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A corrosão por pites é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação
de cavidades de pequena extensão e razoável profundidade. Ocorre em
determinados pontos da superfície enquanto que o restante pode permanecer
praticamente sem ataque.
Nos materiais passiváveis a quebra da passividade ocorre em geral pela ação dos
chamados íons halogenetos (Cl-, Br-, I-, F-) e esta dissolução localizada da película
gera um área ativa que diante do restante passivado provoca uma corrosão muito
intensa e localizada. Uma grandeza importante neste caso é o potencial em que haja
a quebra de passividade. Na verdade o que ocorre é a alteração na curva de
polarização anódica.
IOPE 2011
A corrosão por pite é um dos maiores problemas na área de medicina, isto
porque o material metálico no corpo humano sofre dissolução química ou reação
eletroquímica com uma velocidade significativa. O emprego dos aços inoxidáveis em
implantes ortopédicos continua sendo realizado por duas razões: sua maior
resistência mecânica e seu custo mais baixo, quando comparados aos outros
materiais não ferrosos[1 -13].
Estudos da literatura [14] têm mostrado que novos aços inoxidáveis aus
teníticos contendo teor de nitrogênio da ordem de 0,4 % em peso, apresentam uma
melhor aplicabilidade em implantes ortopédicos quando comparados ao aço
inoxidável F 138 com 0,029 % de nitrogênio. Villamil et ali[15-16] têm estudado um
novo aço inoxidável, o ISO 5832-9, que contém, além de nitrogênio em porcentagem
superior à do F 138, teores de nióbio da ordem de 0,3 %. Este aço tem se mostrado
muito mais resistente do que os aços convencionais, tanto pelo valor do potencial de
pite (Ep) quanto pela ordem de grandeza da sua corrente passiva em meios de NaCl
0,11 mol L-1 a T = 36,5 °C [15] e em meio de Na Cl 0,9% a pH igual a 4,0 e
temperatura de 40°C[16].
COTE184 PDF 19/03/2011