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ABSTRACT
This paper intend to present the integration of Brazilian premium wine industry
chain with supply and logistic chain. This study was structured and designed the wine
industry chain. The methodology involved two fases: the first one was an exploratory
research; the second, an structured research with all chain links.
As result, this work provide an integrated design of this chain and the competitive
advantage related to this.
1 - INTRODUÇÃO
A abertura da economia brasileira aos mercados globais e, principalmente, o advento do
Mercosul, trouxe para as empresas gaúchas uma série de dúvidas e incertezas, bem como
uma infinidade de oportunidades e desafios, em relação ao futuro. a este cenário.
O conhecimento de como é constituída a cadeia produtiva do setor vinícola gaúcho,
visando obter informações quanto ao seu funcionamento e relacionamento, traz subsídios
para o gerenciamento estratégico desse cadeia, podendo contribuir para melhorar a
competitividade, a satisfação dos clientes e a sobrevivência das empresas envolvidas nesse
segmento.
Nesse contexto, a visão atual da logística surge como uma alternativa para melhorar
a performance das organizações frente a esta nova ordem mundial, pois qualquer ganho,
em qualquer uma das fases de um processo de elaboração de um produto ou serviço, desde
a concepção até a satisfação do cliente, pode ser responsável pela melhoria da
produtividade das organizações, constituindo-se em uma vantagem competitiva.
Para melhor entender a cadeia produtiva de vinhos finos da Serra Gaúcha, bem
como, apresentar sugestões de melhoria, foi necessário estruturá-la e desenha-la, pois esses
elementos ainda não existiam. Para tal, a metodologia adotada foi a seguinte: foram
coletados e pesquisados dados e informações no material disponível e encontrado sobre o
assunto. Foram, também, realizadas entrevistas abertas com proprietários, executivos e
autoridades do setor vinícola gaúcho, no início do trabalho, com o cunho exploratório.
Após essas etapas, foi esboçado o primeiro desenho da cadeia produtiva de vinhos e
submetido à apreciação e discussão com as mesmas pessoas que haviam sido entrevistadas
anteriormente. Logo em seguida, foram realizados os ajustes sugeridos e o desenho
definitivo da cadeia produtiva de vinhos finos do Estado do Rio Grande do Sul estava
concluído. O passo seguinte foi o desenvolvimento de um instrumento de coleta de dados
que, posteriormente, seria aplicado a todos os elos da cadeia. O instrumento foi validado
logo depois de um teste piloto com dois dos elos centrais da cadeia. A coleta de dados foi
realizada, pessoalmente, com cada componente dos elos da cadeia principal e da auxiliar,
usando o questionário como instrumento. Essas entrevistas serviram para ratificar a
estrutura da cadeia, assim como esbasar e qualificar o detalhamento e o entendimento de
cada um dos elos e de suas inter-relações, tanto verticais quanto horizontais.
S U B S IS T E M A D E
IN F O R M A Ç Õ E S
N O V A C A D E IA D E V A L O R E S
N O V O S IS T E M A D E V A L O R E S
M ETAS
• e s to q u e s
E S T R A T É G IC A S
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C A D E IA L O G ÍS T IC A • m o v im e n ta ç ã o
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S U B S IS T E M A • c a n a is d e
DE
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D E S E M P E N H O O R G A N IZ A C IO N A L
A T E N D IM E N T O D A S M E T A S E S T R A T É G IC A S
Fonte: Wood Jr. e Zuffo (1998).
A cadeia produtiva dos vinhos finos do Estado do Rio Grande do Sul, delineada
nesse trabalho, pode ser integrada com a proposta de gestão estratégica da cadeia logística
realizada por Wood Jr. e Zuffo (1998), pois, a partir da estruturação e do desenho da cadeia
vitivinícola, foi possível visualizá-la e entendê-la melhor, viabilizando, com isso, sua
integração com outras propostas de desenho de cadeias, permitindo a composição de uma
figura integradora entre a cadeia produtiva, a de suprimentos e a cadeia logística como
alternativa para melhorar a competitividade do setor vitivinícola gaúcho.
A Figura 2 mostra as cadeias de forma integrada, tendo como foco o cliente.
Entendendo melhor essa figura e usando a mesma lógica usada por Wood Jr.e Zuffo
(1998), pode ser visualizado o novo contexto empresarial constituído por organizações
virtuais, alianças estratégicas e parcerias, aumentando, com isso, o espectro organizacional
além das fronteiras tradicionais das organizações e criando redes de relacionamento entre
as empresas e órgãos envolvidos na cadeia produtiva, de suprimentos e logística, tendo
como base de sustentação a cadeia e o sistema de valores proposto por Porter (1992). As
cadeias (produtiva e logística de vinhos) perpassam os subsistemas de suprimentos (mudas
de uvas viníferas, vinicultores/uvas e insumos), de produção (vinho e derivados da uva e
do vinho) e de distribuição (atacado, varejo e logística). A integração das duas cadeias
possibilita um desempenho organizacional baseado em metas e definições estratégicas,
tornando-as mais flexíveis e competitivas. A cadeia logística dá sustentação para a cadeia
de suprimentos, enquanto a cadeia produtiva é apoiada pelos demais elos da cadeia auxiliar
que não fazem parte dos subsistemas de suprimentos, produção e distribuição, enquanto as
três cadeias são amparadas por um subsistema de informações com atuação integrada. A
base para o bom funcionamento da integração da cadeia de vinhos finos do Estado do Rio
Grande do Sul está sustentada na adoção de uma coordenação estratégica com metas
claras e uma política de marketing bem definida, tendo como objetivo a satisfação do
cliente final.
CLIENTE
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
fazer frente aos novos concorrentes. Com o objetivo de ganhar em competitividade, foram
estabelecidas estratégias conjuntas para o desenvolvimento e melhoria de suas cadeias
produtivas. Assim, cada organização contribui com sua competência para criar uma
vantagem competitiva no mercado e agregar valor ao cliente. As relações através de uma
cadeia produtiva muitas vezes são virtuais e os esforços de marketing devem ser conjuntos,
visando guarnecer a cadeia como um todo. Mas não são somente essas ações e atitudes que
garantem o sucesso de uma cadeia produtiva, é fundamental a existência de uma
governança e, essa à coordene de forma integrada e com competência.
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WOOD JR, T.; ZUFFO, P. K. Supply chain management. Revista de Administração de
Empresas. São Paulo: FGV, vol. 38, 1998.
ANEXO 1
CADEIA PRINCIPAL
MUDAS
- Nacionais 1
- Importadas
INDUSTRIALIZAÇÃO 4 SUB-PRODUTOS 5
COMÉRCIO COMÉRCIO
ATACADISTA 6 VAREJISTA 7
CONSUMIDOR
FINAL 8
CADEIA AUXILIAR 1 5 1 5
2 ENTIDADES 6 2 LOGÍSTICA 6
3 REGULADORAS 7 3 7
1 5
2 INSUMOS 4 4 8
3 1 5 1 ENTIDADES 5
4 2 APOIO 6 2 DE
3 TECNOLÓGICO 3 CLASSE
1 5
2 EQUIPA- 6 4 4
3 MENTOS 7 1 5
4 2 CENTROS DE 6
3 DESENVOL-
VIMENTO
4