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Do mito à razão: o nascimento da filosofia

Os mitos gregos surgem quando ainda não havia escrita, eram


preservados pela tradição e transmitidos oralmente. Era difícil
conhecer os autores desses trabalhos de formalização, por que não
havia preocupação com autoria das histórias, que eram empregadas
de forma coletiva e anônimas.

Homero, um desses poetas, teria sido o provável autor de dois


poemas épicos, as epopéias Ilíada e Odisséia. A Ilíada trata da guerra
de Tróia e a Odisséia relata do retorno de Ulisses a Ítaca, após a
guerra de Tróia.

As ações heróicas relatadas nas epopéias mostram a constante


intervenção dos deuses, ora para auxiliar o protegido ora para
perseguir o inimigo. Até desvios psíquicos, como por exemplo, o
desvario momentâneo de Agamenon, é atribuído a ação divina. Nessa
perspectiva, a noção de virtude não é a mesma que temos hoje, mas
significa excelência da superioridade. Trata-se da virtude do guerreiro
belo e bom, objetivo supremo de herói.

Uma nova ordem humana

Por volta de fins do século VII a.C. e durante o século VI a. C.,


surgem os primeiros filósofos gregos. Alguns autores chamam de
“milagre grego” à passagem da mentalidade mítica para o
pensamento critico racional e filosófico, por destacarem o caráter
repentino e único desse processo.

A filosofia na Grécia não é fruto de um salto realizado pelo


“milagre” realizado por um povo privilegiado, mas é a culminação d
processo gestado através dos tempos e que, portanto, tem sua divida
com o passado mítico.

A escrita

A consciência mítica predomina em culturas de tradição oral. A


palavra antes da escrita, ligada a um suporte vivo que a pronuncia,
repete e fixa o evento por meio da memória pessoal. De inicio a
primeira escrita é mágica e reservada aos privilegiados, aos
sacerdotes e reis. Entre os egípcios, por exemplo, hieróglifos
significam literalmente “sinais divinos.”

Na Grécia já existia uma escrita no período micênico, mas


restritas aos escribas que exerciam funções administrativas de
interesse da aristocracia palaciana. Com a violenta invasão dórica, no
século XII a.C., a escrita desapareceu junto com a civilização
mecênica, para ressurgir apenas no final do século IX ou VIII a. C., por
influencia dos fenícios.

Quando essa mudança de significado, diz Vermant: “a escrita


não terá mais por objetivo construir para o uso do rei arquivos no
recesso de um palácio; vai permitir divulgar, colocar igualmente sob o
olhar de todos, os diversos aspectos da vida social e política”.

A escrita gera nova idade mental porque exige quem escreve


uma postura diferente daquela que apenas fala, possibilitando maior
de abstração, que tendera a modificar a própria estrutura do
pensamento.

A moeda

Por volta dos séculos VIII a VI a.C. houve o desenvolvimento do


comércio marítimo. O enriquecimento dos comerciantes promoveu
profundas transformações decorrentes da substituição dos valores
aristocráticos pelos valores da nova classe em ascensão.

Na época da predominância da aristocracia rural, cuja riqueza se


baseava em terras e rebanhos, a economia era pré-monetária. Os
objetos usados para troca vinham carregado de simbologia afetiva e
sagrado, decorrente da posição social ocupada por homens
considerados superiores e do caráter sobrenatural que impregnava as
relações sociais.

A moeda, inventada na Lídia, aparece na Grécia por volta do


século VII a.C., o que facilita os negócios e impulsiona o comercio. Daí
a exigência de algo que funcionasse como valor equivalente universal
das mercadorias, fazendo reverter os benefícios para a propia
comunidade.

Os primeiros filósofos

A grande aventura intelectual dos gregos não começa


propriamente na Grécia continental, mas nas colônias: na Jônia
(metade sul da costa ocidental da Ásia Menor) e na Magna Grécia (sul
da península itálica e Sicilia). Os primeiros filósofos viveram por volta
do século VI a.C. e, mais tarde, foram classificados como pré-
socráticos (a divisão da filosofia grega se centraliza na figura de
Sócrates) e agrupados em diversas escolas. Por exemplo, escola
jônica (Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Empédocles).
Escola itálica (Pitágoras), escola eleática (Xenófanes, Parmênides,
Zenão); escola atomista
(Leucipo e Demócrito).
Os escritos dos filósofos pré-socráticos desapareceram com o
tempo, e só nos restam alguns fragmentos. Sabemos que geralmente,
escrevia em prosa, abandonando a forma poética característica das
epopéias, dos relatos míticos. Os pré-socráticos procuram o princípio
(a arché) de todas as coisas, entendido este não como o que
antecede no tempo, mas enquanto fundamento do ser. Buscar a
arché é explicar qual é o elemento constitutivo de todas as coisas.

Mito e filosofia: continuidade e ruptura

Para estudiosos como o inglês Cornford, apesar das diferenças, o


pensamento filosófico nascente ainda apresenta vinculações com o
mito. Por exemplo, Hesíodo relata na Teogonia como Gaia (Terra)
gera sozinha, por segregação, o Céu e o Mar, depois, a união da Terra
com o Céu, presidia por Eros (principio da coesão do universo),
resulta na geração dos Deuses. Ora, examinando textos dos filósofos
jônicos, Cornford descobre neles a mesma estrutura de pensamento
existente no relato mítico: os jônicos afirmam que, de estado inicial
de indistinção, separam-se pares opostos (quente e frio, seco e
úmido) que vão gerar os seres naturais (o céu de fogo, o ar frio, a
terra seca e o mar úmido). Para os filósofos a união dos opostos
explica os fenômenos meteóricos, as estações do ano, o nascimento e
a morte de tudo que vive.
Conclusão

A filosofia nasceu na Europa (Grécia), entre dos séculos VI e VII


a.C., onde o homem começa a fazer perguntas e mostra como o
mundo se estrutura em uma forma totalmente diferente. Nesse
período surgiram grandes estudioso naturalista, são os primeiros
filósofos que são chamados de Pré-Socráticos, tendo principal
destaque: Pitagoras, Tales de Mileto, Heraclitos, Parmenides, entre
outros.

Através deste estudo, observou-se que a filosofia e o mito são


algo extremamente diferentes. O mito é transmitido tornado-se
verdade através da oralidade feita pelo nossos antepassados e que
não são questionados, enquanto que a filosofia faz o homem pensar e
discutir determinados assuntos. Um dos grandes exemplos é de como
surgiu o Universo sem questionar o fato da religiosidade.

A filosofia é considerada não uma ciência, mas sim um saber


autônomo.
FACULDADE PIAUIENSE – FAP
CURSO: BACHARELADO EM DIREITO
TURNO: TARDE
DISCIPLINA: FILOSOFIA
PROFESSOR: MARIA DE JESUS
DO MITO À RAZÃO: O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

WYLKLEN LIMA DE ALMEIDA

TERESINA – PI
FEVEREIRO DE 2011

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