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ALERGIA A PICADA DE INSETOS

A alergia é a reação exagerada do sistema imunológico contra substâncias que,


teoricamente, não constituem uma ameaça ao organismo. Esta definição se adequa bem
a alergia respiratória, onde os alergenos (as substancias que desencadeiam a reação) são
constituintes inócuos da poeira ou de pólens de plantas. Na alergia a picada de insetos,
da mesma forma, ocorrem reações exageradas a substancias presentes na saliva ou no
veneno de insetos, mas da mesma forma a reação do sistema imunológico, por ser
exagerada e não controlada, não protege o organismo dos efeitos das substâncias em
questão, e acaba causando problema maior que a própria substância inoculada pelo
inseto, podendo levar a consequências até graves, como a anafilaxia (a forma mais
grave de reação alérgica generalizada, ou sistêmica).

A alergia relacionada a picada de insetos pode se manifestar na forma de reação


localizada ou até generalizada ao veneno de insetos picadores como a abelha, vespa,
marimbondo, e também após picada de formigas, ou como a alergia a picada de insetos
sugadores, principalmente os mosquitos, conhecida como prurigo estrófulo ou,
simplesmente, estrófulo.

O estrofulo é a forma mais comum de alergia a picada de insetos nas grandes cidades,
seguida das reações a picadas de formigas e das reações as picadas de abelhas,
marimbondos e vespas (estas mais frequentes em cidades menores e no interior). As
crianças são particularmente vulneráveis, por estarem mais tempo expostas ao contato
com estes insetos nos parques, play-groundse em outras áreas de lazer, até mesmo na
creche ou na escola. Outro grupo de importância são os trabalhadores rurais, e
principalmente os apicultores, pelo contato direto e diário com abelhas.

O estrofulo geralmente se inicia durante o primeiro ano de vida, com lesões após picada
de mosquito que evoluem com pequenos caroços, podendo haver bolhas pequenas que
se rompem, e tendem a formar uma ferida (figura 1). A lesão é rodeada por um halo de
vermelhidão, e é muito pruriginosa (coça muito). Frequentemente, por causa da coceira,
a ferida pode aumentar e até infectar, evoluindo com secreção amarelada e
posteriormente com uma cicatriz duradoura. Este é um problema particularmente
preocupante nas pessoas de pele mais escura em geral, e nas meninas, que poderão ficar
com cicatrizes para o resto da vida (figura 2). Eventualmente, também surgem lesões
chamadas “satélite”, ou seja, ao redor de uma única picada do mosquito, podem surgir
outras lesões sem necessidade de várias picadas. As áreas mais acometidas são as áreas
naturalmente mais expostas aos mosquitos: a face, os braços e pernas.

Uma parcela das crianças pequenas evoluem naturalmente para a redução das reações e
a cura em meses, como se fossem naturalmente dessensibilizadas pelas repetidas
picadas de mosquito. Muitas outras crianças permanecem tendo estas reações, e aí o
problema passa a ser grande, pelos já descritos riscos de infecção secundária das lesões,
e pela produção de cicatrizes em braços e pernas, com prejuízo estético e da qualidade
de vida. Nestes casos, a imunoterapia (vacinas específicas para reduzir a intensidade das
reações alérgicas) é altamente eficaz, induzindo aquela dessensibilização que não
ocorreu naturalmente nos primeiros meses após o início do quadro.
Já as reações a picadas de formiga, abelhas e marimbondos/vespas (figura 5) evoluem
de forma variada, podendo ser apenas uma reação local, com inchação, dor,
vermelhidão e coceira, evoluindo sem deixar feridas e cicatrizes, até reações com placas
vermelhas com coceira (a urticária – figura 3) a distância e até generalizada (em todo
corpo). O extremo de gravidade e de intendsidade dessa reação generalizada é a
chamada anafilaxia, onde ocorre, além do surgimento de urticária em várias áreas da
pele, alterações de outros órgãos/sistemas, como queda da pressão arterial pelo
acometimento cardiovascular, falta de ar, seja pelo acometimento dos brônquios (como
numa crise de asma), seja pela inchação da laringe com obstrução da entrada do ar (o
chamado “edema de glote”), e até dor na barriga e diarréia, por alterações do trato
digestivo. Estas reações, mesmo as localizadas, podem evoluir para reações
generalizadas, e as reações subsequentes, após novas picadas, tendem a ser mais graves
que as anteriores. Por isso, em geral, as pessoas que têm alergia a insetos deste tipo
necessitam fazer o uso da imunoterapia, que é a única forma de reduzir a intensidade da
reação do sistema imunológico quando entra em contato com as substâncias presentes
no veneno destes insetos. A imunoterapia literalmente salva vidas nos casos de reações
graves a picada destes insetos. As pessoas que já tiveram reações generalizadas/graves,
e continuam expostas ao risco de novas reações, devem ter um cartão de identificação
com estas informações, e carregar consigo medicação (adrenalina) para auto-aplicação
em casos de emergência (figura 4).

Para qualquer um dos tipos de alergia a insetos (mosquito-estrófulo ou


abelhas/marimbondos/formigas-urticaria/anafilaxia), sempre são necessários cuidados
de proteção, como evitar os locais onde sabidamente existem estes insetos, usar roupas
compridas e sem cores fortes (que atraem abelhas), evitar perfumes fortes e adoçicados
(pelo mesmo motivo), e uso de telas de proteção nas janelas, cortinados em berços e
camas, e repelentes para uso em ambientes e/ou na pele, de acordo com a faixa etária.

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