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IGREJA EPISCOPAL ANGLICANA - Distrito Missionário do Oeste

Paróquia Phileon - Encontro dos Jovens


Março/2011 - Porto Velho - Rondônia

Tema: Identidade Anglicana


Tema Palestra: Cidadania

1 – IDENTIDADE
A identidade pode ser definida como um conjunto de caracteres próprios e exclusivos de
uma determinada pessoa. Como, por exemplo, o nome, parentescos, nacionalidade,
impressão digital e outros fatores que permitem a distinção de um indivíduo para outro.
A identidade permite que o indivíduo se perceba como sujeito único, tomando posse da
sua realidade individual e, portanto, consciência de si mesmo.
Diversidade de conceitos:
• Para a psicanálise, o sujeito só pode se definir a partir de sua relação com os
pais. Onde disputará o amor de um dos pais, buscando identificar-se com o
modelo que lhe é representando.
• Para a psicossocial, descrita por Antônio da Costa Ciampa, a identidade tem o
caráter de metamorfose, ou seja, as mudanças ocorrem constantemente, o que,
entretanto, não aparece. A identidade, para a psicossocial, pressupõe a realidade
social na qual o indivíduo está inserido. Revela uma condição de vida, estrutura
familiar, religião e costumes da pessoa. No entanto, sabemos quem é a pessoa,
não apenas por sua definição, mas por suas atividades.

• Para a Antropologia, Identidade consiste na soma nunca concluída de um


aglomerado de signos, referências e influências que definem o entendimento
relacional de determinada entidade, humana ou não-humana, percebida por
contraste, ou seja, pela diferença ante as outras, por si ou por outrem. Portanto,
Identidade está sempre relacionada a idéia dealteridade, ou seja, é necessário
existir o outro e seus caracteres para definir por comparação e diferença com os
caracteres pelos quais me identifico.
• Para a Medicina legal consiste numa série de exames feitos no vivo ou no morto,
onde se apuram, no ser humano, a raça, sexo, estatura, idade, dentição, peso e
conformação corpórea, sinais particulares (má-formações, cicatrizes, tipo
sangüíneo, feições faciais, etc.)

• Para o Direito, a Identidade constitui-se num conjunto de caracteres que,


delimitados legalmente, tornam a pessoa ou um bem individuado e
particularizado, diferenciando-o dos demais, e como tal sujeito a direitos e/ou
deveres.
• Na Filosofia a identidade constitui objeto de cogitações por variados pensadores
e correntes filosóficas, e seu conceito varia, portanto, de acordo com os mesmos.

• Já para a Sociologia, Identidade é o compartilhar de várias idéias e ideais de um


determinado grupo. Alguns autores, como Karl Mannheim, elaboram um
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conceito em que o indivíduo forma sua personalidade, mas também a recebe do
meio, onde realiza sua interação social.

2 - GRUPOS SOCIAIS
Tendo a identidade estabelecida, o indivíduo passa a procurar identificação com alguém
ou alguma coisa. Havendo essa identificação, ocorre uma associação humana, ou seja,
um vínculo social entre as pessoas. Formando-se, desta forma, a sociedade em que
vivemos e, consequentemente, os grupos sociais.
Grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um
todo, com tradições morais e materiais. Vale ressaltar que para que exista um grupo
social é necessário que haja uma interação entre seus participantes. Um grupo de
pessoas que só apresenta uma serialidade entre si, como em uma fila de cinema, por
exemplo, não pode ser considerado como grupo social, visto que estas pessoas não
interagem entre si.
Os grupos sociais se diferem quanto ao grau de contato. Os grupos primários são
aqueles em que os membros possuem contatos primários, mais íntimos. Exemplos:
família, grupos de amigos, vizinhos, etc. Diferentemente dos grupos primários, os
secundários são aqueles em que os membros não possuem tamanho grau de
proximidade. Exemplos: igrejas, partidos políticos, etc. Outro tipo de grupos sociais são
os intermediários, que apresentam as duas formas de contato: primário e secundário.
Exemplo: escola

3 – NORMAS
Estabelecida a sociedade, é indispensável que os membros da sociedade se manifestem
em conjunto reiteradamente, pois só através da ação conjunta continuamente reiterada o
todo social terá condições para a consecução de seus objetivos. Para que haja o sentido
de conjunto e para que se assegure um rumo certo, os atos praticados isoladamente
devem ser conjugados e integrados num todo harmônico, surgindo, assim, a existência
de ordem. A qual se divide em Ordem natural e Ordem social ou humana.
A primeira está submetida ao principio da causalidade. Sempre que há uma condição,
ocorrerá a mesma conseqüência, não podendo haver qualquer interferência que altere a
correlação. Já na Ordem social compreendem-se todas as leis que se referem ao agir do
homem, ou seja, toda ação gera uma conseqüência. Estas conseqüências são
normatizadas pelas normas morais e jurídicas.
As normas morais são reconhecidas por todos como desejáveis para a boa convivência,
são as normas estabelecidas pelos costumes da sociedade em que vivemos, as quais se
contrariadas por alguém incorre no desagrado, na má educação.
Enquanto, as normas jurídicas pressupõem uma relação de direitos e deveres, sendo que
nesta, a contrariedade de uma norma acarreta a punição do ofensor. O Estado, através
do Instituto Jurídico impõe normas, leis, para que os cidadãos saibam que toda ação
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gera um efeito jurídico, seja um simples efeito, como a compra e venda de um carro,
como uma punição por de meio do cerceamento de ir e vir, ou seja, a prisão de um
indivíduo que cometeu homicídio, bem como para solucionar os conflitos entre os
indivíduos.
Todo brasileiro tem obrigação de conhecer as leis do nosso país, sem jamais alegar que
não conhecia a lei. E dever de cada um buscar saber qual o teor de cada lei que rege o
seu direito e dever.
A Constituição Federal, é a Carta Magna do Brasil, promulgada em 5 de outubro de
1988.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos desta Constituição.

É essencial que cada cidadão conheça o artigo 5º da Constituição Federal, pois é nele
que encontramos os direitos e garantias que emanam a nossa nação.

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem;
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VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,
fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de


censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996)

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas
exigido prévio aviso à autoridade competente;

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente;

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;


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XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar
o seu desenvolvimento;

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive
nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo
em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento)

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de


interesse pessoal;

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;
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b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo
do apenado;
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XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período
de amamentação;

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em
lei; (Regulamento).

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-
corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo


menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou


bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado
na sentença;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao
exercício da cidadania.

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios
que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste
parágrafo)
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§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

4 – ATOS ILICITOS/CRIMES QUE MAIS ENVOLVEM OS JOVENS


4.1 – USO E TRAFICO DE DROGAS

• Lei 11.343 de 23 de agosto de 2006


Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a
exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de
autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre
Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I - advertência sobre os efeitos das drogas;

II - prestação de serviços à comunidade;

III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-
multa.

4.2 - DOS CRIMES CONTRA A VIDA

• Homicídio: matar alguém.

• Homicídio culposo: quando não há intenção de matar.

• Homicídio doloso: quando há intenção de matar.

• Aborto: é a interrupção da gravidez, com a conseqüente morte do feto.

• Lesão corporal: ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.

• Rixa:
Art 121. Matar alguem:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo futil;


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III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do
ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de um a três anos.

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:

Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.

Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a
pena de detenção, de seis meses a dois anos.

4.3 – DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

• Furto: é a subtração de coisa alheia móvel com o fim de apoderar-se dela de


modo definitivo, com intenção de assenhoramento, ainda que por terceiro.

• Roubo: é a subtração de coisa alheia móvel, para si ou para terceiros, mediante


violência ou grave ameaça.

• Extorsão: constranger a vítima, com violência ou grave ameaça com o intuito de


obter indevida vantagem econômica.

• Extorsão mediante seqüestro: seqüestrar pessoa com o fim de obter vantagem.


Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço
do resgate

Pena - reclusão, de oito a quinze anos.


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4.4 – DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

• Estupro: é constranger alguém (homem ou mulher), mediante violência ou grave


ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique
outro ato libidinoso.

• Assédio sexual: constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou


favorecimento sexual.
• Estupro de vulnerável: ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com
pessoa menor de 14 anos de idade.

• Induzimento de vulnerável à satisfação da lasciva de outrem: induzir menor de


14 anos a satisfazer o desejo sexual de terceira pessoa.

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.

§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de
14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.

§ 2o Se da conduta resulta morte:

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."

Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

4.5 – DOS CRIMES CONTRA A HONRA

• Calúnia: imputar a alguém, falsamente, fato determinado definido como crime.

• Difamação: difamar é levar fato ofensivo à reputação ao reconhecimento de


terceiros.

• Injúria: imputar qualidade negativa a alguém.

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
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Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

4.6 – CRIMES DIGITAIS

Cibercrimes, crimes informáticos, crimes cibernéticos, e-crime, crime hi-tech ou crimes


eletrônicos geralmente se referem a toda a atividade onde um computador ou uma rede
de computadores é utilizada como uma ferramenta, uma base de ataque ou como meio
de crime.

Exemplos de crimes mais comuns:

• Crimes contra a honra: calúnia, difamação e injúria;


• Ameaça (art. 147, CP)
• Pedofilia (art. 241 e seguintes do ECA – lei nº 8069/90, alterada pela Lei nº
11829/08);
• Racismo (lei 7.716/97):
• Estelionato;
• Furto;
• Falsa identidade, uso indevido de senha;
• Violação de direitos autorais;
• Acesso não autorizado a rede de computadores;
• Obtenção ou transferência de dado ou informação sem autorização;
• Divulgação indevida de informações e dados pessoais;
• Inserção ou difusão de código malicioso.
• O quadro1 abaixo demonstra claramente as condutas ilícitas criadas pelo PLC
89/2003:

LEGISLAÇÃO

CONDUTA CRIME ALTERADA PENA

1
Extraído do site www.pppadvogados.com.br elaborado pela Advogada Gisele Truzzi em 2009.
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Roubo de senha – difusão de Estelionato Eletrônico Art. 171, parágrafo 2º, Reclusão, de 1 a 5
código malicioso. VII, Código Penal anos e multa

Falsificação ou alteração de Falsificação de dado Art. 927, C.P. Reclusão, de 2 a 6


dado eletrônico ou eletrônico ou documento anos e multa
documento público. público

Falsificação de cartão de Falsificação de dado Art. 298, C.P. Reclusão, de 1 a 5


crédito ou de telefone celular. eletrônico ou documento anos e multa
Falsificar ou alterar dado particular
eletrônico ou documento
particular.

Destruição de dado alheio, Destruir, inutilizar ou Art. 163, C.P. Detenção, de 1 a 6


(alteração do enunciado do deteriorar coisa alheia ou dado meses ou multa
art. 163, CP) eletrônico alheio.

Inserção ou difusão de código Inserção ou difusão de código Art. 163-A, parágrafo Reclusão, de 1 a 3
malicioso. malicioso 1º, C.P. anos e multa

Inserção ou difusão de código Inserção ou difusão de código Art. 163-A, parágrafo Reclusão, de 2 a 4
malicioso seguido de dano. malicioso 1º, C.P. anos e multa

Acessar redes ou sistemas Acesso não autorizado Art. 285-A, C.P. Reclusão, de 1 a 3
sem autorização do titular. anos e multa

Obter ou transferir Obtenção não autorizada de Art. 285-B, C.P. Reclusão, de 1 a 3


informações disponíveis em informação, (...) transporte (...) anos e multa
redes ou sistemas sem indevido de informação
autorização.

Divulgar informações Divulgação não autorizada de Art. 154-A, C.P. Detenção, de 1 a 2


pessoais contidas em banco informações pessoais anos e multa
de dados, sem autorização. disponíveis em banco de
dados

Ataques a redes de serviços Atentado contra a segurança Art. 262, C.P. Reclusão, de 1 a 5
de utilidade pública. de serviço de utilidade pública anos e multa

Ataque a redes e invasões Interrupção ou perturbação de Art. 266, C.P. Detenção, de 1 a 3


serviço telegráfico, (...), anos e multa
informático, telemático, (...)

Discriminar alguém pela Discriminação de raça ou cor, Art. 20, parágrafo 3º, II, Reclusão, de 1 a 3
internet em virtude de sua disseminados através de rede Lei Afonso Arinos (Lei anos e multa
raça ou de sua cor. de computadores nº 7.716/1989)
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Receptar ou armazenar Pedofilia Art. 241, Estatuto da Reclusão de 4 a 8
consigo imagens com Criança e do anos e multa.
conteúdo pedófilo. Adolescente (Lei nº
8069/90)
*Conduta já prevista pela Lei
nº 11.829/08, que alterou o
ECA.

4.7 – CYBERBULLING

É uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar
apoio a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou
grupo com a intenção de prejudicar outrem. - Bill Belsey.

4.8– BULLYING
A seguir, texto extraído da internet, o qual trata sobre Bullying.
Bullying (wikipedia, 2011) é um termo em inglês (bully: valentão) utilizado para
descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por
um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro
indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. O cientista sueco - que
trabalhou por muito tempo em Bergen (Noruega) - Dan Olweus define bullying em três
termos essenciais:

1. o comportamento é agressivo e negativo;


2. o comportamento é executado repetidamente;
3. o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder
entre as partes envolvidas.

O bullying divide-se em duas categorias. O bullying direto é a forma mais comum entre
os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma
mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por
forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido através de uma vasta
variedade de técnicas, que incluem:

• espalhar comentários;
• recusa em se socializar com a vítima
• intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima
• criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos
(incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).

O bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o


local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a
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estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para
aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da
percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma
resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às
ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de
subsistência.

Características dos bullies

Pesquisas indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias,


combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido
sugerido que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso
sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais têm
mostrado que inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying. As
maiorias dos comportamentos agressivos têm sua origem na infância:

"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que


ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a
prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento
criminoso e violência doméstica na idade adulta."

Os "bullies" sempre existiram, mas eram (e ainda são) chamados em português de


rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, valentões e verdugos. Só agora a
sociedade e o Estado têm dado uma atenção mais dedicada aos casos de bullying.

Tipos de bullying

Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para


atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:

• Insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;


• Ataques físicos repetidos contra uma pessoa seja contra o corpo dela ou
propriedade;
• Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
• Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
• Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir
as ordens;
• Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma
autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela
não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
• Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente
a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação
sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra
inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
• Isolamento social da vítima;
• Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas
falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc);
• Chantagem;
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• Expressões ameaçadoras;
• Grafitagem depreciativa;
• Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora)
enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com
frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita");
• Fazer que a vítima passe vergonha na frente de varias pessoas.

Bullying professor-aluno

O bullying pode ser praticado de um professor para um aluno. As técnicas mais comuns
são:

• Intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua


auto-estima. Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um
único aluno o expondo a humilhação;
• Assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com
os demais;
• Ameaçar o aluno de reprovação;
• Negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, o expondo a tortura
psicológica;
• Difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de
atos que não cometeu;
• Tortura física, mais comuns em crianças pequenas. Puxões de orelha, tapas e
cascudos.

Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados ao


Juizado de Menores. A revisão de provas pode ser requerida diretamente na Secretaria
de Educação, sendo este um direito ao estudante.

Legislação

A legislação jurídica do estado brasileiro de São Paulo define bullying como atitudes de
violência física ou psicológica, que ocorrem sem motivação evidente praticadas contra
pessoas com o objetivo de intimidá-las ou agredi-las, causando dor e angústia.

Os atos de bullying configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo
nosso ordenamento jurídico, mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex:
dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que
cause dano a outrem gera o dever de indenizar. A responsabilidade pela prática de atos
de bullying pode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em
vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de
bullying que ocorram nesse contexto.

No estado do Rio de Janeiro, uma lei estadual sancionada em 23 de setembro de 2010


institui a obrigatoriedade de escolas públicas e particulares notificarem casos de
bullying à polícia. Em caso de descumprimento, a multa pode ser de três a 20 salários
mínimos (até R$ 10.200) para as instituições de ensino.
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Condenações legais

Dado que a cobertura da mídia tem exposto o quão disseminada é a prática do bullying,
os júris estão agora mais inclinados do que nunca a se simpatizarem com as vítimas. Em
anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os
agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional", e incluindo suas
escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-
americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola
ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação
racial ou de gênero ou assédio moral.

No Brasil

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e
particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª
e 6ª séries. Entre todos os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o
problema - seja intimidando alguém, sendo intimidados ou os dois. A forma mais
comum é a cibernética, a partir do envio de e-mails ofensivos e difamação em sites de
relacionamento como o Orkut

Casos célebres

Na Grande São Paulo, uma menina apanhou até desmaiar por colegas que a perseguiam .
Em maio de 2010, a Justiça obrigou os pais de um aluno do Colégio Santa Doroteia, no
bairro Sion de Belo Horizonte a pagar uma indenização de R$ 8 mil a uma garota de 15
anos por conta de bullying. A estudante foi classificada como G.E. (sigla para
integrantes de grupo de excluídos) por ser supostamente feia e as insinuações se
tornaram frequentes com o passar do tempo, e entre elas, ficaram as alcunhas de tábua,
prostituta, sem peito e sem bunda. Os pais da menina alegaram que procuraram a
escola, mas não conseguiram resolver a questão. O juiz relatou que as atitudes do
adolescente acusado pareciam não ter "limite" e que ele "prosseguiu em suas atitudes
inconvenientes de 'intimidar'", o que deixou a vítima, segundo a psicóloga que depôs no
caso, "triste, estressada e emocionalmente debilitada". O colégio de classe média alta
não foi responsabilizado.

Em recente caso julgado no Rio Grande do Sul (Proc. nº 70031750094 da 6ª Câmara


Cível do TJRS), a mãe do bullie foi condenada civilmente a pagar indenização no valor
de R$ 5 mil (cinco mil reais) à vítima. Foi um legítimo caso de cyberbullying, já que o
dano foi causado através da Internet, em fotolog (flog) hospedado pelo Portal Terra. No
caso, o Portal não foi responsabilizado, pois retirou as informações do ar em uma
semana.

Alguns casos de bullying entre crianças têm anuência dos próprios pais, como um
envolvendo um garoto de 9 anos de Petrópolis. A mãe resolveu tirar satisfação com a
criança que constantemente agredia seu filho na escola e na rua, mas o pai do outro
garoto, em resposta, procurou a mãe do outro garoto chamado de "boiola" e "magrelo".
Ela foi empurrada em uma galeria, atingida no rosto, jogada no chão e ainda teve uma
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costela fraturada. O caso registrado em um vídeo foi veiculado na internet e ganhou os
principais jornais e telejornais brasileiros.

5 – INCLUSÃO SOCIAL

Em um mundo cheio de incertezas, o homem está sempre em busca de sua identidade e


almeja se integrar à sociedade na qual está inserido. Há, no entanto, muitas barreiras
para aqueles que são excluídos socialmente.
É certo que a inclusão social é uma questão de políticas públicas, porém, como
membros de uma comunidade religiosa temos a obrigação de exercer a Inclusão social,
combatendo a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de
classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou
preconceitos raciais. Oferecendo, portanto, aos mais necessitados oportunidades de
acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos
mais favorecidos no sistema em que vivemos, expandindo, desta forma, os grupos
sociais.
“O conceito de inclusão nos ensina não a tolerar, respeitar ou entender a deficiência,
mas sim a legitimá-la, como condição inerente ao ‘conjunto humanidade’. Uma
sociedade inclusiva é aquela capaz de contemplar sempre, todas as condições humanas,
encontrando meios para que cada cidadão, do mais privilegiado ao mais comprometido,
exerça o direito de contribuir com seu melhor talento para o bem comum.” Cláudia
Werneck.

6 – REFERÊNCIAS

BRASIL, Lei nº 11.829, de 25/11/2008 alterou a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 –


Estatuto da Criança e do Adolescente;

BRASIL, Lei nº 11.343 de 23/08/2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas


sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e
reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão
à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras
providências;

BRASIL, Projeto Substitutivo, de autoria do Senador Eduardo Azeredo, que visa alterar
o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), O Decreto-Lei nº
1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar), a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro
de 1989 e a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002;

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL;

CÓDIGO PENAL;
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OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à Sociologia. Editora Ática, 2000;

PINHEIRO, Patrícia Pek. Direto Digital. 2. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008;

(www.safernet.org.br)

(www.senado.gov.br)

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying)

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