Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Desenvolvemos o relacionamento 06
com o leitor da Revista
| escritório aberto
| reportagem
| artigo
nathancolquhoun
Neurociência e a Arte de Superar 19
Mudanças
O novo projeto Professor Digital 21
| entrevista
| novas tecnologias
| cultura
| dica
| tutorial
| resumo do mês
Resumo 59
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 2 Junho | 2010
| editorial
Colaboradores desta edição
Redação:
Vencendo desafios Carlisson Galdino
Carlos A. Silva
Gustavo Pacheco
Rochele Prass
rocheleprass@openoffice.org
Esta é a sua seção! Na “Carta do Leitor”, você pode tirar dúvidas sobre o
BrOffice.org, seja produto, comunidade ou desenvolvimento, enviar críticas
ou sugestões que possam enriquecer ainda mais a nossa revista.
Envie um email para revista@broffice.org.
Participe!
... desenvolvemos
o relacionamento
com o leitor da
Revista
Por Rochele Prass
Com o objetivo de conhecer melhor os leitores e proporci- A pesquisa é um espaço diferente da seção “Carta do Lei-
onar mais um canal de interação com o público, a Revista tor”, em que são publicados os comentários dos leitores
BrOffice.org lançou na edição passada a pesquisa de per- sobre cada edição. O questionário foi elaborado para co-
fil de leitor. No final de maio, ou dois meses no ar, 1.025 letar dados socioeconômicos do público, a fim de saber a
pessoas já haviam respondido ao questionário, disponível quais segmentos sociais estamos chegando. Trata-se de
no portal. A pesquisa é espontânea, ou seja, não é requisi- uma ferramenta importante para o planejamento de qual-
to obrigatório para quem deseja baixar a Revista. Os da- quer meio de comunicação, que, a partir das respostas,
dos individuais das pessoas também são mantidos sob pode promover ações de divulgação, criar seções especi-
sigilo. ais e traçar seus rumos. Vale ressaltar que, além do con-
tato pela pesquisa, os leitores podem enviar sugestões de
O conceito de comunicação, entre todos os elementos
pauta ou contribuir com materiais para publicação pelo e-
que fazem parte do processo, pressupõe ao menos duas
mail revista@broffice.org.
figuras básicas para a sua efetivação: emissor e receptor.
Ou seja, a comunicação não se encerra no momento em Sendo produto de um trabalho colaborativo, dentro da fi-
que emitimos uma mensagem qualquer que seja a sua fi- losofia de produção de software livre, a Revista BrOffi-
nalidade. A comunicação se completa quando é recebida ce.org é um veículo em constante evolução e que neces-
pelos interlocutores. sita dessa interação para se aperfeiçoar. Mas nos agrada,
sobremaneira, ver a quantidade de pessoas que nos dão
Apesar de o conceito de interatividade não ter sido inven-
retornos positivos. A maioria das manifestações nas res-
tado pela internet, ela ampliou substancialmente a partici-
postas livres agradecem e elogiam o trabalho que a co-
pação. Ao facilitar essa aproximação, abriu-se um espaço
munidade vem desenvolvendo com a Revista.
que vai além da crítica ou sugestão. Trata-se de comparti-
lhar com o leitor a responsabilidade sobre a edição num O espaço também está repleto de sugestões dos leitores,
diálogo efetivo. sobre dicas e tutoriais, especialmente para Calc e Base.
Muitos leitores também pedem assuntos relacionados à
E isso não é diferente conosco, na Revista BrOffice.org.
educação. Informações a respeito de migração e pedido
Evidentemente, ao planejarmos uma edição, temos em
para que a Revista seja impressa e enviada aos leitores
mente uma espécie de público – pessoas interessadas na
são outros apontamentos dos leitores que responderam
suíte de escritório, em software livre, ODF e em ações
ao questionário.
que estão modificando pensamentos e a sociedade. Mas
isso não significa que não estamos buscando chamar a No que se refere à impressão da Revista e entrega no
atenção de outros grupos, atrair novos leitores. Antes de endereço do leitor, existe um grande anseio e interesse
tudo, precisamos conhecer – ainda mais – os nossos lei- de que essa ideia seja concretizada. A questão não é
tores. Precisamos saber o que esperam de nós e corres- simples e envolve uma operação logística e estudo de vi-
ponder às suas expectativas. Precisamos conversar. abilidade. Mas o primeiro passo já foi dado.
Especial Copa do
Mundo 2010
África
Por Pedro Ciríaco
O Projeto Escritório Aberto tem como objetivo fornecer modelos de arquivos para o BrOffice.org totalmente gratuitos, pron-
tos para usar e excelentes para o aprendizado. Assim, futuros usuários contarão com aplicações práticas para demons-
tração dos diversos usos do BrOffice.org por meio de exemplos utilizáveis. Trata-se de arquivos de uso diário, enviados por
colaboradores e que servem perfeitamente às nossas necessidades, todos licenciados pela GPL.
2010, ano de copa do mundo na África. Com este modelo, Muita gente não aposta na seleção de Dunga para esta
você poderá acompanhar todos os jogos, marcando os Copa. Se você for um deles, a sugestão é apostar na
resultados e conferindo todos os dados das partidas. Os Mega Sena com o auxílio desse interessante modelo.
classificados serão posicionados automaticamente na ta- Download: Mega Sena em BrOffice.org
bela da segunda fase e a brincadeira continua.
Download: Tabela Copa 2010
Planejamento Financeiro
Duilio Neto
Por Luiz Oliveira
Inclusão digital é um tema que não há um A Revista BrOffice.org tem enfatizado em várias edições
que projetos de inclusão digital resultam em benefícios
consenso sobre o “como fazer”, mas sua que vão muito além do aprendizado das Tecnologias da
Informação. Trata-se de promover inclusão social, gerar
necessidade é indiscutível para que o perspectivas para comunidades e fomentar o crescimento
econômico. E quando se trata de suítes de escritório, ne-
país inclua socialmente milhares de pes- cessidade básica de qualquer usuário, não há dúvidas: a
ferramenta é o BrOffice.org.
soas utilizando-se da tecnologia da in-
Conforme o Ministério da Educação, embora seja prati-
formação. Um estudo do Banco Mundial camente impossível catalogar todas as iniciativas, entre
os anos de 2007 e 2008 foram registrados mais de 100
divulgado no ano passado mostra que o projetos de inclusão digital, levando-se em conta Regiões
Administrativas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste
acesso à internet incrementa a atividade e Sul); Unidades da federação (UF); Categorias (Governo
Federal, Governo Estadual, Governo Municipal, Terceiro
econômica. Conforme a entidade, a cada Setor e Universidades. As informações sobre as ativida-
des de inclusão digital no país estão disponíveis no portal
aumento de dez pontos percentuais nas
http://inclusao.ibict.br, criado para ser um canal para
conexões de internet de banda larga de acompanhamento das influências da tecnologia no pro-
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Governo do Estado de São Paulo. Outro exemplo são os
Histórico da Escola do Futuro:
Telecentros, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de São
Paulo ampliada e melhorada pelo Governo Federal. Tanto O NAP Escola do Futuro/USP inaugurou suas atividades em
uma como a outra têm por trás a preocupação de fazer 1989, sob a coordenação científica do Prof. Titular Fredric M.
mais que simplesmente oferecer acesso à internet ao ci- Litto, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de
dadão. No caso do AcessaSP, o sucesso do programa São Paulo. Sua primeira condição foi como laboratório depar-
está intrinsecamente ligado ao trabalho da Escola do Fu- tamental com a denominação “Laboratório de Tecnologias de
turo. E o BrOffice.org novamente é um dos protagonistas Comunicação” do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão
nesse processo. da Escola de Comunicações e Artes. A partir de janeiro de 1993
instituiu-se como um Núcleo de Apoio à Pesquisa, subordinado
“É mais uma à Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade e passando a intitu-
lar-se Núcleo das Novas Tecnologias de Comunicação Aplica-
maratona que das à Educação “Escola do Futuro/USP” (NAP EF/USP).
Através das suas pesquisas e projetos, pretendia explorar e
uma corrida de implementar propostas inovadoras e eficazes que, utilizando
recursos como a Internet e a multimídia, contribuíssem decisi-
100 metros” vamente para a maximização das possibilidades do ensinar e
do aprender.
Em setembro de 2006 a coordenação científica do Núcleo de
Pesquisa Escola do Futuro/USP passou a ser exercida pela
A Escola do Futuro, um Núcleo de Apoio à Pesquisa da Prof. Titular Brasilina Passarelli, do Departamento de Bibliote-
Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São conomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes
Paulo – USP, especializou-se em dar suporte para proje- - ECA/USP. A atual gestão privilegia o desenvolvimento de es-
tos bem sucedidos de Inclusão Digital trabalhando na in- tudos e pesquisas sobre a sociedade do conhecimento e seus
vestigação das novas Tecnologias de Informação e Co- impactos nas áreas da Comunicação, Educação e Informação
municação (TICs) na educação, no desenvolvimento de para iluminar os novos contornos da “sociedade em rede”. Des-
ta forma se iniciam pesquisas que têm como objeto de estudo a
projetos e pesquisas sobre Inclusão Digital, redes sociais,
produção individual e coletiva do conhecimento em ambientes
comunidades virtuais, e formação de multiplicadores.
Web; a reflexão acerca das novas formas de autoria invadidas
Dentro da linha Comunidades Virtuais de Aprendizagem e
pelos coletivos digitais e pelo movimento dos “atores em rede”
Prática, a Escola do Futuro tem quatro projetos em an- na interseção das fronteiras híbridas que constituem a “pele da
damento: Investigações Ambientais na Escola, Clubinho cultura” conceitos preconizados por autores como De Kerckho-
Faber-Castell, Biblioteca Virtual do Estudante de Língua ve (1997), Castells (1996) e Latour (2008).
Portuguesa e há nove anos é co-responsável por várias
atividades desenvolvidas no AcessaSP. A Escola do Futu-
fonte: http://futuro.usp.br/
ro mantém uma equipe exclusiva para este projeto.
Conforme a coordenadora geral do Laboratório de Inclu- O primeiro infocentro começou a funcionar na Casa de
são Digital e Educação, LIDEC, Drica Guzzi, tudo come- Cultura São Luiz, onde se deu o primeiro contato entre a
çou quando o Governo do Estado de São Paulo resolveu Escola do Futuro e o AcessaSP. A Escola foi convidada a
que estava na hora de implantar o Governo Eletrônico – participar com uma oficina de tecnologia que se chamava
e-gov. A ideia era modernizar a gestão para tornar a co- “computerfobia”, cujo objetivo era mostrar, de forma lúdi-
municação, os processos e os serviços mais inteligentes, ca, para quem tinha medo do computador, que não era di-
mais rápidos, mais eficientes e eliminar duplicação de fícil.
serviços. Agora o cidadão teria acesso a documentos e A parceria entre o Governo do Estado e a Escola do Fu-
serviços sem precisar enfrentar longas filas, fazendo isso turo estaria firmada a partir daí, começando para valer
através da internet. Mas, um problema surgiu. O Governo em 2001. Caberia à equipe da Escola do Futuro entrar
precisaria fornecer também o acesso à internet. Cinco com toda parte de conceito da inclusão digital, capacita-
anos após a implantação do e-gov, nasceu o programa de ção, formação e pesquisa, enquanto ao Governo do Es-
inclusão digital AcessaSP. Na opinião de Drica, são dois tado caberia a articulação política e de gestão junto aos
lados da mesma moeda, Governo Eletrônico e Inclusão municípios e entidades que iriam receber o programa.
Digital.
A Escola do Futuro foi especializando-se conforme aten-
dia às demandas do usuário final. Novas demandas foram do Acessa Livre, disponível nas máquinas dos postos.
surgindo e incorporadas ao projeto. A adoção de Softwa- Além do curso inicial de capacitação, no Parque da Ju-
res Livres, como o Sistema Operacional Linux, o BrOffi- ventude funciona também o maior Posto do AcessaSP
ce.org e o Firefox foi mais um passo, em sintonia com a com cerca de 150 máquinas e o espaço das oficinas co-
Companhia de Processamento de Dados do Estado de nhecido como MetaProjeto. Esse último é um espaço de
São Paulo – Prodesp, que criou um sistema operacional oficinas para manutenção e montagem de computadores,
chamado Acessa Livre, um Linux Terminal Server Project experimentação e desenvolvimento de tecnologia, a partir
– LTSP, baseado no Kubuntu, presente nas mais de 4,7 de computadores reciclados. A ideia é proporcionar ao
mil máquinas fornecidas para os 601 pontos onde o Aces- público um local que sirva como modelo experimental de
saSP funciona, em 541 municípios. Além do sistema ope- implantação da metodologia Metareciclagem de oficina
racional, a Prodesp também é responsável pela atualiza- permanente de inclusão digital a partir de computadores
ção das máquinas em todos os postos de atendimento. A doados e máquinas recicladas. Joe Nascimento explica
equipe de TI da Escola do Futuro, liderada por Celso que o MetaProjeto tem sido a solução para muitas pesso-
Goya, sempre recomendou a utilização de Softwares Li- as arranjar um emprego a partir do conhecimento adquiri-
vres, o que, na opinião de Goya foi mais um avanço. do nas diversas oficinas oferecidas. Ainda segundo Joe,
não faltam histórias engraçadas de inclusão digital. Ele
Uma vez que o município se interessa pelo programa,
conta por exemplo que ajudou um homem de 84 anos a
precisa entrar em contato com a Secretaria de Gestão
ter de volta em seu computador um sistema operacional
Pública do Estado para formalizar o processo. Ao municí-
em japonês.
pio, cabe a manutenção das instalações do local onde vai
funcionar o novo ponto de acesso à internet e também a
crédito: divulgação
indicação dos funcionários que serão os monitores. Estes
funcionários são encaminhados para a Escola do Futuro,
onde passam pelo primeiro módulo de capacitação pre-
sencial feito no Parque da Juventude, um complexo edu-
cacional construído no espaço em que funcionava o pre-
sídio Carandiru.
crédito: divulgação
Luiz Oliveira
equipe do Escola do Futuro. Com este projeto, ele levou o
primeiro lugar na categoria “Minha História” do Prêmio
Conexão Cultura e ganhou um Laptop. “Espero que o
prêmio possa contribuir para inspirar o monitor a olhar
ainda mais para o usuário, que muitas vezes precisa só
de um empurrãozinho para mudar de vida. Estou muito fe-
liz e acho que este é um recado para os monitores, pois
todos eles têm parte neste prêmio”, diz Robson.
A história de Robson é um exemplo da importância do pa-
pel que exercem os monitores, que atuam, em última ins-
tância, como mediadores entre os usuários e tecnologias
desconhecidas. Ele lembra de sua própria história para
Equipe da Escola do Futuro: Celso Goya, Dalton Martins, Hernani enfatizar que dedicação e preparo são fatores determi-
Dimantas ,Julio Boaro, Ricardo Guimarães, Larissa januário, William Amorim,
Danielle Barg, Silia Moan, Renata Ribeiro, Juliana Oliveira, Fernando nantes: “Quando cheguei no posto pela primeira vez, não
Cymbaluk, Jefferson Silva, Dani Matielo, Joe Nascimento, Drica Guzzi, fazia ideia do que era BrOffice.org, entretanto o monitor
Gerson Hitoshi Kumagaia, Luciane Albuquerque, Hamilton Kazuyuki Tateoka
me tranquilizou e a partir daí não tive problemas no uso
da ferramenta. Todo o meu projeto foi feito usando o Wri-
ter e o Impress”.
o direito de mais tempo de uso das máquinas e conta
com o apoio do pessoal do Escola do Futuro. Foi o que
aconteceu com Robson Leandro da Silva. Desemprega-
do, passou em frente a um posto do AcessaSP, na regi-
ão de Itaquera, e viu que podia acessar a internet gratui-
“A ideia é que a comunidade
tamente. de usuários se aproprie do
Passou a ser um frequentador assíduo do posto com o
objetivo de procurar emprego. Robson foi além: aprovei- posto de atendimento”
tou a oportunidade oferecida pela Rede de Projetos e
desenvolveu o “Meu lugar: São Paulo”, um programa de
aulas que aliava o uso da Internet à teoria sobre monu-
mentos históricos da cidade, incluindo visitas a alguns
A Rede de Projetos é um despertar de talentos e uma
dos locais estudados. Seu projeto rendeu o que Robson
oportunidade de negócios. Muitos projetos, incentivados
buscava inicialmente: um emprego.
pela equipe do Escola do Futuro, ganham as ruas das ci-
dades em eventos de arte e cultura, incentivam a leitura e
incluem socialmente, crianças, jovens e adultos da “me-
Fundação Padre Anchieta
Dulio Neto
Por Renata Marques
Renata Marques
6 a 9 de maio. O ENSOL ocorreu na Estação Cabo Bran-
co – Ciência, Cultura e Artes, obra de Oscar Niemeyer,
que fica muito próxima ao ponto mais oriental das Améri-
cas. O lema "Liberdade no Extremo" condiz tanto com
essa localização, como com o tema do evento.
Este ano, o evento contou com a presença de palestran-
tes como Jomar Silva (Diretor Geral da ODF Alliance Latin
América), Jon 'maddog' Hall (Diretor Executivo da Linux
International), Rasmus Lerdof (criador da linguagem de
programação PHP) e diversos outros ilustres persona-
gens do universo do Software Livre.
O BrOffice.org, software que, muitas vezes, rompe as barrei-
ras para esse universo, não poderia ficar de fora e marcou
Renata Marques
Arquivo pessoal
deveria se dar de forma semelhante ao aprendizado
da direção de automóveis: de forma independente de
Renata Marques
produtos de marca específica. Nós não aprendemos a
dirigir Fiats ou Volkswagens. Aprendemos a dirigir car-
ros!
No ambiente informal da conferência, a comunidade
do BrOffice.org também mostrou sua presença. O
Workshop de Grupos de Trabalho foi um momento de
encontro do Grupo de Usuários de BrOffice.org na Pa-
raíba, onde os integrantes puderam se conhecer. Fo-
ram também apresentadas aos participantes algumas
ferramentas de trabalho, como o Wiki e as listas de
discussão, e os Grupos de Trabalho (GTs) que direci-
onam os esforços dentro dos Gubros.
O Gubro-PB aproveitou ainda o espaço para traçar al-
Diego Alves
Dulio Neto
nathancolquhoun
Para ilustrar a possibilidade real disso, além da revista
Flisol Campinas - SP impressa, edição 11 que passou de mão em mão, foi
apresentada a parceria do GuBrO-SP, Revista
Por Luiz Oliveira BrOffice.org e CDI Campinas/COMEC, entidades que
A organização do Flisol, Festival Latino Americano de Ins- trabalham com Inclusão Digital e Educação. Um grupo de
talação de Software Livre, prepara tudo para que o evento jovens educandos estão aprendendo a usar o BrOffice.org
aconteça no mesmo dia em toda a América Latina. Esco- como ferramenta de diagramação e ao mesmo tempo
lher o sábado, para algumas cidades, pode ser uma boa atuando como voluntários para a confecção de um
estratégia pois permite que os interessados possam parti- Boletim Informativo do GuBrO-SP, seguindo o método
Por Luiz de
Oliveira
cipar do evento sem precisar pedir autorização no traba- trabalho colaborativo da Revista.
lho. Há quem reclame disso, sobretudo, em cidades gran- Este tipo de encontro é uma excelente oportunidade para
des, cuja vocação é atrair pessoas de fora que voltam fazer contatos, para conversar com lideranças de outros
para suas casas no fim de semana. projetos e comunidades que trabalham e se dedicam ao
Este ano, o Flisol Campinas não estava tão movimentado desenvolvimento do Software Livre, mas também de
como em anos anteriores, mas ainda assim reforçou sua empresas que olham o Software Livre hoje como uma
vocação para encontros com elevado nível técnico. O oportunidade de negócio.
BrOffice.org se fez presente em duas palestras. Edgar
Luiz Oliveira
Arquivo pessoal
Flisol Campina Grande - PB Flisol Novo Hamburgo - RS
Por Wilkens Lenon Por Rochele Prass
O Flisol, na cidade de Campina Grande, localizada no alto
da serra da Borborema, no estado da Paraíba, foi uma re-
alização do Grupo de Entusiastas do Software Livre de
Campina Grande e contou com o apoio e presença do
mesel Go
Gubro-PB com a palestra “O BrOffice.org, a inovação e a
o Rafa
liberdade do documento”, ministrada pelo Professor
Wilkens Lenon Silva de Andrade. A palestra mostrou o va-
Adrian
lor e a qualidade da suíte de escritório BrOffice.org como
uma das melhores alternativas para informatização de es-
critórios na atualidade. Por outro lado, enfatizou o trabalho
e a força solidária da OSCIP BrOffice.org como entidade
organizadora da comunidade brasileira que, segundo o
professor Wilkens, não só dá um grande contributo ao
Movimento de Software Livre no Brasil como também es-
es
tabelece excelentes relações e parcerias com outros paí-
om
el G
ses, especialmente na América Latina.
a
Raf
Num clima de alegria, desprendimento e muita interação
an o
com os participantes que compareceram em grande nú-
i
Adr
mero no auditório do Centro de Extensão José Farias da
Nóbrega, na Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG) Wilkens mostrou, ainda, os principais diferenciais
do BrOffice.org como a adaptabilidade, a portabilidade, o
uso do padrão ODF, a interoperabilidade com outras suí-
tes de escritório, a Interface intuitiva e, sobretudo, a inde-
pendência do usuário e como seu direito de escolha em
função da abertura do código e da LGPL que permite o li-
vre acesso ao BrOffice.org.
O ponto alto da palestra foi indicar aos participantes que
poderiam envolver-se com a Comunidade através do site
oficial do Projeto Brasil e também participando dos grupos Em Novo Hamburgo, cidade polo da região do Vale do Si-
de usuários locais com destaque para o Gubro-PB. Para o nos, a programação, assistida por 135 participantes, foi
professor Wilkens Lenon o maior ativo de qualquer Projeto organizada em duas trilhas de palestras, sendo uma to-
de Software Livre é a sua Comunidade de usuários por- talmente voltada ao uso de software livre na educação.
que nela reside toda inovação, criatividade e, sobretudo, a Professores convidados apresentaram palestras contando
força do compartilhamento do conhecimento pelo viés da suas experiências com software livre. Conforme relata
solidariedade. Daniel Bauermann, um dos organizadores do evento,
essa trilha proporcionou uma grata surpresa: “Contamos
Wilkens Lenon
Arquivo pessoal
UFMG
Neurociência e a Arte de
Superar Mudanças
nathancolquhoun
Uma teoria sobre a dificuldade de mudança de plataformas de software
Por Rogerio Luz Coelho
Mudanças são necessárias. Quando falamos de Software Livre (SL), então, não só são necessárias como são obrigatórias,
ainda mais em empresas que querem se manter competitivas em mercados muito acirrados ou na esfera global. Não existe
uma razão inteligente para que uma empresa gaste milhares ou milhões em licenças de software quando temos substitutos
adequados em SL.
Por outro lado, mesmo com uma suíte de escritório madura como o BrOffice.org 3.2, mesmo mostrando os benefícios que
essa iniciativa de coautoria traz para o desenvolvimento da informática em geral, mesmo que a alternativa paga seja inferior
(como no caso do verificador ortográfico do BrOffice.org, o Vero, que é muito superior ao do padrão pago), ainda encontra-
mos muita resistência quanto ao uso desses softwares. A pergunta é: por quê?
Talvez o problema não seja a falta de preparo ou a maneira que o departamento de TI está fazendo a transição. Talvez o
problema seja como o nosso cérebro está (ou não) preparado para lidar com essas mudanças.
O cérebro é provavelmente a estrutura mais complexa que conhecemos. Mas estudos recentes têm cada vez mais mostrado
como ele funciona, e dessa maneira conseguimos fazê-lo funcionar melhor ou de forma mais útil para nós.
Sabemos, por exemplo, que o cérebro tem uma capacidade de memória teórica que beira o infinito. Mas por que, então, às
vezes esquecemos o telefone que nos foi dito 10 segundos atrás, por que todos aprendemos os últimos sucessos do rádio,
mas esquecemos a matéria que aprendemos para a prova? Isso se deve em razão da maneira que o cérebro funciona. Ao
contrário de um computador, não há um lugar ou “arquivo” onde guardamos o telefone que nos disseram. Para o cérebro
funcionar devem ser desencadeados certos mecanismos eletroquímicos em suas conexões chamadas sinapses. E a grande
vantagem do cérebro, em relação aos computadores atuais, é que o cérebro pode modificar a si mesmo para realizar fun-
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Como todo sistema auto regulatório que se preze, o Lembrem-se: façam as mudanças e o aprendizado se
cérebro é averso a gasto desnecessário de energia. Por tornar divertido. Uma boa maneira de começar é o
isso, ele se configura de uma maneira em que ele não verificador ortográfico Vero. Mostrem as vantagens,
precise mudar muito e, assim, não precise gastar tanta mostrem a beleza que é ficar sem energia em um
energia para essas mudanças. Isso é a razão de computador (um que não seja usado em ambiente de
fazermos tanta coisa no “piloto automático”. produção, obviamente) e quando reiniciá-lo ter o
BrOffice.org ali, perguntando se queremos recuperar os
Um exemplo disso é aprender a dirigir. No começo
documentos abertos. Não imponha o software, consiga
tínhamos que prestar tanta atenção em quando e como
aliados que vão divulgá-lo positivamente aos colegas. E
pisar no freio e trocar as marchas que não conseguíamos
lembrem-se: se vocês estiverem se divertindo ao ensinar
pensar em outra coisa. Assim que aprendemos e ficamos
é mais fácil de conseguir que os outros se divirtam ao
confiantes, conseguimos conversar, pensar no almoço, na
aprender. Boa transição e bem vindo ao mundo do
reunião (e, para certas pessoas, é até possível se
Software Livre, diversão garantida! – RLC
maquiar) sem nem lembrar se pisamos ou não na
embreagem. Isso ocorre também com a maioria das
coisas na nossa vida, inclusive com a suíte de escritório Rogerio Luz Coelho é Médico, Especialista em
que as pessoas usam no seu dia a dia. Acupuntura e Desenvolvedor Principal para o Brasil do
projeto GNUmed – um prontuário eletrônico escrito em
Se vamos ter o trabalho de fazer uma mudança tão Python e que é o aplicativo principal do projeto Debian-
importante na maneira como as pessoas trabalham, Med internacional.
devemos ter em mente a resistência do cérebro das
pessoas a essa mudança. Temos que explicar o porquê
dessa mudança, fazer as pessoas se interessarem por
aprender, fazer o aprendizado divertido e interessante
(pois quanto mais nos divertimos e nos sentimos bem
fazendo algo, mais rápido o cérebro o torna automático).
Que tal começar com coisas que as pessoas podem
fazer e já sabem como, por exemplo os atalhos de
CTRL+C e CTRL+V, abrir e salvar programas, botões de
negrito, sublinhado, etc.? Depois disso podemos passar
para problemas operacionais e suas diferentes maneiras
de serem resolvidas com o BrOffice.org.
Genistein
Crédito haloocyn
Por Gustavo B. Pacheco
da apreciação pelo Legislativo estadual; na noite anterior, dia 12/11/09, à data de execução do
pregão[4].
a descrição explícita de marcas e especificações de
software; o não fracionamento do objeto entre hardware e O pregão foi realizado, então, no dia 13/11/09, tendo
software; a não consideração de outros softwares no obje- como fornecedores habilitados as empresas Positivo, Le-
to. novo e Itautec.
Arquivo pessoal
Embora o revés aparente, as atividades do grupo de tra- que os praticados com softwares proprietários [10].
balho da ASL e BrOffice.org continuaram, pois o indeferi- Atendendo ao despacho do Desembargador Francisco
mento imediato apenas teve como resultado a possibili- Moesch, relator do processo, ASL e BrOffice.org
dade de execução do pregão, não evitando que o mérito responderam ao pedido de manifestação com a
do mesmo continuasse sob questionamento até a avalia- argumentação de que, mesmo com a reconsideração do
ção pelas instâncias judiciais superiores do Tribunal de objeto, mantinham-se os erros jurídicos e o
Justiça do Estado. descumprimento à Lei 8666 que justificaram a suspensão
do edital [12].
Com a continuidade da ação judicial, as ações voltaram-
se para a aprovação do projeto Professor Digital na As- Como consequência, o mandado de segurança foi à vota-
sembleia Legislativa, onde direcionamos a mobilização ção pelo 11.º Grupo Cível, com um desfecho surpreen-
para que houvesse a garantia, na aprovação do projeto dente para o processo. Por quatro votos a três, o colegia-
de lei, da possibilidade de escolha de softwares livres en- do decidiu que a Associação SoftwareLivre.org, impetran-
tre os equipamentos ofertados aos professores do estado. te titular da ação, não era parte legítima para impetrar o
mandado de segurança de suspensão do pregão 589
Na Assembleia, foram feitas diversas emendas ao Projeto
[13]. Segundo a Desembargadora Maria Isabel de Azeve-
de Lei nº273/2009, que dava origem ao Programa Profes-
do Souza, a ASL não estaria defendendo o direito dos
sor Digital. Entre as quais a emenda n.º 5:
seus associados, visto que estes “não comercializam
"Inclua-se parágrafo no artigo 4º do Projeto de Lei nº quaisquer tipos de softwares – livres ou proprietários”. É
273/2009, com a seguinte redação: importante salientar que esse entendimento não foi
Art. 4º - ... “§ … - A regulamentação deverá assegurar a acompanhado pelos desembargadores Francisco José
possibilidade de opção por softwares e sistemas opera- Moesch, relator, Marco Aurélio Heinz e Mara Larsen Che-
cionais livres e de código de fonte aberta, assim como o chi, cujo voto pela legitimidade baseou-se no fato de que,
equipamento deve ser compatível com sistemas opera- ao apoiar a difusão dos softwares livres, a ASL está bus-
cionais proprietários ou livres” cando a defesa dos interesses dos seus associados. Com
a decisão, o mérito da ação, então, não foi apreciado, ex-
No total, houve a aprovação de oito emendas que foram
tinguindo-se o processo devido à decisão do grupo cível.
apresentas ao PL 573/2009[5], dando origem à Lei 13.310
de 14 de dezembro de 2009 que, posteriormente, foi Entretanto, logo após, uma decisão da Procuradoria Ge-
sancionada pela governadora [6]. ral, da Secretaria da Educação e da Central de Compras
do Estado, para muitos surpreendente, suspendeu o pre-
Como resultado, as mudanças efetivadas no Projeto de
gão 589 e determinou o lançamento de dois novos pre-
Lei através das emendas reforçaram a argumentação que
gões eletrônicos separados: um para adquirir 100 mil no-
defendíamos e geraram o fato novo para prosseguir com
tebooks com Windows 7 e Office 2007, a um valor máxi-
a discussão do mérito[7], com o argumento de que não há
mo de R$ 1,6 mil, e outro para adquirir 100 mil notebooks
prerrogativa que justifique a execução de um processo li-
com Linux OpenSuse 11.2 e BrOffice.org 3.2, por um va-
citatório antes mesmo da aprovação da lei que lhe dá ori-
lor máximo de R$ 1,4 mil [14].
gem, ainda mais com mudanças significativas no objeto
do financiamento através das emendas parlamentares. A argumentação pública da decisão foi que a demora na
decisão judicial fez com que os aproximadamente 30 mil
O resultado do fato novo foi a notificação da suspensão
contratos de financiamento já assinados antes da sus-
de todas as atividades do projeto Professor Digital [8] até
pensão temporária teriam perdido a validade e deveriam,
a apreciação definitiva do mérito pelo 11.º Grupo Cível do
então, ser refeitos. Todavia, vale destacar que a opção
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A suspensão do
por continuar com o pregão 589 daria margem a uma dis-
projeto foi, obviamente, um empecilho para os propósitos
Arquivo pessoal
Bioxid
O que há por trás de uma
licença ?
Por Maiko Spiess
Ainda hoje, para uma parcela significativa dos usuários Nas licenças de software “proprietário”, os usuários estão
das tecnologias de informação, é comum associar as ini- condicionados previamente ao papel predominantemente
ciativas de software livre/aberto apenas com a ideia da passivo de consumidor. Em geral, se estabelece uma re-
distribuição gratuita de programas de computador. Para lação comercial entre fornecedor e comprador, na qual di-
estas pessoas, free software, freeware e shareware são ter- nheiro é trocado pelo uso e (eventualmente) pela possibi-
mos praticamente equivalentes, relacionados ao uso e lidade de recorrer aos direitos do consumidor, como atua-
nathancolquhoun
distribuição dos produtos. Obviamente, para a comunida- lizações ou garantias do produto, etc. A capacidade de in-
de de desenvolvedores de software livre/aberto e para al- tervenção dos usuários, portanto, é mínima: muitas vezes,
guns usuários “avançados”, esta confusão conceitual pa- lhes é permitida somente a escolha entre um ou outro for-
rece estar resolvida: trata-se sobretudo de uma questão necedor.
de liberdade e não apenas de gratuidade. Mas o que isso
No caso do software livre/aberto, a licença permite um po-
representa, em termos práticos? Como as pessoas per-
tencial "empoderamento" (empowerment) do usuário: ao in-
cebem esta liberdade?
vés de deter apenas os direitos de consumidor, ele passa
Do ponto de vista jurídico-formal, as licenças de software a ter os direitos e deveres de co-produtor. Desta maneira,
possuem uma função específica, através da qual o usuá- este usuário-produtor pode interferir no processo de cons-
rio compromete-se a “respeitar as regras propostas pelo trução dos programas, nos métodos de distribuição, divul-
titular do software”. Deste modo, as licenças de software gação, etc. Os mecanismos de troca e recompensa não
livre/aberto seguem as premissas gerais estabelecidas no são mais apenas dinheiro e licenças de uso: a "moeda de
GNU Manifesto, buscando garantir o uso, adaptação e troca” passa a ser de outra ordem, como incentivos mo-
distribuição irrestritos dos programas de computador. Em rais e o reconhecimento da comunidade. Afinal, trata-se
outras palavras, as licenças livres/abertas tornam-se, si- de um modelo mais complexo do que a simples relação
multaneamente, um mecanismo de proteção intelectual e comercial, justamente porque pressupõe um determinado
uma maneira de formalizar e perpetuar este modelo de comprometimento dos voluntários e porque envolve con-
produção de tecnologias de informação. cepções culturais, filosóficas e políticas de indivíduos dis-
tintos, com históricos e trajetórias pessoais que podem
Todavia, a existência de uma dimensão formal não garan-
variar enormemente.
te, necessariamente, que todas as pessoas envolvidas
tenham exatamente a mesma concepção sobre os direi- Para que uma iniciativa de software livre/aberto seja bem-
tos e deveres proporcionados por estas licenças. Por sucedida é desejável que as pessoas estejam engajadas
exemplo, em determinadas ocasiões, iniciativas de e que se mantenham genuinamente comprometidas com
software livre/aberto podem se defrontar com flutuações os pressupostos do movimento. Em outras palavras, para
na frequência de participação dos voluntários, ou ainda além dos aspectos formais, é preciso que se compreenda
Arquivo pessoal
com a participação, digamos, oportunista de algumas tudo aquilo que há por trás de uma licença. Sem este tipo
pessoas que buscam benefícios próprios através do es- de entendimento e sensibilidade, GPL, LGPL ou BSD são
forço coletivo. Por detrás da formalidade das licenças de apenas nomes e determinações jurídicas, incapazes de
software existem, portanto, complexas questões filosófi- traduzir a riqueza do movimento e dos projetos que as
cas, culturais e morais. sustentam.
Crédito spekulator
Por Rochele Prass
Olivier Hallot
Formou-se Engenheiro Eletrônico pela PUC Rio em 1982, Mestre em Ciências em Engenharia de
Sistemas pela PUC-Rio em 1984, e Mestre em Negócios de Petróleo pela COPPE-UFRJ em 2000.
Iniciou sua carreira no Centro Científico da IBM em Brasília em atividades relacionadas à exploração
e produção de petróleo, notadamente em interpretação geofísica e processamento numérico geofísi-
co. Em 1990 passou a atuar em vendas de soluções de informática para a Indústria de Óleo e Gás
até 1997 em toda a América Latina. Em 1998 ingressou na Oracle do Brasil no segmento petróleo
onde depois atuou no relacionamento da empresa com o meio acadêmico e com as alianças estra-
tégicas com fabricantes de Hardware. Hoje é consultor em sistemas de informação, diretor financeiro
voluntário e membro do conselho deliberativo da BrOffice.org – Projeto Brasil, e líder do time de tra-
dução do software para o Português do Brasil. Em 2010, eleito Membro do Conselho Internacional
OpenOffice.org. Além destas atividades, participa do desenvolvimento do software a nível mundial.
O Conselho OpenOffice.org tem um representante brasilei- mos e da primeira tradução, em que trabalhou em conjun-
ro, eleito no início de maio por votação entre os membros to com uma equipe de voluntários do Brasil.
registrados na comunidade internacional OpenOffice.org.
Em ação até hoje, ele continua na coordenação da tradu-
O diretor administrativo financeiro do BrOffice.org, Olivier
ção, desenvolve extensões para o BrOffice.org, e atua
Hallot, ocupa uma das duas cadeiras da categoria Native
como consultor sênior no projeto entre a BrOffice.org e a
Language Confederation Representative, que se destina,
Petrobras.
basicamente, à representação de comunidades e seus re-
lacionamentos internacionais. Conforme explica Olivier, o Olivier Hallot já está integrado ao Conselho, para um
Conselho foi criado para várias funções. Em particular, ele mandato de dois anos. Ele conta à Revista BrOffice.org
Arquivo pessoal
tem uma voz no direcionamento do produto e no relacio- que levará à comunidade internacional do OpenOffice.org
namento da comunidade com outros entes. a dimensão do projeto no Brasil. A ideia, explica, é com-
partilhar experiências positivas e significativas no País
A trajetória de Olivier como colaborador do OpenOffice.org
com outras comunidades, fomentando iniciativas que con-
começou em 2002, com a elaboração do glossário de ter-
tribuam para a disseminação da suíte e de seu sistema de
negócios ao redor do mundo.
Arquivo pessoal
Qual a importância de termos um brasileiro (do BrOf-
fice.org) entre os conselheiros? O que é o conselho
Em qualquer foro internacional de interesse do Brasil, Formado para orientar a comunidade no planejamento estra-
tégico e alocação de recursos, relações com os patrocinado-
convém que tenhamos um representante. Em nosso caso,
res e público e arbitragem na Comunidade, o Conselho
o BrOffice.org tem se destacado como uma das comuni-
OpenOffice.org é uma associação de voluntários, sem per-
dades OpenOffice.org mais atuantes e inovadoras, além
sonalidade jurídica. Composto por um grupo de dez memb-
de ser muito grande e de forte alcance social. Precisamos
ros, o órgão tem representantes divididos em cinco categori-
incluir nossas necessidades e transmitir nossas experiên- as: três pessoas que contribuem para o código-fonte do re-
cias para um foro mais amplo e direcionar o software e positório do código do OpenOffice.org; três colaboradores de
sua comunidade internacional. desenvolvimento do produto não relacionados com o código-
fonte, como documentação, controle de qualidade, distribui-
ção e marketing; dois para o relacionamento internacional;
O que te motivou a se candidatar a uma cadeira no um representante da Comunidade, na defesa dos usuários
Conselho? finais; e um representante da Oracle.
Justamente a preocupação de que nós não tínhamos uma Os conselheiros são eleitos através de processo aberto, den-
representatividade significativa em nível internacional. tro de princípios de democracia e meritocracia. Todos os
Somos uma grande comunidade e é muito importante que membros da comunidade OpenOffice.org são elegíveis. A
a voz do Brasil seja levada para o Conselho, que é com- cada abertura de vagas, é publicada uma chamada de can-
didatos. Os membros da comunidade podem indicar candi-
posto eminentemente por representantes do primeiro
datos ou se candidatar. As categorias de assento têm ciclos
mundo. Esta é uma outra vertente que eu gostaria de ex-
eleitorais independentes, com mandatos de dois anos para
plorar: ter uma voz um pouquinho mais ativa, trazida não
as categorias Contribuição no Código, Desenvolvimento de
somente pelo Brasil, mas pelos países emergentes. Produto e Línguas Nativas. As eleições são realizadas a
cada 12 meses, renovando parte de cada grupo. O Repre-
sentante da Comunidade na categoria Colaboradores de
Quais foram as ações mais significativas do Conselho Código tem mandato de doze meses. Já o representante da
desde que ele foi formado? Oracle é substituído por critério da empresa.
Por exemplo, o conselho tem atuado na arbitragem de de-
terminados antagonismos e se manifestado como uma
voz para o direcionamento do produto, no relacionamento Brasil, que é muito grande, e não é bem conhecida glo-
e da comunidade de usuários e desenvolvedores com as balmente. Com a nossa representação, iremos enfatizar a
principais companhias. Ele tem apoiado a resolução de importância do nosso projeto no cenário internacional.
determinados problemas tecnológicos com os desenvol- Além disso, temos experiências que gostaríamos de com-
vedores. Este ano, está em discussão a nova logomarca partilhar com as comunidades.
para o OpenOffice. Tais modificações serão trazidas em
parte para o BrOffice.org. Nossa marca vai mudar um
pouco em termos de layout e nós temos o desejo de que Como a diferença do nome repercute na comunidade
ela tenha uma proximidade com a marca internacional. internacional? Os outros países têm a exata noção de
Mas ainda não temos previsão de datas. que o BrOffice.org também é OpenOffice.org?
Os outros países não têm uma visão muito clara do que é
feito no Brasil, até porque sempre tivemos um papel razo-
O que você destaca como necessidades mais urgen-
avelmente discreto em termos de geopolítica. Mas, nos úl-
tes da comunidade brasileira que você pretende levar
Arquivo pessoal
O fato de o Brasil estar mais em evidência nos últimos Qual será a linha de atuação da representação brasi-
anos no cenário político e econômico internacional leira?
colabora para essa visão sobre tecnologia surgindo
Pretendemos consolidar o produto BrOffice.org, as suas
no Brasil?
tecnologias, os formatos ODF e os modelos de negócios
Sim, de alguma forma, sim. Ainda que nós não sejamos que desenvolvemos no Brasil para outros países. Quanto
ainda muito presentes no cenário tecnológico internacio- maior a base instalada de BrOffice.org e ODF mais opor-
nal, o Brasil tem aumentado a sua participação não só na tunidades desenvolveremos. Também quero participar ati-
área de informática, mas também em áreas como energi- vamente do planejamento estratégico e do direcionamen-
as alternativas e desenvolvimento sustentável. A tecnolo- to tecnológico do projeto OpenOffice.org. Por ser dirigente
gia vem a reboque. Em termos de software livre, o Brasil do BrOffice.org, coordenador da tradução e consultor da
já é um polo muito importante. tecnologia, estou animado com a perspectiva de termos
As demandas e a voz da comunidade brasileira se pa- um dia, um núcleo local de desenvolvimento em coorde-
recem com quais outras questões que se debatem no nação com o projeto internacional, o qual pretendo ser o
Conselho? É possível compará-las com algum outro elemento de ligação. Mas o que poderá dar um retorno
país? mais forte ainda é desenvolver novas modalidades de
negócios com software livre, em que os valores econômi-
Eu acredito que nós aqui da BrOffice.org fomos muito
cos da comunidade e do produto BrOffice.org consigam
mais ousados que a maioria das comunidades de
ser mais altos que os valores financeiros tradicionais dos
OpenOffice.org do mundo inteiro. Nós tomamos uma inici-
modelos atuais. Isso irá requerer muita criatividade e não
ativa de nos organizar juridicamente. Buscamos recursos
vai se encaixar nos manuais das escolas de negócio com
para defender o projeto e essa ainda não é uma prática
facilidade. Talvez devamos escrever novos capítulos.
implementada no resto do mundo. No Brasil, nós fomos
até uma organização formal. Nesse contexto, a posição
do Brasil é inovadora na forma de sustentabilidade do pro- Nós não queremos um produto
jeto. Nós gostaríamos que outras comunidades se organi-
zassem de uma forma equivalente ou similar.
inventado num laboratório e
Wikimedia
Comunidade Portuguesa do
OpenOffice.org
nathancolquhoun
Wikimedia
Por Rochele Prass
Conhecer iniciativas e trocar experiências. Com essas motivações, a Revista BrOffice.org conversou por e-mail com o coordenador da co-
munidade OpenOffice.org de Portugal, Rui Fernandes, licenciado em Informática e Gestão de Empresas pelo Instituto Superior das Ciências
do Trabalho e da Empresa (ISCTE), que está à frente do projeto há três anos. Os casos de migração para BrOffice.org no Brasil são citados
por Rui Fernandes como experiências que podem colaborar para incentivar a adoção de OpenOffice.org em Portugal. Políticas públicas,
educação, a relação com a economia, além das atividades da comunidade portuguesa são outros assuntos trazidos pelo coordenador.
guesa de Linux. Foi neste enquadramento que me tornei Caixa Mágica nos computadores dos alunos das Escolas
coordenador do OpenOffice.org Portugal. Secundárias.
Arquivo pessoal
Há quanto tempo existe a comunidade no país e como Por altura em que foi disponibilizado a versão 3.0 organi-
foi a organização da mesma? zamos a semana do OpenOffice.org, que contou com o
apoio da Sun Microsystems, Caixa Mágica, ANSOL, Intra-
A comunidade existe em Portugal desde 2004, sendo Ví-
neia e Sapo. Neste evento foram organizadas várias
tor Domingos o seu primeiro líder. A comunidade organi-
sessões de esclarecimento, e participamos no primeiro
zou-se com voluntários, com a primeira reunião a decorrer
Encontro Intercontinental do OpenOffice.org onde estive-
numa instituição do ensino superior, o ISCTE. As localiza-
mos ligados por videoconferência com o Brasil, Paraguai,
ções e as builds eram feitas localmente. Passou-se de-
Uruguai e Galiza. Contamos ainda com a presença de
pois a contar com a colaboração de Pavel Janik, em Pra-
Louis Suárez-Potts, o líder da comunidade mundial do
ga, para as builds. Em 2007 houve uma transferência de
OpenOffice.org.
testemunho, e passei a ser o novo líder. Para além das
contribuições individuais começamos também a contar Outro dos projetos com grande impacto foi o desen-
com as empresas Caixa Mágica, Intraneia e Sun Micro- volvimento de uma versão do OpenOffice.org adap-
systems. A localização passou a ser assegurada pela Sun tada para São Tomé e Príncipe, e que está a ser
Microsystems Portugal, que para além dos menus incluiu distribuída pelo governo à Administração Pública
também a tradução do Help, que ainda não se tinha com- desse país.
pletado. As builds passaram a ser feitas pela Sun Micro-
Temos estado presentes nas últimas conferências do
systems em Hamburgo, e a Caixa Mágica assumiu a ges-
Openoffice.org, à excepção da que ocorreu em Pequim, e
tão do site pt.openoffice.org. Mais recentemente a comu-
contamos também estar presentes em Budapeste.
nidade começou também a assegurar os testes de Quality
& Assurance, o que permitiu colocar a versão portuguesa Publicamos com alguma regularidade Press Releases
para descarga no site principal do OpenOffice.Org sobre a evolução do OpenOffice.org, e estamos a planear
um canal no Twitter e no Facebook.
Aproximadamente, quantas pessoas integram a co-
munidade do OpenOffice.org em Portugal? No nível governamental, como estão as políticas pú-
blicas de uso de software de código aberto, princi-
Cerca de 9 pessoas, entre voluntários a título individual e
palmente no que se refere ao OpenOffice.org?
das empresas que participam no projecto português.
Em Portugal o governo desenvolveu o plano tec -
nológico em que se previa o uso de software de
As comunidades são sem dúvida a código aberto no setor público sempre que possí -
maior fonte de intercâmbio entre vel, mas a verdade é que infelizmente a imple -
os dois países, pois permitem a mentação desta tecnologia está longe de ter visi -
troca de ideias e conhecimento, bilidade externa.
Arquivo pessoal
ooo4kids
Por Rochele Prass
Arquivo pessoal
OOo4kids - Conhecendo
Na janela principal do aplicativo, em que os programas são iniciados, a aparência amigável e as cores suaves
são planejadas para atrair o olhar infantil. Os ícones grandes e intuitivos e as descrições dos programas também
são simplificados.
Arquivo pessoal
O OpenOffice4Kids é parte do projeto Education OpenOffice.org, através da Associação EducOOo, entidade sem fins
lucrativos. O projeto nasceu a partir da identificação da necessidade: uma suíte dedicada à educação, especialmente no
nível fundamental.
possível ter uma ideia do que foi o evento pelas imagens abaixo, mas só podemos saber o que foi de
É
verdade o IV Encontro Nacional quando participamos dos dois dias, com a certeza de que todos os
envolvidos, de norte a sul do país, saíram satisfeitos pela oportunidade de compartilhar conhecimento.
A comunidade OpenOffice.org no Brasil, mais uma vez, mostra a sua força e determinação, ligando o
país de ponta a ponta para discutir Tecnologia da Informação tendo o BrOffice.org como condutor.
A comunidade BrOffice.org agradece a todos que se empenharam para viabilizar a realização do IV Encontro Nacional.
O incentivo e confiança depositados no evento pela Caixa, Petrobras, Serpro, Dataprev, Governo Federal e a parceria
com o SENAI-MT e a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (SICME), no Programa Indústria em
Ação, desenvolvido pelo Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso - Sistema FIEMT proporcionaram
dois dias de discussões de alto nível, apresentando caminhos para o desenvolvimento econômico sustentável e inclusão
social a partir do trabalho da equipe BrOffice.org.
Agradecemos especialmente ao Serpro e Dataprev, que, além de patrocinar o IV EnBrO, envolveram outras entidades,
apoiando e valorizando o voluntariado. Agradecemos aos colaboradores da comunidade BrOffice.org, em especial
aqueles que fazem parte dos Grupos de Usuários de seus estados, sem os quais nada disso seria possível.
Patrocinadores
Realização
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Década de 1990, quando a Magia volta à Terra, trazendo caos para todos os
romances do mesmo autor, mas traz uma abordagem diferente. Esta pretende
ser uma história seriada. Será publicado um episódio por edição da Revista
●
Episódio 03: Mestre e Aprendiz
de uma grande
e assustadora história...
- Sim, gostaria. Tens acompanhado as notícias sobre - Ora, mas não sabes nada mesmo desses hábitos
o mundo? universitários... Escolhe-se os lugares mais diferentes
quando o que há a tratar não exige objetos muito pesa-
- Sim, professor! Tudo está louco! Até escrevi uma dos ou laboratórios de alguma localidade específica. Le
poesia... Mans! França! Além do que não se trata de um debate
- Muito bem! - o professor – E o que achas que está aberto. Farão parte apenas estudiosos de arqueologia,
havendo? cultura primitiva, humanismo, sociologia, teologia, tealo-
gia e conhecimentos afins. Só destes e somente os que
- Sinceramente não faço ideia...
se interessem!
- Fazes, decerto que fazes! Até escreveste poesia a
- Interessante.
este respeito! Vamos, diz-me!
- Claro que é! E muito bom para o teu currículo tam-
- Pois bem, acredito que alguma Caixa de Pandora
bém! Deixe-me teus dados faltantes naquela ficha na
foi aberta e que o que estamos vendo na verdade é a
mesa para que eu dê entrada ainda hoje. E tu vais co-
ressurreição dos antigos mitos e folclores dos mais
migo pela UC.
variados povos.
- Sério?
- Continue...
- Sério. Mas há algo que terás de fazer em troca, Fá-
- Se as coisas forem mesmo assim, significa que todo
bio?
o folclore e conhecimento popular talvez tenha sido
conhecimento de uma realidade que foi perdida, e que - O que é?
agora estaria retornando. - Terás que anotar cada palavra que for proferida du-
- Falaste muito bem, Fábio. rante o debate e as palestras a que assistir, combinado?
iracy
echelonconsp
nathancolquhoun
A chamada (Echelon Conspiracy)
echelon
Tem gente que é encanada com segurança da informação
fica o tempo todo pensando naquela fórmula para evitar
que pessoas desautorizadas interceptem suas comunica-
ções. Essas pessoas usam criptografia e certificado digital
para assinar mensagens e arquivos. Utilizam antivírus,
antispy, anticookie, bloqueador de pop-up etc. Mas, o que
essas pessoas não sabem é que nossas vidas são vascu-
lhadas amiúde. Pelo menos essa é a sensação depois de
ver Echelon Conspiracy.
Aliás, você já ouviu falar em Echelon? Fique sabendo en- Sobre o Echelon
tão, que o Echelon não é obra de ficção – é real. Ele
pode, neste momento, estar nos observando! Mas, vol- Para quem não acredita na existência do Echelon, reco-
tando ao filme, tudo começa quando um jovem engenhei- mendo o Livro dos Códigos de Simon Singh, que refaz
ro de computação recebe um pacote vindo de um reme- todo o caminho do desenvolvimento da criptografia desde
tente desconhecido. Lá dentro, encontra um celular bas- a espionagem militar da Grécia antiga até as criptografias
tante moderno com a capacidade de adivinhar algumas feitas por computadores para transações na Rede. Conta
coisas por meio de torpedos enviados não se sabe de histórias reais, como o caso da rainha da Escócia, traída
onde. Esses torpedos facilitam a vida de Max e dão a ele pelo seu próprio código e as máquinas usadas por Hitler
Arquivo pessoal
a possibilidade de ficar milionário. Como muito dinheiro na segunda grande guerra, bem como todo o esforço dos
atrai a atenção, logo Max se vê numa trama envolvendo aliados para decifrar os códigos dos inimigos.
FBI, KGB, CIA e outros espiões de plantão. A fórmula é
conhecida, mas o filme é bom – vale a pena.
Rocketfuel
Localizando objetos com
o navegador
Por Wilkens Lenon
Arquivo pessoal
Vamos a um exemplo prático. Acompanhe os passos a seguir:
O documento abaixo está cheio de objetos que podem ser pesquisados pelo navegador. Comecemos com um
primeiro exemplo, uma tabela, como inseri-la na lista do navegador? Siga os passos:
Aplicativos do BrOffice.org
Vamos a um segundo exemplo. Imagine que você tenha diversas figuras num documento e queira fazer conforme
fez com a tabela TabBrOffice1. Siga os passos abaixo:
Arquivo pessoal
Para incluir outros elementos do documento na lista do navegador você terá que seguir passos semelhantes
aos que foram explicados. Por exemplo, abaixo temos:
12
10
8
Um objeto OLE - é um elemento que pode ser importado de
outro aplicativo. Em nosso exemplo, o 6 Coluna 1
Objeto é um gráfico importado do Calc. 4 Coluna 2
Coluna 3
2
0
Linha 2 Linha 4
Linha 1 Linha 3
Marcadores - Estão associados à localização das páginas do documento,
por exemplo:
MarcadorDaPágina1
MarcadorDaPágina1
MarcadorDaPágina1
Um Hyperlink – www.projetoedux.net
Garber
Configuração de Teclas
de Atalho
nathancolquhoun
Por Rubens Queiroz de Almeida
A suíte de escritórios Broffice.org possui um recurso pouco utilizado, mas muito útil para quem conhece: as teclas de
atalho. Existe uma definição padrão, que já vem configurada no seu editor de textos, mas você pode fazer as modificações
que julgar importantes. Para acessar este menu e fazer as suas modificações, vá até o item “Ferramentas” e em seguida
clique em “Personalizar...”:
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Em seguida, será exibido o seguinte menu:
Selecionamos, na barra de
menu, a aba “Teclado” para vi-
sualizar as definições existen-
tes. Podemos usar como teclas
de atalho uma grande quanti-
dade de combinações. As te-
clas de função (F1 a F12), as
teclas de função e outras teclas
em combinação com outras te-
clas, como SHIFT e CTRL. A
quantidade de combinações é
suficiente para atender prati-
camente qualquer tipo de ne-
cessidade.
Vamos então analisar algumas
possibilidades. Para aplicação
de estilos, deslizamos a barra
de navegação para baixo até
encontrarmos as combinações
“CTRL + n”, em que “n” varia
de 0 a 9:
Arquivo pessoal
Em seguida, no quadro à esquerda, “Função”, procuro pelo estilo que quero associar à combinação de teclas “Ctrl + 6”.
Uma vez localizado o estilo desejado, clico sobre ele com o mouse e, em seguida, na parte superior direita da tela,
seleciono a opção “Modificar”. Neste momento a associação está completa. Ao clicarmos simultaneamente nas teclas
“Ctrl + 6” o parágrafo selecionado assumirá as definições do estilo “Texto préformatado”.
Para alterar ainda mais uma vez este atalho de teclado, devo primeiro excluir a definição, clicando em “Excluir” no
canto direito da tela, para então repetir o procedimento anterior.
As possibilidades são muito grandes, mas é bom nos concentrarmos apenas nas funções que usamos com mais
frequência. Por exemplo, se seu trabalho envolve criação de inúmeras tabelas, certamente valerá a pena definir atalhos
para a criação de tabelas e também para atribuição de estilos ao texto das tabelas.
Gaste algum tempo para planejar o seu trabalho e os atalhos de teclado que são mais importantes. Seja bastante
criterioso nestas definições, pois não adianta nada definirmos 150 atalhos de teclado se não conseguirmos nos lembrar
Arquivo pessoal
deles.
Uma outra razão forte para usarmos atalhos de teclado é podemos abandonar o mouse por alguns momentos. Se
usamos o mouse em excesso, podemos vir a ter problemas mais tarde com nossos braços. Os atalhos de teclado nos
dão uma folga, nos permitindo realizar movimentos diferentes, que reduzem o esforço repetitivo normalmente envolvido
em trabalhos no computador.
Carlos A. da Silva
Vetorizando com o
BrOffice.org Draw
Nesse tutorial, veremos como transformar uma imagem GIF (Graphics Interchange Format)
comum (jpg, png, gif, bmp, etc) em uma imagem vetoriza-
Arquivo para imagens que trabalha com 8 bits, 256 cores.
da.
Isso faz com que o GIF não seja recomendável para figu-
Alguns podem até pensar: “Mas para que vou querer ve- ras que precisam de aproximação da realidade, a não ser
torizar uma figura? Se já tenho a tal figura na máquina, que a imagem seja em escala de cinza. É muito utilizado
porque não somente inseri-la no documento e pronto?” na internet para figuras com movimento. Aceita transpa-
rências.
O detalhe está na diferença com que são tratados os dife-
rentes tipos de imagens, e para que entendamos melhor, PNG (Portable Network Graphics)
devemos pelo menos conhecer algumas delas e suas par-
Trabalha com 24 bits. 16,8 milhões de cores. Possui sis-
ticularidades.
tema de compressão melhor que dos anteriores e grande
BMP ou Bitmap: capacidade de formar imagens fiéis à original. Suporta
transparências.
É o formato de arquivo de elementos gráficos padrão em
computadores compatíveis com o IBM/PC. Os elementos Imagem Vetorial
gráficos em bitmap aceitam cores de 24 bits, ou seja, 16,8
É um tipo de imagem gerada a partir de descrições geo-
milhões de cores diferentes e não possui suporte a trans-
métricas de formas. Uma imagem vetorial normalmente é
parências.
composta por curvas, elipses, polígonos, texto, entre ou-
Jpg ou Jpeg: (Joint Pictures Expert Group) tros elementos, isto é, utilizam vetores matemáticos para
sua descrição. Por serem baseados em vetores, esses
Trabalha com esquema de cores em 24 bits. 16,8 milhões
gráficos geralmente são mais leves e não perdem quali-
de cores. O JPEG é um dos formatos de imagens mais
dade ao serem ampliados, já que as funções matemáticas
populares e isso se deve à capacidade de formar imagens
adequam-se facilmente à escala.
fiéis à original. Não suporta transparências.
Arquivo pessoal
Esse tipo específico de imagem tem a vantagem de tratar Vamos ao que interessa!
cada parte da figura ou cada cor de forma totalmente indi-
A figura que usaremos neste tutorial foi retirada de
viduais. Dessa forma podemos modificar uma figura rapi-
http://www.free-graphics.com/clipart/Food/tea_set.jpg,
damente, alterando apenas as partes ou cores necessári-
onde encontramos várias figuras que podem ser copiadas
as. Isso facilita bastante a criação.
e usadas sem a preocupação de problemas de direitos
Finalmente, depois de toda essa teoria, o mais importante autorais. O site informa que todas as figuras são de do-
na hora de escolher que tipo de imagem inserir no docu- mínio público.
mento, é: Se você está produzindo um material a ser im-
Veja abaixo a figura original:
presso ou visualizado em telão ou na internet, possui uma
imagem de boa resolução de algo real, como uma foto,
tenha certeza de que ela tenha mais de 300 dpi e pode
usá-la. Por outro lado, se você não conseguiu baixar uma
imagem de boa resolução, e que necessariamente não
seja uma foto, a melhor saída é renderizá-la.
Veremos abaixo a diferença de uma mesma imagem em
zoom, em formato jpg e vetorial.
Não importa a porcentagem do zoom, a imagem vetoriza- mos a barra de desenhos para recriar na janela principal
da vai continuar sempre visível, sem deformação, enquan- do aplicativo a nossa figura.
to a imagem em bitmap vai perdendo a definição até se
Vetorizar não é nada mais que redesenhar a figura, como
tornar um monte de quadradinhos (pixels) desfocados.
fazíamos antigamente, cobrindo as linhas que vemos por
Logo, se você quiser fazer um banner gigante, que tipo de baixo do papel transparente, só que nesse caso não usa-
imagem seria melhor de usar, bitmap ou vetorial? remos papel e sim um programa de computador, o BrOffi-
ce.org Draw.
Vamos inserir a figura: Inserir> Figura> De um arquivo... procure na sua máquina a figura a ser usada.
Vamos repetir os passos em todos os objetos. Aconselho fazer primeiro os que se encontram mais ao fundo, além de
não fazer o objeto por inteiro de uma vez, se não for extremamente necessário, no final fica mais fácil. Vá deixando as
áreas transparentes.
toby___
Criando índices automáticos
nathancolquhoun
com BrOffice.org Writer
Por Herbert Carvalho
O BrOffice.org, sem dúvida alguma, vem se tornando ao longo do tempo a melhor alternativa livre para softwares de
produtividade de escritório. O time de programadores tem tornado esta ferramenta ainda mais eficiente a cada nova versão.
Para aqueles que fazem uso do BrOffice.org na produção de documentos de texto longos (monografias, manuais, relatórios,
livros etc), com inúmeras partes e suas subdivisões, o BrOffice.org oferece recursos que podem agilizar muito a tarefa de
criar índices. Os Índices são muito importantes para guiar o leitor pelos assuntos que serão tratados no documento, além de
ser um elemento obrigatório em trabalhos acadêmicos.
O BrOffice.org possui recursos próprios que dão as condições ideais para criar os seguintes tipos de índices: Sumários,
Alfabéticos, de Ilustrações, de Tabelas, de Objetos e Bibliográficos. Neste artigo vamos tratar apenas da criação de índices
do tipo Sumário no Writer.
Aplicando Estilos
Arquivo pessoal
Figura 2: Estilos de títulos de parágrafos
Depois de aplicar esses estilos, você, então, poderá criar um índice geral com muita facilidade. Siga os seguintes passos
para criar seus índices do tipo sumário:
1 – Digite todo o seu documento com a estrutura de tópicos da maneira que achar melhor (números, letras, algarismo
romano ou misto).
2 – Em seguida, defina quais tópicos são importantes que apareçam no índice geral. Logo a seguir, aplique os estilos de
títulos de parágrafos de acordo com seu grau hierárquico, por exemplo:
Para cada início de capítulo e suas subdivisões, você deve aplicar um estilo de parágrafo diferente, por exemplo:
●Capítulo 1 (você aplicará o estilo "Título 1")
● 1.1 Testando as Configurações (você aplicará o estilo "Título 2")
● 1.1.1 Configurações de Hardware (você aplicará o estilo "Título 3")
No capítulo 2, você fará a mesma coisa:
●Capítulo 2 (você aplicará o estilo "Título 1")
● 2.1 Testando as Configurações (você aplicará o estilo "Título 2")
● 2.1.1 Configurações de Hardware (você aplicará o estilo "Título 3")
O processo se repete por todo o documento. Para aplicar o estilo, basta clicar no parágrafo, e, por exemplo, selecionar o
estilo “Titulo 1”, no caixa Aplicar Estilo, na barra de ferramentas de formatação (Figura 2).
3 – Terminado o passo anterior, vamos ao início de nosso documento criar o Sumário.
Coloque o cursor no ponto exato em que deseja que o sumário apareça. Clique em Inserir > Índices > Índices e sumários,
de tal forma que apareça uma janela, conforme abaixo (Figura 3).
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
No campo Título, coloque o título que deseja para o sumário e clique em OK. Automaticamente, o BrOffice.org irá construir
um sumário com todos os títulos em que foram usados os estilos de parágrafos, conforme o exemplo abaixo.
Sumário
Capítulo 1 (você aplicará o estilo "Título 1") 1
1.1 Testando as Configurações (você aplicará o estilo "Título 2") 1
1.1.1 Configurações de Hardware (você aplicará o estilo "Título 3") 1
Capítulo 2 (você aplicará o estilo "Título 1") 2
2.1 Testando as Configurações (você aplicará o estilo "Título 2") 2
2.1.1 Configurações de Hardware (você aplicará o estilo "Título 3") 2
Veja que a página de cada título já aparece na tabela. Se por acaso for preciso mudar os capítulos de página, a numeração
atualiza automaticamente. Os capítulos e suas subdivisões já aparecem aninhados.
Coloque o cursor dentro do Sumário, clique com o botão direito do mouse e, no menu (figura 4), escolha uma das opções de
edição: Atualizar, Editar ou Excluir Índice / Sumário.
A opção de Atualizar permite que as alterações feitas nos textos possam ser vistas no sumário. É importante saber que, ao
alterar alguma coisa no documento, essa alteração não aparece automaticamente no Sumário. É preciso atualizá-lo para
que as modificações tenham efeito nele.
Clicando em Excluir, obviamente, você exclui todo seu sumário. E, clicando em Editar, a janela aberta para a criação do
Sumário novamente aparece para que você possa fazer suas edições.
Obs.: Você também pode fazer alterações diretamente em um índice ou sumário. Clique com o botão direito do mouse no
índice ou no sumário, escolha Editar Índice/Sumário, clique na guia Índice/Sumário e, em seguida, desmarque a caixa de
verificação Protegido contra alterações manuais. Das alterações, as mais comuns são: Editar o estilo de parágrafo, caso
você queira modificar o estilo de parágrafo, e Editar índice.
Arquivo pessoal
Uma dica muito útil de edição do Sumário é fazer com que cada item do sumário possa aparecer com um link apontando
para a página. Isto é muito útil na navegação do usuário pelo documento, principalmente se ele for convertido em PDF.
Vamos às instruções:
1 - Clique com o botão direito do mouse no Sumário e escolha a opção de edição: Editar Índice / Sumário.
2 – Clique na aba Entradas.
Há uma coluna à esquerda em que aparece escrito Nível (figura 5). Cada nível diz respeito à hierarquia que você definiu
para seus títulos e subtítulos. Nível 1 é para formatar os títulos que receberam o estilo “Título 1”. O Nível 2 formata os títulos
que receberam o estilo “Título 2” e assim por diante.
Para fazer com que cada nível se torne um link, basta fazer o seguinte: clique na caixa vazia que se encontra no lado
esquerdo do botão E# (veja a seta na figura 5). Em seguida, clique no botão Hyperlink. Agora, clique na última caixa vazia
depois do botão # (veja a seta na figura 6). Em seguida, clique no botão Hyperlink. Feito isto, clique em OK.
O exemplo abaixo mostra que todos os textos em que foram aplicados os estilos de parágrafo “Título 1”, agora estão
habilitados com Hyperlinks. Para ver o efeito do link funcionar, aperte a tecla CTRL e passe o mouse sobre o link no
documento que você criou. Ao clicar, você será levado à página exata onde se encontra o título.
Sumário
Arquivo pessoal
Caso você queira que os outros subitens também tenham Hyperlinks, basta repetir o processo: clicar com o botão direito do
mouse no Sumário que você criou, escolher a opção de edição: Editar Índice / Sumário. Clicar na aba Entradas e fazer o
mesmo procedimentos para os níveis 2 e 3. Veja como ficou no exemplo abaixo:
Sumário
Espero que tenha gostado da dica e que faça bastante uso dela, pois, sem dúvida alguma, vai fazer com que seu trabalho
fique muito mais profissional, mais rápido e muito melhor de ser lido.
Arquivo pessoal
nathancolquhoun
aperfeiçoar-se nas técnicas de edição de documentos. É
Há também a incorporação do Page Fusion, com a fina-
muito importante investir na capacitação do servidor
lidade de tirar maior proveito da memória quando a par-
público oferecendo-lhe meios de ser mais eficiente e
tir dela, houver o funcionamento de máquinas virtuais
atender ao cidadão com mais qualidade. O BrOffice.org
de conteúdos semelhantes.
sente-se orgulhoso de participar desse processo.”