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■ Ao norte, a nascente do Rio Ailã, no Monte Caburaí, Estado de Roraima (5º 16' de latitude
norte), na fronteira com a Guiana;
■ Ao sul, o Arroio Chuí no Rio Grande do Sul (33º 45' de latitude sul), fronteira com o Uruguai;
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■ O extremo leste da parte continental do Brasil é a Ponta do Seixas, em João Pessoa, na Paraíba
(34º 47' de longitude oeste); porém, as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha, Atol das
Rocas, arquipélago de São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz ficam ainda mais a
leste, sendo o extremo leste absoluto do território brasileiro uma ponta sem nome na Ilha do
Sul do arquipélago de Martim Vaz, a cerca de 28° 50' de longitude oeste;
■ A oeste, a serra da Contamana ou do Divisor, no Acre (73º 59' de longitude oeste), na fronteira
com o Peru.
História
Antecedentes
Considerando-se como marco inicial da expansão marítima
europeia a conquista de Ceuta, no norte d'África, em 1415, a
baixa lucratividade daquela conquista levou a que Portugal
empreendesse a busca das fontes de ouro presumidas ao sul
do deserto do Saara, projeto coordenado pelo Infante D.
Henrique (1394-1460). As descobertas resultantes, os altos
investimentos exigidos e o desejo da exclusividade dos lucros
resultantes, diante da disputa com Castela, conduziram à
mediação pela Santa Sé, verdadeira autoridade supranacional
reconhecida pelos reinos cristãos. Desse modo, o Papa
Nicolau V (janeiro de 1450 confirmou os direitos de Portugal
a todas as terras novamente descobertas, concedendo ao
Infante D. Henrique o monopólio da exploração até à Índia.
A Bula "Romanus Pontifex" (8 de Janeiro de 1454), do
mesmo pontífice, legitimou os objetivos expansionistas
portugueses, definindo a conquista colonial como um
instrumento da expansão do cristianismo, ao conceder ao rei
de Portugal e ao Infante o direito a todas as suas conquistas
marítimas, nomeadamente a Madeira, os Açores, Cabo Verde Formação do estado brasileiro (em
e São Tomé e Príncipe[1]. verde escuro) e dos países sul-
americanos desde 1700.
Uma nova etapa iniciou-se após a morte do Infante. Foi
marcada pela negociação e assinatura do Tratado de Toledo
(6 de Março de 1480), entre Afonso V de Portugal e os Reis
Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Por este
diploma, em troca da posse do arquipélago das Canárias para
a Espanha, estes soberanos deixavam para Portugal todas as
terras descobertas ou por descobrir das "Canárias para baixo,
contra a Guiné". Este tratado confirmava o Tratado de
Alcáçovas (ou das "Parcerias do Moura"), que encerrou a
guerra dinástica na península Ibérica (4 de Setembro de
1479) e foi ratificado pela Bula "Aeterni Regis", do Papa
Sisto IV (21 de Junho de 1481).
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■ Bula "Eximiae Devotionis" e "Inter Coetera" (3 de Maio de 1493), que concediam à Espanha o
direito às terras não pertencentes aos príncipes cristãos;
■ a segunda Bula "Inter Coetera" (4 de Maio de 1493), que concedia à Espanha as terras,
descobertas e a descobrir, a oeste de um meridiano 100 léguas a oeste e ao meio-dia (sul) das
ilhas dos Açores e Cabo Verde;
■ Bula "Dudum Siquidem" (26 de Setembro de 1493), que confirma as bulas anteriores.
Insatisfeito com a arbitragem pontifícia, João II de Portugal negocia diretamente com os Reis
Católicos e assina, na povoação castelhana de Tordesillas, o Tratado denominado oficialmente como
"Capitulación de la partición del mar Oceano" (7 de Junho de 1494)[2]. Este novo diploma dividia o
mundo descoberto e a descobrir, estabelecendo um meridiano a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo
Verde entre as Coroas de Portugal (a quem cabia o Este) e da Espanha (a quem cabia o Oeste),
preservando os interesses de cada uma das Coroas. Como curiosidade, assinou como testemunha por
Portugal, Duarte Pacheco Pereira, futuro autor do roteiro de navegação "Esmeraldo de situ
orbis" (1505), a quem se atribui o descobrimento do Brasil em 1498 (BUENO, 1998:131).
Coincidentemente ou não, pelo novo Tratado, pertenceriam a Portugal parte das terras do Brasil, que
só seriam descobertas seis anos mais tarde, em 1500. Assinado dois anos após o descobrimento da
América por Colombo, mas seis anos antes da descoberta do Brasil por Vicente Yáñez Pinzón,
Diego de Lepe e Pedro Álvares Cabral, este diploma assegurava os interesses de Portugal no périplo
africano e na descoberta do caminho marítimo para a Índia.
Embora o Tratado tenha sido aprovado pelo Papa Júlio II, em 1506, através da Bula "Ea Quae Pro
Bono Pacis", os seus termos jamais foram reconhecidos pelas demais potências européias, por ele
excluídas das conquistas e riquezas do Novo Mundo. Adicionalmente, a indeterminação do
meridiano[3] e subsequentes conflitos gerados na América (pela posse da bacia do rio da Prata) e no
Oceano Pacífico (pela posse das ilhas Molucas), levaram à aquisição das Ilhas Molucas (inclusive as
Filipinas, Timor e Solor) por Portugal à Espanha através da Capitulação de Saragoça (23 de Abril de
1529).
O Brasil Colônia
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Durante a Dinastia Filipina (1580-1640), se por um lado cessam as disputas sobre as fronteiras
terrestres, estas são dilatadas com a conquista do litoral da região Nordeste do Brasil em direção à
foz do rio Amazonas, concluída com o estabelecimento do Forte do Presépio (1616) e em seguida,
com a conquista da própria foz do Amazonas, campanha que se estenderá por cerca de uma década,
entre 1625 e 1635. Em 1636 tem lugar a épica viagem de Pedro Teixeira que partindo de Belém do
Pará sobe o curso do Amazonas alcançando Quito, no Equador. Ao mesmo tempo, registram-se:
Poucos anos mais tarde, no extremo oposto da colónia, em Maio de 1697, tropas francesas sob o
comando do marquês de Ferroles, governador da Guiana Francesa, invadiram a região do Amapá,
conquistando os fortes de Macapá e do Araguari. No desenvolvimento do conflito, são assinados
dois diplomas:
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A partir deste Tratado estreitou-se a relação entre Portugal e a Inglaterra, em processo idêntico ao
que se registou entre a Espanha e a França. Deste modo, as nações ibéricas conseguirão manter os
respectivos domínios coloniais face à rivalidade anglo-francesa durante todo o século XVIII, até ao
Congresso de Viena (1815).
Ainda no contexto das negociações diplomáticas em Utrecht, é assinado um segundo diploma, entre
Portugal e a Espanha, a 6 de Fevereiro de 1715, encerrando o conflito luso-espanhol. Por ele a
Espanha devolveu a Portugal a Colônia do Sacramento (reconquistada pela Espanha em 1705).
Tendo o conflito se reacendido no sul da Colónia Brasileira, com o sítio Espanhol da Colónia do
Sacramento desde 3 de Outubro de 1735, foi assinado um armistício, a 2 de Setembro de 1737, entre
as duas Coroas.
Pelos seus termos, Portugal entregava a Colônia do Sacramento à Espanha (art. XIII), recebendo os
territórios do Sul, pela linha de [Monte] Castilhos Grande, às nascentes do rio Ibicuí, as Missões, a
margem direita do rio Guaporé e cedendo o território ocidental do rio Japurá ao rio Amazonas e a
navegação do rio Içá (art. XIV); complementarmente, em caso de guerra entre as Coroas de Portugal
e da Espanha, na Europa, os seus vassalos na América do Sul permaneceriam em paz (art. XXI).
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Na prática, as demarcações que deveriam ter tido lugar em virtude da assinatura do Tratado de
Madrid jamais tiveram lugar. Por essa razão, uma série de diplomas se sucedeu, com variadas
disposições:
O primeiro deles foi o Tratado de El Pardo (12 de Fevereiro de 1761), assinado entre José I de
Portugal e Carlos III de Espanha no contexto do chamado Pacto de Família (15 de Agosto de 1761)
que uniu os Bourbon da França, da Espanha, de Nápoles e de Parma e acirrou a tensão entre Portugal
e a Espanha. Face às dificuldades nos trabalhos de demarcação de limites - a norte, na Amazônia, e a
sul, com a eclosão da chamada Guerra Guaranítica (1753-1756) -, Portugal se recusou a tomar posse
do território conflagrado dos Sete Povos das Missões, e se negou a devolver a Colônia do
Sacramento à Espanha. O tratado anulou as disposições do Tratado de Madrid (1750), e deixou em
suspenso as questões de limites na Colónia Brasileira.
Em seguida, foi importante para as fronteiras do Brasil o Tratado de Paris (10 de Fevereiro de 1763).
Firmado entre a Inglaterra e a França, este diploma colocava fim à Guerra dos Sete Anos (1756-
1763). Pelos seus termos, a França cedeu à Inglaterra as terras do Canadá, o vale do rio Ohio, e a
margem esquerda do rio Mississipi, abdicando de qualquer pretensão na Índia, e a Espanha cedeu à
Inglaterra a região da Flórida. Em virtude deste diploma, Portugal recebeu de volta a Colônia do
Sacramento, conquistada pelos espanhóis desde 30 de Outubro de 1762, que, entretanto,
permaneceram em posse de outras áreas na região do Rio Grande do Sul. Este tratado consolidou a
supremacia inglesa nas relações internacionais.
A região da bacia do Prata, que na banda espanhola se mantivera como uma dependência do Vice-
Reino do Peru, a partir de 1776 foi elevada a Vice-Reino do Rio da Prata. Com isso, até então
dependente economicamente da rota de abastecimento do Pacífico (a partir da Espanha via istmo do
Panamá, Oceano Pacífico e Chile), passou a utilizar a rota do Oceano Atlântico para o escoamento
dos seus produtos (couros e charque). Nesse contexto ocorreu, em 1777, uma nova invasão
espanhola que, sob o comando de D. Pedro de Cevallos, destruiu as fortificações da Colônia do
Sacramento, obstruindo o seu porto, e conquistou a ilha de Santa Catarina (3 de Junho). Estas ações
conduziram à assinatura do Tratado de Santo Ildefonso (1777), entre Maria I de Portugal e a
Espanha. Pelos seus termos, restabeleceram-se as linhas gerais do Tratado de Madrid (1750) para a
região Norte do Brasil e, na região Sul, onde a presença militar espanhola era mais forte, a Colônia
do Sacramento, o território das Missões e parte do atual Rio Grande do Sul foram cedidos à Espanha,
em troca da restituição da ilha de Santa Catarina a Portugal.
Posteriormente, no contexto das Guerras Napoleônicas, Portugal foi invadido por um exército franco
-espanhol, no episódio conhecido como Guerra das Laranjas. Para encerrá-la, foi assinado o Tratado
de Badajoz (5 de Junho de 1801) entre Portugal e a Espanha. Por este diploma, acordava-se a paz
entre ambas as Coroas: a Espanha mantinha a praça-forte conquistada de Olivença (1801), na
península Ibérica (ver Questão de Olivença). Na América do Sul, Portugal permaneceu em poder dos
territórios conquistados (as Missões e parte do atual Rio Grande do Sul), fixando a fronteira sul do
Brasil na linha Quaraí-Jaguarão-Chuí. A Espanha continuou na posse da Colônia do Sacramento.
Note-se que este tratado não ratificou o Tratado de Santo Ildefonso (1777), nem determinou
restabelecer o "statu quo ante bellum".
Ainda no contexto das Guerras Napoleónicas, após a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil,
deliberou-se a conquista da Guiana Francesa (1808, ocupada militarmente até 1817, após anos de
negociação, já que os portugueses se recusaram em desocupar o território sem que se definisse
previamente os limites definitivos. Nas negociações do tratado de Viena em 1815, ficou
posteriormente estabelecido que Portugual deveria devolver o território conquistado à França. A
diplomacia portuguesa contestou, no entanto, tal solução, principalmente pelo fato de parte da
representação dos interesses lusitanos ter sido exercido pela Inglaterra. Portugal exigia uma
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indenização referente ao esforço militar de ocupação e definições precisas das fronteiras na região. O
principal objetivo da Coroa Portuguesa era o de estabelecer limites territoriais seguros para a posse
da foz do rio Amazonas.
O Brasil Império
Com a proclamação da Independência do Brasil (1822), a unidade territorial foi assegurada,
internamente, no desenvolvimento da chamada Guerra da Independência (1823-1824). No plano
externo, as fronteiras do novo país ficaram definidas pelo diploma que a reconheceu, o Tratado de
Paz e Aliança (29 de Agosto de 1825). Este diploma foi firmado entre o Brasil e Portugal, com a
interveniência da Inglaterra. Pelos seus termos:
■ João VI de Portugal cedeu a soberania ao Brasil, e tomou para si o título de Imperador, ao que
Pedro I do Brasil, seu filho, anuiu;
■ O soberano brasileiro prometeu não aceitar proposições de quaisquer colônias portuguesas
para se unirem ao Império do Brasil;
■ Estabeleceu a paz e a mais perfeita amizade (art. IV), definindo direitos dos súditos no outro
país, e a restituição ou indenização de todos os bens confiscados ou destruídos durante a
Guerra da Independência;
■ Restabeleceu o comércio bilateral, taxado à base de 15% "ad valorem" sobre todas as
mercadorias;
O diploma foi acompanhado pela chamada Convenção Pecuniária (ou Adicional), firmada na mesma
data como se fosse um anexo ao Tratado, mas mantida em segredo para o público até à abertura da
Assembléia Legislativa de 1826. Ela estabelecia um pagamento de dois milhões de libras esterlinas a
título de indenização de reclamações do governo português (art. I).
Ambos os diplomas tiveram o mérito de restabelecer a paz e o comércio entre Brasil e Portugal,
garantindo os interesses financeiros da Inglaterra e os interesses coloniais de Portugal na África. Por
outro lado, à opinião pública brasileira desagradou o uso, por D. João VI de Portugal, do título de
"Imperador do Brasil", e, sobretudo a partir de 1826, a divulgação dos termos da Convenção
Pecuniária. Os limites territoriais do Brasil eram mantidos implicitamente, o que era ratificado pela
Constituição brasileira de 1824.
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Com relação às fronteiras com o Paraguai, estas foram estabelecidas ao final da Guerra da Tríplice
Aliança (1864-1870) quando, em 1872, foi firmado um Tratado de Paz, no qual constavam os
respectivos limites com o Brasil. Segundo o historiador brasileiro Hélio Vianna, este diploma
respeitava os convênios da época colonial e reivindicava para o Brasil apenas as terras já ocupadas
ou exploradas por portugueses e brasileiros.
O Brasil República
Após a Proclamação da República Brasileira (1889), os seus governantes defrontaram-se com a
questão dos seus limites territoriais que, embora definidos pela Constituição brasileira de 1891, não
se encontravam delimitados. Por essa razão, a chamada República Velha vê-se envolvida numa série
de questões de limites, tendo o seu máximo expoente na figura de José Maria da Silva Paranhos
Júnior, barão do Rio Branco. Foram essas questões:
A Argentina reivindicava a região Oeste dos atuais estados do Paraná e de Santa Catarina,
pretendendo as fronteiras pelos rios Chapecó e Chopim, supostamente com base no Tratado de
Madrid (1750).
Pouco antes da proclamação da República, ambos os países haviam acordado que o litígio seria
solucionado por arbitramento. Nesse contexto, Quintino Bocaiúva, então Ministro das Relações
Exteriores do Governo Provisório, assinou o Tratado de Montevidéu (25 de Janeiro de 1890), que
dividia a região entre ambos. O Congresso Nacional Brasileiro não ratificou o Tratado (1891), e a
questão foi submetida ao arbitramento do presidente estadunidense Grover Cleveland (1893-1897),
cujo laudo foi inteiramente favorável ao Brasil (5 de Fevereiro de 1895), definindo-se as fronteiras
pelos rio Peperiguaçu e Santo Antônio.
Nesta questão, estreou como advogado do Brasil, a partir de 1893, o barão do Rio Branco, escolhido
pelo presidente marechal Floriano Peixoto (1891-1894) para substituir o barão Aguiar de Andrade,
falecido no desempenho da Questão. Rio Branco apresentou ao presidente Cleveland uma exposição,
acompanhada de valiosa documentação, reunida em seis volumes: A questão de limites entre o Brasil
e a República Argentina (1894).
Embora o 1º Tratado de Utrecht (1713) houvesse estabelecido os limites entre o Brasil e a Guiana
Francesa pelo rio Oiapoque ou de Vicente Pinzón, esse limite havia sido contestado após a
Revolução Francesa, sucessivamente pelo Diretório, pelo Consulado, e pelos impérios de Napoleão I
e Napoleão III de França, sendo questionada a identidade daquele rio. A expansão colonialista
europeia do final do século XIX suscitou novos conflitos na região, com o surgimento da República
de Cunani e choques armados no rio Calçoene (1894).
O Tratado de 10 de Abril de 1897 escolheu para árbitro da Questão o presidente do Conselho Federal
Suíço, Walter Hauser.
Os argumentos brasileiros foram expostos pelo barão do Rio Branco, encarregado em 1898 da
Questão. A mesma já vinha sendo estudada informalmente pelo barão desde 1895 que, ao chegar a
Berna, apresentou uma memória de sete volumes: A questão de limites entre o Brasil e a Guiana
Francesa (1899-1900).
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A ilha da Trindade foi ocupada por forças do Almirantado britânico. Diante da reclamação
diplomática brasileira, o "Foreign Office" informou que a ilha fora tida como abandonada, e que se
pretendia a instalação de um cabo telegráfico submarino para Buenos Aires, na Argentina.
O povoamento da região, no contexto do Ciclo da Borracha, foi feito por seringueiros com o apoio
de seringalistas do Amazonas.
O Tratado do Rio de Janeiro (1909) incorporava o restante da região acreana ao Brasil, mediante a
permuta de terras com o Peru.
No século XIX acentuou-se a presença inglesa na fronteira com Roraima, a pretexto da indefinição
de fronteiras, e de proteção aos missionários britânicos na catequese de populações indígenas.
Submetida ao arbitramento do rei Vítor Emanuel III da Itália, este dividiu a área pleiteada entre as
partes (1904), cabendo a parte maior à Grã-Bretanha.
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Os limites com a Guiana Holandesa foram fixados diretamente entre o barão do Rio Branco e o
representante dos Países Baixos, Frederico Palm.
Os limites com a Colômbia foram fixados através do Tratado de Limites e Navegação Fluvial em
1907.
Por iniciativa do barão do Rio Branco, foi concedido ao Uruguai o condomínio da lagoa Mirim e do
rio Jaguarão.
Os limites com o Peru foram fixados através do Tratado do Rio de Janeiro (1909), baseado no
princípio do "uti possidetis".
Os nossos dias
Atualmente discute-se se a demarcação das terras indígenas nas fronteiras pode vir a representar um
problema para a segurança nacional. Também em nossos dias, procuram-se ampliar as fronteiras
marítimas, visando otimizar a exploração da Zona Econômica Exclusiva Brasileira no Oceano
Atlântico, nomeadamente no tocante aos recursos da pesca e da exploração de gás e petróleo.
1534
Capitanias hereditárias
1573
Dois Estados
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1709
São Paulo no seu
máximo
1789
Inconfidência Mineira
1823
Províncias Imperiais
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1889
Início da República
1943
Territórios de fronteira
1990
Atual
Referências
1. ↑ "(...) concedemos ao dito rei Afonso a plena e livre faculdade, entre outras, de invadir, conquistar,
subjugar quaisquer sarracenos e pagãos, inimigos de Cristo, suas terras e bens, a todos reduzir à
servidão e tudo aplicar em utilidade própria e dos seus descendentes (...).
Determinamos e declaramos que o mesmo rei Afonso, seus sucessores, e o Infante, poderão livre e
licitamente estabelecer naqueles, tal como nos outros seus domínios, proibições, estatutos e leis, mesmo
penais, assim como tributações, tanto nas terras já adquiridas como nas que venham a adquirir (...).
Poderão fundar nessas terras igrejas ou mosteiros, para lá enviar eclesiásticos seculares e, com
autorização dos superiores, regulares das ordens mendicantes, sendo lícito a tais eclesiásticos aí exercer
suas funções e jurisdição própria (...).
E também que, sem especial licença do mesmo rei Afonso, e seus sucessores, e o Infante, ninguém, direta
ou indiretamente, se intrometa na atividade do tráfego ou navegação destas partes, ou por qualquer
forma tente impedir a sua pacífica posse (...)." (Bula "Romanus Pontifex", 1454)
2. ↑ O seu original encontra-se depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa, maço 4,
gaveta 17.
3. ↑ O meridiano mais aceito passava, ao norte, por Belém (fundada em 1616), e, ao sul, por Laguna
(fundada em 1683).
Notas
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Bibliografia
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■ Imagens da formação territorial brasileira. Rio de Janeiro: Odebrecht, 1993.
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Exteriores, 1960.
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Cultural, 1970.
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1941.
■ RENATO, Carlos de. História diplomática do Brasil. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1959.
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Janeiro: Imprensa Nacional, 1958.
■ DIAS, Demosthenes de Oliveira. Formação territorial do Brasil: origem e evolução. Rio de
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■ DIX, Arthur. Geografia política. Barcelona: Editorial Labor, 1943.
■ MORAES, Antonio Carlos Robert. Bases da formação territorial do Brasil: o território
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■ ROGRIGUES, José Honório. Uma história diplomática do Brasil: 1531-1945. Rio de Janeiro:
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■ SOUZA, Augusto Fausto de. Estudo sobre a divisão territorial do Brasil. Brasília: Fundação
Projeto Rondon, 1988.
■ VIANA, Hélio. História da República e História diplomática do Brasil. São Paulo:
Melhoramentos, 1957.
Ver também
■ Questão do Amapá
■ Anexo:Lista de estados fronteiriços do Brasil
■ Anexo:Lista de macrorregiões fronteiriças do Brasil
■ Anexo:Lista de municípios fronteiriços do Brasil
■ Anexo:Lista de países limítrofes do Brasil
Ligações externas
■ Ministério das Relações Exteriores (http://www.mre.gov.br/) (em português)
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