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O dito popular plagiado pelo sional foi a de que toda lição pre- hábito é que faz realmente a dife-
título deste artigo é normalmente cisa de treinamento para ser rença. William Edwards Deming,
atribuído às aparências, já que a aprendida. Como aprendiz, muitas um dos gurus da Qualidade e con-
palavra “hábito” também tem o vezes me peguei diante de um siderado o pai do milagre industri-
sentido de “roupagem de frade ou ensinamento dizendo “ah... isso al japonês, afirmava, desde a dé-
freira”, como apresentado pelo eu já sei”. Mas não praticava e, cada de 50, que, “Para obter Qua-
Aurélio. Não vou questionar este portanto, esquecia. Logo, não lidade é preciso treinar, treinar e
sentido, pois o assunto não é o aprendia! Como consultor, muitas continuar treinando”. É o treina-
propósito dessas linhas. Entretan- vezes na conseqüente condição mento que faz do ato, um hábito,
to, o hábito enquanto “maneira de orientador, tenho que estimu- da lição, um aprendizado.
usual de ser” faz sim o monge! lar a prática de minhas lições para Vale acrescentar que o
Atrevo-me a dizer que é o hábito que as pessoas realmente apren- aprendizado não é privilégio de
que faz, de alguém, monge, ateu dam. Senão, de nada valem o tem- salas de treinamento! As lições
ou “à toa”. po, o dinheiro e a energia empre- mais simples do dia-a-dia podem
Neste sentido, um reveren- endidos. – e devem! – se transformar em
do batista, George Boardman, re- Creio que os profissionais hábitos saudáveis. Quando apren-
gistrou uma citação melhor: “Se- que mais se destacam nas empre- demos que exercícios físicos fa-
meai um ato, e colhereis um hábi- sas são aqueles que praticam efe- zem bem à saúde, precisamos
to; semeai um hábito, e colhereis tivamente tudo o que aprendem. transformá-los num hábito. Quan-
um caráter; semeais um caráter, A grande maioria transfere suas do aprendemos que pagar nossos
e colhereis um destino”. Como apostilas diretamente dos cursos credores em dia nos dá mais cre-
sonhar com um destino se os para o armário e só abre depois dibilidade, precisamos fazer disso
atos, os hábitos e o caráter não de muitos anos, mais pela nostal- um hábito. Quando aprendemos
lhe são condizentes? Como al- gia do que por ceder à Andrago- que nossas palavras têm força e o
guém que não transforma em há- gia (a arte de ensinar adultos). controle da nossa “língua” é um
bitos as boas lições aprendidas Quem faz da teoria uma prática, bom hábito, nossas palavras pas-
pode almejar ser um grande pro- normalmente pertence à minoria sam a ter ainda mais força.
fissional? que se destaca. O hábito faz o monge. Seus
Uma das lições que demorei Receber informação não é hábitos fazem você. Quais são
a aprender em minha vida profis- nada! Tornar o aprendizado um seus hábitos?...
Comunicação: um bicho
de sete cabeças?
João Ricardo Pupo > pupo@itu.com.br
Há quem diga que comuni- creve de qualquer jeito. O impor- por esses estudiosos. Uma mes-
cação é um processo complexo, tante é o conteúdo” são apenas ma empresa transmite mensa-
um verdadeiro bicho de sete ca- algumas das mais impensáveis gens diferentes, para públicos
beças. Sem analisar o cunho apa- frases que já ouvi de meus clien- diferentes, por canais diferentes.
rentemente pejorativo da afirma- tes. E são clientes com grande Ou seja, cada situação exige a
ção acima, prefiro acreditar que conhecimento técnico... em suas adoção de novos parâmetros. A
um dos grandes desafios a ser respectivas áreas. Mas, de co- mesma solução, aplicada numa
enfrentado, quando o assunto é municação, deixam a desejar. outra ocasião, necessariamente
comunicação corporativa, refere- Mas é uma árdua tarefa ex- não será a melhor saída para os
se exatamente à profissionaliza- plicar para o seu assessorado novos problemas.
ção que o tema exige. Em espe- que suas frases são fruto da in- Fazer comunicação é se fa-
cial, das organizações empresa- sensatez ou impulsividade. Mui- zer entender; é ter a certeza que
riais. tas vezes, durante reuniões de o público tenha se interessado e
Nesses 20 anos de exercí- trabalho preparativas para as compreendido a mensagem que
cio de minhas funções, o que ações comunicativas da empre- se quis transmitir. Palpiteiros to-
mais observo são as pessoas sa, os presentes demonstram dos podem ser. Mas, assim como
que, mesmo desejosas das me- que fazer comunicação é uma não devemos tomar medicamen-
lhores intenções, interrompem o tarefa fácil e apresentam solu- tos indicados por quem não é do
planejamento do processo de co- ções simplistas, quase mágicas. ramo ou construir uma casa sem
municação para expressar opini- Se o produto ou a mensagem não seguir as normas técnicas, em
ões desmedidas, sem embasa- for de interesse do público, pou- comunicação também não se
mento técnico. “Por que não faz co ou quase nada pode ser feito. deve dedicar a marca e a ima-
assim?”. “Eu faço anúncio lá... ele Alcançar o sucesso do pro- gem de sua empresa aos aven-
tem que publicar a notícia”. “Es- cesso de comunicação organiza- tureiros de plantão, interessados
cional é, antes de tudo, um ato apenas em angariar fundos para
contínuo e que deve ser constan- os próprios bolsos.
>> Expediente temente revisado. A comunica-
ção empresarial não é um bicho
Profissionais de comunica-
ção fazem parte da categoria de
de sete cabeças. Ao contrário do técnicos capazes de estudar as
que alguns imaginam, fazer uma relações humanas, de perceber
boa comunicação necessita de as diferenças – mesmo que mí-
conhecimento teórico, técnico e nimas, mas extremamente impor-
G2R News é uma publicação prático. tantes – para planejar a melhor
da G2R Comunicação É preciso entender que no solução de comunicação de sua
processo de comunicação – isso empresa. Vamos lutar contra o bi-
Rua Benjamin Constant, 429 mesmo, a comunicação não é cho de sete cabeças - que alguns
Centro - CEP 13300-123 - Itu - SP estática ou finita – há sete elemen- fazem crer que existe. Basta,
11 4023-3245 - g2r@g2r.com.br tos essenciais que são estuda- apenas, acreditar no profissiona-
www.g2r.com.br dos pelos profissionais da área, lismo de quem se dedica ao co-
como jornalistas, relações públi- nhecimento do ser humano e
Redação cas, publicitários etc. Esses ele- suas relações. Inclusive com as
Marcel Guido mentos (emissor, receptor, canal, organizações públicas ou priva-
Edson Goulart mensagem, código, ruído e retor- das. Aproveite as cabeças para
João Ricardo Pupo no) permitem diferentes análises pensar... e planeje o melhor para
Jornalista: MTB 23652 que podem ser dimensionadas sua empresa.
A realidade é digital!
Marcel Guido > marcel@g2r.com.br