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CÁLCULO DOS ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO DE VENTILAÇÃO

Consiste no dimensionamento dos elementos da instalação e na determinação das


perdas de carga a fim de estabelecer a potência mecânica necessária ao acionamento do motor
do ventilador.

A equação básica para o dimensionamento é:

V
A=
3600 v
onde:
A => área da seção em m2
V => vazão de ar em m3/h
v => velocidade recomendada no elemento em m/s

VELOCIDADES RECOMENDADAS

Baseada em:
• custo de circulação do ar
• nível de ruído
• aspectos técnicos como arraste de poeiras, gotas, etc

A norma NBR 6410, tabela 13 dá uma série de valores recomendados para


velocidades máximas. As tabelas 7-6 e 7-7 (Costa, 1977), determinam respectivamente
velocidades para as bocas de insuflamento e de saída.

BOCAS DE INSUFLAMENTO

São as aberturas através das quais se introduz o ar no ambiente. Podem ser de parede
ou de teto.
As de parede, conhecidas por grades (ou grelhas), podem ser:
• grades de palhetas horizontais e verticais fixas
• grades de palhetas horizontais e verticais de simples deflexão
• grades de palhetas horizontais e verticais de dupla deflexão

As bocas de insuflamento de teto podem ser de diversos tipos:


• difusores com anéis ou palhetas embutidos, sem indução interna - Aerofuso tipo S
• difusores com anéis ou palhetas em degraus sem indução interna - Aerofuso tipo ES
• difusores com anéis ou palhetas embutidos com indução interna - Anemostato tipo AC
• difusores com anéis ou palhetas em degraus com indução interna - Anemostato tipo AR
• difusores com saída central e com iluminação

Características das bocas de insuflamento:

• INDUÇÃO => é o fenômeno pelo qual parte do ar ambiente entra em movimento devido
ao choque com o ar insuflado que perde velocidade e se mistura ao ar secundário. A
indução pode ser feita no interior ou no exterior da boca
• DIVERGÊNCIA => é o ângulo formado pelo fluxo de ar nos planos horizontal e vertical
que devido a indução cresce ao afastar-se da boca
• JATO OU IMPULSÃO => é a distância percorrida pelo fluxo de ar desde o seu
lançamento até que sua velocidade se reduza a um valor baixo (velocidade terminal), para
que o choque do mesmo não produza correntes de ar desagradáveis na zona de ocupação
(1,5 m a partir do solo). A tabela 7-8 recomenda valores para velocidade terminal.

Análise do Jato

jato

zona de ocupação

velocidade terminal

O jato depende da velocidade de insuflamento, v, da velocidade terminal, do tipo de


boca e da divergência da mesmo:
V
Jato = K
Ae
onde:
V => vazão em m3/s
Ae => área efetiva em m2
K => coeficiente que depende do tipo de boca, da divergência e da velocidade terminal (Tab.
7-9)

Como:
Ae
a=
A
onde:
A => área total ou da face

Pode-se fazer:
2
1K V 
A=  
a  jato 

V
v=
a A

PERDA DE CARGA

A perda de carga nas bocas de insuflamento é dada por:

v2
∆pboca = λ1 γ
2g
onde:
λ1 => coeficiente de resistência (tabela 7-10)
v => velocidade real na boca
a => coeficiente que relaciona a área efetiva e a área da face (tabela 7-9)
γ = 1,2 kgf/m3 - peso específico do ar

SELEÇÃO E DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE INSUFLAMENTO

Através das bocas de insuflamento deve ser assegurada a distribuição uniforme do ar a


uma altura adequada acima do piso, de modo que todas as correntes de ar se formem acima da
linha de respiração. Esta linha de respiração deve ficar cerca de 1,5 m acima do piso (zona de
ocupação).

1º) Escolher os pontos de insuflamento para uma distribuição uniforme do ar, definindo-se a
área de atendimento de cada uma delas.
Grades de parede => áreas retangulares
Difusores de teto => áreas quadradas

2º) Escolher o tipo de boca atendendo a localização da mesma e a forma da área a atender.

Observação: anemostatos com indução interna permitem a injeção de ar com diferenças de


temperatura elevadas sem o perigo de atingir as pessoas antes de estar suficientemente
misturado com o ar ambiente.

3º) dimensionar o difusor a partir do tipo escolhido, jato, velocidade terminal recomendada e
vazão necessária.

4º) calcular a perda de carga.

EXEMPLO: Cômodo de uma residência com 5 m X 5 m


V= 1500 m3/h (0,42 m3/s)

Velocidade terminal = 0,5 m/s (Tab. 7-8)


Aerofuso tipo S (jato praticamente na horizontal)
jato = 5/2 = 2,5 m
Tab. 7-9 ====> a = 0,32 ; K = 2,36
Tab. 7-10 ====> λ1 = 1
2 2
1K V  1  2,36 ⋅ 0,42 
A=  =   = 0,49 m2 ===> (Φ= 79 cm ou 70 cm X 70 cm)
a  jato  0,32  2,5 

V 0,42
v= = = 2,67 m/s < vmax (2,5 a 3,8 - Tab.7-6)
a A 0,32 ⋅ 0,49
v2 2,67 2
∆pboca = λ1 γ =1 1,2 = 0,44 mmH2O
2g 2 9,81

Observação: Alternativamente o dimensionamento dos difusores pode ser feito por meio de
diagramas, geralmente recomendados pelos próprios fabricantes das grades e difusores.

CANALIZAÇÕES

TIPOS

• Plenos => executadas na própria estrutura da construção em rebaixos do forro e vãos, com
velocidade de escoamento de até 1,7 m/s. Em geral de seção constante.
• Dutos de alta pressão => canalizações de seção circular onde o ar atinge velocidades
superiores a 10 m/s e pressão estática entre 150 e 250 mmH2O - instalações industriais.
• Dutos de baixa pressão => canalizações geralmente de seção retangular com velocidades
de escoamento inferiores a 10 m/s e pressão estática de até 50 mmH2O - instalações para
conforto.

MATERIAIS

• chapas de aço galvanizado


• alumínio semi-duro
• cobre
• aço inoxidável
• aço recoberto com chumbo
• alvenaria
• cimento-amianto
• madeira
• plástico
• fibra de vidro
• etc

Para chapas galvanizadas a Tab 14 (NBR 6401) recomenda a bitola a ser adotada em função
do diâmetro (dutos circulares) ou do lado maior (dutos retangulares).

REQUISITOS QUE DEVEM SER OBEDECIDOS EM UM PROJETO DE DUTOS PARA


VENTILAÇÃO

a) o momento de transporte (vazão x distância) deve ser o mínimo, para obter-se uma
canalização econômica;

b) adotar medidas que reduzam a perda de carga nos acessórios. Por exemplo: usar guias nas
curvas, pequenos ângulos de divergência nas variações de seção;
c) nas bocas de insuflamento, usar captores dispostos perpendiculares à veia fluida, evitando-
se a pressão cinética do escoamento;

d) o traçado da rede deve obedecer os tipos de distribuição: em linha, palmada ou mista;

e) o dimensionamento da canalização deve atender as velocidades recomendadas e pressões


iguais em todas as bocas de insuflamento.

MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO

• Arbitragem da velocidade => adota-se velocidades recomendadas, não prevendo o


equilíbrio das pressões dinâmicas nas bocas de insuflamento. É um processo impreciso,
somente usado para os dutos principais, onde a vazão é comum a todas as bocas de
insuflamento e a perda de carga não é causa de desequilíbrio de pressão dinâmica.

• Igual perda de carga => consiste em adotar a mesma perda de carga por unidade de
comprimento para todas a canalização. Este método também não atinge o equilíbrio de
pressões desejado nas bocas de insuflamento.

• Recuperação estática => consiste em recuperar a pressão estática da veia fluida,


reduzindo a velocidade, a fim de vencer as perdas de carga entre as diversas bocas de
insuflamento. Desta forma a velocidade ao longo da rede vais diminuindo (queda na
pressão cinética), aumentando a pressão estática, que vai sendo consumida para vencer as
perdas de carga em cada trecho, de tal forma que, em cada boca de insuflamento, a pressão
de saída seja a mesma.

ENERGIA NOS DUTOS

O dimensionamento dos dutos é baseado na equação da continuidade e no princípio da


conservação da energia para fluidos em escoamento.

1) Equação da continuidade

V = A. v para ρ = cte

2) Equação de Bernoulli
Pa va 2 Pb vb 2
ha + + = hb + + +J
γ 2g γ 2g
energia cinética
energia de pressão (pressão estática)
energia de posição

3) Perda de carga

 Pa va 2   Pb vb 2 
J = ha + +  − hb + + 
 γ 2 g  γ 2 g

se ha = hb

 Pa − Pb   va 2 + vb 2 
J = − 
 γ   2g 

DIMENSIONAMENTO DE CANALIZAÇÕES SEGUNDO O MÉTODO DA


RECUPERAÇÃO DA PRESSÃO ESTÁTICA

a) Perda de carga por atrito em tubulações:

l v2
J =λ γ
D 2g

π ⋅ D2 4V l1−2 16 V 2 γ
Se: V = v 2 => v 2 = , logo J = λ , ou
4 π D2 D π2D4 2 g

V2
J = 0,0827 l1−2 λ γ
D5

Para dutos de seção circular, feitos em aço galvanizado, a ASHRAE1(Associação


Americana de Engenheiros de calor refrigeração e ar condicionado), recomenda o uso da
equação prática de Fritsche-Biel:
1, 9 2 , 51
V 1,9 v v
J = 0,00188 l1− 2 5 , 02
= 0,001199 l1− 2 21, 22 = 0,001026 l1− 2 2 0, 61
D D V

Exemplo: Calcular a perda de carga em um duto circular de chapa de aço galvanizado de 10m
de comprimento, com vazão de ar de 1m3/s e v=5 m/s

1
American Society of Heating, Refrigeration and Air-conditioning Engineers, Inc.
b) Recuperação de pressão (estática)

Aplicando-se a equação de Bernoulli entre as seções A e B:


2 2
P1 v P v
+ 1 = 2 + 2
γ 2g γ 2g

γ
∆P = P2 − P1 =
2g
(v 1
2
−v2
2
)

Fazendo a velocidade v2 < v1, resulsta que a recuperação na pressão estática ∆P > 0.

Na prática, como os atritos na mudança de seção fazem com que essa recuperação de
pressão não seja integral, considera-se um rendimento de 75%, e:

γ
∆P = P2 − P1 = 0,75
2g
(v
1
2
−v2
2
)
como: γ = 1,2 kgf/m3 e g=9,81 m/s2, em unidades do SI.

∆ P = P2 − P1 = 0,0459 v1 − v 2 ( 2 2
)
Ganho esse, na pressão estática, que pode ser usado para vencer a perda de carga no
trecho da canalização que vai até a próxima boca de insuflamento, assim a pressão estática
será igual nos pontos de insuflamento 1 e 2.

c) Considerando o ganho na pressão estática (recuperação de pressão) igual a perda de


carga no trecho seguinte, obtemos:

( 2
)
0,0459 v1 − v2 = 0,001026
2

V
l1−2
0 , 61
v2
2 , 51

Exemplo: Calcular o diâmetro de um duto circular de chapa de aço galvanizado do trecho


situado após a primeira boca de insuflamento sabendo-se que o comprimento do trecho é 6m,
a vazão antes da boca é 0,8 m3/s e na boca 0,2 m3/s. A velocidade no trecho anterior à boca é
de 5m/s.

DIÂMETRO EQUIVALENTE
Selecionada a velocidade v2 no trecho, podemos calcular a seção a adotar para o
mesmo. A seção calculada deve ser circular, devido as equações adotadas. Podemos,
entretanto, determinar uma seção retangular que, para a mesma vazão, provoque a mesma
perda de carga que o duto circular considerado. O diâmetro da seção circular, nesse caso,
recebe o nome de diâmetro equivalente da seção retangular em estudo e é calculado a partir
da altura H e largura L da mesma. Como, entretanto, a seção retangular é maior do que a
seção circular equivalente, a velocidade real no treco será menor do que a calculada, de modo
que a recuperação de pressão será maior do que a perda de carga.

1) Resolve a equação
(
0,0459 v1 − v2 = 0,001026
2 2
) V
l1−2
0 , 61
v2
2 , 51

obtém-se o valor de v2.

2) Calcula o diâmetro equivalente que causa a mesma perda de carga

4V
Deq =
π v2

3) Usando a equação de Huebscher (mesma perda de carga para mesma vazão)

( L H) 0 , 625

Deq = 1,3
( L + H ) 0,25
ou usar tabelas de diâmetros equivalente, obtem-se o valor dos lados L x H

4) Recalcula a v2

V
v2′ =
L⋅ H

Exemplo: Sabendo-se que l1-2 = 5m, V = 1 m3/s, v1 = 5 m/s, calcular v2 para um duto
retangular de L/H = 2.

COMPRIMENTO EQUIVALENTE

O comprimento equivalente de um acessório de um duto de diâmetro D é o


comprimento que o um duto de mesmo diâmetro que, substituido pelo acessório, provoca a
mesma perda de carga.

v2 le v 2
J acessório = λ 1 γ = Jduto = λ γ
2g D2g

λ1
le = D
λ
A tabela 7-15 (Costa, 1977) traz valores de λ1 e le para os principais acessórios de
canalizações de ventilação.
l1 lcurva l2
lequivalente

BOCAS DE DESCARGA

Tipos:
• venezianas comuns de chapa ou madeira;
• grades com palhetas retas ou em V;
• Telas perfuradas;
• Cogumelos.

Localização:
• no teto para extração de fumos e odores (evitar curto-circuito);
• nas paredes a 20 cm do piso ou junto ao forro;
• na parte inferior das portas;
• no piso => uso de cogumelo: evita a extração do pó e obriga o ar a passar uniformemente
pela zona de ocupação.

Dimensionamento:
V vf
A= (área livre) => onde vf (velocidade aparente/face) => tabela 7-7 v =
vf a

Perda de carga:
v2
J =λ 1 γ => onde λ1 e a são obtidos da tabela 7-16.
2g

TOMADAS DE AR EXTERNO

Tipos:
• idem as bocas de descarga, exceto cogumelos.

Localização:
• junto a casa de máquinas.

Dimensionamento
V
A= vf => tabela 13 da NBR 6401
vf

Perda de carga:
v2
J =λ 1 γ => onde λ1 e a são obtidos da tabela 7-16.
2g

FILTROS
Tipos:
• tela galvanizada;
• lã de vidro;
• filtros de pano;
• filtros de plástico esponjoso.

Localização:
• junto a casa de máquinas.

Dimensionamento:
V
A= vf => tabela 7-4
vf

Perda de carga:
v2
J =λ 1 γ => onde λ1 é da tabela 7-17.
2g

VENTILADORES

Tipos:
• centrífugo com pás voltadas para a frente => alta pressão, grande vazão, alto ruído.
• centrífugo com pás voltadas para atrás => média pressão, média vazão, baixo ruído.
• axial => baixa pressão, alta vazão, médio ruído.

A tabela 7-18 relaciona as classes de utilização em função da velocidade periférica (vp),


principal responsável pelo ruído em uma instalação:
π φ N RP M
vp = [ m / s]
60

Ruído Utilização vp
Classe I Residências <20 m/s
Classe II Edifícios públicos 20 a 30 m/s
Classe III Edifícios industriais >30 m/s

Os ventiladores centrífugos podem ser:


• simples aspiração
• dupla aspiração

Localização:
• casa de máquinas => ventilação geral diluidora

Dimensionamento
O dimensionamento exterior do ventilador pode ser feito a partir das velocidades
recomendadas pela tabela 7-4, adotando-se a expressão:
nπ φ2 v
V=
, ⋅4
11
onde n vale 1 para ventiladores de simples aspiração e 2 para de dupla aspeiração, de modo
que:
1,1 ⋅ 4 V
φ=
nvπ
as demais dimensões externas podem ser obtidas em função do diâmetro (φ), com auxílio da
figura 7-32 e da tabela a seguir:

Grandeza Simples aspiração Dupla aspiração


n 1 2
L 0,8 φ 1,44 φ
Hmax 2,2 φ 2,2 φ
h φ φ

Potência:
∆Pt V
P=
75 η

onde:
V => vazão de ar a movimentar (m3/s);
∆Pt => diferença de pressão total no ventilador em kgf/m2 (= mmH2O)
η => rendimento do sistema moto-ventilador que varia de 0,3 a 0,7 de acordo com a máquina
(dado pelo fabricante)

v2
∆Pt = ( ΣJ − Rp ) + γ
2g

ΣJ => numa instalação normal de ventilação, deve ser incluídas para o cálculo, as seguintes
parcelas:
• tomada de ar externo;
• canalização da tomada de ar exterior;
• filtro;
• duto principal;
• bocas de insuflamento;
• bocas de descarga;
• canalização de descarga.

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