Vous êtes sur la page 1sur 6

O que é o Balanço Social e quais os benefícios de

sua utilização pelas organizações


Publicado por Marcos Pili Palácios
em 27 de março, 2009

O Balanço Social é um mecanismo utilizado pelas empresas para tornarem públicas as suas intenções e
compromissos, visando à transparência de suas ações no exercício da responsabilidade social
corporativa(RSC), trazendo informações qualitativas e quantitativas.
Relatório de Sustentabilidade Empresarial, Balanço Social Corporativo, Relatório Social e Relatório
Social-Ambiental são outros nomes utilizados pelas organizações, especialistas e acadêmicos para
designar o material informativo sobre a situação da organização em relação a questões sociais e
ambientais. (OLIVEIRA, 2008).
O Balanço Social (ZARPELON, 2006) tem como foco demonstrar publicamente que a intenção da
organização não é somente a geração de lucros com um fim em si mesmo, mas o desempenho social.
Este é obtido através do compromisso e da responsabilidade para com a sociedade, por meio da
prestação de contas do seu desempenho sobre o uso e a apropriação de recursos que originalmente não
lhe pertenciam. Também do ponto de vista da melhoria da imagem da organização, o Balanço Social é
um mecanismo bastante utilizado.
O Instituto Ethos (2009) afirma que o Balanço Social é um meio de dar transparência às atividades
corporativas, de modo a ampliar o diálogo da organização com a sociedade. É também uma ferramenta
de gestão da responsabilidade social, pela qual a empresa entende de que forma sua gestão atende à
sua visão e a seus compromissos estabelecidos em relação ao tema da Responsabilidade Social
Empresarial (RSE), e em direção à sustentabilidade.
A publicação de um balanço social oferece uma proposta de diálogo com os diferentes públicos
envolvidos no negócio da empresa que o adota: público interno, fornecedores, consumidores/clientes,
comunidade, meio ambiente, governo e sociedade. A proposta é de que o relatório contenha informações
sobre o perfil do empreendimento, histórico da empresa, seus princípios e valores, governança
corporativa, diálogo com partes interessadas e indicadores de desempenho econômico, social e
ambiental. (ETHOS, 2009). O relatório deve apresentar também um demonstrativo do Balanço Social
desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), iniciativas de interesse da
sociedade (projetos sociais) e de promoção da responsabilidade social em nível local, nacional e global,
entre outros indicadores de desempenho da gestão como geração de riqueza, produtividade e
investimentos. (ETHOS, 2009).
É importante enfatizar que este não é um modelo fixo, mas uma estrutura que pode ser usada como base.
Com o objetivo de orientar as organizações na aplicação desta estrutura foi elaborado um Guia de
Elaboração. Ele não pretende eliminar a necessidade de ajuda externa na preparação do balanço social,
mas contribuir para a estratégia de ação a ser empreendida e os passos essenciais a serem dados.
(ETHOS, 2009)
Quantias monetárias que foram investidas na tentativa de trazer retornos à sociedade podem ser
encontradas no rol de informações do balanço social, bem como publicações pertinentes aos projetos
implantados pela organização na área social, variando conforme o modelo aplicado. Além disto, o balanço
social não está restrito a empresas privadas, pois é passível de utilização por organizações sem fins
lucrativos, haja vista que pode fazer parte do escopo das políticas internas que a regem, sendo pertinente
para esta realizar um demonstrativo de suas ações no âmbito social.
O balanço social pode ter ainda como norteador a incorporação de indicadores de desempenho ou
desenvolvimento social, procurando demonstrar a eficiência das estratégias e ações realizadas pela
organização. Estes indicadores podem ser, por exemplo:
a) Indicadores humanos;
b) Indicadores físicos;
c) Indicadores monetários;
Por meio destes, pode-se estabelecer uma relação de:
a) Elementos de engajamento social, no sentido de apresentar uma análise do bem-estar dos indivíduos
externamente ou internamente a organização;
b) Quadros de Gestão Social, dispondo sobre resultados obtidos pela organização, de modo regional ou
global;
c) Indicadores sociais, permitindo a avaliação dos resultados planejados e os realmente alcançados.
Segundo Zarpelon(2006), há algumas metodologias ou modelos para a publicação do Balanço social, a
saber:
a) Inventário social: lista as ações tomadas pela organização, relativas ao contexto social;
b) Relatório social: é promulgado verbalmente, de acordo com os objetivos e as tomadas de ações
relativas ao contexto social;
c) Contabilidade de Gestão de Pessoas: atribui valores monetários aos dispêndios com gestão de
pessoas(treinamentos e qualidade de vida no trabalho);
d) Relatório de custos: lista todos os dispêndios relativos a Responsabilidade Social;
e) Abordagem do Valor Agregado: realiza uma avaliação em relação ao valor agregado das ações
voltadas para a Responsabilidade Social e repasse deste valor agregado para os seus stakeholders;
f) Balanço de lucros e perdas sociais: equaciona os benefícios e custos relacionados com a
Responsabilidade Social sobre o denominador comum de valores monetários.
Há um debate também sobre a necessidade ou não de tornar os balanços das empresas obrigatórios e
regulados. Os defensores de uma maior regulação dos balanços sociais alegam duas razões principais. A
primeira é que stakeholders, além dos acionistas, tem pouco poder de pressão para demandar que certas
informações sejam passadas de forma correta, e muitas vezes suas demandas por determinados tipos de
informações são ignoradas pelas empresas ou pelas auditorias especializas. A segunda razão é que o
nível de qualidade dos balanços divulgados não é satisfatório. Em alguns países como França e Portugal,
desenvolveram formas de regular os balanços sociais. No Brasil, a publicação do balanço social não está
regulamentada, porém, alguns projetos de lei ou regulamentação que tratam do balanço social têm
tramitado nas esferas federal, estadual e municipal. A Agência Nacional de Eletricidade tem uma
resolução que torna compulsória a publicação de balanços sociais por empresas do setor elétrico a partir
de 2003. (OLIVEIRA, 2008, p. 181).
Referências:
ZARPELON, Márcio Ivanor. Gestão e responsabilidade social: NBR16.001/SA 8.000. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2006.
OLIVEIRA, José Antônio Puppim de. Empresas na Sociedade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Instituto Ethos. Introdução ao Balanço Social. Disponível em: <
http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/guia_relatorio/default.htm>. Acesso em: 27 de março.
2009.

INTRODUÇÃO

O Balanço Social, originado na França e depois em outros países, é fruto da


necessidade surgida nas empresas de elaborar um instrumento de informações
voltado para a sociedade e o meio ambiente. Tem como objetivo a divulgação de
dados sobre o desempenho econômico e financeiro das empresas, nos aspectos
qualitativo e quantitativo, e como contribuem para o desenvolvimento da
sociedade.
Tendo como interessados principais os trabalhadores e o meio ambiente, possui
como principais enfoques: política de remuneração, de benefícios, de segurança do
trabalho, rotatividade no emprego, previdência privada e participação nos lucros.
Com relação ao meio ambiente deve relatar as políticas de não agressão à natureza,
de reposição de recursos vegetais e mercado consumidor.

A cada ano, com as modificações propostas pela lei 11638/2007, que trouxe no seu
bojo principalmente alterações das regras contábeis, aumenta o número de
empresas que apresentam o seu Balanço Social, procurando demonstrar sintonia
com a ética empresarial, exigida por uma sociedade a cada dia mais consciente
desse desempenho.

REVISÃO DE LITERATURA

1. CONCEITO DE BALANÇO SOCIAL

Apesar de cada país possuir o seu conceito particular de Balanço Social, a definição
considerada mais exata é a francesa.

Segundo Freire (1988, p.1):

o balanço social francês contém num documento as principais informações e dados


de cunho estatísticos que possibilitam uma apreciação da situação da empresa no
domínio social, o registro das realizações efetuadas e uma medida das mutações
ocorridas em um exercício e nos dois anos precedentes. Em conseqüência, o BS
compreende informações sobre o emprego, remunerações e encargos sociais,
condições de higiene e segurança, outras condições de trabalho, formação, relações
profissionais, e ainda condições de vida dos assalariados e de seus familiares na
medida em que estas condições dependem da empresa.

O Balanço Social, em sua concepção mais ampla, de fato, envolve a demonstração


da empresa com os componentes que a cercam ou contribuem para sua existência
como: meio ambiente natural, a comunidade, a economia local e os recursos
humanos.

Documento publicado anualmente, reunindo informações sobre as atividades


desenvolvidas por uma empresa, em promoção humana e social, dirigidas a seus
empregados e comunidade onde se insere, demonstra o que a empresa faz por seus
empregados, dependentes e pela população que sofre diretamente sua influência.

Conforme Tinoco (1984, p.108) assim pode ser definido:

O Balanço Social é um instrumento de gestão e de informação que visa reportar da


forma mais transparente possível, vale dizer evidenciação plena – full disclosure –
informações econômicas, financeiras e sociais do desempenho das entidades, aos
mais diferenciados usuários da informação, dentre estes usuários, os trabalhadores.
O Balanço Social não deve ser confundido com Contabilidade Social. Enquanto o
primeiro focaliza o resultado das transações individuais da empresa com a
sociedade com a qual está diretamente relacionado, pois objetiva divulgar o
desempenho econômico e social, mostrando o resultado de sua polícia social, a
segunda verifica os resultados globais da economia. Para tanto, se utiliza de dados
que demonstram o crescimento real, a tendência e a constituição setorial da
economia nacional, as realizações dos setores públicos, da poupança interna e a
distribuição de renda entre os diversos setores da produção.

2. EVOLUÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Nos últimos anos, uma série de mudanças econômicas, sociais e políticas vêm
transformando a face do mundo, perante tal realidade, a contabilidade deve estar
pronta para esse novo contexto, uma vez que desenvolve-se conforme o desenrolar
desses eventos.

A globalização que abole fronteiras econômicas e força os povos a evoluírem,


adotando novos exemplos, através do avanço tecnológico, faz com que as empresas,
enquanto protagonistas desse desenvolvimento, modifiquem seus demonstrativos
contábeis tradicionais, de forma a atender ao público em geral.

A tomada de decisão é o objetivo principal da análise dos dados produzidos pela


contabilidade nas empresas. Nesse contexto, se faz imprescindível a distinção entre
resultado econômico e resultado financeiro. Enquanto a disponibilidade de caixa
pode ser analisada principalmente pela Demonstração de Fluxo de Caixa,
constituindo a situação financeira, o resultado (lucro ou prejuízo) realizado pela
metas almejadas e/ou alcançadas pela empresa são demonstrados pelo Balanço
Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

Em 1987, o Financial Accouting Standard Board (FASB) emitia pronunciamento de


substituição da DOAR pela DFC, o que, atualmente, acha-se contemplado,
conforme (FILHO, 2007) pela atual Lei 11638/2007 das Sociedades Anônimas, que
fez com que figurasse no plano de contas do PL – Patrimônio Líquido o Capital
Social.

Entretanto, é na Contabilidade Gerencial, seguimento da ciência contábil onde se


verifica o maior surgimento de pesquisas, e onde, portanto são elaborados diversos
demonstrativos como: orçamentos, relatórios de desempenho, relatório de custos
etc. Tudo isso objetivando o atendimento do público alvo constituído de usuários
internos como os administradores, dessa forma, tornando essas informações
acessíveis para controle, acompanhamento, planejamento e tomada de decisão.

Os casos relatados, porém, não informam sobre a política social das empresas, hoje
em dia, muito valorizada pelos clientes e componente importante para
continuidade das atividades empresariais. Dessa demanda é que surge uma nova
demonstração contábil, o Balanço Social, apresentando dados que permitem o
rastreamento da geração de riquezas e seu impacto nas realizações sociais.

Pode-se destacar no conjunto de informações geradas pelo Balanço Social, a


Demonstração de Valor Adicionado, esse relatório visa demonstrar o valor da
riqueza gerada pela empresa e sua distribuição entre os elementos que
contribuíram para essa mesma geração. Dessa forma se evidencia facilmente como
as ações sociais levadas a efeito pela empresa contribuem para reais acréscimos à
economia do país.

CONCLUSÃO

Este trabalho esclareceu, principalmente, qual o conceito de Balanço Social, bem


como sua evolução como instrumento de informação, dentro do conjunto das
Demonstrações Contábeis, extrapolando o ambiente interno das empresas para
chegar ao ambiente comunitário onde as mesmas atuam. De simples proposta o BS,
hoje em dia, é uma realidade já contemplada na lei 11638/2007 e cada vez mais
utilizado como instrumento de comunicação entre o mundo empresarial,
trabalhadores, meio ambiente e sociedade.

Através da constatação da insuficiência dos demonstrativos contábeis tradicionais


para comunicar à sociedade determinados aspectos de seu interesse relativos às
ações do mundo empresarial e consequentes resultados no plano do cidadão
comum, deu-se o surgimento, com aplicação gradativa, do Balanço Social,
ocasionado na eclosão do mundo globalizado. No Brasil plenamente estabelecido no
aspecto jurídico, com a promulgação da lei 11638/2007, promulgada em 28 de
dezembro do mesmo ano, o BS tornou-se um instrumento já inserido tecnicamente
no balanço patrimonial, o que garante a naturalidade do seu uso, contribuindo para
a transparência das relações corporativas com a sociedade, que procurar esclarecer-
se dos meios e fins aos quais o capital é destinado e suas necessárias influências.
Este artigo não é uma obra plenamente acabada e concluída, o mesmo pode ser
enriquecido com outros olhares e questionamentos, espera-se que o mesmo sirva
como fonte de pesquisa para professores, alunos e pesquisadores que estudam os
diversos temas atinentes às ciências contábeis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, F. S. Balanço Social Abrangente: Um novo instrumento para a

Responsabilidade Social das Empresas. XXVI Enanpad, 1988.

SANTOS, Maria de Fátima Oliveira dos. Balanço Social, Evolução das


Demonstrações Contábeis. Ceará. Editora Canindé. 2006

TINOCO, João E. P. Balanço Social: uma abordagem sócio-econômica da


contabilidade. Dissertação de Mestrado apresentada à FEA/USP: 1984.
SITES PESQUISADOS

FILHO, Gilberto Magalhães Silva. As principais mudanças da lei 11638/07.


Disponível no endereço eletrônico
http://ifrsonline.wordpress.com/2009/03/02/as-principais-mudancas-da-lei-
1163807-por-gilberto-magalhaes-silva-filho/. Acesso em 24-03-2010, às 10h.

Vous aimerez peut-être aussi