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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


FACULDADE DE COMPUTAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
TEORIA DOS GRAFOS

TRABALHO 01 - RESUMO DO GLOSSÁRIO E DOS TUTORIAIS DE TEORIA


DOS GRAFOS

DANIEL DIAS DE CARVALHO

Professor:
Francisco Edson

Belém,
Março de 2010
A teoria dos grafos surgiu a partir de um problema que intrigava a população da
cidade de Königsberg. As pessoas queriam saber se era possível atravessar todas as sete
pontes da cidade passando uma e somente uma vez por cada uma delas. O problema foi
provado como sem solução pelo matemático Euler. Esse novo campo da matemática que
acabava de surgir buscava mapear problemas da realidade para estruturas denominadas
grafos.
No caso da questão das sete pontes de Königsberg, a complexidade do mundo real
foi abstraída por Euler. Aspectos irrelevantes, como o formato das ilhas, dos continentes, o
tamanho e formato das pontes, e a largura dos rios, foram simplificados, focando a atenção
no que realmente importava: a existência ou não de conexões entre dois pontos da cidade.
Esse novo campo da matemática se tornou uma ferramenta importante para analisar
diversas questões práticas. A Figura 1 demonstra o problema das sete pontes de Königsberg
(à esquerda) e a representação simplificada através de um grafo (à direita).

Figura 1 Representação do Problema das Sete Pontes de Königsberg.


Um grafo é definido por um conjunto não vazio V de vértices (ou nodos) e por um
conjunto E de pares não ordenados de elementos de V, as chamadas arestas (ou arcos).
Quando o conjunto E é formado por pares de elementos distintos de V, o grafo é dito
simples. Dois vértices são adjacentes se eles são conectados por uma aresta, ou seja,
formam os pontos finais de tal aresta.
O grau (valência) de um vértice é o número de arestas que terminam no vértice. Um
vértice de grau zero (com nenhuma aresta conectada a ele) é isolado. Um vértice pendant
tem grau um, ou seja, é conectado por apenas uma aresta.
Caso exista pelo menos um par de vértices conectados por múltiplas arestas (ou
arestas paralelas), o grafo passa a ser denominado multigrafo. Um grafo completo com n
vértices (denotado por Kn) é um grafo em que cada um dos n vértices é adjacente a cada um
dos n-1 vértices restantes. A Figura 2 representa grafos completos (Kn), onde n < 6.

Figura 2 Exemplos de Grafos Completos.


Arestas podem também ser direcionadas, produzindo um grafo direcionado ou
digrafo. Em um digrafo, o grau dos vértices é normalmente dividido em grau de entrada,
o número de arestas que chegam, e grau de saída, o número de arestas que saem.
Um caminho é uma sequência de arestas consecutivas em um grafo e o tamanho do
caminho é o número de arestas atravessadas. A Figura 3 demonstra um caminho em um
grafo com início no vértice A e fim no vértice B.
Figura 3 Representação de um Caminho em um Grafo.
Um circuito é um caminho com início e fim no mesmo vértice. A Figura 4
representa um circuito em um grafo. Um laço é um circuito de tamanho um (conecta um
vértice a ele mesmo). Grafos que possuem múltiplas arestas, ou laços, entre os mesmos
vértices são denominados pseudografos.

Figura 4 Representação de um Circuito em um Grafo.


Um grafo é conexo se existe um caminho conectando todo par de vértices. Um
grafo que não é conexo pode ser dividido em componentes conexos (subgrafos conexos
disjuntos), como demonstra a Figura 5. Um vértice de corte, ou ponto de articulação, é
um vértice que se removido (junto com as todas as arestas incidentes) produz um grafo com
mais componentes conexos do que o grafo original.

Figura 5 Grafo com Três Componentes Conexos.


Um grafo é planar se ele pode ser desenhado em um plano de modo que as arestas
não se cruzem. Um grafo com até quatro vértices sempre é considerado planar, entretanto, a
partir de cinco vértices pode se torna impossível desenhá-lo num plano sem que ocorra a
interseção de arestas. Segundo o Teorema de Kuratowski, um grafo é não planar se e
somente se ele contém um subgrafo isomórfico a K3,3 ou K5.
O problema da cidade de Königsberg, explicado anteriormente, ficou conhecido
como caminho de Euler. Genericamente, um caminho de Euler é um caminho que
atravessa todas as arestas de um grafo uma única vez. Um caminho de Euler obedece
alguns padrões relacionados ao grau de seus vértices: (i) todos os vértices que não são o
início e nem o fim do caminho têm grau par; (ii) os vértices iniciais e finais do caminho têm
grau ímpar, desde que o caminho não seja também um circuito. Tais restrições resultam no
seguinte teorema:
 Um grafo conexo tem um caminho (que não é um circuito) de Euler se e somente se
ele tem exatamente dois vértices com grau ímpar.
Um circuito de Euler é um caminho de Euler que é um circuito, ou seja, começa e
termina no mesmo vértice. Como um circuito de Euler é também um caminho de Euler,
todos os vértices que não são terminais do circuito devem ter grau par. Porém,
diferentemente de um caminho, o grau do vértice inicial (que também é final) do circuito
também deve ser par, gerando o seguinte teorema:
 Um grafo conexo tem um circuito de Euler se e somente se todos os vértices têm
grau par.
Há um número enorme de aplicações práticas de um caminho ou circuito de Euler.
Para um inspetor de uma estrada de ferro, rede telefônica, ou estrada, circuitos ou caminhos
de Euler seriam extremamente úteis para que pudesse ser realizada uma inspeção em todo o
sistema sem desperdício de tempo. Analogamente, um carteiro reduziria o percurso e o
tempo total se pudesse passar por todas as ruas exatamente uma vez.
Na época da Guerra Civil Americana, o matemático William Hamilton inventou o
jogo icosiano. Esse jogo consistia em um dodecaedro sólido, que formava um grafo planar
de vinte vértices e vinte arestas (Figura 6). Cada um dos vértices representava uma
importante cidade do mundo.

Figura 6 Grafo que Representa o Jogo Icosiano.


O objetivo do jogo era percorrer cada uma das cidades uma única vez, sendo que a
volta ao mundo deveria começar e terminar na mesma cidade, formando um circuito. Tal
circuito ficou conhecido como circuito Hamiltoniano. Genericamente, um circuito
Hamiltoniano é um circuito que passa por todos os vértices de um grafo exatamente uma
vez. Um caminho Hamiltoniano, por sua vez, é um caminho que passa por todos os
vértices de um grafo exatamente uma vez. Não existe um teorema simples que determine se
um grafo possui ou não um caminho ou circuito Hamiltoniano. Entretanto, os seguintes
teoremas são úteis para grafos específicos:
 Se um grafo conexo tem n vértices, onde n > 2 e cada vértice tem grau pelo menos
n/2, então o grafo tem um circuito Hamiltoniano.
 Se um grafo conexo tem mais do que dois vértices e um vértice tem grau um, então
não existe um circuito Hamiltoniano.
 Um grafo completo K1 tem um circuito Hamiltoniano de tamanho zero.
 Um grafo completo Kn , onde n > 2, tem um circuito Hamiltoniano.
Existem problemas clássicos que demonstram a aplicabilidade de circuitos e
caminhos Hamiltonianos, como o problema do caixeiro viajante, que consiste na procura
por um circuito de modo que o caixeiro passe por todas as cidades (vértices) apenas uma
vez. Também podemos aplicar circuitos ou caminhos Hamiltonianos para: (i) encontrar um
caminho que possibilite uma companhia elétrica realizar a leitura de todas as residências
visitando cada uma delas uma única vez; (ii) ajudar um caçador a verificar uma única vez
todas as suas armadilhas; ou (iii) possibilitar a remoção das moedas em cada caixa ao final
do expediente.
Um grafo é bipartido se seus vértices podem ser divididos em dois subconjuntos
separados U e V, tal que cada aresta conecta um vértice de U a um de V e com a restrição de
que dois vértices do mesmo subconjunto não podem ser adjacentes. Um grafo bipartido é
um grafo bipartido completo se todo vértice em U é adjacente a todo vértice em V. Se U
têm n elementos e V tem m elementos, então denotamos o grafo bipartido por Kn,m. A
Figura 7 representa um grafo bipartido completo K3,3.

Figura 7 Grafo Bipartido Completo (K3,3).


O número cromático de um grafo é o número mínimo de cores necessárias para
colorir seus vértices, de modo que vértices adjacentes tenham diferentes cores. Segundo o
Teorema das Quatro Cores, todo grafo planar pode ser colorido utilizando o máximo de
quatro cores. A primeira referência escrita desse teorema foi observada em 1852, e pelos
próximos 110 anos permaneceu apenas como uma hipótese. Somente em 1976, Appel e
Haken conseguiram provar a hipótese, com o auxílio de um computador. O número
cromático é útil para determinar, por exemplo, quantas cores são necessárias para colorir
um mapa de modo que dois países que fazem fronteiras entre si não tenham a mesma cor.
Além do Teorema das Quatro Cores, existem outros teoremas úteis para determinar o
número cromático de determinados tipos de grafos:
 O número cromático de um grafo completo Kn é n, visto que todos os vértices são
adjacentes entre si.
 O número cromático de um grafo bipartido é dois, bastando colorir os vértices de
cada subconjunto com a mesma cor.
Para exemplificar a aplicação de número cromático, considere uma pequena escola
que está oferecendo sete cursos. Esse problema pode ser representado em um grafo cujos
vértices representam os cursos e as arestas representam a seguinte relação entre dois cursos:
possuem pelo menos um aluno em comum. Quantos horários diferentes devem ser
agendados de modo que cursos relacionados não compartilhem um mesmo horário? A
Figura 8 demonstra a relação entre os cursos. Pode-se observar que o número cromático é
igual a quatro, ou seja, a escola necessita agendar quatro horários diferentes.

Figura 8 Grafo com Número Cromático Quatro.

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