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Ge st ã o P ú b l i ca

Módulo I

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................. 1
1 CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................... 2
2 CARREIRAS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL.. 3
3 AGÊNCIAS REGULADORAS E EXECUTIVAS .................................................. 4
3.1. AGÊNCIAS REGULADORAS ....................................................................... 4
3.2. AGÊNCIAS EXECUTIVAS............................................................................ 5
4 ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES.................................................................... 6
4.1. ENTIDADES ................................................................................................... 6
4.2. ÓRGÃOS PÚBLICOS ..................................................................................... 6
4.3. AGENTES PÚBLICOS ................................................................................... 7
5 A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA ..................................................................... 8
5.1. REGIME JURÍDICO ....................................................................................... 9
5.2. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO .................................................... 9
5.3. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ......................................... 9
6 USO E ABUSO DO PODER ................................................................................... 13
6.1. USO DO PODER........................................................................................... 13
6.2. ABUSO DO PODER ..................................................................................... 13
7 ADMNISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA ......................................................... 14
7.1. ADMNISTRAÇÃO DIRETA ........................................................................ 14
7.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA................................................................... 15
8 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................... 19
9 AUTORIDADE E PODER: DIFERENÇAS E IMPLICAÇÕES ......................... 23
10 STAKEHOLDERS ................................................................................................ 24
11 CODIFICAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO ................................................. 24
11.1. ÍNDICE DOS PAPÉIS DE TRABALHO .................................................... 26
12 SINAIS CONVENCIONAIS ................................................................................. 34
13 REFERÊNCIAS CRUZADAS .............................................................................. 35
GLOSSÁRIO .............................................................................................................. 36
CONCLUSÃO DO MÓDULO I ................................................................................ 38
INTRODUÇÃO

A Administração Pública ou Gestão Pública é, em sentido orgânico ou


subjetivo, o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como as demais
instituições coletivas públicas que asseguram a satisfação
das necessidades coletivas como, por exemplo, a segurança,
a cultura, a saúde e o bem estar da população. É a legislação
que atribui ao conjunto de órgãos e pessoas jurídicas o
exercício da função administrativa do Estado. De forma
objetiva, ela pode ser definida como a atividade concreta e
imediata que o Estado desenvolve para assegurar os
interesses coletivos. Já em sentido material, ela administra os interesses da coletividade.
Sob o aspecto operacional, a Administração Pública é o desempenho perene e
sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado, em benefício da
coletividade. Ela pode ser direta ou indireta:

Administração Pública Direta: É composta pelas suas entidades estatais (União,


Estados, Municípios e Distrito Federal) que não possuem personalidade jurídica própria.

Administração Pública Indireta: É composta por entidades autárquicas, fundacionais


e paraestatais.

Seu principal objetivo é a defesa do interesse público se apoiando, para tanto,


nos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade e da eficiência.

Dessa forma, as pessoas que trabalham na Administração Pública são


chamadas de Funcionárias Públicas ou Servidoras Públicas.
Cabe dizer que as atividades estritamente administrativas devem ser exercidas
pelo próprio Estado.

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CAPÍTULO 1

1 CONCEITOS BÁSICOS

Para um melhor aproveitamento do curso, vamos definir alguns conceitos que


serão utilizados futuramente:

ADMINISTRAÇÃO – Pode ser definida como sendo o estudo das organizações; o


processo de tomada de decisão sobre objetivos e uso de recursos ou, ainda, refere-se aos
dirigentes de uma organização e ao local nas instituições onde são tomadas decisões
administrativas.

ORGANIZAÇÃO – É o sistema de recursos estruturado com a finalidade de alcançar


objetivos. A sociedade humana é formada por organizações.

EFICÁCIA - Consiste no grau de alcance das metas programadas em um determinado


período de tempo, independentemente dos custos implicados. Quanto mais alto o grau
de realização dos objetivos e metas, mais a organização é eficaz. É a relação entre
objetivo e produto; se o produto atendeu o objetivo, a organização foi eficaz.

EFICIÊNCIA – É a relação entre produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade
e os custos dos insumos empregados em um determinado período de tempo. Uma
organização é eficiente quando utiliza seus recursos da forma mais produtiva e
econômica possível, também conhecida como forma racional de utilização. Este
conceito envolve os processos de trabalho e o custo dos insumos. É também a relação
entre os INSUMOS/ RECUROS e o PRODUTO; se o produto foi conseguido com uma
alocação racional dos recursos e empregando processos otimizados de trabalho, a
organização foi eficiente.

EFETIVIDADE – É a relação entre os resultados de uma ação ou programa, com base


em efeitos sobre a população-alvo (impactos observados) e objetivos pretendidos
(impactos esperados). Existem alguns autores consideram a efetividade como a união da
eficácia com a eficiência.

ECONOMICIDADE – Implica na minimização dos custos dos recursos utilizados na


execução de uma atividade sem comprometimento da qualidade. É a relação entre os

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recursos utilizados e a ação que foi desenvolvida. O objetivo é sempre desenvolver a
ação planejada com a qualidade necessária e o menor custo possível.

EQUIDADE – É tratar da mesma forma aos indivíduos com iguais necessidades e


proporcionar tratamentos diferenciados a indivíduos com necessidades diferentes,
objetivando a justiça social.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

São conceitos básicos: a Administração, a Organização, a Eficácia, a Eficiência,


a Efetividade, a Economicidade e a Equidade.

CAPÍTULO 2

2 CARREIRAS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO


BRASIL

Dentro da Administração
Pública no Brasil, o Poder Executivo
Federal é integrado por diversas carreiras
estruturadas de servidores públicos, entre
as quais podemos citar:

Diplomacia (Diplomatas).

Militar (Força Armada).

Ciclo de Gestão (Especialista em Políticas Públicas, Analistas de Planejamento


e Orçamento, Técnico do IPEA, Analistas de Finanças e Controle).

Supervisão do Mercado Financeiro e de Capitais (Analista do Banco Central do


Brasil, Analistas e Inspetor da CVM, Analista da SUSEP).

Segurança Pública (cargos de Delegado, Perito, Papiloscopista, Escrivão e


Agente da Polícia Federal e Analista de Informações da ABIN).

3
Regulação Federal (Especialista em Regulação das Agências Reguladoras
Federais - ANATEL, ANCINE, ANEEL, ANP, ANAC, ANTAQ, ANTT,
ANVISA, ANS e ANA).

Servidores não estruturados em carreiras: Integrantes do Plano de Participação


de Cargos de 1970), empregados públicos e terceirizados via convênio.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Dentro da Administração Pública é possível seguir carreira nas seguintes áreas:


Diplomacia, Militar, Ciclo de Gestão, Supervisão do Mercado Financeiro e de
Capitais, Segurança Pública, Regulação Federal e outras.

CAPÍTULO 3

3 AGÊNCIAS REGULADORAS E EXECUTIVAS

As agências executivas e reguladoras fazem parte da


Administração Pública Indireta. São pessoas jurídicas de
direito público interno e consideradas como autarquias
especiais. Sua principal função é o controle de pessoas
privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob
o regime de concessão ou permissão.

3.1. AGÊNCIAS REGULADORAS

Sua função é regular, organizar e fiscalizar a prestação de serviços públicos a


serem executados por concessionárias ou permissionárias, com o objetivo garantir o
direito do usuário ao serviço público de qualidade. Não há muitas diferenças em relação
à tradicional autarquia, a não ser uma maior autonomia financeira e administrativa, além
de seus diretores serem eleitos para mandato por tempo determinado.

Essas entidades têm as seguintes finalidades básicas:

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A) Fiscalizar serviços públicos (ANEEL, ANTT, ANAC, ANTAC)

B) Fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANCINE)

C) Regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econômicas (ANP)

D) Exercer atividades típicas de estado (ANVS, ANVISA e ANS).

3.2. AGÊNCIAS EXECUTIVAS

São pessoas jurídicas de direito público que podem celebrar (fazer) contrato de
gestão com o objetivo de reduzir custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de
serviços públicos. Seu objetivo principal é a execução de atividades administrativas.
Nelas há uma autonomia financeira e administrativa ainda maior. São requisitos para
transformar uma autarquia ou fundação em uma agência executiva:

A) Ter planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional em


andamento.

B) Ter celebrado contrato de gestão com o ministério supervisor.

Dois exemplos de agências executivas são o INMETRO e a ABIN.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Agências Executivas e Reguladoras fazem parte da Administração Indireta e são


responsáveis por controlar pessoas privadas que prestam serviços públicos.
As Agências Reguladoras regulam, organizam e fiscalizam a prestação de serviços
públicos feitos por concessionárias ou permissionárias para garantir o serviço
público de qualidade.
As Agências Executivas são pessoas jurídicas de direito público que fazem contratos
para reduzir custos, otimizar e aperfeiçoar os serviços públicos.

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CAPÍTULO 4

4 ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES

4.1. ENTIDADES

Todas as pessoas jurídicas públicas ou privadas são denominadas Entidades.

4.2. ÓRGÃOS PÚBLICOS

Os Órgãos Públicos são divisões das entidades estatais, ou centros


especializados de competência, instituídos para o desempenho de funções estatais por
meio de seus agentes. Sua atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem como,
por exemplo, o Ministério do Trabalho e o Ministério da Fazenda.

Eles não têm personalidade


jurídica própria. Os atos que praticam
são atribuídos ou imputados à entidade
estatal a que pertencem. Contudo,
podem os órgãos públicos ter
representação própria, por seus
procuradores, bem como ingressar em
juízo, na defesa de suas prerrogativas,

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contra outros órgãos públicos.

Classificação dos Órgãos Públicos

A) Quanto à estrutura: simples ou compostos.

B) Quanto à atuação funcional: singulares ou colegiados.

C) Quanto à posição estatal: independentes, autônomos, superiores e


subalternos.

4.3. AGENTES PÚBLICOS

Agentes Públicos são todas as pessoas, vinculadas ou não ao Estado, que


prestam serviço ao mesmo de forma permanente ou ocasional. Eles podem ser divididos
em:

AGENTES POLÍTICOS - São os que ocupam os cargos principais na estrutura


constitucional, em situação de representar a vontade política do Estado. São agentes
políticos: os chefes do executivo, seus ministros e secretários, deputados, senadores,
vereadores, magistrados, membros do Ministério Público, membros do Tribunal de
Contas e os representantes diplomáticos.

AGENTES ADMINISTRATIVOS - São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às


suas entidades autárquicas, fundacionais e paraestatais investidos a título de emprego.
Eles representam a grande massa dos prestadores de serviço à Administração. São os
servidores públicos (civis e militares) e os servidores temporários.

AGENTES POR COLABORAÇÃO OU DELEGADOS: São particulares que


colaboram com o poder público voluntária ou compulsoriamente, ou, ainda, por
delegação. Nessa categoria encontram-se os concessionários e permissionários de obras
e serviços públicos; os serventuários de ofícios ou cartórios não estatizados, os
leiloeiros, os tradutores e intérpretes públicos, além de outros.

AGENTES HONORÍFICOS: São cidadãos convocados, designados ou nomeados para


prestar transitoriamente determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição
cívica, honorabilidade ou de sua notória capacidade funcional, mas sem qualquer

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vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração. São eles: os
jurados, mesários eleitorais, comissário de menores e outros dessa natureza.

AGENTES CREDENCIADOS: São os que recebem a incumbência da administração


para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante
remuneração do Poder Público Credenciante.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Entidades são todas as pessoas jurídicas públicas ou privadas.


As Entidades podem ser: Estatais, Autárquicas, Fundacionais, Paraestatais ou
Paraestatais de Cooperação.
Os órgãos Públicos são divisões das Entidades Estatais e desempenham funções
estatais por meio de seus agentes.
Os Órgãos Públicos podem ser classificados quanto à estrutura (simples ou
compostos), quanto à sua função (singulares ou colegiados) e quanto à sua
posição estatal (independentes, autônomos, superiores ou subalternos).

CAPÍTULO 5

5 A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

É a atividade que o Estado desenvolve, por


meio de seus órgãos, para atender ao interesse
público.

NATUREZA: A natureza da administração pública é a


de um encargo de defesa, conservação e
aprimoramento dos bens, serviços e interesses da
coletividade.

FINS: Os fins da Administração Pública resumem-se no bem comum da coletividade


administrada.

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5.1. REGIME JURÍDICO

Regimes Jurídicos são conjuntos de regras que


regem as instituições, sejam elas públicas ou privadas.
Regimes Jurídicos Administrativos, como veremos
mais adiante, sempre têm o objetivo de garantir os
interesses públicos.

A Administração Pública pode submeter-se ao


regime jurídico de direito privado ou ao regime jurídico
de direito público.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias que


exploram atividade econômica, por exemplo, se sujeitam ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributárias.

É importante salientar que, quando a administração emprega modelo privado,


sua submissão nunca é integral a este modelo, pois ela possui privilégios como o juízo
privativo, a prescrição quinquenal, o processo especial de execução e a
impenhorabilidade de seus bens, que são característicos dos modelos públicos.

5.2. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO

A expressão Regime Jurídico Administrativo é reservada tão somente para


abranger o conjunto de traços e de conotações que caracterizam o Direito
Administrativo. Baseia-se nas prerrogativas (direitos) e sujeições da Administração
Pública. Muitas dessas prerrogativas e restrições são expressas sob a forma de
princípios que informam o direito público e, em especial, o Direito Administrativo.

5.3. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A) Legalidade (art. 37 da Constituição Federal)

Este princípio, juntamente com o controle da


Administração pelo Poder Judiciário, nasceu com o Estado de

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Direito. Segundo o princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o
que a lei permite. O administrador não pode agir, nem deixar de agir, senão de acordo
com a lei, na forma determinada. No direito administrativo, o conceito de legalidade
contém em si não só a lei, mas também, o interesse público e a moralidade.

B) Impessoalidade (art. 37 da Constituição Federal)

Este princípio atualmente possibilita duas interpretações distintas: a primeira


significa dizer que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem
que nortear o seu comportamento. A Administração deve servir a todos, sem
preferências ou aversões pessoais ou partidárias.

No segundo sentido o princípio significa, segundo José Afonso da Silva, que “os
atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica,
mas ao órgão ou entidade administrativa da Administração Pública, de sorte que ele é
o autor institucional do ato”. Ou seja, o mérito dos atos pertence à Administração, e
não às autoridades que os executam. A publicidade dos órgãos públicos deve ser
impessoal, não podendo conter nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal (art. 37, § 1o, da CF).

C) Moralidade (art. 37 da Constituição Federal)

Alguns autores entendem que o conceito de moral administrativa é vago e


impreciso ou que acaba por ser absorvido pelo próprio conceito de legalidade. No
entanto, baseando-se na distinção entre Moral e Direito, temos que ambos são
representados por círculos concêntricos, sendo o maior correspondente à moral e, o
menor, ao direito. Portanto, a moralidade não se identifica com a legalidade, uma vez
que, a lei pode ser imoral e a moral pode ultrapassar o âmbito da lei. Além disso, a lei
produz efeitos jurídicos, já que acarreta a invalidade do ato, que pode ser decretada pela
própria administração ou pelo poder judiciário. O âmbito judicial da imoralidade ficou
consagrado pelo dispositivo concernente à ação popular (art. 5º, LXXIII, da
Constituição Federal) e implicitamente pelos artigos 15, V, 37, § 4º, e 85, V, sendo que
este último considera a improbidade administrativa (nome técnico que designa
corrupção administrativa) como crime de responsabilidade.

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Sendo assim, pode-se associar a Moralidade Administrativa com a Ética
Profissional, que consiste no “conjunto de princípios morais que se deve observar no
exercício de uma profissão”.

No âmbito do poder judiciário, para anular um ato administrativo pode-se


examinar não só a legalidade, mas, também, a moralidade do ato e a sua conformidade
com os interesses públicos.

Resta dizer que, a improbidade administrativa, segundo a legislação competente,


é detectada em alguns casos através de provas e, em outros, quando é presumida. No
segundo caso, considera-se atos de improbidade:

1) Venda de bem público abaixo do valor de mercado

2) Compra de bens acima do valor de mercado (superfaturamento).

D) Publicidade (art. 37 da Constituição Federal)

Com exceção dos casos previstos em lei, os atos públicos sempre devem ter
divulgação oficial, sendo este um requisito de sua eficácia. Entre as exceções estão a
segurança nacional (art. 5o, XXVIII, da CF), determinadas investigações policiais (art.
20 do CPP), processos cíveis em segredo de justiça (art. 155 do CPC), entre outras.

E) Eficiência (art. 37 da Constituição Federal)

É dever da boa administração, imposto a todo agente público, realizar suas


atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional.

F) Finalidade

A administração deve agir com a finalidade de atender ao interesse público


visado pela lei, uma vez que este ato se constitui na regra básica da administração. O
ato administrativo não tem legalidade quando o administrador age em prol de
interesse próprio, ainda que obedecida formalmente a legislação. Deve-se priorizar o
que chamamos de interesse público primário que considera o bem estar coletivo
da sociedade como um todo. Este nem sempre coincide com o interesse público
secundário, que está ligado aos órgãos estatais ou governantes. O interesse público
prevalece ainda sobre o interesse individual, sempre respeitadas as garantias
constitucionais e pagas as indenizações devidas, quando foi o caso.

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Quando o administrador não segue os princípios acima colocados, temos o que
chamamos de desvio de finalidade, que é uma forma de abuso de poder e acarreta
na nulidade do ato.

G) Indisponibilidade

A administração não pode transigir, ou deixar de aplicar a lei, senão nos casos
expressamente permitidos, nem dispor de bens, verbas ou interesses fora dos estritos
limites legais.

H) Continuidade

Os serviços públicos não podem parar, devendo manter-se sempre em


funcionamento, dentro das formas e períodos próprios de prestação. Não deveria haver
greve sem limites no serviço público. Mas o assunto ainda aguarda regulamentação por
lei complementar, como manda o art. 37, VII, da CF. Para o militar há proibição
expressa de greve (art. 42, § 5o, da CF).

O particular contratado para executar serviço público não pode interromper a


obra sob a alegação de não ter sido pago. Em relação à administração não vigora a
“exceptio non adimpleti contractus” (art. 1092 do CC). Contudo, o art. 78, da Lei de
Licitações e Contratos permite a suspensão dos serviços no caso de atraso de pagamento
por mais de 90 dias, salvo se houver calamidade pública, perturbação da ordem ou
guerra.

I) Probidade

Os atos da Administração Pública deverão estar revestidos de probidade, ou


seja, deverão ser baseados nos princípios como a integridade de caráter, a honra e o
brio.

J) Prestação de Contas

O dever de prestar contas é decorrência natural da Administração como encargo


de gestão de bens e interesses alheios.

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NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

A Atividade Administrativa é aquela que o Estado desenvolve através de seus


órgãos para atender aos interesses da sociedade.
Regimes Jurídicos são conjuntos de regras que regem as instituições públicas e
privadas e os Regimes Jurídicos Administrativos têm como objetivo garantir os
interesses públicos.
São princípios da Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade,
Publicidade, Eficiência, Finalidade, Indisponibilidade, Continuidade, Probidade e
Prestação de Contas.

CAPÍTULO 6

6 USO E ABUSO DO PODER

6.1. USO DO PODER

O uso do poder é prerrogativa da autoridade,


mas deve ser usado normalmente e sem abuso. Usar
normalmente o poder é empregá-lo segundo as normas
legais, a moral da instituição, a finalidade do ato e as
exigências do interesse público. Abusar do poder é
empregá-lo fora da lei, sem utilidade pública. O uso do
poder pode assumir a forma omissiva (consiste na
transgressão da norma jurídica) ou comissiva (consiste
na transgressão do dever jurídico de impedir determinado resultado).

6.2. ABUSO DO PODER

O abuso do poder ocorre quando a autoridade, embora competente para


praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades
administrativas. Portanto o gênero abuso de poder ou abuso de autoridade reparte-se em
duas espécies bem caracterizadas: o excesso de poder e o desvio de finalidade.

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EXCESSO DE PODER - O excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora
competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas
faculdades administrativas. Excede, portanto, sua competência legal e, com isso,
invalida o ato, porque ninguém pode agir em nome da Administração fora do que a lei
lhe permite. O excesso de poder torna o ato arbitrário, ilícito e nulo.

DESVIO DE FINALIDADE - O desvio de finalidade ou de poder verifica-se quando a


autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos
ou com fins diferentes dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público.

PUNIÇÃO - Para combater estes crimes a constituinte armou-nos com o mandado de


segurança, cabível contra ato de qualquer autoridade, e assegurou a toda pessoa o direito
de representação contra abusos de autoridade, complementando esse sistema de
proteção contra os excessos de poder com a Lei de Abuso de Autoridade, que pune
criminalmente seus autores.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

O uso do poder é um direito das autoridades públicas, mas deve ser feito
adequadamente.
O abuso do poder acontece quando a autoridade extrapola o uso de seus
direitos e faz uso de seu poder de forma inadequada.
O abuso de poder pode ser de dois tipos: excesso de poder e desvio de
finalidade.
O abuso do poder é crime e pode ser combatido através do mandado de
segurança.

CAPÍTULO 7

7 ADMNISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA

7.1. ADMNISTRAÇÃO DIRETA

É exercida pelos próprios órgãos do Estado.


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7.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

É exercida por entidades interpostas (pessoas jurídicas, públicas ou privadas),


que agem em nome do Estado desempenhando serviços públicos. Este tipo também
pode ser denominado Administração Descentralizada, ou seja, é o conjunto de
entidades dotadas de personalidade jurídica própria, que prestam serviços públicos ou
serviços de interesse público. As entidades da administração indireta, com suas notas
fundamentais estão arroladas no Decreto-Lei 200/67 (reforma administrativa federal),
com alterações posteriores.

Compõem a administração indireta:

a) Autarquias

b) Empresas públicas

c) Sociedades de economia mista

d) Fundações governamentais.

Foi o poder público que criou as entidades da administração indireta e


responde subsidiariamente pelas obrigações patrimoniais destas, no caso de extinção ou
de insuficiência de bens.

Os órgãos da administração indireta são autônomos, sujeitando-se, contudo, à


supervisão do Ministério respectivo (ou Secretaria), através de uma série de medidas,
como indicação ou nomeação dos dirigentes da entidade, aprovação de suas contas e
outros, não significando, contudo, que estejam hierarquicamente subordinados à
administração direta.

A) AUTARQUIAS

São entidades dotadas de personalidade


jurídica pública, com capacidade de
autoadministração, criadas por lei, para realizar
atividades típicas da administração como, por
exemplo, a Universidade de São Paulo e o
Hospital das Clínicas.

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CARACTERÍSTICAS

Patrimônio: São dotadas de patrimônio e receita própria.

Princípio da Especialidade: Aplica-se a elas o princípio de especialidade, ou


seja, as autarquias não podem ter outras funções além daquelas para as quais
foram criadas, salvo alteração legal posterior.

Regime Jurídico: As autarquias têm regimes públicos idênticos aos das


entidades da administração direta quanto aos atos (administrativos), contratos
(administrativos em grande parte) e pessoal (possibilidade de quadro de
servidores efetivos).

Controle: Estão sujeitas ao controle administrativo e financeiro do Tribunal de


Contas.

B) FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS

São entidades criadas por lei, com a função


de realizar atividades não lucrativas e atípicas do
Poder Público, mas de interesse coletivo, como a
educação, a cultura e a pesquisa (ex.: Fundação PE
Anchieta, Fundação de Amparo à Pesquisa).

CARACTERÍSTICAS

Personalidade Jurídica: Predomina hoje na


doutrina o entendimento quase unânime de
que as fundações criadas pelo poder público são uma espécie de autarquia
(autarquias fundacionais) com personalidade jurídica, portanto de direito
público, apesar dos termos da lei.

Patrimônio: Seu patrimônio é exclusivamente público.

Regime Jurídico: Quanto ao regime jurídico, temos que: os funcionários


dessas instituições são regidos por legislação trabalhista; os contratos realizados
não são administrativos, mas sempre sujeitos à processos de licitação; os atos

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dos dirigentes também não são administrativos, mas deles se equiparam a fim de
garantir o mandado de segurança e ação popular.

Controle: Estão submetidas ao controle da administração direta, do Conselho de


Curadores, do Ministério Público (se consideradas pessoas jurídicas públicas,
não incide o controle do Ministério Público) e do Tribunal de Contas.

C) EMPRESAS PÚBLICAS

São pessoas jurídicas de Direito


Privado criadas por lei específica, com
capital exclusivamente público, para realizar
atividades econômicas de interesse da
Administração instituidora nos moldes da
iniciativa particular, podendo revestir
qualquer forma e organização empresarial (ex.: Embratel, EBTC).

CARACTERÍSTICAS

Patrimônio: O patrimônio da empresa pública, embora público por origem,


pode ser utilizado, onerado ou alienado na forma regulamentar ou estatutária,
independentemente de autorização legislativa especial, porque tal autorização
está implícita na lei instituidora da entidade. O seu patrimônio, bens e rendas,
servem para garantir empréstimos e obrigações resultantes de suas atividades
sujeitando-se a execução pelos débitos da empresa.

Regime Jurídico: Regem-se pelas normas aplicáveis às empresas privadas,


inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. Seu pessoal não é
tecnicamente funcionário, só para efeitos penais e para fins de cumulação de
cargos, para os demais efeitos serão simplesmente empregados regidos pela
legislação trabalhista, previdenciária e acidentária comum, competindo à Justiça
do Trabalho dirimir os litígios resultantes de suas atividades funcionais. Os atos
dos dirigentes não são atos administrativos, mas equiparam-se a atos de
autoridade para efeito de mandado de segurança e ação popular. Os contratos
não são administrativos, mas a licitação é obrigatória.

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Controle: O controle administrativo é feito pela administração direta e o controle
financeiro pelo Tribunal de Contas.

D) SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

São pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas


por lei, com participação do Poder Público e de
particulares no seu capital e na sua administração para a
realização de atividade econômica ou serviço de
interesse coletivo outorgado ou delegado pelo Estado.
(ex.: Petrobrás).

CARACTERÍSTICAS

Forma: A forma usual da sociedade de economia mista tem sido a de sociedade


anônima, não importando, porém, que o Estado seja sócio majoritário ou
minoritário, mas sim que a administração seja conferida por lei ou convenção ao
Poder Público.

Patrimônio: O patrimônio é formado com bens públicos e subscrições


particulares. Não está ela sujeita à falência, mas seus bens são penhoráveis e
executáveis e a entidade pública que a instituiu responde, subsidiariamente,
pelas suas obrigações.

Regime Jurídico: Regem-se pelas normas aplicáveis às empresas privadas,


inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. Seu pessoal não é
tecnicamente funcionário, só para efeitos penais e para fins de cumulação de
cargos, para os demais efeitos serão simplesmente empregados regidos pela
legislação trabalhista, previdenciária e acidentária comum, competindo à Justiça
do Trabalho dirimir os litígios resultantes de suas atividades funcionais.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

A Administração Direta é exercida pelos próprios órgãos do Estado.


A Administração Indireta é exercida por pessoas públicas ou privadas que agem
em nome do Estado desempenhando serviços públicos.

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A Administração Indireta é composta pelas Autarquias, Empresas Públicas,
Sociedades de Economia Mista e Fundações Governamentais.

CAPÍTULO 8

8 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os poderes e deveres do administrador público são os que estão expressos em


lei, os impostos pela moral administrativa e os exigidos pelo interesse da coletividade.

Cada gestor público ou agente da administração é investido de uma parcela de


poder público e deveres específicos do cargo, função, serviço ou atividade pública que
exerça, com responsabilidades próprias de suas atribuições. Em função de serem
poderes instrumentais, trazem em si a característica de dever, sendo de realização
obrigatória sempre que objetivem interesse público.

Diferente do direito privado em que o poder de agir é uma faculdade, no direito


público é uma imposição, um dever para o agente que detém o poder, não se admitindo
a omissão da autoridade diante de situações que exigem sua atuação. A Administração
responde, civilmente, pelas omissões ou comissões lesivas de seus agentes.

Esses poderes que a doutrina denomina de poderes da Administração Pública,


inerentes às estatais, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, são
prerrogativas que viabilizam e fazem valer a supremacia do interesse público em relação
ao interesse individual. São eles que emprestam autoridade ao agente público, quando,
por lei, recebe competência decisória e força para impor suas decisões aos
administrados. Devem, contudo, ser usados como atributos do cargo ou função, e não
como privilégio da pessoa que o exerce.

Logo, o agente despido da função ou fora do exercício do cargo não pode usar
da autoridade pública nem invocá-la por vontade própria para superpor-se aos demais
cidadãos, pois, não estando no exercício de suas funções, deixa de ser autoridade,
igualando-se aos demais. Tal conduta caracterizaria abuso de poder, acarretaria na
ilegalidade do ato e, conforme o caso, tipificaria o crime de abuso de autoridade,

19
definido e punido pela Lei nº. 4.898, de 9/12/65. Neste caso, vigora como nivelador o
princípio do art. 5°, caput, da CF, que estabelece a igualdade de todos perante a lei.

A doutrina destaca os seguintes poderes administrativos: Vinculado e


Discricionário (tocantes aos atos administrativos), Hierárquico e Disciplinar (quanto à
administração pública), Regulamentar e de Polícia.

8.1. PODER VINCULADO

O chamado Poder Vinculado não abole prerrogativas do poder público, mas dá


a ideia de restrição, afinal, quando se diz que determinada atribuição da Administração
é vinculada, significa que está sujeita à lei em praticamente todos os aspectos. O
legislador, nessa hipótese, pré-estabelece todos os requisitos do ato, de tal forma que,
não cabe à autoridade administrativa senão editá-lo, sem apreciação de aspectos
concernentes à oportunidade, conveniência, interesse público, equidade. Esses aspectos
foram previamente valorados pelo legislador.

Assim, na existência de Poder Vinculado ou Regrado, a Administração Pública


fica obrigada a observar os limites exatos impostos pela lei para a prática de todos os
atos administrativos e a fundamentá-los, indicando o dispositivo legal que serviu de
base para a sua prática.

Os atos vinculados são praticados conforme o único comportamento prescrito


em lei. A vontade do legislador, ou seja, a especificação da lei, predomina sobre a
vontade do administrador.

São elementos vinculados: a competência, a finalidade e a forma, além de outros


que a norma legal indicar. Sem a observância desses requisitos o ato é nulo, podendo ser
assim declarado pela Administração ou pelo Judiciário.

20
8.2. PODER DISCRICIONÁRIO

Diferente do poder vinculado, que estabelece restrições ao Administrador para a


prática do ato administrativo, devendo este se ajustar aos requisitos da lei, o poder
discricionário é uma prerrogativa da Administração Pública. Aqui a Administração
pode atuar com opções e com a faculdade de escolha, externando um juízo de valor
sobre a situação posta, embora essa liberdade deva ser exercida nos limites fixados em
lei. Essa faculdade de atuação é concedida pela própria lei.

No entanto, embora tenha a prerrogativa descrita, não se pode dizer que a


Administração tem poder autônomo. O que ocorre é que as competências exercidas
pela Administração com base nos poderes regulamentar, disciplinar, de polícia, serão
vinculadas ou discricionárias, dependendo da liberdade, deixada ou não, pelo
legislador à Administração Pública.

O fundamento para essa liberdade está no fato de que, em determinadas


situações, apenas o administrador tem conhecimentos e informações suficientes para
avaliar o caso e decidir administrativamente. Para o legislador seria impossível prover
de forma justa a solução de determinados casos e expressá-la em uma regra abstrata.
Sendo assim, ele concede liberdade ao administrador atribuindo-lhe a
discricionariedade.

Sendo assim, os atos discricionários seriam aqueles cuja prática exige


conhecimentos específicos que apenas o administrador possui, situação criada pela
maneira como a lei regulou esta atividade. Nesses casos é inevitável que se faça uma
análise subjetiva quanto à melhor maneira de proceder e atender a finalidade legal, o
que concede base para a existência do poder discricionário.

Assim como ocorre no ato vinculado, no ato discricionário a atividade


administrativa também está sujeita a determinados princípios como o condicionamento
interno imposto pela exigência do bem comum, o atendimento ao interesse social ou
coletivo, a submissão á moralidade administrativa e ao condicionamento externo pelo
ordenamento jurídico.

21
8.3. PODER HIERÁRQUICO

O poder hierárquico possibilita a existência de diferentes instâncias decisórias


na organização estrutural da administração pública, bem como o escalonamento de seus
órgãos e a repartição de suas funções e a definição, conforme a lei, dos limites de
competência de cada um deles.

8.4. PODER DISCIPLINAR

Este poder é uma resultante do poder hierárquico. Ele é apresentado por


doutrinadores como sendo uma prerrogativa ou faculdade da administração, e, portanto,
pode parecer ser discricionária a sua aplicação. No entanto, essa discricionaridade é
limitada, podendo incidir apenas na sanção a ser imposta aos servidores. Afinal, a
apuração de falta e sancionamento de conduta afrontosa de deveres funcionais é dever e
não um direito da administração.

8.9. PODER REGULAMENTAR

Também chamado de poder normativo, o poder regulamentar é o que confere


à administração pública, mais precisamente ao chefe do Executivo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderes para editar normas,
regulamentos ou decretos que sejam complementares à lei e tenham a finalidade de
explicá-la ou de prover sua fiel execução.

Os atos pelos quais a administração exerce o seu poder normativo têm em


comum com a lei o fato de emanarem normas e possuírem efeitos gerais e abstratos.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

O poder dado ao administrador público deve ser usado apenas no exercício


de sua função.
É dever do administrador público usar o seu poder diante de uma situação
que exija sua atuação.

22
São poderes administrativos: o Poder Vinculado, o Poder Discricionário, o
Poder Hierárquico, o Poder Disciplinar e o Poder Regulamentar.

CAPÍTULO 9

9 AUTORIDADE E PODER: DIFERENÇAS E IMPLICAÇÕES

Embora as duas expressões pareçam ter o mesmo significado, elas possuem


algumas diferenças. Para um melhor entendimento desta questão, fomos buscar no
Minidicionário Antônio Olinto da Língua Portuguesa as duas definições ali
apresentadas:

AUTORIDADE: Direito de se fazer obedecer; poder de mandar; prestígio; magistrado


que exerce o poder; pessoa competente no assunto.

PODER: Ter a faculdade ou possibilidade de; ter autorização para; estar sujeito,
arriscado, exposto a; ter ocasião ou oportunidade de; ter força de ânimo para; ter o
direito de; ter influência, força; ter vigor ou capacidade (física ou moral) para suportar,
para aguentar.

Como se pode observar, o conteúdo de “Autoridade” representa uma condição


de superioridade, de determinação, de mando, indicando maior força em relação ao
“Poder”, que reflete mais precisamente a capacidade de execução e de cumprimento de
determinações.

A diferença entre autoridade e poder é fácil de ser percebida. Quando fazemos


uma tarefa “forçados” ou até mesmo “coagidos” por alguém que impõe sua vontade em
função da sua posição ou força, estamos sendo submetidos a uma liderança pautada na
autoridade. Já quando fazemos um trabalho motivados pela boa vontade de um líder e
somos levados a isso pela sua influência pessoal, sendo capazes de realizar determinada
atividade, isso é poder.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Autoridade é o direito de se fazer obedecer e constitui algo legitimado.


Poder é a capacidade de fazer ou executar algo.

23
CAPÍTULO 10

10 STAKEHOLDERS

O termo stakeholders designa todos os segmentos, pessoas físicas e jurídicas,


entidades, organizações, empresas e muitos outros que influenciam ou são influenciados
no âmbito dos processos administrativos. Podemos entender, de uma maneira simplista,
que stakeholder é uma evolução, com detalhes mais sofisticados, do já conhecido e
estudado ambiente empresarial.

A partir dessa definição, abre-se um leque gigantesco de possibilidades para a


existência de stakeholders. Como possíveis participantes do processo podemos citar:
mídia, ONG’s, órgãos reguladores, governo, fornecedores, meio ambiente,
terceirizados, futuras gerações, concorrentes, acionistas, clientes, parceiros,
comunidade, aposentados, entre muitos outros. Ou seja, todo e qualquer elemento físico
ou jurídico que interaja com as organizações.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

No âmbito da Gestão Pública, Stakeholders são todos aqueles que influenciam


ou são influenciados pelos processos administrativos.

CAPÍTULO 11

11 CODIFICAÇÃO DE PAPÉIS DE TRABALHO

Pensar em um processo de auditoria é pensar


em documentos que serão analisados e dos quais se
tirarão informações para a composição do relatório
final, onde o auditor emitirá sua opinião sobre a
entidade auditada.

Neste contexto, torna-se necessário que se


tenha à disposição um conjunto de papéis devidamente

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organizados, que facilitem o acesso às informações não só do técnico que as manipulou,
mas de qualquer outro interessado.

Mesmo na hipótese da auditoria realizada sem papel, que se utiliza apenas de


meios eletrônicos, é necessário que se organize a documentação que foi analisada, para
que informações valiosas não sejam perdidas.

Um conjunto de papéis de trabalho sem referências, pode ser comparado a um


livro sem título, sem índice, de folhas soltas, sem numeração de páginas, capítulos e
parágrafos. É evidente que a localização de um determinado assunto nesse livro é
enormemente dificultada, sua compreensão é prejudicada e o risco de torná-lo
imprestável é grande pela probabilidade de que suas folhas, acidentalmente ou não,
tenham sua ordem modificada.

A codificação de papéis de trabalho é, antes de tudo, uma questão de método.


Sua organização deve ser feita dentro da racionalidade, da lógica formal. Assim, o
auditor utiliza a codificação dos papéis de trabalho para que estes se tornem um
conjunto harmônico de informações de fácil acesso e compreensão para os que
necessitam dessa documentação, quer para revisão do trabalho realizado, quer para
conhecimento e diagnóstico daquilo já apurado, como visitas ao planejamento de novas
etapas da auditoria.

Os papéis de trabalho, em princípio, são representados em dois grupos. O


primeiro é aquele que têm característica de resumo ou de sintetização e é geralmente
denominado “papel de trabalho mestre”. Os demais, que por suas características darão
sempre maiores subsídios ou detalhes, são denominados “papéis de trabalho
subsidiários”.

Os papéis de trabalho devem ser organizados em seções, codificados de forma


alfanumérica e reunidos em pastas específicas correspondentes às três distintas fases do
processo de auditoria, ou seja: planejamento geral, execução dos trabalhos de campo e
elaboração do relatório de auditoria.

A codificação dos papéis de trabalho é convencionada geralmente com a


utilização de letras maiúsculas e números (A-1, C-3), onde as letras são usadas para
identificação de folhas mestras e as letras e números para as folhas subsidiárias,

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obedecendo a uma sequência lógica e racional e procurando sempre resumir os
trabalhos realizados em um jogo de papéis que em seu conjunto representará todo o
serviço executado.

Na forma usual de utilização desta codificação, o componente alfabético da


codificação será separado dos componentes numéricos por um hífen, enquanto que os
componentes numéricos serão sempre separados entre si por um ponto.

Caso existam muitos segmentos a serem analisados e/ou ocorra grande volume
de papéis, é recomendável que se estruture as áreas em sub-capítulos específicos, como
forma de melhor representá-los e, assim, facilitar seu manuseio.

11.1. ÍNDICE DOS PAPÉIS DE TRABALHO

O índice de papéis de trabalho apresentado a seguir observa a forma de


codificação comentada e está seguido de comentários sobre que conteúdo deverá conter.
Observe que alguns itens estão com mais desdobramentos que outros, podendo haver
mais outros se assim for julgado necessário para um correto ordenamento dos papéis e
melhor clareza sobre os trabalhos realizados. Pode, também, haver trabalhos que
produzem poucos papéis, quando não serão necessários tantos desdobramentos.
Entretanto, é importante considerar, para ordenamento da utilização deste índice, que os
capítulos e que os subcapítulos tenham sua codificação mantida, mesmo que não sejam
utilizados em determinado trabalho.

A seguir, estão alguns comentários sobre os componentes do conjunto de papéis


de trabalho, que estão agrupados de acordo com sua utilização.

A – Introdução

A-1 – Documentos Básicos

Este deverá ser o grupo de papéis iniciais do trabalho desenvolvido no campo,


onde serão agrupados os papéis indicativos do desenvolvimento dos trabalhos, inclusive
os relativos às possíveis limitações ao seu escopo.

Aqui também deverão ser agrupados os documentos referentes à própria


execução do trabalho, inclusive aqueles referentes à determinação das ações que
deverão ser desenvolvidas.
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A-1. 1 - Autorização para a Auditoria

A-1. 2 – Correspondências

A-2 – Limitação de Escopo

Nesta denominação deverão ser relacionados os tópicos que, por qualquer


motivo, causaram limitação ao escopo do trabalho, indicando-se os itens do relatório em
que aparecerão.

É fator de importância no desenvolvimento das atividades a serem desenvolvidas


que a limitação de escopo seja bem especificada, já que seus efeitos poderão ser
significativos no contexto geral do trabalho.

B – ANÁLISE DO PROCESSO

A auditoria a ser realizada poderá ser em razão de um processo já em


andamento. Nestes casos, este capítulo fica reservado ao agrupamento dos papéis que
propiciarão a análise dos seus componentes, dividido em sub-capítulos de acordo com a
segmentação que se torne necessária.

B-1 – Formalização

Nesta folha mestra devem ser juntados os documentos, registros e comentários


sobre a formalização do processo, ou seja, quais são seus componentes, como estão
estruturados e se são aqueles que efetivamente deveriam estar compondo-o.

C – ESTRUTURA OPERACIONAL

Aqui deverão estar agrupados os documentos relativos à estrutura operacional da


empresa, com detalhes que permitam conhecer seu funcionamento e identificadas suas
pessoas-chave, com os cargos e respectivos números telefônicos.

Para efeito destes registros, oferecemos o formulário "Gestores e Pessoas chave"


que deverá ser preenchido pela equipe de campo, indicando todas as pessoas que foram
contadas no curso do trabalho. Esta informação servirá de direcionador para futuras
equipes que retornem à Unidade, as quais terão seus contatos facilitados.

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C-1 – Documentos Básicos

Neste segmento deverão estar agrupados os papéis que tratem da estrutura


operacional da entidade que está sendo auditada.

C-2 – Pessoal

Aqui serão agrupadas as informações relativas ao pessoal, tanto qualitativamente


quanto aos seus custos.

D – EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA

Neste capítulo deverão ser agrupados os documentos, registros e observações


concernentes aos planos e programas de trabalho da entidade, devendo ser segmentados
de acordo com as suas próprias especificidades.

Serão agregados os papéis relativos às metas previstas, que possibilitem uma


avaliação para o segmento a ser auditado, sendo desdobradas para que possam ser
identificadas as realizações quantitativas com a análise comparativa entre o previsto e o
realizado e os desembolsos financeiros orçados e realizados por meta.

D-1 – Metas Físicas

Deverão ser levantadas informações sobre todas as atividades programadas,


registrando-se em detalhes as previstas e as realizadas.

D-2 – Desembolsos

Todo o volume de recursos previstos para a realização dos programas da


Unidade deve ser levantado, relacionando-o com cada meta.

E – PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Neste capítulo, deverão estar agrupados os documentos, registros e observações


concernentes ao orçamento da entidade, devendo ser identificado seu valor inicial e as
alterações ocorridas no período analisado.

E-1 – Orçamento Inicial

Nesta folha mestra devem ser juntados os documentos e averiguações referentes


ao orçamento aprovado para o exercício. Se junta, também, documentos relativos à

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legislação orçamentária que possam interessar ao auditor no momento de redigir seus
pontos de auditoria.

E-2 – Orçamento Final

Aqui serão catalogadas as informações sobre toda a evolução ocorrida com o


orçamento, demonstrando sua situação ao final do período auditado.

E-3 – Provisões

Todos os documentos relativos às provisões realizadas serão catalogados neste


item.

E-4 – Créditos Adicionais

Todos os documentos relativos aos créditos adicionais concedidos, bem como os


cancelamentos, serão catalogados neste item.

F – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Como a avaliação das despesas e receitas é parte significativa dos trabalhos


auditoriais, torna-se necessário que se proceda à análise das principais demonstrações
contábeis, juntando-se documentos á seu respeito.

No papel de trabalho referente a cada balanço e demonstração das variações


patrimoniais (DVP), devem ser registradas as impressões do auditor sobre sua estrutura
e propriedade dos valores ali registrados.

F-1 – Balanço Orçamentário

F-2 – Balanço Financeiro

F-3 – Balanço Patrimonial

F-4 – Demonstração das Variações Patrimoniais

F-5 – Razão Sintético

F-6 – Razão Analítico

G – EXECUÇÃO FINANCEIRA

É o grupo de papéis que vai demonstrar todo o objetivo dos trabalhos realizados
na avaliação da regularidade, objetividade e economicidade das despesas realizadas,

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agrupando aqueles relativos às despesas, receitas e outras informações importantes ao
perfeito conhecimento dos trabalhos auditados, bem como, para consubstanciarem o
conteúdo do relatório.

G-1 – Receita

Aqui estarão documentados os recursos recebidos pela entidade auditada no


período em análise, com documentos e informações que permitam o pleno
conhecimento de sua composição, bem como a caracterização da amostra analisada. Os
pontos abordados poderão ser desdobrados em tantos itens quantos se tornem necessário
para a fiel demonstração dos trabalhos realizados.

G-1.1 – Composição

Tudo que se referir à receita da entidade, orçamentária, extra-orçamentária, da


própria atividade, doações ou qualquer outra origem deve estar demonstrado neste
segmento dos papéis de trabalho, com os desdobramentos que se fizerem necessários.

G-1.2 – Amostra Analisada

A demonstração da amostra analisada é fator significativo para efeito de


julgamento do próprio resultado da auditoria, já que deverá conter em detalhes os
pontos levantados. Este segmento dos papéis refletirá as observações do auditor, com
suas conclusões sobre a regularidade dos registros e a materialidade de possíveis
incorreções identificadas.

G-2 – Despesa

Aqui estarão documentados os desembolsos realizados pela entidade auditada no


período em análise, com documentos e informações que permitam o pleno
conhecimento de sua composição, bem como a caracterização da amostra analisada. Os
pontos abordados deverão ser desdobrados em tantos itens quantos se tornem
necessários para a fiel demonstração dos trabalhos realizados.

G-2. 1 – Distribuição por Projeto/Atividade

A demonstração, nos papéis de trabalho, das despesas por elemento facilitará


melhor visualização dos gastos realizados e possibilitará melhor base para definição da
amostra a ser analisada.

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G-2.1 – Pessoal

G-2.2 – Material de Consumo

G-2.3 – Serviços de Terceiros

G-2.4 – Material Permanente

G-2.5 – Obras e Instalações

G-2.2 – Amostra Analisada por Elemento de Despesa

É importante que se demonstre, nos papéis de trabalho, a amostra analisada,


como meio de auxílio na avaliação da materialidade de possíveis incorreções verificadas
na realização das despesas.

G-2.3 – Adiantamentos

Nesta folha mestra deverão estar registrados os demonstrativos de adiantamentos


concedidos a terceiros, com a respectiva situação quanto às prestações de contas e
irregularidades identificadas. Observe-se que neste segmento também deve ser
comentada a amostra analisada.

G-2.4 – Restos a Pagar

Tanto os valores inscritos em Restos a Pagar do exercício anterior, como aqueles


relativos ao próprio exercício deverão ser analisados e ter sua situação até a data de
encerramento dos trabalhos auditoriais.

G-3 – Disponibilidades

É importante que se faça uma avaliação das diversas contas bancárias


movimentadas no exercício, juntando-se documentos elucidatórios do que foi
identificado, com as observações cabíveis.

H – EXECUÇÃO PATRIMONIAL

Aqui deverão ser agrupados os documentos e feitas as anotações a respeito da


composição das mutações no acervo de bens permanentes de consumo, bem como
aqueles que se encontrem em Almoxarifado.

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H-1 – Bens em Almoxarifado

Neste papel deverão ser juntados os documentos relativos ao material que esteja
no Almoxarifado da entidade auditada, seja de consumo ou permanente.

H-2 – Material de Consumo

Aqui serão documentadas as análises do material de consumo adquirido e


disponibilizado para uso da entidade.

H-3 – Material Permanente

Aqui serão documentadas as análises do material permanente que esteja sendo


utilizado pela entidade.

I – LICITAÇÕES, CONTRATOS E CONVÊNIOS

Os desembolsos de uma entidade, particularmente as componentes da estrutura


do estado, têm como suporte básico a realização de licitações. Assim, é fundamental que
sejam agrupados papéis de trabalho que possibilitem o conhecimento pleno de tudo o
que acontece nas compras que são efetuadas. Deverão ser demonstradas e comentadas
as diversas espécies de licitações e seus respectivos contratos quando couber. Deve-se
demonstrar também os processos em que a licitação foi dispensada e a documentação no
caso da existência de convênios.

Neste segmento, também é relevante que se identifique a amostra analisada,


principalmente pelo grande volume de processos que podem ter existido e a
impossibilidade de não se poder cobrir sua totalidade. Deve-se, inclusive, na
demonstração da amostra ser informado o valor total dos desembolsos e o valor dos
desembolsos da amostra.

I-1 – Licitações

Aqui deverão ser juntados todos os documentos que caracterizem as licitações


realizadas, com comentários sobre a existência de controles e sua eficácia. Os papéis de
trabalho devem ser separados por cada modalidade de licitação, para uma melhor
visualização da amostra analisada.

I-1.1 – Concorrências

I-1.2 – Tomada de Preços


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I-1.3 – Convites

I-1.4 – Dispensas de Licitação

I-1.5 – Inexigibilidades de Licitação

I-2 – Contratos

Os contratos firmados no exercício e os oriundos de exercícios anteriores que


tiverem desembolsos no período analisado, devem ser demonstrados neste segmento dos
papéis de trabalho, indicando-se a amostra analisada.

I-2.1 – Firmados no Período Analisado

I.2.2 – Firmados Anteriormente

I-3 – Convênios

Os convênios firmados no exercício e os oriundos de exercícios anteriores que


tiverem desembolsos no período analisado, devem ser demonstrados neste segmento dos
papéis de trabalho.

I-3.1 – Firmados no Período Analisado

I-3.2 – Firmados Anteriormente

J – INQUÉRITOS E SINDICÂNCIAS

Todos os inquéritos realizados no âmbito da Unidade devem ter sua situação


noticiada, com comentários sobre sua finalização e consequências.

J-1 – Instaurados Concluídos

J-2 – Instaurados e Não Concluídos

T – ACOMPANHAMENTO DE AUDITORIAS ANTERIORES

Neste segmento deverão estar os relatórios de auditorias anteriores que foram


acompanhadas no curso dos trabalhos, registrando-se os pontos que tiveram situações
sanadas com as respectivas medidas adotadas e outros que continuaram a ocorrer.

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T-1 – Situações Sanadas

Tendo sido verificado que situações apontadas em auditorias anteriores foram


corrigidas, o auditor deve fazer o registro de sua verificação, ponto por ponto, como
forma de historiar a evolução das ocorrências até sua regularização.

T-2 – Situações com Novas Ocorrências

Nas situações que houve novas ocorrências, estas devem ser demonstradas,
destacando-se os níveis do seu grau de reincidência.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Quando ocorrem auditorias na Administração Pública, é necessário que se tenha


todos os documentos organizados para que o processo seja facilitado.
A organização dos documentos pode ser chamada de Codificação dos Papéis de
Trabalho.
A Codificação dos Papéis de Trabalho é dividida em dois grupos: papel de
trabalho mestre e papéis de trabalho subsidiários.
O índice dos Papéis de Trabalho deve conter elementos como: Introdução,
Documentos Básicos, Limitação do Escopo, Análise do Processo, Estrutura
Operacional, Orçamento, Licitações, entre outras.

Observação: Auditorias são processos de controle que tem como objetivo verificar se o
trabalho da Administração Pública auditada está sendo executado de maneira adequada.

CAPÍTULO 12

12 SINAIS CONVENCIONAIS

Além dos agrupamentos dos papéis de trabalho, existem alguns sinais


convencionais para a realização de exames, conferências e indicação das fontes de
obtenção de informações e documentos, o que também facilita os processos de
auditoria, como você pode ver a seguir:

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Tiques Explicativos – são sinais geralmente colocados em vermelho que indicam a
fonte de obtenção de um valor ou conferências com a documentação que comprova.

Letras Explicativas – utilização de letras minúsculas do alfabeto e circunferências em


vermelho para explicar uma informação recebida.

Notas Explicativas – são usadas para chamada de ordem geral como a definição de um
escopo de trabalho ou a conclusão de um exame.

NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Além dos papéis de trabalho, existem outros elementos que também ajudam em
processos de auditoria através de uma melhor organização e compreensão dos
documentos que serão analisados.
Também auxiliam no processo de auditoria: Tiques Explicativos, Letras
Explicativas e Notas Explicativas.

CAPÍTULO 13

13 REFERÊNCIAS CRUZADAS

Referências Cruzadas são artifícios utilizados pelo auditor para proporcionar


uma amarração entre os papéis de trabalho dentro de uma mesma área, bem como os
papéis de trabalho que tenham ligações com outras áreas. Nada mais são do que a
demonstração de onde os trabalhos foram realizados ou de onde os valores foram
examinados com a utilização de letras codificadoras dos papéis de trabalho. Tais
codificações devem ser inscritas ao lado da informação que se deseja amarrar.

Este artifício é o meio mais simples de se localizar a evidência de realização dos


trabalhos, bem como de qualquer problema que tenha o auditor encontrado no
transcorrer da sua atividade.

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NESTE CAPÍTULO VOCÊ APRENDEU QUE:

Referências Cruzadas são meios utilizados pelo auditor que também


auxiliam em processos de auditoria.
As Referências Cruzadas servem para criar uma amarração entre os papéis
de trabalho de uma mesma área ou entre áreas diferentes que possuam
determinada ligação.

GLOSSÁRIO

Arguir – Censurar; criticar; argumentar; questionar.


Ato de autoridade - é todo aquele que for praticado por pessoa investida de uma
parcela de poder público, abrangendo inclusive atos emanados de particulares que ajam
por delegação do Poder Público.
Certame – Disputa; luta; combate; debate; exposição.

Cidadão - é todo brasileiro, nato ou naturalizado, que está no gozo dos direitos
políticos, ou seja, dos direitos de votar e ser votado.

Contencioso – que demanda o direito.

Direito líquido e certo - é aquele para o qual se tem provas concretas.

Efeitos erga omnes – quando as decisões judiciais ficam restritas apenas àqueles que
participam da respectiva ação judicial.

Improbidade Administrativa – é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da


Administração, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou
decorrente desta.

Interesses difusos - são aqueles que pertencem a um grupo, classe ou categoria de


pessoas que se reúnem para se defenderem de algo que influencia a todas elas.

Isonomia - lei que estabelece a justiça com base na igualdade e direitos iguais a todos
usando os mesmos critérios.

Leis de efeito concreto - são aquelas que precisam ser criadas para sanar a insuficiência
de legislação competente. Criam, imediatamente, direitos e obrigações para serem
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aplicadas em todas as situações que tenham as mesmas características da situação em
que foram criadas.

Lei em tese – é a “letra fria da lei”. É a aplicação hipotética da lei, ou seja, que não leva
em consideração o contexto particular de aplicação da lei. Para determinado crime,
cabe a aplicação de uma lei específica, porém, as características de definem este crime
podem fazer com que a pena, por exemplo, seja aumentada. A Lei em Tese, então, seria
a lei “crua”, que não considera as peculiaridades de determinado crime ou situação.
Lides – quando duas partes disputam algo ou bem.
Medida Cautelar - é o procedimento judicial que visa prevenir, conservar, defender ou
assegurar a eficácia de um direito.
Papiloscopista – policial especializado em trabalhar com a identificação humana.
Petição – Meio pelo qual se faz o pedido de direitos perante a justiça. É um
instrumento usado para conseguir a decisão judicial que se deseja.
Prerrogativas – privilégio, faculdade ou direito atribuído a alguém em função do cargo
que ocupa.

Siglas

ABIN – Agência Brasileira de Inteligência.


ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações.
ANCINE – Agência Nacional do Cinema.
ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.
ANA – Agência Nacional das Águas.
ANP – Agência Nacional do Petróleo.
ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários.
ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres.
ANS – Agência Nacional de Saúde.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

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CVM – Comissão de Valores Imobiliários.

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

OAB – Ordem dos Advogados do Brasil.


SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
SESC – Serviço Social do Comércio.
SESI – Serviço Social da Indústria.
STF – Supremo Tribunal Federal.
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados.

CONCLUSÃO DO MÓDULO I

Parabéns por ter chegado até aqui!

Espero que tenha entendido o conceito das entidades, órgãos públicos, agentes, e
demais definições, bem como os significados e princípios da Administração Pública. No
próximo módulo estudaremos sobre orçamento público, reformas, entre outros
processos.

Neste ponto encerra-se o módulo I do curso. Para passar ao módulo II, faça a
avaliação deste módulo. Lembrando que cada curso é composto por dois módulos. Ao
final dos dois módulos você receberá seu certificado de conclusão do curso.

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