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Ministro do Meio Ambiente
José Sarney Filho
Edições IBAMA
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Diretoria de Gestão Estratégica
Programa de Educação Ambiental e Divulgação Técnico-Científica
Projeto de Divulgação Técnico-Científica
SAIN Avenida L/4 Norte, s/n
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Telefones:(061) 316-1191 e 316-1222
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Brasília
2001
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Divisão de Desenvolvimento de Tecnologias Ambientais - DITAM
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
2001
Série meio ambiente debate, 37
Projeto gráfico
Denys Márcio
Capa
Fátima Feijó
Diagramação
Iramir Souza Santos
Oldenyr da Silva Lima
Ficha catalográfica
Sonia M. L. N. Machado
CATALOGAÇÃO NA FONTE
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE EDOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS
Inclui bibliografia.
ISSN 1413-25883
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Série meio ambiente debate, 37
Coordenação Geral
Miriam Laila Absy
Redação e Pesquisa
Santin Gravena
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APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9
Bolea (1984) define impacto ambiental de um projeto como sendo a diferença entre
a situação do meio ambiente (natural e social) futuro, modificado pela realização de um projeto,
e a situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o projeto.
Esta definição é, na realidade, uma dentre as muitas utilizadas, quase todas calçadas
numa conceituação de impactos que embute uma lógica do tipo ação-reação. A dificuldade
de espelhar a complexidade da dinâmica ambiental resulta, via de regra, em que todas as
suas definições adquiram um certo caráter reducionista e estático. Este constitui, aliás, o grande
problema das conceituações aqui apresentadas.
A principal dificuldade encontrada na definição de impacto ambiental, e
consequentemente na sua identificação, consiste na própria delimitação do impacto, já que o
mesmo se propaga, espacialmente e temporalmente, através de uma complexa rede de
interelações. Outra grande dificuldade reside nas deficiências instrumentais e metodológicas
para predizer respostas dos ecossistemas às atividades humanas. Esta questão torna-se ainda
mais crítica quando se trata da dimensão social.
Com o intuito de tentar explicitar a dinâmica espaço-temporal, têm sido introduzidas
classificações de impacto ambiental como :
• impactos diretos (ou primários) e indiretos (ou secundários), que consistem na alteração
de determinados aspectos ambientais por ação do homem, sendo de mais fácil
identificação. Exemplos de impactos diretos são os desgastes impostos aos recursos
utilizados, os efeitos sobre os empregos gerados, etc. Como impacto indireto decorrente
dos anteriores pode-se citar, por exemplo, o crescimento demográfico resultante do
assentamento da população atraída pelo projeto.
• impactos de curto e longo prazo, sendo que impactos ambientais de curto prazo
ocorrem normalmente logo após a realização da ação, podendo até desaparecer em
seguida. Um exemplo deste tipo de impacto é a produção de ruído e poeira na fase
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QUADRO 1 :
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Os métodos Ad Hoc, como sua própria denominação indica, são elaborados para
um projeto específico, identificando normalmente os impactos através de longa reflexão,
caracterizando-os e sintetizando-os em seguida por meio de tabelas ou matrizes.
Os métodos Cartográficos foram desenvolvidos no âmbito do planejamento territorial.
O mais conhecido é o Método McHarg, desenvolvido em 1969 para determinar aptidões
territoriais. Através de superposição de mapas de capacidade, confeccionados em diferentes
tons de cinza para quatro usos distintos de solo (agricultura, recreação, silvicultura e meio
urbano), estabelecem-se as possibilidades de usos combinados. Existem ainda outros métodos,
em geral próximos ao do determinismo ecológico de McHarg, como o de M. Falque,
desenvolvido na França, o de Tricart e, mais recentemente, as análises por satélite. Procurou-
se adaptar esses métodos para aplicá-los na avaliação de impactos ambientais visando à
localização e à identificação da extensão dos efeitos sobre o meio através do uso de
fotogramas aéreos. Dentre seus principais desenvolvimentos destacam-se o Early Warning
System, nos Estados Unidos, e o Planejamento Ecológico, na Alemanha (Bachfischer, 1978).
As principais vantagens destes métodos consistem na grande capacidade e objetividade para
representar a distribuição espacial dos impactos, sendo limitados, contudo, quanto à capacidade
de identificação dos impactos indiretos e de considerar os impactos sócio-econômicos. Podem
ser úteis na elaboração de zoneamentos ambientais. Mais recentemente, o método de Análise
do Risco Ecológico, partindo deste enfoque, evoluiu para incorporar condicionantes sócio-
econômicos e problemas de desenvolvimento regional, permitindo superar algumas dessas
limitações (Faria, 1983).
Os métodos Check-Lists são relações padronizadas de fatores ambientais a partir das
quais identificam-se os impactos provocados por um projeto específico. Existem hoje diversas
listas padronizadas por tipo de projetos (projetos hídricos, auto-estradas, etc.) além de listas
computadorizadas como o Programa Meres, do Departamento de Energia dos Estados Unidos,
que computa a emissão de poluentes a partir de especificações sobre a natureza e o tamanho
do projeto. Embora sejam basicamente técnicas de identificação, as Check-Lists podem
incorporar escalas de valoração e ponderação dos fatores. Apesar de constituírem uma forma
concisa e organizada de relacionar os impactos, são um método por demais simples e estático,
que não evidencia as inter-relações entre os fatores ambientais.
As Matrizes de Interação são técnicas bidimensionais que relacionam ações com
fatores ambientais. Embora possam incorporar parâmetros de avaliação, são métodos
basicamente de identificação. Entre os mais conhecidos encontra-se a Matriz de Leopold,
elaborada em 1971 para o Serviço Geológico do Ministério do Interior dos Estados Unidos. A
Matriz de Leopold é constituída de 100 colunas, onde estão representadas as ações do projeto,
e de 88 linhas relativas aos fatores ambientais, perfazendo um total de 8.800 possíveis
interações. Pela dificuldade de operar com este número de interações trabalha-se geralmente
com matrizes reduzidas para 100 ou 150, das quais em geral no máximo 50 são significativas.
O princípio básico da Matriz de Leopold consiste em, primeiramente, assinalar todas
as possíveis interações entre as ações e os fatores, para em seguida estabelecer, em uma
escala que varia de 1 a 10, a magnitude e a importância de cada impacto, identificando se o
mesmo é positivo ou negativo. Enquanto a valoração da magnitude é relativamente objetiva
ou empírica, pois refere-se ao grau de alteração provocado pela ação sobre o fato ambiental,
a pontuação da importância é subjetiva ou normativa uma vez que envolve atribuição de
peso relativo ao fator afetado no âmbito do projeto.
O estabelecimento destes pesos constitui um dos pontos mais críticos, não só das
técnicas matriciais, mas também dos demais métodos quantitativos. A Matriz de Leopold
pode ser criticada neste sentido, pois, em sua concepção primeira, não explicita claramente as
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impactos. Aspectos como ruídos, fatores estéticos, sociais, culturais e outros sã de difícil
mensuração em unidades energéticas. Uma outra dificuldade está no estabelecimento dos
limites do sistema, e de assegurar que todas as trajetórias e interações estejam sendo
consideradas, além da impossibilidade de se quantificar todos os impactos em unidades
energéticas.
O Método Battelle ou Sistema de Avaliação Ambiental (EES) foi desenvolvido no
laboratório Battelle-Columbus para projetos hídricos, podendo ser utilizado tanto para um
único empreendimento, micro, como para planejamento de um programa de empreendimentos
, macro.
As técnicas até agora apresentadas estão centradas mais na identificação dos
impactos do que propriamente na avaliação (evaluation). Embora alguns métodos tenham
gradativamente avançado na incorporação da avaliação, distinguem-se dos que serão daqui
para a frente apresentados, por não explicitarem, claramente, as bases de cálculo dos índices
utilizados. A evolução destes métodos conduz à obtenção de uma valorização e avaliação
integradas da importância dos impactos, resultando na representação de um índice
correspondente à avaliação total dos impactos ambientais.
O Método Battelle é um método hierarquizado, constituído de quatro categorias
ambientais que se desdobram em 18 componentes ; estes, por sua vez, subdividem-se em 78
parâmetros. A determinação do grau de impacto líquido para cada parâmetro ambiental é
dada pela expressão:
UIA = UIP x QA
Esta técnica prevê ainda um sistema de alerta para identificar os impactos mais
significativos que deverão ser submetidos a uma análise qualitativa mais detalhada. A unidade
de importância é fixada a priori, perfazendo um total de 1.000 unidades distribuídas por
categorias, componentes e parâmetros através de consulta prévia de especialistas pelo Método
Delphi. Evidentemente, a UIP deverá ser modificada se o método for aplicado a outro tipo de
projeto ou em contextos sócio-econômicos diferentes. O índice de qualidade ambiental é
determinado a partir da medição dos parâmetros em suas respectivas unidades e posterior
conversão, através de funções características de cada parâmetro (escalares), em uma escala
intervalar que varia de 0 a 1. Estes escalares podem variar conforme a natureza do parâmetro
e do ecossistema considerado.
Embora este método apresente vantagens em relação aos anteriores no que tange à
explicitação das bases de cálculo, ele apresenta falhas quanto à identificação das interações
entre impactos, podendo levar à dupla contagem e uma subestimativa dos mesmos.
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sentido, é sempre aconselhável, quando se trabalha com sistema de pesos, efetuar análises
de sensibilidade. De qualquer forma, o enfoque apresenta a vantagem de contrapor, de
forma transparente, as diferentes óticas envolvidas.
O processo de AIA foi primeiramente sistematizado nos Estados Unidos, onde foi
institucionalizado em 1969 através do National Environment Policy Act - NEPA. O Canadá
introduziu a AIA como instrumento de planejamento no início dos anos 70, ao implantar
programa ambiental que recomendava sua adoção em todos os órgãos federais. Também
nessa época, alguns países europeus passaram a exigir elementos de análise dos impactos
ambientais para o licenciamento de certos empreendimentos.
O florescimento dos métodos e técnicas de AIA revisados na seção anterior se deu
nos países industrializados, a partir dessa nova demanda. Mas a aplicação prática do processo
de AIA teve um início marcado por uma série de distorções em sua vertente político-
institucional. Bursztyn (1991) apresenta interessante análise comparativa da evolução desse
instrumento de gestão ambiental nos diversos países. Pode-se destacar como de especial
interesse a experiência canadense de integração da participação pública desde o início do
processo de AIA (ver Cavalcanti, 1992, e La Rovere e Cavalcanti, 1992). Ressalta-se sua
utilidade na definição prévia dos objetivos, escopo e temas principais dos estudos de AIA
(scoping) bem como na triagem dos empreendimentos para estabelecer quais devem ser
submetidos a todo o processo de AIA e quais podem ser examinados através de um
procedimento expedito de avaliação.
Assinalaremos apenas a necessidade de correção de rumos a partir da constatação
empírica dos problemas incorridos, seja na Europa como nos Estados Unidos. Após extensa
discussão, a Comunidade Européia adotou, em 1985, uma diretriz composta de 14 artigos
breves e três anexos, determinando aos países membros a implementação de um procedimento
formal de avaliação de impacto ambiental e estabelecendo um conjunto de amplos princípios
e uma série de exigências de procedimentos. Nos Estados Unidos, o procedimento inicial foi
substancialmente modificado em 1978, de modo a pôr fim à confusão causada pela falta de
uma abordagem uniforme e geral para a implementação da lei NEPA. Uma medida análoga
seria extremamente conveniente no caso brasileiro, como veremos a seguir.
Até o início da década de 80, o país não contava com instrumentos jurídico-legais
que regulamentassem o processo de avaliação de impacto ambiental (AIA). O marco
desencadeador do avanço da regulamentação pode ser considerado a criação em 1973 da
Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), que passou a atuar como órgão centralizador
das ações governamentais ligadas à temática ambiental. A SEMA tinha como atribuições gerais
a preservação do patrimônio biológico e sua fiscalização, elaborar critérios e normas de controle,
atuar na formação e capacitação tecnológica e nas correções do ambiente degradado pela
atividade econômica.
A AIA foi introduzida formalmente com embasamento jurídico no ano de 1980,
a partir da Lei Federal no 6803/1980, que dispunha sobre a criação de zoneamento industrial
em zonas de poluição crítica. Essa lei abordava a delimitação e autorização para implantação
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de zonas de uso estritamente industrial. Para sua adoção, necessitava de estudos específicos,
dentre os quais a avaliação de impactos ambientais. Diz o artigo 10o, V, 3o - Além dos estudos
normalmente exigíveis para o estabelecimento do zoneamento urbano, a aprovação das zonas
a que se refere o parágrafo anterior (isto é, zonas de uso estritamente industrial) será precedida
de estudos especiais de alternativas e de avaliações de impactos, que permitam estabelecer a
confiabilidade da solução a ser adotada.
Através da Lei no 6803 a AIA passou a ser obrigatória para o licenciamento e
zoneamento de áreas estritamente industriais. A criação de tal legislação permitiu um avanço
ao incluir a obrigatoriedade da avaliação para fins industriais, ainda que limitada em seu
escopo por não contemplar outras modalidades de ações potencialmente impactadoras do
meio ambiente. Entretanto, no ano de 1981 essa totalidade foi alcançada, com a criação da
Lei da Política Naciooal do Meio Ambiente, que instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente
-SISNAMA, a partir da articulação coordenada dos diversos órgãos setoriais ligados direta ou
indiretamente à temática ambiental e a criação de instrumentos específicos para o
gerenciamento ambiental do país. Com relação à AIA, o grande avanço foi uma melhor
coordenação do processo, uma maior articulação, criação de legislação e jurisprudência e a
inclusão de outras atividades não industriais ou projetos que causassem danos ao meio
ambiente.
A Lei no 6938/1981 criou o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, com
objetivo de assessorar e propor diretrizes relativas ao meio ambiente, com competência para
o estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento ambiental, bem como padrões
de uso e controle ambiental.
Em seu artigo 9o a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente previa a criação de
instrumentos de execução da própria política, entre as quais poderíamos destacar:
• o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
• o zoneamento ambiental;
• a avaliação de impactos ambientais;
• licenciamento e revisão de atividades potencialmente poluidoras;
• criação de penalidades disciplinatórias e compensatórias relativas a degradação
ambiental.
Posteriormente, em 1983, esta Lei foi regulamentada por um decreto federal (n o
88351), que versava sobre a execução, a estrutura, a atuação e o licenciamento de atividades
potencialmente degradadoras do meio ambiente.
Com a regulamentação da Lei no 6938, o CONAMA adquire prerrogativas de órgão
consultivo e deliberativo da Política Ambiental Brasileira, com a tarefa de fixar os critérios
básicos para a implantação da avaliação de impactos ambientais no Brasil.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente, constituído por representantes do poder
público, da iniciativa privada e da sociedade civil, passou então a atuar como centralizador
das opiniões sobre a política ambiental do país. No ano de 1986 o CONAMA baixou a
resolução 001/86, que regulamentou e instituiu a obrigatoriedade da AIA no sistema de
licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente. Com isso, os órgãos estaduais
de meio ambiente puderam passar a exercer com mais firmeza, conhecimento técnico e
respaldo legal, o processo de licenciamento de atividades nos seus respectivos estados.
A opção adotada foi vincular a AIA ao processo de licenciamento ambiental nos
órgãos setoriais (estaduais) que participavam do SISNAMA, e para atividades de caráter
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nacional no IBAMA, órgão criado para executar a nível de todo o país a Política
Nacional de Meio Ambiente. A Resolução CONAMA 001/86 com suas normas de caráter
geral compatibilizou a normatização a nível federal com a autonomia de decisão dos sistemas
de licenciamento dos estados. Cada estado adquiriu a partir daí autonomia para conduzir,
instruir e fiscalizar o processo de AIA, com procedimentos jurídicos apropriados.
O caráter sintético e disciplinador da Resolução 001/86 conferiu a este instrumento
jurídico um marco de referência na literatura sobre avaliação de impactos ambientais no
Brasil.
Pelo lado da sociedade civil, o grande marco legal foi a Lei Federal n o 7347/85, que
instituiu a ação pública de injunção ou processo legal através da qual um cidadão ou associação
civil pode argüir a ilegalidade da AIA, ou mesmo promover ação cautelar, objetivando evitar
dano ao meio ambiente.
Por fim, com o advento da Assembléia Nacional Constituinte de 1987, a sociedade
civil pôde participar do processo de discussão de propostas sobre o tema meio ambiente. O
resultado foi a dedicação de um capítulo específico ao tema Meio Ambiente na Constituição
de 1988. O parágrafo I, Item IV, do artigo 225, prevê a exigência de AIA para atividades
potencialmente causadoras de degradação ambiental. Segundo o artigo, o Poder Público deve
exigir na forma de lei, para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade, fato pioneiro em todas as constituições já editadas no mundo.
Como principais marcos jurídicos relativos à AIA no Brasil podem ser citados:
• Decreto Federal no 73030/1973 - criando a Secretaria Especial do Meio Ambiente;
• Lei Federal no 6803/1980 - institui o zoneamento industria l e introduz a AIA no
licenciamento industrial;
• Lei Federal no 6938/1981 - institui a Política Nacional do Meio Ambiente;
• Decreto Federal no 88351/1983 - regulamenta a lei federal no 6938;
• Lei Federal no 7347/1985 - institui a ação civil pública contra danos ao meio
ambiente;
• Resolução CONAMA No001/86 - regulamenta e disciplina a avaliação de impactos
ambientais no Brasil;
• Constituição Federal de 1988 - dedica um capítulo específico ao tema Meio Ambiente
e inclui artigo sobre a AIA.
A base jurídica da AIA foi portanto assentada no Brasil através da Lei no 6938, de
31 de agosto de 1981, que a estabeleceu como um dos instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente. Mais recentemente, a Constituição Brasileira de 1988 se tornou a primeira
no mundo a prever a AIA (Machado, 1989), estabelecendo que, para assegurar a efetividade
do direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, incumbe ao Poder Público:
exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade (art. 225, paragº. 1o, IV ).
A efetiva regulamentação da AIA no país se deu a partir da Resolução no 001, de 23
de janeiro de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, que estabeleceu as
definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para seu uso e
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Alguns estudos (Agra,1991; La Rovere, 1990 e 1992; Maglio, 1988; Menkes, 1990;
Moreira, 1991; PPE/COPPE/UFRJ, 1990; Penna Franca e Ribeiro, 1988) analisaram as
experiências da avaliação de impactos ambientais no Brasil desde o ano de sua implementação
formal (1986) e diagnosticaram o seguinte quadro:
• Durante o período que se seguiu à implementação formal da AIA, o instrumento
tem desempenhado dois papéis básicos:
• ajuda à tomada de decisão por parte dos administradores do meio ambiente, através
do processo de licenciamento ambiental.
• instrumento de negociação entre os agentes envolvidos com os projetos propostos.
• Entretanto, a AIA tem auxiliado muito pouco na concepção de projetos e na
gestão ambiental;
• De 1986 até 1987, 109 EIA/RIMAs foram submetidos aos órgãos de meio ambiente
(sua distribuição por setores é apresentada no Quadro 2).
QUADRO 2
L. de Transmissão 12
Mineração 28
Plantas Industriais 8
Complexos Industriais 5
Disposição De Resíduos 7
Auto Estradas 3
Outros 6
Total 109
• Até o ano de 1988, 225 estudos tinham sido submetidos, e até o final de 1991 em
torno de 540 estudos, com mais da metade concentrada na região sudeste do
país.
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Para cada EIA/RIMA elaborado, análise de sua utilidade como instrumento de auxílio
à tomada de decisão, previamente à definição dos empreendimentos, considerando os
seguintes aspectos:
a) Tratamento interdisciplinar, equipe multidisciplinar e visão de conjunto do RIMA.
b) Clareza de compreensão do RIMA para o público.
c) Acesso do público em tempo hábil à documentação (RIMA e outras informações).
d) Prazo de discussão do RIMA pelo público para envio de comentário s escritos e
preparação da audiência pública.
e) Forma de condução e resultado da Audiência Pública.
f) Grau de independência da equipe executora do EIA/RIMA (consultores) em relação
ao empreendedor.
g) Grau de fundamentação do parecer emitido pelo órgão estadual de meio ambiente
(OEMA) sobre o RIMA.
h) Grau de participação do OEMA na definição dos termos de referência e instruções
complementares para o EIA/RIMA.
i) Grau de acompanhamento pelo OEMA da implantação das medidas mitigadoras e
programas de monitoramento previstos no EIA/RIMA.
j) Épocas de definição, realização e discussão/conclusão sobre o EIA/RIMA em relação
às etapas do empreendimento.
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4 ANÁLISE DA EFETIVIDADE DA APLICAÇÃO DA AIA NO BRASIL E
ESPECIFICIDADES DA AMAZÔNIA, PANTANAL E CERRADO
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para uma tomada de decisão, pois freqüentemente são elaborados após o início da execução
do empreendimento. Além disso, não é usual no estado a realização de audiências públicas
(apenas três foram efetuadas).
Passando ao Cerrado, 36 EIA/RIMAs foram elaborados nos três anos de experiência
no Distrito Federal nesse campo, registrando-se um razoável equilíbrio entre licenças expedidas
(27,8%), negadas (19,4%), parciais/pendentes (11,1%) e em processamento (13,9%). Especial
atenção vem sendo dada ao aperfeiçoamento da forma de apresentação do RIMA, à
constituição de um banco de dados primários para subsidiar sua execução e à elaboração de
termos de referência adequados ao seu balizamento. Além disso, a obrigatoriedade de
audiências públicas para todos os empreendimentos submetidos a EIA/RIMAs foi estabelecida
em lei de 1989. Uma especificidade fundamental é a ocorrência de uma maioria absoluta de
empreendedores do setor público, permitindo evitar o caráter do fato consumado por
ocasião de sua análise, como ocorre freqüentemente em outras áreas (Bezerra e Oliveira,
1992).
Há grande experiência de utilização da AIA também no estado da Bahia, porém
apenas 1 EIA/RIMA elaborado se localiza no cerrado, referente a um projeto de irrigação de
grande porte que ensejou inclusive a realização de audiência pública.
Em Minas Gerais, de 1987 a 1992 foram elaborados 91 EIA/RIMAs, sendo, 44
referentes a empreendimentos localizados no cerrado, caracterizando a importante escala de
aplicação da AIA no estado, levando a um controle informatizado dos processos técnico-
administrativos pela COPAM. Informações preliminares, obtidas do roteiro básico elaborado,
já permitem identificar, no entanto, a ausência da análise comparativa dos impactos
ambientais de alternativas tecnológicas e locacionais, a exemplo do que ocorre em outras
regiões. Apesar dessa significativa escala de aplicação, somente se realizaram duas audiências
públicas.
Também no Piauí, os EIA/RIMAs não se constituem em elementos previamente
disponíveis para apoiar a tomada de decisão. O método mais empregado é o de matrizes e
ainda não houve audiências públicas. Até o momento foram elaborados no estado cerca de
40 EIA/RIMAs e um estudo de meio ambiente (para o Programa de Desenvolvimento
Rodoviário do Piauí a ser submetido ao BID), além de 20 PCAs - Planos de Controle
Ambiental, exigidos mais recentemente por ocasião da concessão de licenças de implantação
de empreendimentos com impactos ambientais menos significativos, como os de pequeno
porte (especialmente exploração mineral, neste caso).
A experiência de Mato Grosso do Sul na elaboração de EIAs/RIMAs também já é
significativa, tendo sido levantados 19 empreendimentos que se submeteram ao processo de
AIA no estado. Também é importante registrar a experiência acumulada nesse estado com a
realização de 11 audiências públicas.
Analogamente, no estado de Tocantins foram identificados 13 EIAs/RIMAs, além de 6
PRADs - Planos de Recuperação de Áreas Degradadas, exigidos para garimpos. No entanto,
ainda não houve audiências públicas.
Finalmente, dados preliminares de Goiás indicam a elaboração até o momento de 12
EIAs/RIMAs e a realização de 2 audiências públicas. Digno de nota neste estado é o convênio
firmado entre o OEMA e a CELG - Centrais Elétricas de Goiás, que prevê a apresentação da
licença ambiental como condição para o início do suprimento de energia da CELG a novos
empreendimentos, visando a evitar a elaboração de estudos de impacto ambiental de fatos
consumados.
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Distrito Federal - 36
Maranhão - 3
TOTAL - 60
Transportes 03 01 04
Saneamento 03 03
Agro/Irrigação 13 01 17 01 03 35
Hidroelétricas 01 04 05
Linhas de Transm. 02 01 03
Mineração 02 01 22 02 27
Metalurgia 08 02 10
Indústrias 03 02 05
Usinas 03 01 04
Petróleo/G.N. 01 05 06
Outros 10 01 11
Total 45 10 51 01 04 02 113 —
FONTE : OEMAs, in Relatórios de visita aos estados, IBAMA, setembro/outubro 1992 e Apresentações no Atelier de
novembro 1992
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Empreendimentos DF MG MS PI TO BA TOT —-
Habitacionais 15 06 21
Serviços Urbanos 06 03 02 11
Transportes 04 03 04 04 01 16
Saneamento 02 01 01 01 05
Agro/Irrigação 01 02 01 09 04 01 18
Hidroelétricas 04 01 05
Linhas de Transm. 04 04
Mineração 07 17 02 03 03 32
Metalurgia 03 02 05
Indústrias 01 04 05 10 05 25
Cimento e Cal 06 06
Carcinicultura/
Aquicultura 04 04
Usinas 01 01
Total 36 44 19 40 13 01 153 —
FONTE : OEMAs, in Relatórios de visita aos estados, IBAMA, setembro/outubro 1992; Atelier, novembro 1992
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5 REQUISITOS PARA UMA METODOLOGIA DE AIA ADEQUADA
À REALIDADE BRASILEIRA
A discussão em torno desse tema vem evoluindo tão rapidamente que hoje, a nosso
ver, é fundamental ampliar as fronteiras do debate. Não se pode limitar a análise aos
instrumentos utilizados no Brasil para avaliação de impactos ambientais, os EIAs / RIMAs,
devendo-se visualizar a AIA como um processo de auxílio à tomada de decisão, por parte da
sociedade, acerca da realização de um dado empreendimento (projeto, programa ou plano
mais abrangente), em suas diversas configurações alternativas. Nessa conceituação mais
ampla, o processo de AIA apresenta duas vertentes (Moreira, 1989):
• técnico-científica: relacionada às metodologias de elaboração de EIAs e RIMAs ;
• político-institucional: referente aos procedimentos jurídico-administrativos adotados
para submeter aos sujeitos da decisão (grupos sociais e instituições) as informações
úteis para sua avaliação.
Esta segunda vertente condiciona fortemente a primeira, na medida em que não se
pode evitar a boa dose de subjetividade intrínseca à identificação, mensuração, valoração e
avaliação de impactos ambientais. Ela também carrega no seu bojo uma questão política
subjacente mas de fundamental importância: quem são os tomadores da decisão?
Evidentemente, grupos sociais diferentes usarão critérios de valor distintos na avaliação das
diversas alternativas em exame, e o surgimento de conflitos de interesses torna-se via de
regra inevitável (La Rovere, 1988). A definição de mecanismos transparentes para o
equacionamento desses conflitos, fixando a extensão e os limites da participação pública no
processo de AIA, é absolutamente essencial numa sociedade democrática.
A seguir nos concentraremos nas especificidades do caso brasileiro, que se situam na
vertente político-institucional do processo de AIA, apontando alguns dentre os principais
problemas identificados na prática atual da AIA no país.
O problema mais grave é sem dúvida o enfoque do fato consumado adotado em
muitos EIAs / RIMAs. Em flagrante contraste com a regulamentação da AIA (cf. Art. 5o, I, da
Res. CONAMA 001/86 ), o empreendedor não fornece alternativas tecnológicas ou de
localização do projeto, e nem muito menos cogita de sua não execução. Todo o trabalho é
orientado no sentido de justificar a necessidade de se implantar o projeto em sua forma
original de concepção. Assegura-se terem sido tomadas as providências cabíveis para
salvaguardar a preservação do meio ambiente, sendo inevitáveis os impactos eventualmente
remanescentes, que constituem a necessári a contrapartida dos benefícios trazidos pela
realização do projeto.
Estudos desse tipo fogem inteiramente ao objetivo da AIA como um subsídio à
tomada de decisão, efetuado portanto previamente (ex-ante) à definição da configuração
final do projeto. Poderiam no máximo servir para a definição de medidas mitigadoras dos
impactos negativos e de programas de monitoramento do meio ambiente na área de influência
do projeto. Justamente tais medidas e programas, porém, dificilmente são implementados
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6 DEMANDAS E PROPOSTAS PRELIMINARES
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Série Meio Ambiente em Debate
1. Seminário sobre a Formação do Educador para Atuar no Processo de Gestão Ambiental Anais
2. Modernidade, Desenvolvimento e Meio Ambiente Cristovam Buarque
3. Desenvolvimento Sustentável Haroldo Mattos de Lemos
4. A Descentralização e o Meio Ambiente Aspásia Camargo
5. A Reforma do Estado Cláudia Costim
6. Meio Ambiente e Cidadania Marina Silva
7. Desenvolvimento Sustentável Ignacy Sachs
8. A Política Nacional Integrada Para a Amazônia Legal Seixas Lourenço
9. Diretrizes Para Operacionalização do Programa Nacional de Educação Ambiental
10. Análise de Um Programa de Formação de Recursos Humanos em Educação Ambiental Nilza Sguarezzi
11. A Inserção do Enfoque Ambiental no Ensino Formal de Goiás Magali Izuwa
12. Educação Ambiental para o Século XXI & A Construção do Conhecimento: suas implicações na educação
ambiental Naná Mininni Medina
13. Conservação, Ecologia Humana e Sustentabilidade na Caatinga: Estudo da Região do Parque Nacional da
Serra da Capivara Moacir Arruda
14. Planejamento Biorregional Kenton Miller
15. Planejamento e Gestão de APAs: Enfoque Institucional Dione Angélica de Araújo Côrte
16. Educação Ambiental Não-Formal em Unidades de Conservação Federais na Zona Costeira Brasileira: Uma
análise crítica Marta Saint Pastous Madureira e Paulo Roberto A. Tagliani
17. Efeitos Ambientais da Urbanização de Corumbá-MS Maria José Monteiro
18. Elementos de Ecologia Urbana e sua Estrutura Ecossistêmica Genebaldo Freire Dias
19. Educação Infantil e Subjetividade Ética Jara Fontoura da Silveira
20. Subsídios Para Uma Proposta de Monitoramento Ambiental dos Meios Aquático Continental e Aquático Marinho,
Atmosférico e Terrestre DITAM
21. Estudo Ambiental de Alterações Antrópicas nas Matas de Galeria da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Taboca
Antonio de Souza Gorgônio
22. Estudos Sobre Ecologia e Conservação do Peixe-boi Marinho ( Trichechus manatus manatus ) no Nordeste
do Brasil Danielle Paludo
23. Indicadores de Qualidade de Vida: um estudo de caso em quatro áreas periféricas do DF Maria Augusta
Fernandes
24. Anteprojeto de Lei Florestal do Estado de São Paulo: Avanço ou Retrocesso? Ubiracy Araújo
25. Embarcações Pesqueiras Estrangeiras Antônio Jarbas Rodrigues e Francisco de A. G. Queiróz
26. Manutenção e Transporte de Lagostas Samuel N. Bezerra
27. Flora do Parque Estadual de Ibitipoca Raquel de Fátima Novelino e José Emílio Zanzirolani de Oliveira
28. A Educação Ambiental como Instrumento na Busca de Soluções para os Problemas Socioambientais na
Ilha dos Marinheiros Márcia Wojtowicz Maciel
29. Hipóteses Sobre os Impactos Ambientais dos Estilos de Desenvolvimento na América Latina a Partir dos
Anos 50 Caio Paulo Smidt de Medeiros
30. Peixe-boi Marinho (Trichecus manatus): Distribuição, Status de Conservação e Aspectos Tradicionais ao Longo
do Litoral Nordeste do Brasil Régis Pinto de Lima
31. A Pesca nas Lagoas Costeiras Fluminenses Lisia Vanacôr Barroso e outros
32. O Lugar do Parque Nacional no Espaço das Comunidades dos Lençóis Maranhenses Álvaro de Oliveira
D'Antona
33. Perspectivas para Análise de Conflitos Ambientais: Desafios sociambientais em Lisarbsarret Textos para um
curso de Educação Ambiental
34. Formigas Cortadeiras: Princípios de Manejo Integrado de Áreas Infestadas D'Alembert de B. Jaccoud
35. Plantas Medicinais: Diagnóstico e Gestão Mary Carla Marcon Neves
36. Instrumentos de Planejamento e Gestão Ambiental para a Amazônia, Cerrado e Pantanal Demandas e Propostas:
Metodologia de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas Antonio Eduardo Lanna
37. Instrumentos de Planejamento e Gestão Ambiental para a Amazônia, Cerrado e Pantanal Demandas e Propostas:
Metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental Emilio Lèbre La Rovere