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CURITIBA
2007
PATRICK ANDREY WIETHOLTER
PhD
CURITIBA
2007
TERMO DE APROVAÇÃO
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................. VIII
INTRODUÇÃO ............................................................................................................1
OBJETIVOS................................................................................................................3
CAPÍTULO I ................................................................................................................4
ESPÉCIES EXÓTICAS ............................................................................................4
LEUCENA (LEUCAENA LEUCOCEPHALA) .....................................................................6
MANEJO DE PLANAS INVASORAS........................................................................9
TÉCNICAS DE REFLORESTAMENTO .................................................................11
INTERAÇÕES ENTRE ESPÉCIES ........................................................................13
CAPÍTULO II .............................................................................................................16
REGIÃO DE ESTUDO ...........................................................................................16
CAPÍTULO III ............................................................................................................19
MODELOS MATEMÁTICOS APLICADOS À ECOLOGIA DE POPULAÇÕES .......19
PROPOSTA DE UM MODELO MATRICIAL DE COMPETIÇÃO INTRAESPECÍFICA
..........................................................................................................................20
INCLUSÃO DAS SEMENTES EM PERÍODO DE DORMÊNCIA ............................26
DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS AMBIENTAIS E ECOLÓGICOS ................28
INFLUÊNCIA DA LUMINOSIDADE........................................................................29
INFLUÊNCIA DA DENSIDADE ..............................................................................32
DISPERSÃO DAS SEMENTES .............................................................................34
ADOÇÃO DE PRÁTICAS DE MANEJO - DESBASTE............................................36
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................39
CRESCIMENTO ILIMITADO..................................................................................39
CRESCIMENTO LIMITADO...................................................................................41
CONCLUSÃO ...........................................................................................................47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................49
ANEXOS ...................................................................................................................52
v
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
mata ciliar para evitar assoreamento e erosões das margens, aumentando assim
a vida útil do reservatório. Para isso foi introduzida uma espécie exótica, a
adaptou muito bem ao clima da região a ponto de se tornar uma espécie invasora
diversas regiões do país, como Alagoas, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, São
Paulo, Paraná, entre outros (Lorenzi, 2003). E a Leucena, por ser uma
região em estudo, que é quando duas ou mais espécies habitam o mesmo nicho
OBJETIVOS
O objetivo do presente estudo foi desenvolver um modelo matemático
CAPÍTULO I
ESPÉCIES EXÓTICAS
do bioma local.
perdendo apenas para alterações no meio ambiente causadas pelo ser humano
(FERREIRA et al., 2002). Porém a maior parte dos problemas causados pelo ser
humano são absorvidos com o tempo, o que não ocorre com os processos de
mais.
5
espécies de vida longa com o passar dos anos. Já as daninhas possuem alto
cultivadas. Este grupo é formado por uma grande quantidade de espécies anuais,
físico. Isto ocorre porque são muito mais eficientes do que as nativas no uso dos
ambientais não percebam, as plantas são muito mais danosas. Os acidentes com
6
eliminados ou são obrigados a sair dos locais à procura de alimentos que antes
eram produzidos por diversas espécies que ali existiam. Pela grande eficiência da
também nas áreas de reserva ambiental e nas margens do Lago de Itaipu (Kranz,
2002).
al., 1983).
agrupadas em três tipos: Tipo peruana, plantas até 15 metros de altura; tipo
a 6 meses, sendo que o florescimento ocorre durante todo o ano, com uma
al., 1983).
solos com pH próximos à neutralidade e com precipitação entre 600 a 1700 mm,
solo, inundações periódicas, fogo, geadas leves e secas. Porém, não crescem
et al. (2002) com o manejo de bodes ou cabritos que se alimentam dessa espécie.
Macedo, 2002).
uma série de pré-requisitos até que se possa ser utilizado. Suas principais fases
de evolução são:
economia;
laboratório;
11
quarentena;
agentes;
o E, por fim, avaliação dos resultados obtidos pós – liberação dos agentes
o controle não clássico só pode ser cogitado quando a planta alvo é nativa e seus
TÉCNICAS DE REFLORESTAMENTO
área degradada, se isso não for possível são recomendados alguns cuidados
conjunto com as áreas das margens de rios, devem ter destinação para fins
florestais.
ecológica natural existente em áreas ainda com matas nativas, a fim de que se
habitat. Tais interações podem ser tanto benéficas, neutras quanto maléficas.
das espécies no meio, mas também sua evolução (TOWNSEND et. al., 2006).
seu curso natural dentro de um ecossistema até que uma espécie seja eliminada
Exclusão Competitiva, que pode ser expresso da seguinte maneira “Se duas
CAPÍTULO II
REGIÃO DE ESTUDO
Itaipu está localizada no município de Foz do Iguaçu a 25°24’ Sul e 54°35’ Oeste.
aproximado de 29x109 m³, com uma extensão de 170 km (figura 4), e com uma
largura média de 7 km. Esse reservatório fornece uma vazão média de 14.374
m³/s.
a vida útil do reservatório. Isso foi feito com a introdução de uma espécie exótica,
processo de revegetalização.
espécie, que inicialmente foi alocada na matar ciliar do lago de Itaipu, em várias
Medianeira, e até mesmo do lado Argentino da divisa com o Brasil (figura 6),
até a divisa com campos agricultáveis, causa prejuízos aos agricultores, já que
CAPÍTULO III
pela qual se podem fazer predições (ODUM, 1988). Existem vários tipos de
os estatísticos, modelos esses que são utilizados para se fazer predições sobre
usando quando trabalha-se com ciclos de vida complexos e com populações que
F3
F2
P1 P2 P3 D
partir da faixa etária N1 (Broto) os indivíduos podem passar para faixas etárias
ocorre somente nas faixas etárias N2 e N3, Jovem e Adulto, respectivamente. Isto
foi feito pela definição do autor, conforme dados disponíveis na literatura sobre a
Leucena.
Outra definição foi com relação ao tempo de cada iteração, onde cada
dois meses são o tempo necessário para que a Leucena, em condições ideais de
foi feita porque a Leucena começa a florescer com 180 dias (SEIFFERT et al.,
no decorrer do trabalho.
A faixa etária N2 diz respeito aos indivíduos jovens, ou seja, do ponto onde
metros.
espécie leva para alcançar sua altura máxima, mas já que a Leucena com 6
ambientais ideais (SEIFFERT et al., 1983), uma simplificação feita foi que a
22
como todas as outras plantas seguem uma curva logística de crescimento (Neto,
1992).
Por fim, a faixa etária N3 diz respeito aos indivíduos adultos, ou seja, do
ponto onde cessa o crescimento até sua longevidade, em média 30 anos. Ficando
Decaimento este que dá-se através do parâmetro Gi. Quando Gi é menor que 1
0 0 F2 F3
G P 0 0
M = 0 1
(1)
0 G1 P2 0
0 0 G2 P3
N0
N
N = 1 (2)
N2
N3
programação dos estágios iniciais, visto que eles passam a faixas etárias com
com as iterações, ou seja, a cada iteração a faixa etária inicial (N0) passava para
N1, porém N1 passava para a faixa etária seguinte após três iterações, e de N2
diferentes valores de Pi, Gi e Fi até que se alcançasse a idade adulta, onde então
poderíamos utilizar a mesma matriz até o termino das iterações. Verifique a tabela
Fez-se então uma matriz maior que a inicial (4x4) para facilitar a
específico. Criou-se então um vetor 13x1 e uma matriz 13x13 (matriz 3), onde não
etárias a não ser na última (N3), visto que o indivíduo ali permanece até sua
morte.
0 0 0 0 F2 F2 F2 F2 F2 F2 F2 F2 F3
G 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0
0 G1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 G2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 G3 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 G4 0 0 0 0 0 0 0 0
M = 0 0 0 0 0 G5 0 0 0 0 0 0 0 (3)
0 0 0 0 0 0 G6 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 G7 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 G8 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 G9 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 G10 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 G11 P12
diagonal inferior (Gi) que são responsáveis pela transição de uma faixa
para outra, e o último valor de Pi, já que os indivíduos que alcançam a idade
adulta ali permanecem até o desbaste ou sua morte, ou seja, após a estabilização
N0
N
1
N1
N1
N 2
N 2
N = N 2 (4)
N 2
N
2
N 2
N 2
N 2
N3
INDIVÍDUOS
ITERAÇÃO
1 2 3 4 5 6 7
N0 0,002 0 0 0 0 0,04 0,04
N1 0 0,002 0,002 0,002 0 0 0,04
N2 0 0 0 0 0,002 0,002 0,002
N3 0 0 0 0 0 0 0
NT 0,002 0,002 0,002 0,002 0,002 0,042 0,082
ITERAÇÃO
8 9 10 11 12 13 14
N0 0,04 0,04 0,04 0,84 16.400 24.400 32.800
N1 0,08 0,12 0,12 0,12 0,92 25.200 49.200
N2 0,002 0,002 0,042 0,082 0,122 0,16 0,2
N3 0 0 0 0 0 0,002 0,002
NT 0,122 0,162 0,202 1,042 16401,04 49600,16 82000,2
Tabela 2. 14 primeiras iterações com o modelo matricial 13x13 (matriz 3). Valores
divididos por 104.
Tendo-se então uma matriz que realiza a transição dos indivíduos em seus
introdução de mais uma faixa etária para as sementes que são produzidas, porém
Um item muito importante dentro do modelo que não tem sido abordado até
anos podem vir a germinar após uma queimada ou um desbaste de 100% dos
faixa etária, sendo essa anterior a N0, já que nem todas as sementes produzidas
88% F4
88% F3
12% F4
12% F3
P0 P4
N0 sementes − inativas
N sementes − ger min am
1
N = N2 = brotos (5)
N3 jovens
N 4 adultas
27
aos brotos, N3 aos jovens e N4 aos indivíduos adultos, ficando a distribuição dos
INDIVÍDUOS
Matriz 14x14 Matriz 5x5
Faixa etária inicial Faixa etária Correspondente
1 0
2 1
3a5 2
6 a 13 3
14 4
transição inicial (matriz 1) toma nova forma, para adequar-se as cinco faixas
P0 0 0 88% F3 88% F4
G 0 0 12% F3 12% F4
0
M =0 G1 0 0 0 (6)
0 0 G2 0 0
0 0 0 G3 P4
Onde as diferenças são que agora se tem um termo P0, que diz respeito à
bem como as fecundidades das respectivas faixas etárias. Onde se definiu que de
toda a reprodução realizada pelas plantas, 88% vai para a faixa etária inicial (eq.
7), sendo essa faixa etária composta pelas sementes advindas da reprodução a
de iterações anteriores, e 12% para a faixa etária N1(eq. 8), ou seja, aqueles
N 0t = N 0t −1 + 88%( F3 N 3t −1 + F4 N 4t −1 ) (7)
N 1t = 12%( F3 N 3t −1 + F4 N 4t −1 ) (8)
vez é igual ao número de sementes que germinarão, advindas das faixas etárias
reprodutivas. Já a faixa etária N2, correspondente aos brotos, será formada pelas
da iteração anterior.
Nt + ∆t = M × Nt (9)
P0 N 0 + 88% F3 N 3 + 88% F4 N 4
G N + 12% F N + 12% F N
0 0 3 3 4 4
N t + ∆t = G1 N 1
G2 N 2
G3 N 3 + P4 N 4
INFLUÊNCIA DA LUMINOSIDADE
Numa floresta, as plantas mais baixas recebem luz mais esverdeada que
aquelas mais altas. O espectro de ação para a fotossíntese mostra que a luz
verde também é efetiva, ainda que os picos principais estejam no vermelho e azul
de luz.
função da luminosidade foi feito por NETO (1992). Neto (1992) estudou o
LUMINOSIDADE
100% 70% 40% 20% 7%
8ª semana 5,6 5,5 5,4 6,0 6,6
12ª semana 6,4 6,1 6,2 6,8 8,7
18ª semana 7,3 6,8 6,7 7,5 9,7
Tabela 4. Crescimento de mudas de Leucena (em centímetros) em função da
luminosidade.
Note que os valores obtidos por NETO (1992) diferem daqueles que estão
sendo utilizados (SEIFFERT et al., 1983). Porém, cabe aqui salientar que isso se
deve ao fato da pesquisa realizada por NETO (1992) ter sido feita apenas com
justamente por ser esta uma espécie de sol, onde a mesma busca alcançar o
desta espécie.
Nota-se, como acima mencionado, que essa espécie possui uma taxa maior de
luminosa.
faixa etária, conforme padrões seguidos pela figura 9, são mostrados na tabela 4.
100 7,0
Porcentagem
7% Altura ( cm )
Porcentagem de aproveitamento de
luz em relação a altura
90 6,0
Altura ( cm )
80 5,0
70 4,0
0 25 50 75 100
Porcentagem de Intensidade
luminosa
INFLUÊNCIA DA DENSIDADE
Outro ponto a ser estudado, que fará parte dos fatores ambientais e
forma da equação 12. Onde há uma capacidade de suporte (Ki) para cada faixa
N
Di = 1 − i (12)
Ki
dentro da área, quanto menor for Ni, mais fácil será para os mesmos
1,0
K4 = 35
Di = 1 - (Ni / Ki)
Oportunidade de crescimento
0,8
não utilizado ( Di )
0,5
0,3
0,0
0,0 7,0 14,0 21,0 28,0 35,0
Número de indivíduos adultos ( Ni )
N t + ∆t = N t + D × M × N t (13)
N 0 D0 P0 N 0 + 88% D0 F3 N 3 + 88% D0 F4 N 4
N D G N + 12% D F N + 12% D F N
1 1 0 0 1 3 3 1 4 4
N t + ∆t = N 2 + D2 G1 N 1
N3 D3G2 N 2
N 4 D4 G3 N 3 + D4 P4 N 4
Porém, o único fator que fará parte dos valores da subdiagonal da matriz
funções de densidade. Caso parecido com este foi feito por JENSEN et al. (2000).
manejo, como, por exemplo, roçadas para a retirada da Leucena, visto que essas
trabalhos mais precisos sobre essa questão, ficando a cargo de trabalhos futuros
tais determinações.
35
2,25 88 2,25
cair uma semente, nas células vizinhas a que a gerou é mostrada na figura 11.
árvore que a gerou. Será adotada essa hipótese porque, segundo literatura
específica (SEIFFERT et al., 1983), apenas 12% das sementes que são
12% foram distribuídos nas células vizinhas àquelas que as sementes foram
que a gerou, entram na faixa etária N0, ou seja, ficam em estado de dormência
avançados nas células que estas caírem. Sendo de 2,25% nas células que fazem
divisas com a geradora, e de 0,75% nas células que não são divisas com as
geradoras.
das células.
36
cada classe que serão retirados em um intervalo de tempo, hi. Ficando então o
88% F4
88% F3
12% F4
12% F3
P0 h0 h1 h2 h3 h4 P4
Figura 12. Ciclo de vida da Leucena com a proporção de indivíduos retirados por
período.
(equação 15).
37
h0 0 0 0 0
0 h1 0 0 0
H =0 0 h2 0 0 (14)
0 0 0 h3 0
0 0 0 0 h4
S=I−H (15)
1 0 0 0 0 h0 0 0 0 0 1 − h0 0 0 0 0
0
1 0 0 0 0 h1 0 0
0 0 1 − h1 0 0 0
S = 0 0 1 0 0 − 0 0 h2 0 0= 0 0 1 − h2 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0 h3 0 0 0 0 1 − h3 0
0 0 0 0 1 0 0 0 0 h4 0 0 0 0 1 − h4
N t + ∆t = S × ( N t + D × M × N t ) (16)
1 − h0 0 0 0 0 N 0 D0 P0 N 0 + 88% D0 F3 N 3 + 88% D0 F4 N 4
0 N D G N + 12% D F N + 12% D F N
1 − h1 0 0 0 1 1 0 0 1 3 3 1 4 4
N t + ∆t = 0 0 1 − h2 0
0 × N 2 + D2 G1 N 1
0 0 0 1 − h3 0 N
3 D G
3 2 N 2
0
0 0 0 1 − h4 N 4 D4 G3 N 3 + D4 P4 N 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
com o lago, e que poderiam ser utilizadas para o controle do avanço desta.
CRESCIMENTO ILIMITADO
quando não há fatores a não ser os naturais que interfiram no crescimento das
mesmas. Os valores de N1 foram excluídos já que essa faixa etária não possui
Figura 13. Crescimento das faixas etárias com o tempo (População inicial N1 =
20).
e a dispersá-las. Essas sementes que vão sendo lançadas por cada individuo no
de 50% dos indivíduos das três últimas faixas etárias, chegando então
CRESCIMENTO LIMITADO
Leucena quando não há fatores externos aos ambientais que interfiram no seu
42
Tal método de manejo, como já citado, será a retirada dos indivíduos, com
ambiente, tendo uma queda brusca a cada roçada (a não ser em h0), mas
essa fertilidade pela população inicial (20 indivíduos), tem-se, cerca de 400 novos
E essa alta taxa de reprodução, aliada com números cada vez maiores de
indivíduos, faz com que, mesmo com práticas de manejo bem agressivas, essa
aqui adotados.
(figura 16). Não foi adotada nenhuma prática de manejo para tal faixa etária, visto
que seria praticamente impossível retirar as sementes que estão no solo, a não
45
ser que fosse feito com algum produto químico. Portanto, tal variação
realizando a retirada de sementes do solo (figura 18), vê-se que a Leucena, após
cada corte, continua a crescer. No entanto, a única faixa etária que consegue
atingir sua capacidade de suporte após cada corte são os brotos (N2), visto que
esses indivíduos são um dos que ficam durante o menor período na faixa etária,
(NETO,1992).
Leucena seja o motivo pela qual a Itaipu Binacional, conforme conversa pessoal
setembro de 2007, realize apenas roçadas das Leucenas quando essas fazem
Porém, vê-se que mesmo procedendo da maneira que a Itaipu faz para
das plantas (figura 19), nota-se que essa espécie continua a se desenvolver na
desenvolver no meio ambiente até a faixa etária dos jovens no meio ambiente.
47
CONCLUSÃO
da mata ciliar do lago de Itaipu, veremos que a mesma encontra-se hoje a uma
trabalho, o que foi desenvolvido aqui é uma correlação matemática para imitar
modelo para com a realidade, como as diferenças nas distâncias onde encontra-
O maior fator de erro nos resultados obtidos com o modelo para com a
a dispersão feita pela própria planta, onde a mesma era capaz de lançar as
lado outros tipos como a realizada pelo vento e pela chuva e, a mais importante, a
zoocórica.
animais de todas as espécies. Não podemos nos esquecer que a Leucena é parte
tanto para o caso da região oeste do Paraná, quanto para o apoio na tomada de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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in competitive abilities using a cellular automaton model. Ecological Modeling, 199,
219-228, 2006.
DIAMOND, J. Colapse: how societies choose to fail or succeed. Applied Ecology and
Environmental Research, Budapest: Viking Books, 2006, p. 205-209.
GILLER, P. S. Community structure and the niche. Editora Chapman & Hall, 1984.
JENSEN, A. L.; MILLER, D. H. Age structured matrix predation model for the
dynamics of wolf and deer populations. Ecological Modeling 141, 299-305, 2001.
MAY, R. M. et. al. The Populus help system - resource competition. University of
Minnesota, 2007.
STOHLGREN, T. J.; BINKLEY, D.; et al. Exotic plant species invade hot spots of
native plant diversity. Ecological Monographs 69, 25-44, 1999.
51
ANEXOS
53
ANEXOI
Parâmetros
Teoria Parâmetros de Fisiológicos e
Campo Ecológicos de
Laboratório
TOMADA DE
DECISÃO
IMPLEMEN-
TAÇÃO
ANEXO II
Figura 23. Mata densa formada por Leucenas no interior do município de Foz do
Iguaçu.
Anexo III
%------------------------------------------
Tmax = 180; %numero de iteracoes
Nx_max = 50.; %grid x
Ny_max = 50.; %grid y
NT = zeros(5,Tmax,Nx_max,Ny_max); %gera a matriz de populacoes
(N, t, x, y)
NTG_old = zeros(14,Nx_max,Ny_max); %vetor para armazenar pop
antiga
NTG_new = zeros(14,1); %vetor para armazenar pop
nova
M = zeros (14,14); %matriz dos coeficientes
L = zeros (13,1); %vetor de coeficientes de
luminosidade
MG = zeros (14,14,Nx_max,Ny_max); %matriz de transicao
SEM = zeros (Nx_max+2,Ny_max+2); %matriz de sementes que
germinam
SEM1 = zeros (Nx_max+2,Ny_max+2); %matriz de sementes latentes
GRID = zeros (Nx_max,Ny_max,Tmax); %matriz p/ o gráfico das pops
I = eye(14); %matriz identidade
D = zeros(14,14); %matriz de densidades
H = zeros(14,14); %matriz de desbaste
(harvesting)
S = zeros(14,14); %matriz de sobrevivencia
(S=I-H)
%------------------------------------------
H(1,1) = h1;
H(2,2) = h2;
for i = 3:5
H(i,i) = h3;
end
for i = 6:13
H(i,i) = h4;
end
H(5,5) = h5;
%------------------------------------------
NT(:,1,1,1) = [0.; POP; 0.; 0.; 0.]; %pop inicial na primeira celula
do grid
NTG_old(2,1,1) = POP;
%------------------------------------------
if (sum(NT(:,n-1,x,y))) > 0
%calculo de G0
MG(2,1,x,y) = Sxmax(1,1)*FAT1*FAT2;
%calculo de P0
MG(1,1,x,y) = (1.-MG(2,1,x,y));
%calculo de G1
MG(3,2,x,y) = 1.;
%calculo de G2
58
for i = 4:6
MG(i,i-1,x,y) = Sxmax(i-1,1)*FAT1*FAT2;
end
%calculo de G3
for i = 7:13
MG(i,i-1,x,y) = Sxmax(i-1,1)*FAT1*FAT2;
end
%calculo de G4
MG(14,13,x,y) = Sxmax(13,1)*FAT1*FAT2;
if rem((n-1),6) == 0
h1 = 0.; h2 = 0.; %(n-1) porque estamos
comecando as...
h3 = 0.5; h4 = 0.5; %iteracoes com n=2. Variar
valores...
h5 = 0.5; %...de (hi)s para simular
diferentes manejos
elseif rem((n-1),6) ~= 0
h1 = 0.; h2 = 0.;
h3 = 0.; h4 = 0.;
h5 = 0.;
end
H(1,1) = h1;
H(2,2) = h2;
for i = 3:5
H(i,i) = h3;
end
for i = 6:13
H(i,i) = h4;
end
H(14,14) = h5;
%Calculo principal
S = I-H;
NTG_new = S*(NTG_old(:,x,y)+D*MG(:,:,x,y)*NTG_old(:,x,y));
%------------------------------------------
end
end
end
%------------------------------------------
end
end
end
%------------------------------------------
%----------------------FIM---------------------
61
Anexo IV
Produtores rurais de 13 municípios que margeiam o lago de Itaipu buscam, na Justiça Federal,
indenização por prejuízos que afirmam terem sido provocados, nos últimos 20 anos, pelas
alterações micro climáticas com a formação do lago da hidrelétrica.
A Itaipu contesta a ação e acusa advogados de criarem uma " indústria de indenizações". Segundo
a ação proposta na Justiça Federal, as alterações micro climáticas -decorrentes da criação do que é
considerado o maior lago artificial do mundo- provocaram prejuízos a 1.300 produtores nos 13
municípios e atingem os 1.099 km de entorno do perímetro brasileiro do lago, com 70 mil hectares
de terra. Com base em números levantados por produtores que movem a ação contra a Itaipu
Binacional, nos últimos 20 anos os prejuízos somariam R$ 20 mil por hectare. Uma simples conta
de multiplicação mostra o tamanho potencial da ação indenizatória contra a binacional: R$ 1,4
bilhão.
O advogado César Augusto Gularte de Carvalho, 37, que dirige o escritório Estúdio Legale, de Porto
Alegre (RS), e representa os 1.300 produtores no processo, afirma que é prematuro levantar cifras.
"Tudo depende do histórico de cada imóvel e do tipo de exploração dele por seu proprietário",
afirma. Carvalho, no entanto, diz que os valores poderão passar dos "dez dígitos". Para
fundamentar a tese das alterações micro climáticas, o escritório de Carvalho contratou uma equipe
de especialistas, que foi a campo analisar os efeitos da formação do lago sobre a produção
agropecuária nas propriedades.
O curioso é que o ponto de partida das investigações foi um estudo contratado pela própria Itaipu
Binacional ao Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) e coordenado pela PUC (Pontifícia
Universidade Católica) do Paraná. "O estudo de Itaipu, chamado Mesolite, foi em nível
microrregional. Nossa investigação foi em nível micro, somente na área em que o estudo apontava
modificações na umidade específica do ar e de temperatura, em uma faixa de 5 km em relação às
margens do lago", afirma Carvalho.
As alterações climáticas anunciadas na ação consistem na modificação dos regimes dos ventos e
de níveis de temperatura do ar, umidade, evaporação e radiação, o que provocou elevação de
temperatura e aquecimento do solo, expondo as plantas a uma situação de estresse, com déficit
hídrico e redução da produtividade.
Em uma mesma propriedade, como a de Aldino Larssem, 68, em Itaipulândia, a colheita de soja
feita com acompanhamento técnico mostrou diferença de produtividade de 40% entre áreas mais
distantes do lago e aquelas dentro da faixa de 5 km às margens. "Eu colhi 40% menos na faixa do
lago, mesmo utilizando as mesmas sementes, a mesma tecnologia e adubação. E mais: tive custos
maiores nas proximidades da faixa de cortina verde plantada por Itaipu, já que tive que pagar mão-
de-obra manual para o controle da leucena", afirmou Larssem, proprietário de 556 hectares.
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A cortina verde citada por Larssem é outro motivo para os pedidos de indenização. Na faixa de
proteção do lago contra a erosão, a binacional introduziu uma espécie exótica chamada leucena,
que virou invasora de lavouras.
Em nota assinada pela sua assessoria de comunicação, a Itaipu Binacional informou não ter
conhecimento do conteúdo das ações, mas entende "que esse conjunto de ações é mais um
produto da indústria da indenização, que tenta tirar proveito de uma situação forjada, explorando a
boa-fé dos produtores rurais".
Na nota, a binacional diz que informações preliminares dão conta de que "tais ações teriam se
baseado em fragmentos de estudos feitos pelo Instituto Tecnológico Simepar para a Itaipu
Binacional e que esses estudos teriam sido aproveitados de forma distorcida e manipulada,
incompatível com o conjunto dos resultados".
"O monitoramento micro climático feito por Itaipu desde 1998, sustentado em bases científicas, não
permite concluir que a formação do lago seja responsável por supostas mudanças climáticas na
região, muito menos que tenha causado prejuízos aos produtores", diz a nota.
Segundo a binacional, eventuais alterações climáticas ocorridas podem ser atribuídas a variações
globais de temperatura (efeito estufa) e ao desmatamento desordenado que houve na região, e não
ao reservatório. Diz que os prejuízos alegados inexistem. Informa ainda que, oportunamente, a
Itaipu Binacional contestará essas ações e produzirá as provas técnicas que demonstrarão, em
definitivo, "a improcedência de tais pretensões milionárias".
Quanto aos pedidos de indenização por outros supostos danos, a Itaipu Binacional esclarece que a
mata ciliar na faixa de proteção é uma obrigação legal, o que impede o uso privado dessa área. E
que a desapropriação da área já foi devidamente indenizada no passado. A nota diz que a
responsabilidade pela segurança e a vigilância do lago, para evitar roubos, contrabando e tráfico de
drogas, é da Polícia Federal e não da binacional.