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BIBLIOGRAFIA: REALE, Miguel. j 


   . São Paulo: Saraiva, 2009.
NADER, Paulo. 
       . 22. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2002.
ORWELL, George. A revolução dos bichos: um conto de fadas.Trad. Heitor Aquino Ferreira; posfácio
Christopher Hitchens. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

IED ± Introdução ao estudo do direito ± Trata-se de uma matéria de iniciação, que fornece noções
fundamentais para a compreensão do fenômeno jurídico.

Essa disciplina examina o objeto de estudo dos principais ramos do direito, levando os alunos a se
familiarizarem com a linguagem jurídica.

Ministra, também, noções essenciais a formação de uma consciência jurídica.

: Oferecer ao iniciante a idéia do conjunto. Procura somar a reflexão da Filosofia do Direito
aos conhecimentos básicos da Ciência Política e Teoria Geral do Direito e da Sociologia. Atingimos não só
os aspectos reflexivos, como os conhecimentos básicos e a visão sociológica do fenômeno jurídico.

Precisamos compreender um pouco mais sobre a Introdução ao Estudo do Direito. É uma disciplina de
fundamentos.

Ex: seleção brasileira de vôlei, os profissionais de alto gabarito, todos os dias pela manhã, entram na
quadra para treinar fundamentos (4 hs de recepção, 2 hs de saque, 3 hs de ataque, 4 hs de passe, 5 hs de
levantamento), porque são os fundamentos desse esporte. Se você não tem uma base sólida nesse
fundamento, jamais será um grande profissional, em qualquer área que vier a trabalhar.

Na Medicina, p. ex., verificamos que torna-se bastante difícil um cardiologista ou um neurocirurgião, sem
um conhecimento bastante aprofundado sobre clínica geral.

Ainda em relação aos esportes, temos de Norte a Sul de nosso país, grandes técnicos de futebol, que com
certeza absoluta procuram dar aos seus jogadores os fundamentos extremamente importantes para o
desenvolvimento de sua técnica. Ora, se no esporte é assim, se na Medicina é assim, no Direito não poderia
ser diferente.

Aonde vamos buscar o conceito de revogação, recepção, repristinação da norma jurídica? Exatamente no
nosso fundamento, a Lei de Introdução ao Código Civil. Daí a importância fundamental que tem essa
matéria, para que possamos compreender melhor o Direito Constitucional, o Direito Penal, o Princípio da
Instrumentalidade do Processo. Com essa base, adquirimos a possibilidade de um progresso no mundo do
Direito.

Os 
   , como o de Direito, fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça, segurança jurídica, se
aplicam a todos os ramos do direito, portanto, farão parte do objeto de estudo dessa disciplina.

Os específicos, como crime, atos de comércio, aviso prévio, desapropriação, são particulares de
determinados ramos do direito e deverão ser estudados nas disciplinas específicas.

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c


Temos vários significados (acepções) da palavra Direito.

Ex:   
 : O  brasileiro proíbe pena de morte.

    : O   é um setor da realidade social.

  ! : descanso semanal remunerado é   do trabalhador.

    : O Estado tem o   de cobrar impostos.

   "
 # O estudo do   requer método próprio.

$%&%'%$(

PÚBLICO

INTERNACIONAL

PRIVADO

CONSTITUCIONAL;

ADMINISTRATIVO;

PÚBLICO $)((%j(CIVIL e

PENAL);

PENAL;

DIREITO FINANCEIRO; TRIBUTÁRIO;

ELEITORAL;

DO CONSUMIDOR

CIVIL

PRIVADO COMERCIAL

TRABALHO ***

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*** OBS: Alguns autores consideram o Direito do Trabalho como ramo do Direito Público, outros do
Direito Privado e alguns, ainda, argumentam se tratar de ramo misto, visto que tem elementos específicos
dos dois ramos.

DIREITO PÚBLICO: Pertinente as coisas do Estado. Na relação jurídica predomina o interesse geral (da
sociedade).
DIREITO PRIVADO: Pertinente aos interesses particulares. Na relação jurídica predomina o interesse
particular.

Distinção quanto a  da relação jurídica:


Direito Privado:   !*    ) 
, ou seja, as partes se acham no mesmo plano de
igualdade, contratando de igual para igual entre particulares.

Direito Público:  !*   +


, ou seja, uma das partes é o Estado que, investido em
sua autoridade, assume uma posição de subordinante, onde há um subordinado.

&&%)&%j#
$,+ : Disciplina as relações internacionais, ente os Estados soberanos. As fontes principais em que se
baseiam são os Tratados e os Costumes Internacionais. Ex: conflito entre fronteiras.
$ - : O homem, as vezes estabelece relações que ultrapassam fronteiras, podendo surgir conflitos de
leis ³no espaço´, caracterizado pela concorrência de leis pertencentes a diferentes Estados soberanos. O
Direito Internacional Privado tem por objetivo solucionar esses conflitos no plano internacional, indicando
a lei a ser aplicada. No Brasil, grande parte de suas normas se encontram na LICC (Lei de Introdução ao
Código Civil).
Ex: inventário de alguém que falece e deixa bens em outros Estados. A parte mais interessada são os
herdeiros do ³de cujus´ (falecido).


&&.Subdivide-se em Público e Privado (e Misto, para alguns autores).


      

 $,+ : Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Processual
(Civil e Penal), Penal, Financeiro, Tributário, Eleitoral, Do Consumidor.

 )&()&%j: Dispõe sobre a organização do Estado, a função de seus órgãos e os


direitos fundamentais do indivíduo. Define o regime político e a forma de Estado. Determina o campo de
competência de atuação da União, dos Estados e Municípios. Determina os campos de atuação do Poder
Executivo, Legislativo e Judiciário, assegura os direitos fundamentais dos indivíduos para com o Estado
(não poderão ser criadas normas que violem os direitos fundamentais), além de assegurá-los também no
plano jurídico, social e econômico-financeiro.
É no Direito Constitucional que todos os ramos do Direito centralizam seu ponto de apoio. A Constituição,
por sua vez, pode ser:  /
 /* / 0*  1*-2
)3 : Designa um conjunto de normas codificado e sistematizado em um único documento.

c
c
)3
  : Designa um conjunto de regras não aglutinadas em um texto solene. É baseada em leis
esparsas, costumes, jurisprudências e convenções. Não estão reunidas num só texto, formando um
conjunto único.
)3* : Somente pode ser modificada por processo especial, que ela mesma prevê, bem mais solene e
difícil do que o existente para a edição das demais espécies de leis.
)3 0* : Algumas regras podem ser alteradas pelo processo legislativo ordinário, enquanto outras
somente por um processo legislativo especial e mais difícil.
)3 1*-: Pode ser alterada pelo processo legislativo ordinário.

No BRASIL, a Constituição Federal é escrita e rígida. Segundo alguns autores, a nossa CF é super-rígida,
e em alguns pontos ela é imutável, como no caso do artigo 60, § 4º - que são as chamadas 4 
5  .
 %'&(%: Dispõe sobre a realização de serviços públicos destinados a satisfazer
as necessidades coletivas fundamentais. Regulamenta a atuação governamental, estrutura as atividades dos
órgãos da Administração Pública; a execução dos serviços públicos; a ação do Estado no campo
econômico; a administração dos bens públicos e o poder de polícia. Ex: licitações para a realização de
obras públicas.
 $)((%j: Reúne os princípios e regras pelos quais se obtém e se realiza a prestação
jurisdicional do Estado na solução dos conflitos de interesses entre particulares e entre estes e o próprio
Estado.
      - , quando destinado a solucionar conflitos que surgem nas atividades de ordem
privada ou comercial. Ex: ação de alimentos.
     
, quando regular a forma pela qual o Estado resolve os conflitos surgidos em
virtude de infrações da lei penal. Ex: crimes de ameaça, corrupção de menores. Ação penal pública contra
pai que abusa de filhos etc.
 $&%j: Ramo do Direito Público que define os crimes, estabelece as penalidades
correspondentes ou medidas de segurança, de maneira precisa e prévia. Regula a atividade repressiva do
Estado, para preservar a sociedade do delito.

 3&%&): Tem por objeto toda a atividade do Estado quanto a forma de realização da
receita e despesa necessários a execução de seus fins. Disciplina a receita e a despesa pública.
 6: É um conjunto de normas que dizem respeito, direta ou indiretamente a
instituição, arrecadação e fiscalização de tributos (impostos, taxas e contribuições) devidos pelos cidadãos
ao governo.
 j%j: Estabelece os critérios e condições para ao eleitor votar, para alguém se
candidatar, o número de candidatos a serem eleitos, as datas das eleições, a forma de apuração, as bases
para a criação e o funcionamento dos partidos políticos. Disciplina a escolha dos membros do Poder
Executivo e Legislativo.
  )&(': Tem como principal instrumento o CDC (Código de defesa do
consumidor ± LEI 8078/90). Regula as relações entre consumidores e fornecedores de produtos e serviços
(excluídas as prestações de serviço de natureza trabalhista)

c
c
      

 $ - : Direito Civil, Direito Comercial (ou Empresarial) e Direito do
Trabalho***.
 )j: É o conjunto de normas que disciplina os interesses do homem, o ramo do direito
privado destinado a reger relações familiares, patrimoniais e obrigacionais que se formam entre os
indivíduos.
 )')%j (OU EMPRESARIAL): É o ramo do direito privado que regula a atividade
econômica habitualmente destinada à circulação das riquezas, mediante bens de serviço e atos de
comércio. São normas que regem a atividade empresarial; não é um direito dos empresários, mas um
direito para a disciplina da atividade econômica organizada para a produção e circulação de bens e
serviços.
  %%j7: Disciplina relações entre empregador e empregado; abrange normas,
instituições e princípios relativos à organização do trabalho e da produção e à condição social do
trabalhador assalariado. Tem por finalidade a proteção do operariado, evitando sua exploração pelo
economicamente mais forte e promovendo condições para melhorar seu nível de vida, equilibrando forças
economicamente desiguais. As normas do Direito do trabalho tem como objeto o regime do trabalho
assalariado, tendo nítido sentido protecionista. Não protege a todo e qualquer trabalhador: os funcionários
públicos têm um regime especial de trabalho, ou seja, são submetidos ao regime do Estatuto dos
Funcionários Públicos. Da mesma forma, não engloba os profissionais liberais.
 -"
 : Alguns autores apontam o Direito do Trabalho como sendo ramo do Direito Público, em
virtude de sofrer uma acentuada intervenção estatal e, embora discipline o interesse privado, o faz segundo
uma forma de intervenção que tem como medida e objetivo o interesse geral. Devem obedecer a um
mínimo de salário estabelecido pelo Poder Público, não podem renunciar as garantias referentes a férias,
limites de jornada de trabalho, demonstrando que tais relações são de subordinação e não de coordenação.

Outros autores tratam-no como ramo do Direito Privado, por se tratar de um complexo de normas jurídicas
que tem por objetivo disciplinar o contrato de trabalho entre particulares, patrão e empregado.


7''8()%
- Ser social e político (em estado permanente de convivência com outros homens) Grupos sociais: família,
clã, tribo, aldeias, cidades, Estado.
Sociabilidade: propensão p/ viver com outros
O homem não apenas existe, mas coexiste.

Benjamim de Oliveira Filho, em uma de suas obras cita que nunca o homem vai descobrir o porquê dessa
sociabilidade, pois para tanto, teria que inventar uma máquina do tempo, ir para os primórdios da
humanidade para compreender, de forma científica, o porquê dessa sociabilidade.

Conclusão básica: seja por qualquer um dos motivos apresentados, ou ainda por qualquer motivo que seja,
o fato é que o homem é um animal social, deve compreender que, para viver em sociedade, precisa de uma
normatização. Sem Direito, uma sociedade não vive.

Exemplo: um cidadão que sai de casa para trabalhar, às 6hs da manhã, pega seu automóvel na garagem,
passa num posto de combustível para abastecer, compra o seu jornal, mas por fatalidade do destino, ao
parar num sinal de trânsito, tem a traseira do seu carro atingida por um outro veículo. Desde cedo, esse

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cidadão vive no mundo do Direito, mas somente nesse momento vai se lembrar disso. Pensará: Tive o meu
direito lesado e não posso ter esse dano patrimonial. Vai lembrar-se de um direito que busca solucionar
esses conflitos sociais.

Analisemos os fatos: Para que possa dirigir, deverá ter uma carta de habilitação; para guardar o carro na
garagem, deve cumprir alguns direitos e obrigações em relação ao condomínio, ou aluguel do imóvel.

No posto, realiza um ato jurídico ao comprar o combustível e o jornal. Quando pára no sinal de trânsito,
está obedecendo a uma sistemática de trânsito (jurídica). O Direito vive em nosso cotidiano e o homem
cumpre, no seu dia a dia uma série de normas jurídicas.

Dividimos cientificamente essas normas em duas:

& )
#

a)c  .


 9 5
  
*  : são aquelas advindas da natureza, como p. ex. o átomo é
dividido em prótons, elétrons e nêutrons. Ao soltarmos uma caneta, temos uma regra científica que
obedecemos em nosso dia a dia. Essas normas possuem duas características básicas:

- são invariáveis no tempo e no espaço (são as mesmas em qualquer época e em qualquer lugar).

- são destituídas de valores (não há valor humano que indique se é bom ou mal, se é belo ou feio).

b)c  ( : são constituídas de valores.

- São mutáveis no tempo e no espaço.

Mas o que são valores? Valor é aquilo a que damos importância. Ex.: um milionário tem uma BMW zero,
temos um valor dado a esse carro. Se um operário tem um carro simples (um fusca, que seja), também
temos um valor dado a esse carro. Por vezes, o operário tem mais valor ao seu fusca do que o milionário
sobre a sua BMW (então o valor tem cunho subjetivo). Mas no Direito não podemos trabalhar
subjetivamente. Então, dizemos que o valor é o que damos importância. Na esfera social, aquilo que a
sociedade dá importância. As normas sociais são constituídas de valores (há 10 anos atrás, os valores eram
diferentes do que são hoje, em alguns aspectos).

  ± sentimentos, idéias (os valores são retirados da sociedade pelo legislador para codificá-los e
transformá-los em legislação (normas).
É com base nas apreciações ou valorações econômicas, sociológicas, históricas que o político cria normas,
sancionando as que considera que devam ser obedecidas. Quando se reconhece a obrigatoriedade de um
comportamento, temos o que se denomina regra ou norma.
Se os valores mudaram e as regras sociais são constituídas de valores, as regras sociais também mudaram.
Então a regra social é mutável no tempo e no espaço.As regras sociais (ou chamados 
  
 
)
( ) são gênero e as espécies são:

- Direito (nossa matéria-prima); Religião; Moral; Trato social

(* $   : são o Direito, a Moral e os Costumes).

c
c
O Direito é uma espécie de norma social de cunho objetivo e que busca a sobrevivência do corpo social.c
c cc
 c

Moral: Aprimoramento do bem (aquilo que é bom ou mal).

Como o Direito age na sociedade? Garante essa sobrevivência protegendo os valores sociais (somente
aqueles imprescindíveis para a sobrevivência do corpo social). Os outros valores que não são protegidos
pelo Direito: Religião, Moral, Trato Social.

)   *     #


- '    
-*  (reunião de pessoas p/ realizar algo em comum).
-
 : desenvolvimento de ações recíprocas; à ação de uns correspondam ações correlatas de outros,
numa estrutura bem definida.

- $-    


: Cada um age orientando-se pelo provável comportamento do outro e pela
interpretação que faz das expectativas do outro com relação ao seu comportamento.


3'%(&%:;()%j#
A interação se apresenta sob três formas: ) /)  )
  e encontram no Direito a
sua garantia.
) : Movidos por um mesmo objetivo e valor.
)  : Disputa, concorrência; as partes procuram obter o que almejam, uma visando a exclusão da
outra.
)
 : Impasse, interesses em jogo não conseguem solução pelo diálogo; daí recorrem à agressão,
moral ou física, ou buscam a mediação através da justiça. Quanto mais a sociedade se desenvolve, maiores
as novas formas de conflitos.

&('&()&j()%j
)
  : Regulamentação da conduta em sociedade, para evitar choques de forças sociais e
conflitos de interesses. Os principais instrumentos de controle social:   /  /     
   .
  : Preparar o ser humano para uma vida supra-terrena, ligada a Deus;
' : Visa ao aperfeiçoamento interior do homem

 ( : incentivo à cortesia, ao cavalheirismo, normas de etiqueta.


 ( #É um comportamento normativo, que abrange as várias formas de saudação, o modo de uma
pessoa dirigir-se a outra, de atender a um amigo ou a um convidado em casa, de vestir-se com decoro, etc.,
bem como as várias manifestações de cortesia, o tato, a fineza, o cavalheirismo, a pontualidade, a
galanteria, etc. Trata-se, como vemos, de um sem número de atos, regidos pelas respectivas regras ou
normas de convivência que cobrem o vasto setor ² muito extenso na vida cotidiana - os
convencionalismos sociais ou o trato social. Alguns destes atos ² como, por exemplo, a saudação, as

c
c
visitas de cortesia, o uso do tratamento de respeito com pessoas mais velhas, tirar o chapéu num lugar
reservado, ceder o lugar a outrem, etc. ² se regem por regras que passam de uma sociedade à outra
através do tempo e são comuns a diversos países e diferentes grupos sociais. As regras geralmente aceitas
costumam ser, no trato social, as da classe ou do grupo social dominante.

   
  
 
 
Regrar a conduta social, com vistas à ordem e à justiça. Fatos sociais importantes são juridicamente
disciplinados pelo Direito. Precisão de regras e sanções, grau de certeza e segurança no comportamento
humano. Ao separar o lícito do ilícito, segundo valores da sociedade, 
 *- 
1 
)  e  
  )  , estabelecendo limitações para o equilíbrio e a justiça nas
relações sociais. Em relação ao conflito, o Direito:
1-c % -
- 
, evitando desinteligências quanto aos direitos de que cada parte julga ser
portadora, definindo-os com clareza em suas normas.
2-c 
 
 
 : apresenta solução conforme a natureza do caso, definindo o titular do
Direito, determinando a restauração da situação anterior, ou aplicando penalidades de diferentes
tipos.

()%)<='0(2
- Não pode haver sociedade sem Direito: nenhuma sociedade subsiste sem um mínimo de ordem, de
direção. Não é porque o homem precisa do Direito que ele vive em sociedade; antes, ele vive em
sociedade e, por isso, tem necessidade do Direito. Como não se concebe o homem fora da sociedade,
também não se concebe o indivíduo convivendo com os demais sem o Direito. (ubi societas, ibi jus).
- Não há Direito sem Sociedade. O Direito não existe por si mesmo. Existe na sociedade e em função
da sociedade. Um indivíduo isolado numa ilha deserta não precisa de regras de conduta.

      


> 
 , existe somente na sociedade e não pode ser concebido fora
dela; Direito e sociedade, então, estão interligados, daí a afirmação de que uma das características do
Direito é a sua qualidade de ser social.
      ?  @  (porque modificado no decorrer do tempo), mas apesar dessas
mudanças, alguns elementos comuns nos permitem identificá-lo como experiência jurídica, inconfundível
com a experiência religiosa, a artística etc.
Existe a presença, às vezes indireta, do Direito, em cada comportamento humano.
%j dá o exemplo de um médico que, ao receitar um remédio para um paciente, pratica um ato de
ciência, mas também um ato jurídico. Nem sempre é necessário procurarmos essa relação entre o que
estamos fazendo, no dia a dia e a relação dela com o Direito, mas no caso do médico, ao redigir uma
receita está no exercício de uma profissão garantida pelas leis do seu país e do diploma que lhe possibilita
examinar alguém e lhe fornecer o caminho para restabelecer sua saúde. Uma outra pessoa, que não tenha
essas qualidades, estará exercendo de forma ilegal a medicina. Não tem essa pessoa a proteção do manto
do Direito. Ao contrário, seu ato provocará a repressão jurídica do Estado, em virtude de este tutelar um
bem jurídico, que é a saúde pública.

  + 1 


+    
!* #

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&%%j<$(

-   &  # Sob a ótica do Direito Alternativo, é um dos grandes fundamentos do nosso mundo do
Direito. Na Grécia antiga, Sófocles (um grande dramaturgo), escreveu uma peça, denominada Antígona. A
tragédia versava sobre uma irmã, Antígona, que teve o seu irmão Polinice condenado à morte pelo Rei
Creonte (o decreto de Creonte condenava Polinice a uma morte diferenciada: seu corpo deveria ser exposto
em praça pública até a putrefação). Essa ordem contrariava a todas as regras divinas da época.

Antígona subtraiu o corpo do irmão, após a morte e o enterrou dignamente. Creonte mandou prendê-la e a
trouxeram à sua presença. Ao ser questionada sobre o ato praticado, Antígona lhe diz: Creonte, a sua lei é
humana, mas na realidade, no mundo do Direito, existem dois grandes sistemas: as leis dos homens e as
leis divinas. Sempre que a lei humana se chocar com a lei divina, deverá esta prevalecer, por ser superior,
mais perfeita.

Ao lado desse Direito que o homem elabora (costumeiro, legislativo ou Judiciário) existe uma outra lei,
superior, chamada de   &   por Aristóteles e de Direito Divino, por Sócrates e Platão. O Direito
Natural surge como contraposto ao direito humano. Trabalha com o dever ser (conteúdo do justo, ideal).

0    $ -# No nosso cenário cultural, o positivismo de Auguste Comte traduz o direito Positivo
como realidade de conhecimento concreto, só trabalha com o que existe mesmo,  , diferente do
Direito Natural, que trabalha com o -. Para eles não importa se o Direito está revelando ou não o
seu ideal de justiça, se a lei existe, o Direito deve ser observado, aplicado e executado. O Direito positivo
seria o conjunto de todas as leis existentes em nosso sistema.

    $ -    



      )@ /      1  
  

   !* 2

Positivação dos Princípios de Direito Natural: O Direito Positivo deveria espelhar o Direito Natural, trazer
os princípios de justiça que encontramos no Direito Natural.

<(

: É a Lei/norma jurídica.  cc (de agir). É o Direito enquanto norma, o


conjunto de preceitos impostos a todos os homens, pela necessidade da manutenção da ordem social. São
regras impostas ao convívio social, pelo Poder Público, emanadas de órgãos competentes e tornadas
obrigatórias mediante a coação. É o direito posto.

(: 0 c : Interesse juridicamente protegido. É o direito que se liga aos
sujeitos das relações jurídicas. (Obrigação subjetiva). É o Direito como faculdade. O poder que tem o
homem de exigir que sejam efetivadas as garantias estabelecidas, objetivamente, pelas regras jurídicas.

Segundo Rudolf Von Ihering, é o ³interesse juridicamente protegido.

Para Clóvis Bevilacqua: É um poder de ação assegurado pela ordem jurídica.

c
c
j&=%='
O Direito tem uma linguagem própria, que às vezes se torna diferente da linguagem do cotidiano. Alguns
exemplos:
-   "
 # capacidade, habilidade, aptidão  é a medida ou extensão da jurisdição (poder para
examinar e resolver determinados casos;
- 
: uma pequena serra, ou um amontoado de coisas  conjunto dos bens de uma herança.

)%
  - Parte da Filosofia que estuda o   
 humano, para se atingir o bem comum (bem da
sociedade). Estudo dos juízos de apreciação referentes a conduta humana suscetível de qualificação do
ponto de vista do +   .
Na origem, a palavra significa o estudo do caráter de um povo, sua maneira de ser, etc.; tem o sentido de
referir-se ao comportamento pessoal, de cada um; tem caráter subjetivo: por. ex., respeito ao outro,
respeito a si próprio, não fazer ao outro o que não se quer para si próprio.
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para
as regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito - pois não
estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que a caracteriza.    5   5  
     
'   2

' # é da sociedade, aquilo que a sociedade estabelece como regra (não norma) de comportamento, para
todos. É um conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer para grupo ou pessoa
determinada. Comportamentos mutáveis ao longo do tempo, tidos como certos em uma comunidade. A
moral preocupa-se com o   .

Não se deve confundir ética com moral. '  5        


 5 2
A moral individual está dentro da pessoa. Só é praticada quando por livre e espontânea vontade. Se sai do
âmbito exclusivo da espontaneidade, surgindo a necessidade da interferência de um ordenamento
obrigatório, coercível, estará no campo do Direito.

  ' 
A) 9    - É um código de valores que vamos escrevendo e incorporando dentro de
nós mesmos, ao longo da vida, por força da educação familiar, do estudo, das relações sociais, e sobretudo
da nossa experiência pessoal, através dos nossos erros e acertos.
B) 9 
   , que varia no tempo, nos países, nas regiões, sobretudo nas cidades: a
moral nos grandes centros urbanos, p.ex., é geralmente aberta, permissiva, enquanto nas cidades menores é
nitidamente fechada ou restritiva. Pode-se aceitar, para esta, o conceito de  ou de  , no
tempo e no espaço.
C) 9  
        
 - É inegável a influência de certas 00c c ,
que ajudam as pessoas a formar seus próprios códigos de ética. A política, os partidos, levados a sério em
suas ideologias, também influem na conduta das pessoas. Nos anos 20 e 30 do século XX assistiu-se ao
nascimento de partidos e idéias políticas defensoras de Estados totalitários, e que levaram à maior
catástrofe da história da humanidade, com a Segunda Grande Guerra. Nas religiões, igualmente, sobretudo

c
c
as fundamentalistas, em que a crença se mescla com a política, as pessoas dão a vida por uma causa,
invocando até mesmo mandamentos religiosos (ex., as lutas no Oriente Médio, no Afeganistão, etc.).
%  # Que não é nem contrário nem conforme a moral.
  # Diz-se de conduta ou doutrina que contraria regra moral prescrita para um dado tempo e lugar,
numa determinada sociedade.
# O ser humano adquiriu consciência da importância de determinados valores considerados
universais e de sua irrenunciabilidade, como a dignidade da pessoa humana, a salvaguarda da vida
individual e coletiva etc. Uma das finalidades do Direito é preservar e garantir esses valores e os que dele
decorrem. A norma jurídica estabelece direitos e deveres, com relação a obrigações (no sentido jurídico).
Há outras regras que não se encaixam em nenhuma das anteriores: por ex., "não dizer o nome de Deus em
vão", é uma regra religiosa, sem nenhuma implicação no plano social ou jurídico; "respeitar os símbolos da
pátria" é uma regra de civismo, também sem nenhuma implicação no plano social ou jurídico.
'   : De todas as formas de comportamento humano, o jurídico ou legal (direito) é o que mais
intimamente se relaciona com a moral. Moral e direito têm em comum uma série de características
essenciais e, ao mesmo tempo, diferenciam-se por outros traços específicos.


('j7%&:%(&'%j
- '   #
(consciência social) para regulamentar a relação dos homens uns com os outros, conduta obrigatória; O
direito e a moral regulamentam as relações de uns homens com outros por meio de normas; postulam,
portanto, uma conduta obrigatória e devida. Nisto se parecem também, como veremos, com o trato social.
-   - #
(exigência do seu cumprimento); As normas jurídicas e morais têm a forma de imperativos; por
conseguinte, acarretam a exigência de que se cumpram, isto é, de que os indivíduos se comportem
necessariamente de uma certa maneira.

- '  #
(bem-estar social); O direito e a moral respondem a uma mesma necessidade social: regulamentar as
relações dos homens visando garantir certa coesão social.
- Têm a  + 5  

- Trata-se de
    

- ) 4 7  @ #
(tanto o Direito quanto a Moral mudam quando historicamente muda o conteúdo da sua função social.
Direito e Moral (SOCIAL) variam de uma época para outra, de uma sociedade para outra). Por isto estas
formas de comportamento humano têm caráter histórico. Assim como varia a moral de uma época para a
outra, ou de uma sociedade para outra, varia também o direito.

c
c
3&:%(&'%j
DIREITO # MORAL (individual)

)  mais restrito, mais definido Mais amplo, mais difuso

(
 Coercibilidade Incoercível (Estado)

%+
"
 Exterioridade Interioridade

3
  *Bilateral atributiva Unilateral

Heteronomia Autonomia

Alteridade Identidade

Codificado (formal e oficialmente) Não codificada

(#A    %  + - #B



-*       
  1  
 
    2
- A       5    B    . A moral atinge todos os tipos de relação
entre os homens e as suas várias formas de comportamento (assim, por exemplo, o comportamento
político, o artístico, o econômico, etc., podem ser objeto de qualificação moral). O direito, pelo contrário,
regulamenta as relações humanas mais vitais para o Estado, para as classes dominantes ou para a sociedade
em seu conjunto. Algumas formas de comportamento humano (criminalidade, malandragem, roubo, etc.)
caem na esfera do direito enquanto violam normas jurídicas e na da moral enquanto infringem normas
morais, O mesmo se deve dizer de certas formas de organização social como o matrimônio, a família e as
respectivas relações (entre os cônjuges, os pais e os filhos etc.). Outras relações entre os indivíduos, como
o amor, a amizade, a solidariedade, etc., não são objeto de regulamentação jurídica, mas somente moral.

- A coercão se exerce de maneira diferente na moral e no direito: é fundamentalmente




  
1 

  . Isso significa que o cumprimento dos preceitos morais é garantido, antes de tudo, pela
convicção interna de que devem ser cumpridos. E ainda que a sanção da opinião pública, com a sua
aprovação ou desaprovação, leve a atuar num certo sentido, no comportamento moral se requer sempre a
adesão íntima do sujeito. Nada e ninguém nos pode obrigar internamente a cumprir a norma moral. Isso
quer dizer que    
 
   
 5  
     - 1  
 - (sanção) que possa prescindir da vontade do sujeito.   /  
4 / 1  
 -/ ou seja, goza da possibilidade de invocar o uso da força para se valer, se necessário. Têm
caráter obrigatório, imposto pelos poderes competentes de uma sociedade e, quando descumpridas, dão
origem a sanções para coagir os homens e reprimir novos atos da mesma natureza. Já as regras da moral,
quando descumpridas, ensejam sentimentos de natureza íntima em cada indivíduo, ou seja,
arrependimento, vergonha, censura pessoal e mesmo social, mas não geram sanções de ordem pública,
aplicadas por autoridades legalmente constituídas.

c
c
- As normas morais se cumprem através da convicção íntima dos indivíduos e, portanto, exigem uma
adesão íntima a tais normas. Neste sentido, pode-se falar de
   da vida moral. (O agente moral
deve fazer suas ou interiorizar as normas que deve cumprir). As normas jurídicas não exigem esta
convicção íntima ou adesão interna. (O sujeito deve cumprir a norma jurídica, ainda que não esteja
convencido de que é justa e, por conseguinte, ainda que não adira intimamente a ela). Pode-se falar, por
isto, da 1   do direito. O importante, no caso, é que a norma se cumpra, seja qual for a atitude
do sujeito (voluntária ou forçada) com respeito a seu cumprimento.
- Uma vez que são elaboradas por terceiros, as normas de Direito podem coincidir ou não com as
convicções que temos sobre o assunto. Entretanto, somos obrigados a obedecê-las, daí dizer que o   
5? >
  e a '   >
 , pois essa exige a adesão interna/íntima do indivíduo.
- A moral individual é interna, autônoma e incoercível, enquanto o Direito é externo, heterônomo,
coercível. Além disso, o Direito também tem como característica a    (é voltado para a relação
com o outro), enquanto na moral individual há a 
 (é voltada para si próprio).
- Deste modo distinto de garantir o cumprimento das normas morais e jurídicas se deduz, também, que as
normas morais
  

           
/ ao passo que as normas jurídicas
gozam destaexpressão    em forma de códigos, leis e diversos atos do Estado.

É inegável que, apesar dessas diferenças, as normas da moral e do direito se entrelaçam de muitas formas
diferentes e, pode-se afirmar que as normas da moral e as normas de direito são conjuntos que têm uma
grande área de intersecção considerável, ainda que cada um deles possua partes não comuns.

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- O Direito representa apenas o mínimo de moral declarado obrigatório para que a sociedade possa
sobreviver. Como nem todos podem ou querem realizar as obrigações morais de forma espontânea, torna-
se indispensável armar de força certos preceitos éticos, para a sobrevivência da sociedade. Para esta
Teoria, o Direito não é algo diferente da moral, mas uma parte dela, armada de garantias específicas. É
reproduzida por dois círculos concêntricos sendo o círculo maior o da moral e o menor o do Direito.
Haveria um campo de ação comum a ambos, sendo o Direito envolvido pela Moral.
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ccccccccccccccccc c c
 c c c c c c c

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c c c c c c

c c c
c c cc
cccc cc c c
ccccccccccccc c cc cccc

Será correto aceitarmos que todas as normas jurídicas se contem no plano moral? Ex: regras de trânsito,
que obedecem a questões técnicas. Se forem modificadas pelo legislador, poderão influir no campo da
moral? Outro ex.: No Código de Processo Civil existe um artigo que consta que o réu, citado para uma
determinada ação, deve oferecer resposta em 15 dias. Esse prazo influiria na vida moral das pessoas, caso
fosse modificado? Da mesma forma existem atos juridicamente lícitos que não o são do ponto de vista da
moral. Por exemplo: 2 sócios, sendo que um deles se dedica inteiramente aos objetivos da empresa,
enquanto o outro, de vez em quando aparece, apenas para justificar o recebimento de lucros. Se o contrato

c
c
social da empresa estabelece que cada sócio deverá receber uma compensação igual, ambos deverão
receber a mesma quantia. Isso é moral? Há portanto, um campo da moral que não se confunde com o
campo jurídico. O Direito tutela muita coisa que não é moral.

%()C)j(()%&(
Para este autor, a representação geométrica da relação entre os dois sistemas ± Direito e Moral, não seria a
dos círculos concêntricos, mas a dos círculos secantes. Direito e Moral possuiriam uma faixa de
competência comum e, ao mesmo tempo, uma área particular independente.

Há um grande número de questões sociais que se incluem, ao mesmo tempo, nos dois setores. A
assistência material que os filhos devem prestar aos pais necessitados tanto é matéria regulada apelo
Direito, como pela moral. Existem, ainda, assuntos exclusivos da moral, como por exemplo, atitude de
gratidão a um benfeitor, e afinal, problemas jurídicos estranhos à ordem moral, como por exemplo, a
divisão da competência entre Tribunais.
c

c c c c c  c  c



 c  c
  c
cccccc Direito Moral P Xc
 c  c

c c c c
c c c c  c c
c c  c   c
c
 c  c cc

cccccccccc ccccccccccccccccccccccccccccccc
Exs: 1) Alimentos (pensão alimentícia) (Direito e Moral);
2) Esmola, amizade, solidariedade (apenas Moral);
3) Normas de competência (de julgar, distribuição de causas etc..) (apenas Direito).

A VISÃO KELSENIANA - Hans Kelsen desvincula o Direito da Moral, concebendo os dois sistemas
como esferas independentes. Para esse famoso cientista do Direito, a norma é o único elemento essencial
ao Direito, cuja validade não depende de conteúdos morais.
c

Direito e Moral são


Direitoccccccccccccccccccccccccccccccc Moral
campos distintos, que não
cc se confundem.





c
c
%'&(&%j.'  9
O jurista Miguel Reale, buscando uma compreensão mais ampla do Direito, criou uma concepção
estrutural capaz de afastar um conceito que só leve em conta o aspecto normativo do Direito. Segundo a
Teoria Tridimensional do Direito, podemos considerar o direito como um fenômeno que reúne três
elementos:
1.  
 4 # O direito é Fato: O Direito como fato, produzindo efeitos na sociedade e na história;
existe como realidade histórico social e cultural,
2.  
 1 @  (axio = valor) O Direito como valor:é sempre o reflexo dos valores adotados pela
sociedade; o Direito como valor de Justiça;
3.  

 -: O Direito como norma: é um conjunto de regras, uma ordenação, como
ordenamento jurídico.

A importância desta concepção é que ela imprime ao Direito um impulso dialético, mostrando-o dinâmico
e em contato com a realidade social, livrando- o de ser concebido apenas como um conjunto de normas
tuteladas pelo Estado.
Ex: 3 : mico-leão-dourado está em extinção
 # qual a importância desse fato para a sociedade?
& : para regular a proteção do mico-leão-dourado (através de lei)

Segundo Reale, a influência dessa teoria foi o fato de que ³deixou-se de examinar o Direito apenas
segundo a lei, levando em conta também o condicionamento social e histórico.´
Segundo essa teoria, para interpretar o Direito e resolver conflitos, devem ser usados outros ramos do
conhecimento humano, além do conhecimento da Ciência do direito. Considera o sistema jurídico aberto
que se contrapõe ao sistema fechado, hermético e ideal elaborado por Hans Kelsen (pai do positivismo
jurídico)

3&(
As fontes do Direito são a origem, o lugar de onde o Direito provém, onde nasce.

3
 
  .  9 são aquelas que, por si só, não têm a força de criar normas de Direito,
mas que encaminham o espírito do legislador, a mais cedo ou mais tarde, criar as normas de Direito.

   : - Doutrina
- Jurisprudência
- Costumes

3
  .  9#São aquelas que, por si só, pela sua própria força, criam o Direito.
    : - Leis
0 &%: É o conjunto de investigações, reflexões teóricas e princípios metodicamente expostos,
analisados e sustentados pelos autores no estudo das leis; são as opiniões e idéias emitidas pelos estudiosos

c
c
do Direito, ou tratadistas, que não se limitam a fazer a interpretação dos textos, mas sistematizam todo o
Direito, formulam princípios, pregam idéias, aconselham reformas das leis etc. Função: Orientar o
aplicador do Direito (juiz, advogado) e o legislador.
0($&)%: É o conjunto de pronunciamentos do Poder Judiciário num determinado sentido a
respeito de certo objeto, de modo reiterado e pacifico. São decisões semelhantes proferidas por juizes ou
tribunais em casos também semelhantes. Ex: art. 157, CP roubo. O que é arma? Será a Jurisprudência
quem vai responder a essa questão, se um taco, uma cadeira, uma tesoura, um revólver, o que pode ser
considerado arma e em quais circunstâncias.

Nas sociedades modernas de Direito Positivo, a Jurisprudência tem valor restrito, servindo como
norteadora das decisões dos juizes, sem, contudo, obrigá-los.
0)(': É o uso implantado na coletividade e considerado por ela como juridicamente obrigatório.
Provém da prática reiterada e contínua de determinado comportamento.

É a repetição constante e uniforme de determinados atos para os membros de certa comunidade social,
com a consciência de que correspondem a uma necessidade jurídica.
 
 1 
  )  # atos semelhantes e uniformes, constantes e generalizados
(continuidade, diuturnidade, uniformidade, moralidade, não contrário à lei)
 


: natureza psicológica (consciência da obrigatoriedade do ato).

5    #


- )  E   ´: Serve para preencher o conteúdo da lei, preenche as lacunas, obscuridades ou
omissões da norma de Direito. Tem cunho supletivo, ou seja, toda vez que não houver uma alei para se
aplicar, num caso concreto, utilizam-se os costumes. Supre a lacuna no ordenamento jurídico.
- )   E
   ´: Quando a própria Lei ordena a adoção dos usos e costumes de uma
determinada localidade. Complementa a norma vigente.
- )   E
   F# Por mais antiga que seja a repetição, nunca poderá o costume importar na
criação de uma norma contrária a preceito de Lei. O costume ³contra legem´ nunca revoga a lei. Contraria
a norma vigente.
j : - Vantagem: vontade da consciência do povo
- Desvantagem: A lei não surge de uma hora pra outra; a lei é uma manifestação rígida.
)  : - Vantagem: É uma manifestação mais flexível
- Desvantagem: Obscuro, pois não é escrito em nenhum lugar
 
 
j )  #
0
G  #
Os costumes se originam na sociedade; as leis se originam nos órgãos legislativos.

0
   + #
O costume é de elaboração livre, espontânea, gradativa, forma-se paulatinamente, á medida que
determinada conduta torna-se aceita e reiterada pelo grupo.

c
c
A lei tem processo de elaboração formal, iniciando-se com um projeto, passando por discussão, votação,
revisão, sanção, promulgação e publicação.

0
   #
O costume se exterioriza através de condutas reiteradas e é transmitido em regra via oral; passa de pai para
filho pela tradição; A lei se exterioriza por escrito e através de fórmulas rígidas e precisas.


j#
É toda norma jurídica oriunda dos órgãos da soberania, segundo os quais a constituição política do Estado
conferiu o poder de ditar regras de Direito.
Define as normas de conduta do homem na sociedade. É um preceito comum e obrigatório emanado do
Poder competente e provido de sanção.

)   *   j #
1) Generalidade: A lei é geral, comum.
2) Imperatividade: A lei é obrigatória e dotada de sanção coercitiva
3) Autorizamento: A lei autoriza o lesado a invocar o Estado.
4) Permanência: A lei é permanente, dura um prazo indeterminado. Regra: permanência. Exceção: Leis
temporárias.
5) Emanação de autoridade competente.

)    j #


- Quanto a sua  +  @ :
1) j  )
/ imperativas ou de ordem pública: É aquela que, por atender mais diretamente os
interesses da coletividade, não podem ser alteradas por acordo ou convenção entre os envolvidos. Ex. Leis
penais, tributárias, eleitorais.
2) j   -  ou facultativas: São aquelas que não estão diretamente ligadas ao interesse da
sociedade e por nisso podem ser revogadas por acordo ou convenção entre as partes. Ex. contrato de
aluguel.

- Quanto a ?  B #
1 ± CF (Constituição Federal) CF

2 ± Leis Complementares
3 ± Leis Ordinárias LC, LO, LD =/= campos de atuação
4 ± Leis Delegadas

c
c

- Quanto à     - :
1 ± CF (Constituição Federal) CF
2 ± Leis Federais
3 ± Leis Estaduais LF, LE, LM =/= campos de atuação
4 ± Leis Municipais

- Quanto à natureza:
1 ± j +
-  ou materiais: São aquelas que estabelecem direitos. Existem por si só. São chamadas
de leis de fundo. Regulam os direitos e obrigações dos indivíduos, nas relações entre estes e o Estado e
entre os próprios indivíduos. Devem ser do conhecimento de todos.
2 ± j  ! - , processuais ou formais: Estabelecem regras relativas aos procedimentos e devem ser de
conhecimento mais especificamente de advogados e juízes, pois se referem aos processos. São aquelas que
estabelecem a forma pela qual se realizam ou se defendem os direitos.
- Quanto à 
    +4  (CF):
1 Hj )
  
 (de acordo com a Constituição Federal)
2 Hj 

  
 (contrárias à Constituição Federal).


 
, #

-
  
I :

São aquelas que, a fim de assegurar uma convivência juridicamente organizada, visam à estrutura e ao
funcionamento dos órgãos do Estado, ou fixam e distribuem competências e atribuições. Alguns as
chamam de normas secundárias. Ex: Compete à União: ³Declarar a guerra e celebrar a paz´; ³Compete aos
pais quanto à pessoa dos filhos menores, dirigir-lhes a criação e educação´.

- &  
 :

São aquelas cujo objetivo imediato é disciplinar o comportamento dos indivíduos ou grupos sociais:
Constituem a maioria das normas jurídicas. São chamadas também de normas primárias, ou como sendo de
primeiro grau. Ex: Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas
para descanso´ (CLT, art. 66). Ou - ³Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem ± Pena ±
Detenção de três meses a um ano´ (CP, art. 129).


G1 
  #

- &    1 
:

São as que compõem a ordem jurídica vigentes em territórios distintos do nacional.

c
c
- &    

: São as que vigoram no território nacional. Compõem o direito positivo de
um determinado país.

Quanto às normas de direito interno brasileiro, elas se dividem em:

a)
 
 (ou de direito comum): Aplica-se a todos, independente da sua localização espacial no Brasil.
Vigoram, portanto, em todo o território nacional. Ex.: Código Civil, Código Penal, CLT etc.

b) 3  : São as que emanam da União e aplicam-se apenas à própria União e seus agentes, órgãos e
instituições, não podendo obrigar os Estados-membros e os Municípios.. Ex.: Estatuto dos funcionários
públicos Civis da União.

c)   /'
     : São as editadas pelos órgãos competentes dos Estados-membros,
dos Municípios ou do Distrito Federal e destinam-se a vigorara apenas em parte do território brasileiro.
São normas de direito local. Ex: Constituições dos Estados e leis estaduais. Lei orgânica que rege os
municípios e leis municipais; leis distritais, que regem o Distrito Federal.


G
#

- &   B   : São aquelas cuja violação determina duas conseqüências, ou seja, a
nulidade do ato e a aplicação de uma pena, ou restrição, ao infrator. Cercam-se de dupla proteção.

Ex.: art. 1521, VI, CC ³não podem casar as pessoas casadas´. É uma norma mais que perfeita porque a sua
violação acarreta a nulidade do casamento, cfe. art.1548, II, do CC. ³É nulo o casamento contraído por
infringência de impedimento´ ; e também acarreta uma pena ao infrator, por crime de bigamia (art. 235,
CP ³contrair alguém, sendo casado, novo casamento: pena ± reclusão de 2 a 6 anos´

0&   : São as que fulminam de nulidade o ato, mas não implicam qualquer sanção de ordem
pessoal. O Direito contenta-se com o restabelecimento da ordem jurídica, considerando que a volta ao
estado anterior já é, por si mesma, até certo ponto, uma pena. Ex.: ³É nulo o negócio jurídico quando
celebrado por pessoa absolutamente incapaz (CC, art. 166, I). Assim, se um menor de 16 anos contrata,
assumindo encargos que afetam o seu patrimônio, aplica-se a regra jurídica que torna nulo o seu ato, mas
sem estabelecer penalidade ou sanção relativamente à pessoa do infrator.

- &    : A sua violação não acarreta nem a nulidade do ato, nem outra penalidade. Tias
normas as vezes se justificam por razões de ordem social e ética. Por ex.: ³Não se anulará, por motivo de
idade, o casamento de que resultou gravidez´ Art. 1551, CC.

Embora o contraente tenha se casado fora do limite de idade estipulado por lei (16 anos), não será
invalidado o ato, nem punido o agente, desde que tenha resultado gravidez dessa união. A justificativa é
dar garantia, principalmente, ao nascituro.

Outro exemplo: O indivíduo que perde no jogo não é obrigado, juridicamente, a pagar a dívida, ou seja, o
credor dessa dívida não tem ³ação´ para cobrá-la; a obrigatoriedade do pagamento é de ordem ético-moral.
Mas se o devedor paga, não tem como recobrar a quantia, salvo se o perdente é menor ou interdito.

c
c
)&3j(&%(j%:J(C)%(#

Os conflitos são comuns tanto na esfera social quanto na esfera jurídica. Nas relações jurídicas,
basicamente, temos 4 (quatro) formas de resolução de conflitos:

- 
,
     : Abandono o Direito; Acredito que vou gastar mais para a satisfação do meu
direito, do que ele realmente vale (ex: vou gastar R$ 100,00, para receber R$ 50,00).

- )   (ou autocomposição): Mais racional: As partes entram num acordo sobre esse conflito, com
uma solução que seja interessante para ambos.

- %+   # Acessibilidade da Justiça. Um terceiro, fora do âmbito do Poder Judiciário, escolhido pelas
próprias partes, fará o julgamento extrajudicial sobre o conflito.

- $    
: Através da sentença ou acórdão.

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