Ano IV / No 17 - 15 de novembro de 2002

EDITORIAL
O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, na busca constante por informar ao combatente anfíbio, traz
para você mais um exemplar do “Âncoras e Fuzis”.
“Âncoras e Fuzis” apresenta, neste número, temas que informam sobre: Exercício do Batalhão de Artilharia,
guerra eletrônica nas operações anfíbias, o CFN na intranet, emprego do raio laser para destruição de minas,
peculiaridades do combate em ambiente de selva, guerra de manobra, Fuzileiros Navais pelo mundo, bem como
tantos outros temas de interesse.
Combatente anfíbio: Este veículo de informação é seu, aproveite-o como mais uma possibilidade que você tem
de influenciar e construir o nosso Corpo de Fuzileiros Navais. Participe, mande sugestões, estamos prontos para
saber o que você pensa.
Envie qualquer contribuição diretamente ao Departamento de Estudos e Pesquisa do Comando-Geral do Corpo
de Fuzileiros Navais pelo MBMail (30@comcfn), internet (30@cgcfn.mar.mil.br) ou pelo Serviço Postal da Marinha.
ADSUMUS

O BtlArtFuzNav em Formosa-GO
Em decorrência das Avaliações
Operacionais do obuseiro Light
Gun, ocorridas em 2000 e 2001,
realizou-se no Campo de Instrução
de Formosa-GO, no período de 07
a 12 de setembro do corrente ano,
o primeiro Exercício Operacional
(EXOP) do referido armamento,
o qual teve por finalidade testar os
parâmetros operacionais levan-
tados nas supracitadas Avaliações.
Paralelamente e posteriormente
ao EXOP, realizou-se também a
ESFOG-ART-II, exercício no qual
se procurou dar ênfase à parte
técnica e tática do emprego da
Artilharia de Campanha. Merecem destaque a realização de Tiros Múltiplos com Impacto Simultâneo (realização
de rajadas por uma mesma Bateria nas trajetórias mergulhante e vertical com impacto simultâneo no alvo), a
utilização, pela primeira vez, da prancheta 6.400”’, com tiro real para frente e para a retaguarda, e um campeonato
de tiro direto entre as Baterias que participaram da manobra.
O Exercício, como um todo, coroou-se de grande êxito, tendo logrado testar as diversas possibilidades do
obuseiro Light Gun e permitido alcançar um elevado grau de adestramento pelo Batalhão de Artilharia.

PONTUAÇÃO PARCIAL
Abaixo publicamos a atual classificação do prêmio “Ancoras e Fuzis” nas categorias: individual e OM,
relembrando que apenas estamos começando as apurações. Participe contamos com você!

INDIVIDUAL
1º - 2º TEN-FELIX (1ºBtlInfFuzNav).................. 18 PONTOS
2º - 2º TEN-ALESSANDRO (1ºBtlInfFuzNav).... 9 PONTOS
3º - CT-LEMOS (BtlEngFuzNav)........................8 PONTOS
4º - CT-COSTA REIS (CiaCC)...........................6 PONTOS
5º - 1º TEN-VERAS (CiaPolBtlNav)................... 6 PONTOS
OM
1º - 1ºBtlInfFuzNav.........30 PONTOS
2º - CiaPolBtlNav........... 23 PONTOS
3º - CiaCC..................... 20 PONTOS
4º - ComFFE.................. 15 PONTOS
5º - BtlEngFuzNav........... 8 PONTOS

1
 Guerra Eletrônica no Assalto Anfíbio
A utilização do espectro eletromagnético por
equipamentos que visam a detecção de alvos, é cada
vez mais usual nos dias de hoje. Nas Operações
Anfíbias, como em qualquer outra operação militar, não
se deve subestimar a potencialidade de tais meios na
localização e condução de fogos, seja sobre a tropa em
deslocamento no terreno, ou seja, contra baterias de
artilharia desdobradas realizando tiro, utilizando-se para
este fim os radares de contra-bateria e os radares de
vigilância terrestre.
O radar de Contra-Bateria é um equipamento
que, em questão de segundos, pode localizar o sítio de
uma peça ou de uma bateria de artilharia inimiga,
fornecendo dados precisos para a realização de um
rápido contra-ataque. Normalmente, este tipo de radar
está associado a uma unidade de artilharia, e através
de data link, informa à central de tiro a localização do
alvo.Os radares de Vigilância Terrestre são, em geral, constatado que o inimigo possui a possibilidade de empregar os
equipamentos portáteis utilizados para detecção, aquisição, radares de Contra-Bateria e/ou os radares de Vigilância Terrestre,
localização e reconhecimento de tropas à pé, veículos leves ficará evidenciada a necessidade de utilização de meios que
e pesados e aeronaves voando a baixa altitude. Podem ser neutralizem tais radares ou que minimizem seus efeitos. Pode-se
utilizados em apoio a operações ofensivas ou defensivas, imaginar que bastaria enviar elementos de Operações Especiais
em qualquer condição meteorológica e sob condições de (Comandos Anfíbios) para, momentos antes do desembarque,
visibilidade reduzida. neutralizar estes radares. Porém, a presença destes elementos
Por ocasião do planejamento de uma operação anfíbia, o em terra poderia ser detectada por estes sensores, o que
setor de inteligência levantará os meios de que dispõe o acarretaria na quebra do sigilo da operação e o seu possível
inimigo para que seja feita a comparação dos poderes fracasso. Pode-se imaginar também, que bastaria atacá-los com
combatentes e estabelecidos os fatores de força e fraqueza, Fogo Naval ou Aéreo, porém, estes radares são dotados de
tanto para as nossas forças como para o inimigo. Uma vez grande mobilidade e, dependendo do terreno, pode ser muito
difícil neutralizá-los apenas com estes fogos.
Conclusão
O Estado-da-Arte em qualquer operação de guerra pressupõe
o domínio do espectro eletromagnético, tendo seu detentor
grande vantagem tática sobre o oponente. Para conseguir este
domínio, é fundamental que haja investimento na área de pesquisa
e desenvolvimento de tecnologias que permitam a fabricação de
equipamentos nacionais de Guerra Eletrônica, visando minimizar
a influência dos radares inimigos nas Operações Anfíbias.
Enquanto não possuirmos esta tecnologia, é necessário que se
adquira, no mercado externo, estes equipamentos, para propiciar
um acréscimo na capacidade de combate e de sobrevivência das
tropas de Fuzileiros Navais.

FUZILEIROS NAVAIS NA MARINHA BOLIVIANA

A missão da marinha Boliviana é
organizar e desenvolver o poder naval
para orientar e proteger o interesse
marítimo, fluvial e lacustre , bem como
participar no desenvolvimento integral do
país, com a finalidade de contribuir para
a defesa e consecução dos objetivos
nacionais.
Dentre suas tarefas destacam-se
manutenção da soberania e defesa do
território, manutenção da liberdade de
navegação, repressão ao contrabando,
produção de cartas de navegação, cumprir missões especificas com capacidade de conduzir operações combinadas ou conjuntas
em ambiente ribeirinho e participar do desenvolvimento nacional dentro de sua área de competência e jurisdição.
Seu pessoal cumpre tarefas em unidades da armada e de fuzileiros navais da Bolívia, sendo todo ele oriundo de academias
militares. Os fuzileiros navais caracterizam-se por serem tropa leve, existindo a obrigatoriedade do serviço militar por um ano.
Existem entre suas unidades sete batalhões de infantaria de marinha, quatro batalhões de polícia militar, uma força para
cumprir tarefas especiais, uma escola de operações fluviais e um centro de treinamento de comandos anfíbios.
Existe, também, uma força para cumprir tarefas especiais, com comando independente, contra o narcotráfico.

2
Guerra de
Manobra
Vistos os conceitos apresentados nos
números anteriores, passaremos a
enfocar o cerne da forma de proceder
quando adotamos a filosofia da guerra
de manobra. Neste estilo de combater,
torna-se o principal foco de nossas ações
a busca constante pela quebra da coesão
mental e sistêmica do oponente, coesão
esta que faz com que ele possa
desenvolver ações coordenadas com os
seus meios disponíveis. Observe-se que
este enfoque difere significativamente da
forma de atuar sobre seus meios e
organizações, ou ainda com ênfase no
controle de terreno, normalmente
empregados.
Para tanto nos preocuparemos:
Ø Atuando no campo mental
• Para reduzir os efeitos da fricção,
desordem, incerteza e complexidade em
nossas forças serão necessários mais e
melhores meios para gerar conhe-
cimentos e melhorar a capacidade de
processamento da informações. Deverá
ser levada em conta a simplicidade,
clareza e concisão nas ordens, organi-
zações e cadeias de comando e haverá
necessidade de melhor capacidade de C2
e descentralização, levando-se em conta
que a decisão deve ser tomada pelo
melhor informado.
• Para ampliar os efeitos da fricção
, desordem, incerteza e complexidade
para o inimigo serão necessárias ações
passivas e ativas contra os elementos
inimigos geradores de conhecimentos,
forte emprego de ações diversionárias,
manutenção de ritmo superior, emprego
da manobra em seu sentido mais amplo
e emprego do fogo para quebra do
moral.
Ø Atuando nos sistemas
•Com relação ao Inimigo deveremos
atuar em suas vulnerabilidades criticas,
do centro de gravidade. Buscar
engajamentos assimétricos, focar as
ações no esforço principal, evitar os
pontos fortes (superfícies) e aproveitar
os pontos fracos (brechas), empregar
armas combinadas, manter ritmo
superior e empregar ações preparatórias.
•Com relação ao Amigo deveremos
proteger suas vulnerabilidades críticas,
do centro de gravidade. Empregar armas
combinadas e manter ritmo superior.
Pense
Aquele que não ama seu país não
pode amar mais nada.
Byron, 1788-1824
Laser Anti-Minas
Laser Anti-Minas
Um teste que direcionou energia laser está
tornando-se importantíssimo para a defesa
americana e o seu Exército pretende começar
uma série de testes com a arma destruidora de
minas, montada com laser, chamada “Zeus”.
Com recursos suficientes, alguns oficiais
envolvidos no programa afirmam que uma
versão operacional poderá estar pronta em
poucos anos, uma vez que os problemas estão
sendo resolvidos.
O sistema “Zeus” é montado em um
veículo multi-propósito sobre rodas
(HMMWV), em sua parte superior, sendo
capaz de emitir laser com 500W de potência,
propiciando que a quantidade de energia que
alcança o alvo seja equivalente a três ou quatro
lâmpadas de 100W.
O laser aquece a superfície da mina, dentro
de uma distância de até 250 metros, pos-
Peculiaridades do Combate
em Ambiene de Selva
- Algumas Lições às Frações
O Calor intenso existente na selva
aumenta a exaustão. A umidade relativa acima
de 90% provoca sudorese intensa e aproxima
o combatente da desidratação. A vegetação,
nem sempre permeável, torna-se
freqüentemente um obstáculo que dificulta a
progressão e obriga a sucessivos desvios. A
velocidade dos deslocamentos é diminuida
pelo terreno acidentado. Como se não
bastasse, o constante encontro com a água,
seja proveniente da chuva ou dos próprios
cursos d’água, produz violento efeito nos
equipamentos e no moral, além de elevar a
grande probabilidade de se adquirir doenças
fúngicas e bacterianas que se alastram em
função dos fatores associados ao meio. No
entanto, este ambiente operacional complexo
pode ser um elemento favorável ao combatente
com conhecimento técnico específico.
Este combatente deve encarar sua
condição física como requisito fundamental.
Sua total adaptação ao meio diminuirá a
probabilidade de ocorrência dos efeitos
fisiológicos do calor, como as cãibras e a
exaustão. O conhecimento e a manutenção
da higiene pessoal compatível com o ambiente
serão indispensáveis à prontidão para o
combate. Boas dicas são: o excessivo cuidado
com os pés; a limpeza e desinfecção imediata
de feridas geradas por cortes, espinhos e
insetos a fim de evitar as inflamações; o asseio
constante do corpo para evitar os fungos e
bactérias; e a ingestão de água ocorrendo nas
refeições e durante a noite, reduzindo a perda
líquida pelo suor excessivo. São pequenos
cuidados gerando enormes benefícios.
Deslocamentos noturnos são
extremamente lentos e somente executados
sibilitando que o material explosivo,
existente em seu interior, entre em
combustão.
O tempo de duração do laser
necessário para destruição do artefato,
depende da espessura e tipo do
invólucro da mina , por exemplo metal
ou plástico.
A variação de 1kw, em desen-
volvimento, permitirá uma grande
flexibilidade de uso e dará ao sistema a
capacidade para neutralizar engenhos
falhados, como munições, granadas e
bombas em geral; um dos principais
motivos de perda de pessoal, mais do
que o combate, na guerra do Golfo
1990-91.
Diferente de outros sistemas de
limpeza de campos minados, o “Zeus”
causa somente baixos níveis de
detonações, o que diminui os frag-
mentos lançados ao ar e os estragos
das estradas e eixos de abastecimento
utilizados por forças amigas.
JANÉS DEFENCE WEEKLY /
SEPTEMBER 2002
em extrema necessidade, pois a
velocidade cai para uma média de 200
a 300 metros por hora. Além disso, a
obtenção de posições com o uso do
GPS é freqüentemente prejudicada pela
densidade da vegetação que dificulta
a captação dos sinais dos satélites.
Os equipamentos também
merecem cuidados e atenção especiais.
A alta umidade gera necessidade da
manutenção constante dos
armamentos para evitar a oxidação. Para
reduzir o desgaste, a carga individual
deve ser o mais leve possível. No
entanto, a dificuldade de executar o
ressuprimento pode aumentá-la. O
fardamento deve ser de secagem rápida
e estar limpo.
Equipamentos Rádio sofrem
grandes variações de desempenho,
principalmente em alcance. Óticos e
optrônicos tem a eficiência diminuída
pela restrição de visibilidade e
observação além de estarem altamente
sujeitos à presença de fungos nas
lentes.
Agentes biológicos e químicos
são eficientes no interior da selva onde
o entrelaçamento das copas aumenta
sua persistência.
É fato que algumas destas lições
são detalhes. Talvez um destes
detalhes seja necessário para a
sobrevivência em combate.
Podemos salientar que, neste
cenário onde a descentralização das
ações é grande e as pequenas frações
têm elevada importância, saber manter
as condições de combate de seus
homens e equipamentos, mesmo
diante dos maiores óbices é o segredo
para tornar a inimiga Selva sua maior
aliada. ADSUMUS.
(Participação enviada pelo Batalhão de
Operações Ribeirinhas)
3
 DECIDA
São 1030P do dia D+2. O Sr. é o ImtoCia da
1ªCiaFuzNav(Ref) do GDB-1, no comando da SU em razão da
baixa de seu ComCia. Sua SU está realizando a consolidação
do Obj final para ela previsto no planejamento. A orla posterior
do Obj se debruça sobre um rio que materializa a LCPF e também
a LCAF em vigor. Analisando a situação, o Sr. sente a
necessidade de enviar uma patrulha longo do rio em questão
para apoiar as ações de consolidação do Obj. Existe uma outra
LCAF longo do rio e longo das posições onde o Sr. pretende
enviar sua patrulha, mas que só está prevista para ser ativada
quando da entrada em vigor do Plano de Defesa, o qual,
entretanto, ainda não tem previsão de sua entrada em vigor em
função da situação na ZAç do GDB-2 ainda estar indefinida,
não tendo aquele GDB conquistado os seus Obj finais. O que
o Sr. faria para proporcionar segurança à sua patrulha contra
um possivel engajamento por fogo amigo?

Resposta do “Pense” Anterior -“Âncoras e Fuzis no 16”

CFN na Intranet Abaixo publicamos a interpretação do Pense do último número, enviada pelo
Segundo-Tenente (FN) Anderson Veras Marques, da CiaPol do Batalhão Naval:

A partir de novembro estará
funcionando a página da intranet do
Comando Geral do CFN (CGCFN).
Com chamadas para os diversos
departamentos do CGCFN, será possível
ao visitante ter acesso à mais variada
gama de informações com vistas ao
aumento de seu conhecimento sobre o
CFN e a MB.
Particularmente, em relação a
capacitação profissional, são de peculiar
importância os itens apresentados no
setor do Departamento de estudos e
pesquisas, cabendo ressaltar as seguintes
possibilidades:
- Consulta a manuais da série CGCFN;
- Envio de sugestões para o
aprimoramento de nossos manuais;
- Abordagem de dúvidas doutrinárias;
- Participação em fórum de debates
sobre temas de interesse do CFN;
- Conhecimento das leituras profis-
sionais existentes;
- Acesso à biblioteca do CGCFN; e
- Leitura dos periódicos “O Anfíbio”
e “Âncoras e Fuzis”.
O Brasil vem passando por diversas
transformações de cunho sócio-
econômico-político, as quais tem modi-
ficado o comportamento humano nas
diversas camadas sociais. Seja por uma
dificuldade econômica, uma insatisfação
política, uma inversão de valores sociais
ou, ainda, por mero desvio de conduta
individual ou combinação destes fatores,
a verdade é que, de fato, hoje em dia, a
sociedade brasileira, em sua maioria,
prostrou-se diante de situações que
poderiam ser contornadas com um pouco
mais de trabalho, dedicação, vontade de
acertar e fé. A partir daí, diante desta
espera por soluções “caídas do céu”, as
conseqüências imediatas são o
desânimo, a descrença – em si e no
sistema – e o sentimento equivocado de
que se fez tudo o que se podia ter feito.
Além disso, no ambiente de trabalho,
pode, por vezes, surgir a chamada
liderança negativa, onde um deter-
minado indivíduo (ou grupo) desa-
nimado diante de suas tarefas
contamina o restante do grupo, preju-
dicando o desempenho da Instituição
como um todo. Paralelamente à
insatisfação, o ambiente, freqüen-
temente, recebe um teor a mais de nega-
tivismo, repleto de reclamações e
desavenças.
Diante deste quadro, é muito
importante que existam pessoas mo-
tivadas e, até mesmo, especialmente
treinadas para isso, infiltradas nos
diversos ambientes de trabalho, a fim
de mostrar que, em cada indivíduo, há
uma capacidade bastante grande de
produzir, de se fazer crescer, de gerar algo
importante para o desenvolvimento
comum.
É importante tornar claro para todos
os indivíduos, militares ou não, que o
país, o nosso país, foi construído a partir
do trabalho contínuo de cada homem,
um trabalho sincero, honesto e,
sobretudo, patriota.

Resposta do “Decida” Anterior -“Âncoras e Fuzis no 16”

Abaixo transcrevemos uma das
soluções recebidas pela nossa redação,
proposta pelo 2ºTEN-FN-ALMEIDA da
Companhia de Carros de Combate.
1. Como Comte da 1ªCiaFuzNav,
estando com o 1°PelFuzNav detido ao
Sul da Lct URSO com suas Vtr M-113
destruídas por armas AC do inimigo e
com o 2°PelFuzNav com um GC a menos
e este somente tendo condições de fixar
o inimigo por mais uma hora, fui levado
a tomar a seguinte decisão:
a) O 3°PelFuzNav deverá se deslocar
para zona de ação do PelCC para atacar
e conquistar o Obj b. Se fosse utilizá-lo
na zona de ação do 1°PelFuzNav estaria
reforçando o insucesso, se utilizasse
este na zona de ação do 2°PelFuzNav
teria grande dificuldade de controle para
fazer a ultrapassagem ou mesmo uma
substituição, pois a tropa que ali se
apresenta, está dispersa no terreno, e
com isso deveria se haver uma grande
coordenação para o deslocamento de Vtr
blindadas no interior desta área. Já na
zona de ação do PelCC, além de ser mais
fácil à coordenação, pois não existe tropa
desdobrada no terreno, a surpresa seria
um fator determinante, pois surpre-
enderíamos o inimigo quase que pela
retaguarda, uma vez que seu esforço
principal está voltado para “SE” e com
isso obrigaríamos ao ini a combater em
dois flancos. Outro fator de suma
importância, é que pela zona de ação do
PelCC os dois meios teriam apoio mutuo,
um prestaria segurança para o outro
(binômio CC /Inf ) até o assalto pro-
priamente dito.
b) Para que isso seja possível teremos
que aumentar nossas medidas de
coordenação e controle, incluir a Lct
LOBO, o que será representado por uma
linha imaginaria que acompanhará o sopé
“W” da elevação que é representada pelo
Obj b. Esta linha no calco seria
representada por uma linha
simetricamente igual a Lct TIGRE só que
do lado oposto da elevação. Uma vez que
o 3° PelFuzNav atingisse a primeira linha
de controle(Lct URSO) o PelCC que até
este momento estaria apoiando o
deslocamento desta tropa pela fogo
deverá, a partir deste momento alongar
seus fogos para parte superior da
elevação, quando este pelotão chegar na
outra linha de controle(Lct LOBO) o
PelCC deverá cessar os fogos, para que a
infantaria possa fazer o assalto.
c) Para aos demais pelotões
(1°PelFuzNav e o 2°PelFuzNav) caberá a
missão de fixar o inimigo pelo fogo e cessar
seus fogos por ocasião da transposição
do 3°PelFuzNav pela Lct LOBO.
d) Para tanto se faz necessário que
este ataque seja feito às 0745P, do dia D,
na direção “SW”-”NE”.
e) Após a conquista do Obj b o
2°PelFuzNav deverá reverter para reserva.