Vous êtes sur la page 1sur 16

Faculdade Estácio de Sá

A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FRENTE O INQUÉRITO


POLICIAL

Projeto de monografia elaborado pelo acadêmico


César Dutra do Nascimento] como exigência do
curso de graduação em Direito da Faculdade [nome
do faculdade] sob a orientação do professor [nome
do professor]

JUIZ DE FORA
2011
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................03

1.1 REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................................................04

2. JUSTIFICATIVA.................................................................................................................07

3. OBJETIVOS.........................................................................................................................07

3.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................................07

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................07

4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA....................................................................................07

5 HIPÓTESES..........................................................................................................................07

6 METODOLOGIA ................................................................................................................08

7 ESTRUTURA DA PESQUISA.............................................................................................08

8 CRONOGRAMA..................................................................................................................08

9 REFERÊNCIAS....................................................................................................................09
3

1. INTRODUÇÃO

O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do estado brasileiro e da


democracia. A sua história é marcada por dois grandes processos que culminaram
na formalização do Parquet como instituição e na ampliação de sua área de
atuação.
No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia
o Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as
Ordenações Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça,
atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal.
Existiam ainda os cargos de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e o
de procurador da Fazenda (defensor do fisco).
Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império,
iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.
Na República, o decreto nº 848, de 11/09/1890, ao criar e regulamentar a
Justiça Federal dispôs, em um capítulo, sobre a estrutura e atribuições do Ministério
Público no âmbito federal.
Desta data em diante, nos textos constitucionais, o Ministério Público ora
aparece, ora não é citado. Esta inconstância decorre das oscilações entre regimes
democráticos e regimes autoritários ou ditatoriais.

As instituições não existem sem uma razão de ser, tampouco existem para si
mesmas. Todas têm a sua finalidade social, às vezes até, legalmente estabelecida.
Assim também é o Ministério Publico, que, historicamente, sempre teve ao seu
cargo a defesa do interesse publico.

Em outra época, a atuação do Ministério Público dava-se, sobretudo, na área


criminal e, na cível, em defesa dos incapazes, dos menores, dos interesses
individuais indisponíveis e do interesse público este traduzindo, em regra, no
interesse patrimonial da Fazenda Publica. Na década de 80, o Ministério Público
sofreu modificações importantes no seu elenco de atribuições, com o advento de
diversos diplomas legais, que ampliaram consideradamente a dimensão e o alcance
de sua missão social. O primeiro foi a Lei nº. 7.347/85, que instituiu a ação civil
publica e confiou ao Ministério Publico a defesa de direitos difusos e coletivos.
Depois, a Carta Constitucional de 05 de outubro de 1988, que, emancipando o
Ministério Publico do papel de defensor do Estado, erigiu-o à condição de defensor
4

da Sociedade, atribuindo-lhe a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e


dos interesses sociais de individuais indisponíveis.

Os doutrinários divergem quanto ao posicionamento do Ministério Publico na


tripartição dos poderes. A tese dominante não é configurar a instituição como um
quarto poder e sim como um órgão do Estado, independente autônomo, com
orçamento, carreira e administração própria. Na Constituição de 1988, o Ministério
Público aparece no capitulo das funções essenciais a justiça, ou seja, há uma
ausência de vinculação funcional dos Poderes do Estado.

Segundo Guilherme Calmon e Abel Fernandes Gomes (1999):


O Ministério Público é, por tanto, este ser jurídico permanente, posto que
extrapola o individuo no tempo e no espaço, e que possui vida e disciplina
próprias, forças e qualidades particulares e uma vocação especial de bem
servir a própria sociedade que criou. O Ministério Público é instituição
tipicamente publica, organizada com a finalidade de concretizar uma das
grandes aspirações da sociedade: a busca e realização da justiça.

O Ministério Público é um órgão criado pelo Estado e se constitui em uma


parte essencial no processo penal, fundamentado no chamado “principio acusatório”.
A essencialidade advém do fato de a sociedade ter optado por retirar das mãos dos
particulares a imposição de uma pena, sendo que os órgãos jurisdicionais, Juizes e
Tribunais, após o processo, são os únicos que podem determinar a aplicação de
uma pena de modo concreto o “ius puniendi” detido com exclusividade pelo Estado.

A presunção penal no Inquérito Policial é o resultado da atividade


investigatória e a atuação do Ministério Público (ou ofendido), com base nessas
informações. À soma dessas ações surge a presunção penal. Assim, são seus
órgãos natos: a autoridade policial e o Ministério Público.

O Ministério Público, ao longo dos anos, tem firmado posição no exercício de


suas atribuições típicas, seja funcionando como órgão interveniente nos processos
em que oficia, seja quando exerce a persecução criminal. Atuando como acusador,
em face da indisponibilidade da ação penal, caracterizou-se a impressão à
sociedade de que sua função estaria adstrita apenas a esta circunstância.

O Ministério Público satisfaz a exigência, enquanto Instituição, de cumprir a


função absolutamente separada, de acusar e julgar.

A constituição federal de 1988 estabelece em seus artigos 127 e 130 as


funções do Ministério Público, indicando quais seus princípios, referindo-se,
5

expressamente, à unidade, à indivisibilidade e à independência funcional,


dinamizando a autuação do órgão e redimensionando sua estrutura e atribuindo-lhe
novo perfil.

Mas é preciso destacar que o texto constitucional ora em vigor é fruto de um


longo crescimento da Instituição, para o qual contribui, de forma muito importante, a
própria Lei Orgânica do Ministério Público Federal (Lei Complementar nº. 40/81,
revogada posteriormente pela Lei Federal nº. 8.625, de 12.02.1993) e a Lei Federal
nº. 8.347/85 (Lei da Ação Civil Pública), socializando o processo como fenômeno a
garantir o amplo acesso à justiça utilizando o Ministério Público o instrumento de
substituição processual.

O papel do Ministério Público não se esgota com a possibilidade de vir a


exercer a defesa dos direitos subjetivos de determinados segmentos da sociedade,
pois não se compreende mais sua atuação dentro de uma visão meramente positiva
e legalista.

Muito se tem falado a respeito da possibilidade de o Ministério Público


promover investigação criminal. A questão é polemica e tem conseguido conquistar
opiniões respeitadíssimas em sua defesa.

Mas a Constituição Federal, no seu art. 144, confere expressamente as


policias, e só estas, a apuração de infrações penais. Não se sustenta, assim,
juridicamente, o entendimento em favor do Ministério Público. Exercer o controle
externo da atividade policial faz parte das funções do Ministério Público, segundo a
Constituição Federal, mesmo que este órgão não o faça ou faça com pouca eficácia.
Fazendo parte, ainda, de suas funções: fiscalizar efetivamente o inquérito e sua
condução, a cada pedido de mais prazo pelo Delegado de Policia e com sua
presença aos atos investigatórios; e não permitir o oferecimento da denúncia.

De fato, ao atribuir ao Ministério Público a função de promover,


privativamente, a ação penal, a Constituição Federal, implicitamente, concedeu-lhe
os meios necessários para alcançar seu objetivo, sob pena de, crime, o Promotor de
Justiça deve estar absolutamente certo do que esta fazendo, sendo possível quando
ele tem controle da investigação policial, prova que vai fundamentar sua acusação.

A Lei Complementar Federal nº 75, que organiza o Ministério Público da


União, atribui ao órgão o poder de apresentar provas na fase de investigação
criminal. Isso que dizer que, a lei autoriza o Ministério Público de uma investigação,
6

a conclusão só pode ser a de que a lei autoriza o Promotor de Justiça a praticar atos
autônomos de investigação antes de propor a ação penal.

Contudo, isso não quer dizer que o Ministério Público possa realizar ou
presidir inquéritos policiais, pois seria uma conclusão errada. O inquérito policial é
ato privado da Policia, como o próprio nome indica. Mas praticar atos investigatórios
visando a produção de uma prova para instruir um inquérito, isso o Ministério Público
pode. E não só porque esta na lei, mas também porque, do contrario, sua função
acusatória estaria irremediavelmente comprometida.

Por sua vez, as leis que regulam a atuação do Ministério Público, nas suas
diversas esferas, autorizam os seus membros a requisitar documentos de quaisquer
autoridades e de particulares, bem como a notificar testemunhas para
comparecimento sob pena de condução coercitiva.

Por outro lado, o direito brasileiro jamais conferiu exclusividade à Policia na


investigação de crimes. É o que diz o artigo 4º parágrafo único, do Código de
Processo Penal, permitindo que a apuração seja feita por autoridades
administrativas indicadas em lei, que remeterão os resultados diretamente ao
Ministério Público.

Assim, sob o prisma constitucional e, evidentemente infraconstitucional, a


posição do órgão de atuação do Ministério Público é a defesa da ordem jurídica,
assim considerada não apenas o conjunto das normas positivas, mas também
oriundas dos costumes e princípios gerais de direito, promovendo o resguardo do
regime político democrático e tutelando os interesses sociais e individuais
indisponíveis.

Ficando o Ministério Público alheio ao conflito que se desenvolve no


processo, e sendo uma parte “sui generis”, torna-se imparcial, desinteressada. O
Ministério Público é o representante da lei, o seu papel a se exercido, ainda que atue
como o órgão de acusação, oferecendo a denúncia, não se confunde com a função
exercida pela defesa do acusado, de velar pelo interesse do próprio contribuinte.

O problema fundamental dos sistemas processuais refere-se à escolha do


ponto desejado de equilíbrio-predominio entre os interesses gerais da sociedade os
interesses do acusado. A solução é dada, sobretudo pela relação maior ou menor
valoração do papel desenhado para cada uma dos três sujeitos essenciais do
procedimento: órgão de acusação (Ministério Público), órgão de defesa (acusado e
seu defensor) e o órgão judicante (juiz).
7

Um dos princípios fundamentais no Processo Penal é o da verdade ral, como


a doutrina reconhece. De acordo com as literaturas mais recentes, o próprio órgão
do Poder Judiciário tem o dever de investigar ‘de oficio’ a verdade dos fatos, ainda
que haja omissão do Ministério Público e da defesa.

Tourinho Filho (1997), afirma que:


Esta posição ativa e proeminente do Órgão Jurisdicional-Penal deriva, desde
logo, da natureza pública do interesse repressivo e contrasta com a
imposição do Juiz cível, cujos poderes estão geralmente, condicionados e
limitados pela iniciativa das partes.

As funções institucionais do Ministério Público são descritas no artigo 129


da Constituição Federal, podendo-se destacar que, no processo penal, tem a função
privativa, da ação penal na forma da lei. No âmbito da verificação de fatos
considerados delituosos, tem por função a requisição de diligências investigatórias e
a instauração de inquérito policial, não lhe outorgando o direito de presidir este
ultimo, mas designar somente a policia judiciária à presidência e condução dos
procedimentos administrativos no campo da investigação criminal.

O preceito contido no artigo 129, inciso IX, da Constituição Federal, permite


ao Ministério Público exercer outras funções que não elencadas nos incisos
anteriores, numa clara referencia que a enumeração do dispositivo não é exaustiva,
admitindo, pois, interpretação extensiva para abarcar hipóteses de investigações
realizadas pelo próprio Parquet.

O Inquérito Policial não é procedimento obrigatório para se colher elementos


visando o oferecimento da denuncia e, conseqüentemente, dar inicio à ação penal,
já que o próprio Código de Processo Penal permite que o lastro probatório esteja
contido em peças de informação. Diante de tal regra, haveria “non sense” a vedação
à instauração de procedimento de investigação realizado pelo Ministério Público
para efeito de oferecimento de denúncia.

Logo não caberia a nulidade do processo instaurado com base em


investigação realizada mo âmbito do Ministério Público, mesmo que eventual
irregularidade no Inquérito Policial não teria o poder de contaminar o processo.

Relevante, apesar de não ser argumento jurídico, é que não tem o Ministério
Público condição estrutural de substituir a policia nos procedimentos administrativos
de investigação criminal, posto que, a Instituição não foi aparelhada para este fim,
não sendo, portanto provida de condições materiais para ação desta natureza.
8

Assim na qualidade de detentor da titularidade de promove a ação penal


pública, diante dos elementos de convicção obtidos durante as investigações, é
perfeitamente possível que o Ministério Público realize atividade persecutória,
considerando que a ação penal deve prosseguir, ainda que embasada em
investigações realizadas pelo Ministério Público, por considerar prevalente o
principio insculpido no artigo 129, inciso I, da Constituição Federal, ou seja, aquele
que assegura a titularidade exclusiva do Ministério Público para promover a ação
penal.

A atuação do Ministério público deve ser conjunta com a investigação


policial, possibilitando a eficácia da persecução pela troca de informações e
possibilitando aos promotores avaliarem, desde o inicio dos procedimentos, as
praticas mais convenientes a cada caso concreto, contribuindo para que se evitem
operações frustradas e difusão da impunidade.

Logo se observa que por exigência ao atendimento do principio


constitucional do devido processo legal, a condução de investigação policial por
parte dos promotores e procuradora não deve usurpar as funções atribuídas
constitucionalmente às autoridades policiais, havendo de ser disciplinada
normativamente no sentido de aprimorar e tornar eficaz a persecução penal e a
punição do acusado.

No direito penal moderno, atribui-se, ainda, ao Ministério Público uma função


de seleção, no sentido de que o processo penal tenha um objetivo concreto,
pactuado na lei, evitando-se aqueles casos que, de plano, sugerem que não terão
conseqüências jurídicas concretas. Este direcionamento está intimamente
relacionado com o principio da “ultima ratio” que informa o direito penal na
atualidade.

As instituições não existem sem uma razão de ser, tampouco existem para si
mesmas. Todas têm a sua finalidade social, às vezes até, legalmente estabelecida.
Assim também é o Ministério Público, que, historicamente, sempre teve ao seu
cargo a defesa do interesse público.

Nos dias de hoje, tamanho é o leque de atribuições a ele confiadas, que se


faz imperioso traçar políticas e definir prioridades, notadamente diante das
limitações de ordem estrutural e financeira com que historicamente tem convivido.
9

1.1. REFERENCIAL TEÓRICO

2. JUSTIFICATIVA
10

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


11

4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

5. HIPÓTESES
12

6. METODOLOGIA
13
14

7. ESTRUTURA DA PESQUISA

8. CRONOGRAMA

ETAPAS DA MONOGRAFIA Ago Set Out Nov Dez


Pesquisa bibliográfica
Análise dos dados
Metodologia
Elaboração do trabalho
Revisão gramatical e ortográfica
Revisão final
Defesa da monografia
Correção final
15

9. REFERÊNCIAS

BARONEZA, J.E., de FARIA, M.J.S.S., KUASNE, H., CARNEIRO, J.L.V., OLIVEIRA,


J.C. Dados epidemiológicos de portadores de fissuras labiopalatinas de uma instituição
especializada de Londrina, Estado do Paraná. Acta Sci. Health Sci, Maringá, v.27, n.1, p.31-
35, 2005.

CARVALHO, E. Tratamento fonoaudiólogo precoce nas fissuras lábiopalatinas. Jun. 2002.


Disponível em: <http://www.fonoaudiologia.com/trabalhos/estudantes/estudante-006.htm>
Acesso em: 15 Ago. 2007.

LOFFREDO, L.C.M., SOUZA, J.M.P., YUNES, J., FREITAS, J.A.S. SPIRI, W.C. Fissuras
lábio-palatais: estudo caso controle. Revista de Saúde Pública, n.28, v.3, p. 213-217, 1994.

LOFIEGO, J.L. Fissura lábio-palatina: avaliação, diagnóstico e tratamento


fonoaudiológico. Rio de Janeiro (RJ): Revinter, 1992.

MARCHESAN, I.Q. Motricidade oral: visão clínica do trabalho fonoaudiológico


integrado com outras especialidades. São Paulo (SP): Pancast, 1993.

METTER, E.J. Distúrbios da fala: avaliação clínica e diagnóstico. Rio de Janeiro:


Enelivros, p. 37-45, 1991.

RIBEIRO, E.M., MOREIRA, A.S.C.G., Atualização sobre o tratamento multidisciplinar das


fissuras labiais e palatinas. RBPS, n.18, v.1, p.31-40, 2005. Disponível em:
<http://www.unifor.br/notitia/file/432.pdf> Acesso em: 25 Ago. 2007.
16

SILVA, H.A., BORDON, A.K.C.B., DUARTE, D.A. Estudo da fissura labiopalatal. Aspectos
clínicos desta malformação e suas repercussões. Considerações relativas à terapêutica. Jornal
Brasileiro de Fonoaudiologia, v.4, n.14, p. 71-74, 2003.

SOUZA, L.B.R. Fonoaudiologia Fundamental. Rio de Janeiro: Revinter, 99p., 2000.

VITTO, M.M.P., FÉRES, M.C.L.C. Distúrbios da comunicação oral em crianças. Medicina


(Ribeirão Preto), v. 38, n.3/4, p. 229-234, 2005.

Vous aimerez peut-être aussi