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O dano moral caracteriza-se como a ofensa ou violação dos bens de ordem moral de
uma pessoa, tais sejam o que se referem à sua liberdade, à sua honra, à sua saúde
(mental ou física), à sua imagem.
O Código Civil em seu art. 932, inciso III, dispõe que o empregador também é
responsável pela reparação civil, por seus empregados, quando no exercício do trabalho
que lhes competir ou por ocasião dele.
O principal interesse das relações estabelecidas por meio de contrato de trabalho é que
sejam alcançadas pelas partes os seus objetivos, dentro do respeito aos dispositivos e
procedimentos previstos em leis, convenções, acordos coletivos de trabalho,
regulamentos internos e usos e costumes em geral e da própria empresa, constituída
pelo empregador, seus prepostos e empregados.
A moral diz respeito à reputação do indivíduo em seu meio social, à boa fama, à
dignidade, à sua privacidade, e estes conceitos são muito subjetivos, pois referem-se ao
foro íntimo de cada pessoa.
O assédio sexual é crime definido por Lei Federal 10.224/01 e se caracteriza pelo ato
praticado pelo superior hierárquico, que usa de sua posição para obter favores sexuais
dos subordinados.
Esta lei introduziu no Código Penal o art. 216-A que dispõe:
“Assédio sexual – art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.” (AC)
– Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.” (AC).
O assédio moral ainda não faz parte do ordenamento jurídico brasileiro, ou seja, não há
lei Federal como no assédio sexual. No entanto, a Justiça do Trabalho tem se
posicionado independentemente da existência de leis específicas.
Nos julgamentos de assédio moral há dois aspectos que são considerados essenciais:
Os processos que chegam à Justiça do Trabalho buscando reparação por danos causados
pelo assédio moral revelam que há basicamente três tipos de reparação:
PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS
Tendo em vista que o dano moral é um fato real e concreto, é exigida uma posição
cautelosa do empregador e de seus prepostos em relação aos subordinados, pois se
extrapolarem no exercício regular de seu poder disciplinar, poderá causar eventuais
pagamentos referentes a título de indenização por dano moral.
No caso de dispensa por justa causa, por se tratar de uma falta grave praticada pelo
empregado, o empregador deve agir com bastante cautela e segurança na apuração dos
fatos, para não causar ofensa à honra e honestidade do empregado, dando a
oportunidade dele pleitear a indenização por dano moral.
A empresa que proceder revistas íntimas nas suas empregadas poderá resultar em
eventual reclamação trabalhista, além de estar sujeita em uma futura fiscalização, ao
pagamento à multa administrativa prevista na Portaria MTb nº 290/97, cujo valor
poderá variar de 75,6569 a 756,5694 Unidades Fiscais de Referência (Ufir).
A emenda constitucional 45, art. 114 inciso VI, dispõe que cabe expressamente à Justiça
do Trabalho a competência para processar e julgar ações envolvendo a indenização por
prejuízos morais que tenham origem na relação de emprego. O novo texto tornou
expressa uma atribuição que já vinha sendo reconhecida pela jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho.