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ORGANIZAÇÃO DO PODER ESTATAL

I – Considerações preliminares

PODER ESTATAL
Função legislativa
Função executiva
Função jurisdicional

Ter-se-ia, assim:

a) Poder Legislativo (o ideal seria órgão do poder


estatal investido na função legislativa)

b) Poder Executivo (o ideal seria órgão do poder


estatal investido na função administrativa)

c) Poder Judiciário (o ideal seria órgão do poder


estatal investido na função judicante)
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II – A Separação de Poderes na CF de 88 (art.


2º)

2.1. Independência

a) Investidura: cada órgão do Poder pode investir


seus funcionários.

Exemplos:
► art. 51, IV;
► art. 52, XIII;
► art. 96, I;
► art. 84.

b) Exercício das atribuições: os órgãos praticam


suas funções e, para tanto, não precisam da
autorização de nenhum outro órgão; não há
hierarquia;
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c) Liberdade na organização dos serviços: podem


organizar suas próprias funções.

2.2. Harmonia

a) Cortesia: as formas de trato são recíprocas,


pois não há hierarquia.

b) Sistema de freios e contrapesos: surgiu de


forma acentuada na Constituição dos EUA e
prevê um controle recíproco entre os órgãos do
Poder para não haver desvio de suas
finalidades. Logo, um órgão interfere na
atividade típica do outro, respeitados os limites
estabelecidos na Constituição.

Exemplo:

► Processo Legislativo: ao Legislativo incumbe a


função de fazer as leis, mas outros órgãos (Poderes
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Executivo e Judiciário) podem ter a iniciativa de


criação;

► Controle de Constitucionalidade: o Judiciário


controla a validade constitucional das leis;

► Nomeação de Ministros de Tribunais Superiores:


o Poder Executivo escolhe os Ministros do Judiciário;

PODER LEGISLATIVO

I - ORIGEM

II - ESTRUTURAS

2.1. UNICAMERALISMO: apenas uma câmara de


representantes do povo; uma assembléia.
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Exemplos: Portugal, Croácia, Israel, Grécia, etc.


No Brasil, os Estados-membros adotam apenas uma
Câmara Legislativa (unicameral).

2.2. BICAMERALISMO: existem dois tipos.

a) ARISTOCRÁTICO: Inglaterra (Câmara dos


Lordes e dos Comuns); existe uma distinção de
classes sociais.

b) FEDERATIVO: Brasil (União Federal); uma


câmara representa o povo de maneira proporcional
e outra representa os Estados-membros de
maneira igualitária.

III - FUNÇÕES TÍPICAS DO LEGISLATIVO

3.1. Legislar: elaborar leis em sentido formal, que


obedece aos trâmites do processo legislativo
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3.2. Fiscalizar: função de origem medieval,


quando as câmaras tinham poder financeiro.

a) Controle Político-Administrativo:
análise da gestão da coisa pública. O
Legislativo verifica a burocracia no Poder
Executivo para acompanhar os trâmites
legais; pode requisitar, ainda,
esclarecimentos de juízes e ministros (cf.
arts. 49, X; 50; 58, § 3º; etc.)

b) Fiscalização contábil, financeira,


orçamentária.

IV - FUNÇÕES ATÍPICAS DO LEGISLATIVO

4.1. Administrar (art. 51, III, IV c/c 52, XII E


XIII da CF)

4.2. Jurisdicional (art. 52, I e II da CF)


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V - O LEGISLATIVO BRASILEIRO

5.1. Estrutura

a) Bicameral (Federal): art. 44. A Câmara dos


Deputados e o Senado Federal formam o
Congresso Nacional (nome do legislativo
brasileiro).

b) Unicameral (Estadual, Distrital e


Municipal)

5.2. Câmara dos Deputados (art. 45)

A CRF/88 atenuou o critério puro da


proporcionalidade: determina ajustes no ano anterior
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às eleições (os Estados não podem ter mais que 70


deputados, nem menos que 08).

SISTEMA PROPORCIONAL

GARANTE AO PARLAMENTO UMA COMPOSIÇÃO


CORRESPONDENTE À FORÇA NUMÉRICA DE CADA
PARTIDO.

A LEI ELEITORAL TRABALHA COM DOIS QUOCIENTES

QE – QUOCIENTE ELEITORAL e o QP – QUOCIENETE


PARTIDÁRIO

QE : NÚMERO DE VOTOS VÁLIDOS


CADEIRAS A PREENCHER

QP: VOTOS DA LEGENDA OU PARTIDO


Q.E.
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O RESULTADO DO QP É QUE INDICA O NÚMERO DE


VAGAS DESTINADAS A CADA PARTIDO OU LEGENDA

5.3. Senado Federal (art. 46)

Princípio do Federalismo Homogêneo

5.4. Funcionamento do Congresso Nacional

a) Períodos

► Legislatura: período no qual os parlamentares


exercem suas atividades (4 anos – art. 44, § único).
Decorrência do princípio REPUBLICANO, em que se
adota a TEMPORARIEDADE DOS MANDATOS;

► Sessões Legislativas Ordinárias: têm a duração


de 1 ano; de 02/02 a 22/12
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► Períodos Legislativos: é o período fora do


recesso forense, ou seja, de 02/02 a 17/07 e 01/08 a
22/12.

► Sessões Legislativas Extraordinárias: art. 57, §


► Sessões Ordinárias: é o dia-a-dia do Congresso


nacional, divididas em 5 sessões por semana (existem
as Sessões Deliberativas e as Sessões de Discussão e
Debate)

► Sessões Extraordinárias: no mesmo dia que as


sessões ordinárias, mas são fora do horário normal.

b) Reuniões conjuntas: art. 57, § 3º

5.5. Organização interna do Congresso


Nacional e de cada uma de suas casas:
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a) Câmara dos Deputados: art. 51, III e IV;

b) Senado Federal: art. 52, XII e XIII;

c) Congresso Nacional: art. 57, § 3º, II.

5.5.1. MESAS

► Órgãos administrativos e diretivos dos trabalhos


de cada uma das casas; coordenam o dia-a-dia dos
trabalhos dos parlamentares

► Composição: 7 membros efetivos, 4 secretários


suplentes

Presidente
1º Vice-Presidente
2º Vice-Presidente
1º Secretário
2º Secretário
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3º Secretário
4º Secretário

► Congresso Nacional: art. 57, § 5º, CF/88;

Obs.:
► não é qualquer pessoa que faz parte das
mesas, os escolhidos devem representar
proporcionalmente os partidos. Os partidos que
tiverem pouca representação se juntam e formam
os blocos parlamentares (art. 58, § 1º).
► votação dos membros da Mesa de dois em
dois anos (art. 57, § 4º) – recondução?

► Atribuições: Regimentais/Constitucionais

5.5.2. COMISSÕES PARLAMENTARES


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► Noção: comitês, grupos menores de


parlamentares que viabilizam as atividades legislativas
e fiscalizatórias do Legislativo. Sua composição deve
observar o princípio da proporcionalidade partidária.
Representam o parlamento; agilizam o trabalho
legislativo.

► Espécies

a) Permanentes: existem em razão da matéria.


As comissões permanentes estão previstas nos
regimentos internos (da Câmara e do Senado),
pois perduram ao longo das legislaturas.

b) Temporárias: extinguem-se em razão do prazo


ou do objetivo atingido. Possui um ato
específico para a sua criação que define suas
atribuições, composição e os gastos previstos
para a comissão.
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d) Especiais: referem-se a determinado assunto,


que se esgota quando termina de tratá-lo.

e) Externas: criadas quando de convites ou


solenidades externas ao Congresso Nacional;
representam o Senado e/ou a Câmara.

f) De inquérito: é um instrumento do poder de


fiscalização e controle.

g) Representativa do Congresso Nacional.


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COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO

I – NOÇÕES

II - ATRIBUIÇÃO

Investigar fatos determinados. O inquérito


parlamentar investiga os fatos de improbidade política,
administrativa e infração a normas constitucionais, que
podem levar a um ilícito criminal.

III – NATUREZA INSTRUMENTAL

As investigações parlamentares não consignam um


fim em si mesmas; elas constituem um MEIO
probatório dos futuros atos de responsabilização dos
infratores.
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Segundo J. J. GOMES CANOTILHO “os inquéritos


parlamentares têm, por natureza, CARÁTER
INSTRUMENTAL, pois a sua função não consiste em
julgar, mas sim HABILITAR o parlamento com
conhecimentos que podem, eventualmente, levar a
tomar medidas.”

III – PREVISÃO CONSTITUCIONAL

► Art. 58, § 3º, CF


► Art. 58, § 1º, CF

3.1. PODERES

a) Quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados


telefônicos (registros de ligações já
realizadas). A CPI fica responsável pela
preservação do sigilo das informações obtidas;
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b) Oitiva de testemunhas (sob compromisso),


inclusive com possibilidade de condução
coercitiva (crime de desobediência);

c) Oitiva de investigados ou indiciados;

d) Realização de perícias e exames necessários à


dilação probatória, bem como requisição de
documentos e busca de todos os meios de
prova legalmente admitidos;

e) Determinar buscas e apreensões de


documentos necessários às investigações
(ressalvada a busca domiciliar)

3.2. LIMITES

a) Formais (à criação de CPIs)


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► Requerimento de um terço dos membros


(proteção à minoria – visa viabilizar a criação do
instrumento, mas também evitar o abuso) do Senado
ou da Câmara (em conjunto ou separadamente);

► Fato determinado, específico, objetivo e


concreto

Obs.: Isso impede a investigação de atos conexos


ao principal? Ou, ainda, de outros fatos inicialmente
desconhecidos, que surgirem durante a investigação?

► Prazo certo;

b) Materiais (ao funcionamento)

a) Exigência de Motivação (art. 93, IX)


► Juízo de ponderação entre o interesse público na
produção da prova visada e as garantias
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constitucionais de sigilo e privacidade por ela


necessariamente comprometidas.

► Viabilização do controle jurisdicional

b) Reserva de jurisdição (CANOTILHO):


importa em submeter à esfera única de decisão dos
magistrados, a prática de determinados atos cuja
realização, por efeito de verdadeira discriminação
material de competência fixada no texto constitucional.

Em virtude disso, as CPIs estão impedidas de:

► Determinar busca e apreensão domiciliar de


objetos e documentos – art. 5o, XI;

► Determinar a quebra do sigilo das comunicações


telefônicas (interceptação telefônica) – art. 5o, XII, in
fine;
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► Determinar prisão, salvo em flagrante delito –


art. 5o, LXI.

► Executar qualquer medida que se fundamente


no chamado poder geral de cautela, ou seja,
determinar medidas cautelares (indisponibilidade de
bens; proibição de afastamento de pessoas do país;
prisão preventiva; arresto; sequestro, hipoteca
judicial, etc).

c) Separação de Poderes (somente o Legislativo


pode criar CPIs)

d) Princípio Federativo

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