensa-
se exame de corpo de delito. Lavrado o Termo, este será imediatamente encaminhado ao
Juizado de Pequenas Causas Criminais, com competência para julgamento das infrações
de menor potencial ofensivo – contravenções penais e crimes apenados com no máximo
dois anos, ainda que previsto procedimento especial. Não haverá prisão em flagrante
quando o autor do fato assumir o compromisso de comparecer ao Juizado, ficando proibida
a lavratura de auto de prisão em flagrante, independente do pagamento de fiança.

DISPENSABILIDADE

• O IPL não é fase obrigatória na persecução penal, podendo ser dispensado caso o MP ou o
ofendido já disponha de elementos suficientes para a propositura da ação penal.
• O titular da AP pode dispensar o IPL, mas terá que demonstrar a justa causa da imputação,
sob pena de rejeição da inicial.

INCOMUNICABILIDADE

• Destina-se a impedir que a comunicação do preso com terceiros venha a prejudicar a


apuração dos fatos, podendo ser imposta quando o interesse da sociedade ou a
conveniência da investigação o exigir.
• Art. 21, CPP – não excederá a 3 dias e será decretada por despacho fundamentado do juiz,
a requerimento da autoridade policial ou do MP, jamais estendendo-se ao advogado. Há
entendimentos que a incomunicabilidade foi proibida, haja vista não ser permitida nem no
estado de defesa.

“NOTITIA CRIMINIS”

• Conhecimento espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial, de fato


aparentemente criminoso. É com base nesse conhecimento que a autoridade dá início às
investigações.
• Tipos:
- de cognição direta ou imediata – também chamada de espontânea ou inqualificada – a
autoridade toma conhecimento direto do fato delituoso por meio de suas atividades rotineiras,
jornais, investigações, comunicação da polícia ostensiva, denúncia anônima etc.
- de cognição indireta ou mediata – também chamada de provocada ou qualificada – a autoridade
toma conhecimento por meio de algum ato jurídico de comunicação formal do delito, como ex.
Delação, requisição do MP ou do MJ, e representação do ofendido.
- de cognição coercitiva – ocorre no caso de prisão em flagrante, em que a notícia se dá com a
apresentação do autor. Art. 8º.

INÍCIO DO IPL

CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA – Art. 5º, I e II, §§ 1º, 2º e 3º CPP

DE OFÍCIO
• a autoridade tem obrigação de instaurar o IPL, independente de provocação, sempre que
tomar conhecimento imediato e direto do fato, por meio de delação verbal ou por escrito de
qualquer um do povo (delatio criminis simples), notícia anônima (delatio criminis
inqualificada), por meio de sua atividade rotineira (cognição imediata) ou em caso de prisão
em flagrante.
• O ato de instauração é a portaria, que deve conter o esclarecimento das circunstâncias
conehcidas, local, dia hora, autor, vítima testemnhas, e a capitulação legal do crime.
• A autoridade policial não pode instaurar IPL sem justa causa. Se o fizer, será impugnável
por habeas corpus – ex: fato não configurar crime, nem em teses, se estiver extinta a
punibilidade, ou quando não houver indícios da existência do fato.
• O desconhecimento da autoria o o fato do sujeito ter agido sob alguma excludente de
ilicitude não afastam a instauração do IPL..

POR REQUISIÇÃO DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA OU DO MP – Art. 40, CPP


• Se não estiverem presentes todos os elementos necessários para o oferecimento da
denúncia, a autoridade judiciária pode requisitar a instauração de IPL para elucidação dos
acontecimentos., valendo o mesmo para o MP.
• Embora inexista subordinação hierárquica, a autoridade policial não pode recusar a
instauração do IPL, pois a requisição tem natureza de de determinação, ordem.

DELATIO CRIMINIS
• a doutrina a distingue em simples, sendo um mero aviso sem qualquer solicitação e a
delação postulatória, onde se dá a notícia do crime e se pede a instauração do IPL – ex:
representação do ofendido na ação penal pública condicionada.
• A denúncia deve conter o máximo de elementos possíveis. Caso a autoridade policial
indefira a instauração do IPL, caberá recurso.
• No caso de APPCondicionada, o requerimento assume forma de de autorização para o
início da persecução penal, chamando-se representação.
• Na APPrivada, o IPL não pode ser iniciado sem a solicitação de quem tenha qualidade para
tal.
• A delação anônima não deve ser rejeitada de plano, deve ser examinada cuidadosamente.
Entretanto, existe entendimento de que é inconstitucional IPL instaurado a partir de denúncia
anônima, haja visa que a CF veda o anonimato na manifestação do pensamento.
• Em regra, a comunicação de crime é faculdade do cidadão, mas existem aqueles que são
obrigados a comunicar qualquer fato ilícito.

CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIOANDA – Art. 5º, § 4º, CPP

MEDIANTE REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO OU DE SEU REPRESENTANTE LEGAL


• neste caso o IPL só pode ser instaurado mediante oferecimento de representação. É a
manifestação do princípio da oportunidade que informa a APPCondicionada até o momento
do oferecimento da denúncia. Art. 24 e 25 CPP.
• O ofendido só pode oferecer a representação se maior de 18 anos, se for menor cabe ao
seu representante legal. Se apesar de maior de 18 anos, for doente mental, cabe ao
representante autorizar o início da persecução.
• A representação pode ser apresentada à autoridade policial, judiciária ou representante do
MP. Após o oferecimento da denúncia, a representação é irretratável.

MEDIANTE REQUISIÇÃO DO MJ
• em caso de crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil, em caso de
crime contra a hora praticado contra chefe de governo estrangeiro, em caso de crime contra
a honra em que o ofendido for o Presidente da República.
• A requisição deve ser encaminhada ao chefe do MP, que poderá desde logo oferecer a
denúncia ou requisitar diligências à polícia.

CRIME DE AÇÃO PENAL PRIVADA – Art. 5º, § 5º, CPP

• a instauração de IPL depende de requerimento escrito ou verbal do ofendido ou de seu


representante legal. Arts. 30 e 31, CPP. Nem o MP, nem a autoridade judiciária podem
requisitar.
• Encerrado o IPL, serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do
ofendido ou de seu representante. Art. 19, CPP
• O IPL deve ser instaurado em um prazo que permita sua conclusão e o oferecimento da
queixa antes do prazo decadencial do art. 38 CPP.
• Se a autoridade policial indeferir o requerimento, pode o ofendido recorrer.

PEÇAS INAUGURAIS DO IPL

• PORTARIA – quando instaurado ex officio – APPIncondicionada.


• AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE – qualquer infração penal
• REQUERIMENTO DO OFENDIDO OU DE SEU REPRESENTANTE – APPrivada e
APPIncondicionada. No caso de APPCondicionada à representação, o IPL não começará
por requerimento do ofendido, pois tal requerimento será recebido como representação.
• REQUISIÇÃO DO MP OU DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA – APPCondicionada (quando
acompanha a representação) e APPIncondicionada.
• REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO OU DE SEU REPRESENTANTE LEGAL, OU
REQUIÇÃO DO MJ – APPCondicionada.

PROVIDÊNCIAS

• Art. 6º CPP
• A autoridade policial deverá dirigir-se ao local do crime e preservar o estado e conservação
das coisas, até a chegada dos peritos. Art. 169 CPP.
• Em caso de acidente de transito, há uma exceção à regra. A autoridade ou agente policial
que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independente de exame do local,
a imediata remoção das pessoas lesionadas, bem como dos veículos envolvidos que
estejam prejudicando o tráfego.
• Deverá recolher todos os objetos relacionados ao fato, fazendo-os acompanhar os autos do
IPL e colher todas as provas necessárias e possíveis.
• A busca e apreensão pode ser feitas:
- no local do crime;
- na própria pessoa – independerá de mandado em caso de prisão ou fundada suspeita de que a
pessoa esteja na posse de aram proibida, ou de instrumento que guarde qualquer relação com o
crime, ou quando efetuada por ocasião de busca domiciliar.
- no domicílio – só poderá ser feita observando-se:
• período noturno – com o consentimento do morador, em flagrante delito, em caso de
desastre ou para prestar socorro.
• Durante o dia – nos casos acima ou por ordem judicial. Fora os casos acima, a
busca será sempre precedida de mandado judicial, salvo se a autoridade policial, e
somente esta, estiver presente.
• A busca em escritório de advocacia deverá ser acompanhada por representante da OAB.
• O ofendido e as testemunhas podem ser conduzidos coercitivamente sempre que
injustificadamente não atenderem a intimações da autoridade policial.
• Quanto ao ofendido, o ordenamento autoriza sua busca e apreensão.
• A testemunha faltosa pode responder por crime de desobediência.
• Sendo o ofendido ou a testemunha membro do MP ou da Magistratura, deverão ser ouvidos
em dia, hora e local previamente ajustados.
• Podem ser realizadas acareações e reconhecimento de pessoas e coisas. O
reconhecimento fotográfico tem valor probatório, embora relativo. Admite-se acareação por
carta precatória.
• Deve ser determinado exame de corpo de delito sempre que a infração tiver deixado
vestígios.
• Os peritos devem ser sempre em número mínimo de dois.
• A reconstituição do crime poderá ser feita desde que não atente contra a moralidade ordem
pública.
• O indiciado pode ser forçado a comparecer, mas não a participar, em virtude da prerrogativa
do silêncio e de não ser obrigado a produzir provas contra si. Qualquer ato que busque
compeli-lo a participar, é passível de habeas corpus.
• IPL referente a crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independente da pena, dever seguir os procedimentos especificados na Lei 11.340/06.

INDICIAMENTO

• É a imputação a alguém, no bojo do IPL, da prática de ilícito penal, sempre que houver
razoáveis indícios de sua autoria.
• O indiciado deve ser interrogado pela autoridade policial, que pode conduzi-lo
coercitivamente a sua presença, em caso de injustificado descumprimento de intimação.
• No interrogatório policial devem ser observados os mesmo preceitos norteadores do
interrogatório em juízo, não estando o indicado obrigado a responder as perguntas
formuladas, sem desfavorecê-lo de qualquer modo.
• Não é indispensável a presença de advogado.
• Se o suspeito for membro do MP, a autoridade policial não poderá indicá-lo, devendo, sob
pena de responsabilidade, encaminhar os autos ao PGJ/PGR, a quem caberá prosseguir
com as investigações.
• A autoridade policial não pode submeter o civilmente identificado ao processo de
identificação criminal, salvo os envolvidos com o crime organizado, homicídio doloso, crime
contra o patrimônio mediante violência ou grave ameaça, receptação qualificada, crimes
contra a liberdade sexual, falsificação de documento público, fundada suspeita de
falsificação ou adulteração do documento de identidade, mal estado de conservação ou
distância temporal da carteira de identidade, quando impossibilitar a leitura de dados
essenciais, quando constar outros nomes ou apelidos dos registros policiais, quando houver
registro de extravio de carteira de identidade ou quando o acusado não comprovar em 48
horas a sua identificação civil.
• A identificação criminal compreende a datiloscópica e a fotográfica.
• Deve também ser juntado aos autos a folha de antecedentes, averiguada sua vida
pregressa. Art. 6º IX.

INDICADO MENOR

• Com o novo Código Civil, desapareceu a figura do representante legal e do curador para
maior de 18 anos, salvo o doente mental.
ENCERRAMENTO

• Concluída as investigações, a autoridade policial deverá fazer um minucioso relatório do que


foi apurado no IPL, sem opinar ou fazer juízo de valor, indicando testemunhas que não
foram ouvidas e diligências que não foram realizadas. Art. 10, CPP.
• Deverá, por meio de despacho fundamentado, justificar a classificação legal do fato.
• Após relatado, os autos serão remetidos ao juiz competente, acompanhando todas as
provas coletadas.
• O juiz irá encaminhar ao MP para as providências cabíveis.

PRAZO

• Art. 10, CPP – indiciado em liberdade – 30 dias a contar do recebimento da notitia criminis,
podendo ser prorrogado ouvido o MP.
• Indiciado preso – 10 dias contados da data da efetivação da prisão – em regra
improrrogável. Concluídas as investigações, devolvido o IPL para novas diligências, não
haverá relaxamento da prisão se o MP oferecer denúncia em 5 dias.

PRAZOS ESPECIAIS

• Crimes contra a economia popular – 10 dias para réu preso ou solto.


• Lei de entorpecentes – 30 dia para réu preso e 90 dias para réu solto – podem ser
prorrogados por igual período, mediante pedido justificado da autoridade policial e ouvido o
MP.
• Crimes Federais/JF – 15 dias para réu preso e 30 dias réu solto – prorrogáveis por igual
período, mediante pedido devidamente justificado.

CONTAGEM DO PRAZO

• Art. 798, § 1º, CPP – prazo processual – despreza-se na contagem o dia inicial e inclui-se o
dia final.

ARQUIVAMENTO

• Só cabe ao juiz, a requerimento do MP (Art. 28, CPP), titular exclusivo da ação penal.
• A autoridade policial, faltando justa causa, pode deixar de instaurar o IPL. Mas depois de
instaurá-lo, apenas o juiz pode arquivá-lo, ouvido o MP.
• Se o juiz discordar do pedido de arquivamento do MP, remeterá os autos ao PGJ que
poderá oferecer denúncia ou designar outro membro do MP para que o faço, ou insistir no
arquivamento, ficando assim o juiz obrigado a atendê-lo.
• O despacho de arquivamento é irrecorrível, salvos nos casos de crimes contra a economia
popular, onde cabe recurso oficial, e no caso de algumas contravenções.
• No caso de do MPF, o autos serão remetidos à Câmara de Coordenação e Revisão, salvo
os casos de competência originária do PGR.
• É inadmissível o oferecimento de ação penal subsidiária da pública em caso de
arquivamento, pois a mesma só é cabível se houver inércia do órgão ministerial.
• Arquivado o IPL por falta de provas, enquanto não extinta a punibilidade pela prescrição, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas desde que surjam outras provas que
alterem o panorama probatório.
• Em caso de APPrivada, não há necessidade de pedido de arquivamento por parte do
ofendido caso entenda não haver elementos para dar início ao processo. Basta deixar o
prazo decadencial do art. 38 CPP fluir, sem o oferecimento de queixa.. Entretanto, se o
ofendido pedir o arquivamento, ele será considerado como renúncia tácita e causará a
extinção da punibilidade do agente. Art. 107, V, CP.

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