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minúsculas. Observe o texto abaixo. ele trata das origens do romance e da permanência
do romantismo.
Análise do texto:
2ª GERAÇÃO
A segunda geração baseou-se em uma arte totalmente voltada para o desapego a este
nacionalismo e “mergulhou” em um exacerbado sentimentalismo e pessimismo doentio
como forma de escapar da realidade e dos problemas que assolavam a sociedade na época.
Também conhecida como Mal do século, a segunda geração romântica foi caracterizada pelo
extremo subjetivismo, onde o culto ao “eu” revelava um extremo egocentrismo que
culminava com o sentimento de morte, dúvida e obscuridade.
As principais figuras artísticas que se destacaram neste período foram: Álvares de
Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela.
Todos estes poetas não conseguiram atingir a plenitude de sua juventude, pois morreram
precocemente atingidos pelas patologias advindas do modo de vida que levavam. Devido ao
pessimismo já mencionado anteriormente, eles preferiam os lugares escuros, sombrios,
úmidos para se estabelecerem, e ainda eram boêmios noturnos assíduos e tinham a bebida
como foco principal, uma vez que esta funcionava com válvula de escape para os mesmos.
A temática pregada por eles baseava-se no sonho, no devaneio, o amor era aquele platônico,
a mulher era vista como uma figura inatingível, impalpável, vista mais no plano espiritual do
que no material.
Aqui podemos perceber a figura da mulher vista como algo intocável, desejada somente em
sonho e jamais conquistada, pois predomina o sentimento de evasão, de falta de
autenticidade.
A ficção com ambientação urbana toma corpo neste período. Iniciada com A
Moreninha, de Macedo, a linhagem tem continuidade com Memórias de um
Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Publicado em folhetim entre
1852 e 1853, o livro pode ser lido como uma reação aos hábitos inspirados no
"refinamento" da corte. Assim como os livros de Macedo, foi sucesso de público e
contribuiu para a criação do romance brasileiro.
Inspirados pelo inglês Byron, pelo italiano Giacomo Leopardi e pelos franceses
Alphonse de Lamartine e Alfred de Musset, os poetas da segunda geração escrevem
poemas que sugerem uma entrega total aos caprichos da sensibilidade e da
fantasia, abordando temas que vão do vulgar ao sublime, do poético ao sarcástico e
ao prosaico. A morte precoce ajudou a compor a mística em torno desses poetas de
inspiração byroniana, que não raro fazem apologia da misantropia e do narcisismo,
cultivam paixões incestuosas, macabras, demoníacas e mórbidas.
Além de Alencar, outros autores, entre eles Dutra e Melo, Junqueira Freire, Álvares
de Azevedo e Franklin Távora, contribuem para o adensamento da atividade crítica
nesse momento. Em publicações como Nova Minerva, Correio Paulistano e
Atualidade, eles produzem ensaios, prefácios e artigos que atestam a importância
do momento para o estabelecimento definitivo de uma crítica literária no país.