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A História da Sexualidade

No século XVII a sexualidade era solta sem reticências e tudo era permitido mas devido a influencia da sociedade vitoriana o sexo foi reprimido de
sua ampla liberdade restrito ao quarto do casal as crianças calariam e nada lhes era permitido com a sexualidade os corpos não mais
pavoneavam.

A Sociedade vive, desde o séc. XVIII, uma fase de repressão sexual. Nessa fase, o sexo se reduz à sua função reprodutora e o casal passa a ser
o modelo . O que sobra torna-se amor mal é expulso, negado e reduzido ao silêncio. Mas a sociedade burguesa se vê forçada a permitir algumas
coisas. Ela restringe as sexualidades ilegítimas a lugares onde possam dar lucros que, numa época em que o trabalho é muito explorado, as
energias não podem ser dispensadas nos prazeres.

A partir do século XVIII o sexo com teve uma fase de repressão foi reduzido a sua função reprodutiva e o casal passa a ser o modelo. O que fosse
fora desse contexto era negado reduzido ao silêncio

Para Foucault, essa repressão é chamada por ele de hipótese repressiva, mas ele destrói esse pensamento e formula uma nova hipótese,
mostrando que certas explicações funcionem, elas não podem ser encaradas como as únicas verdadeiras.

A hipótese repressiva não pode ser contestada, já que serve para a sociedade atual. Para nós é gratificante formular, em termos de repressão, as
relações de sexo e poder por muitos motivos. Primeiro porque, se o sexo é reprimido, o simples fato da repressão e falar do sexo ultrapassa todos
os limites; afinal, aceitando a hipótese repressiva, se pode vincular revolução e prazer, se pode falar num período em que tudo vai ser bom: o da
liberação sexual. Sexo, revelação da verdade, inversão da lei do mundo, são hoje coisas ligadas entre si. Mas insiste-se na hipótese repressiva
pois, dessa forma, tudo o que se diz sobre sexo ganha valor mercantil. Certos psicólogos, por exemplo, são pagos para ouvirem falar da vida
sexual dos outros .

Essa hipótese repressiva vem acompanhada de uma forma de pregação: a afirmação de uma sexualidade reprimida é acompanhada de um
discurso destinado a dizer a verdade sobre o sexo. Foucault, no livro, interroga a hipocrisia da sociedade. A questão é contra nós mesmos, que
somos reprimidos. A partir daí, ele propõe uma série de questões: a repressão sexual é mesmo uma evidência histórica, como se afirma? Serão os
meios que se utiliza e o poder repressivo o mesmo? Será que são formas discretas de poder?

Não é que ele diga que o sexo não vem sendo reprimido; ele afirma que essa interdição não é o elemento fundamental a partir do qual se pode
escrever a historia do sexo, a partir da idade moderna. Ele coloca a hipótese repressiva numa economia geral a partir do séc. XVII. Mostra que
todos os elementos negativos ligados ao sexo (proibição, repressão, etc.), têm função numa técnica de poder e numa vontade de saber.

A hipótese de Foucault é que há, a partir do séc. XVIII, uma proliferação de discursos sobre sexo.

Ele diz que foi o próprio poder que incitou essa proliferação de discursos, através da igreja, da escola, da família, do consultório médico. Essas
instituições não visavam proibir ou reduzir a pratica sexual; visavam o controle do individuo e da população.

É suposto que deve-se falar de sexo, mas não apenas como uma coisa que a ser tolerada, mas a ser gerida e inserida para o bem de todos, fazê-
lo funcionar. O sexo não se julga apenas, mas adiministra-se . Regula-se o sexo, mas não pela proibição, e sim por meio de discursos úteis,
visando fortalecer e aumentar a potência do Estado como um todo.

Um exemplo prático dos motivos para se regular o sexo foi o surgimento da população como problema econômico e político, sendo necessário
analisar a taxa de natalidade, a idade do casamento, a precocidade e a freqüência das relações sexuais, a maneira de torná-las fecundas ou
estéreis e assim por diante.

Pela primeira vez, o dinheiro e o futuro da sociedade eram ligados à maneira como cada pessoa usava o seu sexo. O aumento dos discursos
sobre sexo pode, então, ter visado produzir uma sexualidade economicamente útil.

Também passou a despertar as atenções de pedagogos e psiquiatras. Na pedagogia, há a elaboração de um discurso sobre o sexo das crianças;
na psiquiatria, são estabelecidas as perversões sexuais. Ao assinalar os perigos, despertam-se as atenções em torno do sexo como um perigo
incessante o que incita cada vez mais o falar sobre sexo .

O exame médico, a investigação psiquiátrica, o relatório pedagógico, o controle familiar que aparentemente visam apenas vigiar e reprimir essas
sexualidades funcionam, na verdade, como mecanismos de incitação: prazer e poder. Prazer em exercer um poder que questiona, fiscaliza, espia,
investiga, revela; prazer de escapar desse poder. Poder que se deixa invadir pelo prazer a que persegue. Poder que se afirma no prazer de
mostrar-se, de escandalizar, de resistir . Prazer e poder reforçam-se.

Dizendo poder, não quero significar o poder , como um conjunto de instituições e aparelhos que garantem a sujeição dos cidadãos num
determinado estado. Também não entendo poder como um modo de sujeição que, por oposição à violência, tenha a forma de regra. Enfim, não
entendo o poder como um sistema geral de dominação exercida por um elemento ou grupo sobre o outro e cujos efeitos, por derivações
sucessivas, atravessem o corpo social inteiro. A análise em termos de poder não deve postular, como dados iniciais, a soberania do Estado, a
forma de lei ou a unidade global de uma dominação; estas são apenas e, antes de mais nada, suas formas terminais. Parece-me que se deve
compreender o poder, primeiro, como a multiplicidade de correlações de forças imanentes ao domínio onde se exercem e constitutivas da sua
organização; o jogo que, através de lutas e afrontamentos incessantes as transforma, reforça, inverte; os apoios que tais correlações de força
encontram umas nas outras, formando cadeias ou sistemas ou ao contrário, as defasagens e contradições que as isolam entre si; enfim, as
estratégias em que se originam e cujo esboço geral ou cristalização institucional toma corpo nos aparelhos estatais, na formulação da lei, nas
hegemonias sociais . (FOUCAULT, 1993 pág. 88-89).

Pode-se afirmar, então, que um novo prazer surgiu: o de contar e o de ouvir.

Foucault constrói uma nova hipótese sobre a sexualidade humana. As sexualidades são socialmente construídas. Assim como a hipótese
repressiva, é uma explicação que funciona. Cada um que aceite a verdade que lhe convém.

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