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O Concelho de Sintra tem actualmente 454.000 habitantes e teve nos dez últimos
anos uma taxa de crescimento de 24,9%, a 2ª maior da Grande Lisboa, a seguir a
Mafra. O Concelho de Lisboa, Loures e Amadora, tem perdido população para os
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Concelhos da periferia. Será que este fenómeno se explica somente pela
aplicação do binómio mobilidade – baixo preço da habitação?
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Nos objectivos gerais, o documento aqui proposto analisa graficamente a
ocupação do Concelho por classes e categorias de espaços. Os espaços urbanos
ocupam 17% do território, os espaços urbanizáveis 7%, os espaços de
desenvolvimento turístico 3,5%, os espaços naturais 29%, etc.
No entanto, também refere este relatório que fazendo a analogia entre o Plano
Verde e o PDM, existem algumas áreas urbanas que incidem sobre a estrutura
verde do Concelho e que se deveria efectuar eventuais ajustes melhorando a
sustentabilidade do território, o que parece correcto.
Neste relatório apontamos uma lacuna que deverá ser corrigida: falta a
caracterização individualizada das freguesias. O estudo das freguesias seria
importante, pois há diversas realidades no Concelho que importa conhecer, e que
levantam questões muito pertinentes.
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Assim,
Dentro do uso urbano, que tem como objectivo dar resposta às necessidades de
habitação de todos os grupos sociais e não apenas dos que têm poder aquisitivo
mais elevado, o município deve ser capaz de impedir a desertificação das
freguesias do interior, de forma a aliviar toda a faixa urbana ao redor da Linha de
Sintra.
Por outro lado, deverá resolver de uma vez por todas as 100 Áreas de Génese
Ilegal ainda existentes no concelho, porque para além de serem um problema
grave de falta de vontade política para a sua resolução, é inadmissível no século
XXI viverem pessoas sem a qualidade de vida que merecem. As freguesias de
Casal de Cambra, Almargem do Bispo e Rio de Mouro são as que ocupam maior
área, e outra vez, a freguesia de Almargem do Bispo, Rio de Mouro e S. João das
Lampas são as freguesias que contêm maior número de construções de génese
ilegal. Cerca de 52% das AUGI’s ainda se encontram com uma percentagem de
infra-estruturação abaixo dos 50%.
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desenvolvimento de áreas industriais, dando particular atenção às actividades da
transformação das rochas ornamentais, medicamento, electrónica, cablagem,
química, logística, entre outras, que se têm vindo a estabelecer em Sintra.
Dentro das Estratégias e objectivos para o futuro PDM, considero que ao nível
dos contributos e temas que posteriormente poderiam ser analisados, deveriam
ser consideradas ainda outras questões não vertidas no documento em discussão.
Por fim, apostar-se em áreas temáticas mais alargadas, nos campos de referência
e acções concretas, definindo objectivos específicos e menos gerais. Destaco:
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equipamentos colectivos, perspectiva de qualificação crescente do espaço
público.
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para todos os cidadãos. Por isso, a revisão do PDM de Sintra, surge como uma
oportunidade para compreender os graves erros que aconteceram no passado.