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No Brasil, o uso do poder tributário acha-se circunscrito por uma determinada

gama de máximas constitucionais, dirigidas à este ramo do Direito, tidos como


princípios constitucionais tributários, e que devem ser acatados por toda a legislação
infraconstitucional.

Os princípios do Direito Tributário são:

Princípio da Legalidade (artigo 150, I - CF): disciplina que nenhum tributo


será instituído ou aumentado, a não ser por força de Lei. Sendo assim, na criação do
tributo, a Lei que o instituir deverá explicitar o fato tributável, a base de cálculo, a
alíquota, os critérios para a identificação do sujeito passivo e ativo, fixando, desta
maneira, os elementos essenciais do tributo (artigo 146, III, a – CF).

Princípio da Igualdade e da Capacidade Contributiva (artigo 150, II –


CF): Este princípio tem como base o princípio da isonomia, segundo o qual, todos são
iguas perante a Lei. De acordo com este princípio, contribuintes em situação
equivalentes deverão receber tratamento idêntico. Este princípio é complementado
pelo princípio da capacidade contributiva (artigo 145 - CF), determinando que os
tributos devem ser graduados conforme a capacidade econômica do contribuinte.

Princípio da anterioridade (artigo 150, III, “b” - CF): Este princípio


disciplina que, será vedada a cobrança de tributos no mesmo exercício fiscal da
publicação da Lei que o tenha criado ou majorado. Com a instituição da Emenda
Constitucional 42/2003, esta proteção se viu aumentada, tendo sido inserida a alínea
“c” ao artigo 150, III, da Constituição Federal, estabelecendo que, sem prejuízo da
anterioridade comum, alguns tributos somente poderão ser cobrados após decorridos
90 dias, contados da data de publicação da Lei que os instituiu ou aumentou, sendo
então criado o Princípio da Anterioridade Nonagesimal. Tal anterioridade
nonagesimal não se aplica ao Empréstimo Compulsório, ao Imposto de Renda, aos
Impostos de Importação e Exportação, ao Imposto sobre Operações de Créditos,
Câmbio, Seguro, e nem ao Imposto Extraordinário.

Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária (artigo 150, III, “a” - CF):


este princípio determina que, os fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
da Lei que criou ou aumentou o tributo , não acarretam obrigações, bem como a Lei
nova não se aplicará aos fatos geradores anteriormente consumados.

Princípio da Vedação ao Confisco ou da Não-Confiscatoriedade (artigo


150, IV – CF): O tributo é inexorável, mas o “poder de tributar” não tem a intenção de
aniquilar com o patrimônio do sujeito passivo, por esta razão, este princípio veda a
criação de tributos de confiscatórios, que sejam entendidos como tributação
excessiva, exacerbada ou escorchante.

Princípio da Não-Cumulatividade (artigo 153, § 3º, II – CF): este princípio


tem como intenção evitar a cumulatividade, ou seja, o valor de tributo de cada
operação será compensado com a quantia incidente sobre as anteriores. Desta
maneira, a incidência do tributo ocorre com base no valor agregado ou acrescido em
cada operação, e não sobre o valor total, proibindo-se, desta maneira, a “tributação
em cascata”.

Princípio da Uniformidade Geográfica (artigo 151, I – CF): Determina que


os tributos instituídos pela União são uniformes em todo o território nacional, vedando
a eventualidade de qualquer distinção ou preferência em relação à um Estado,
Município, ou ao Distrito Federal, em detrimento dos demais componentes da
Federação.

Princípio da progressividade: Disciplina que, a alíquota de determinado


tributo pode progredir a medida em que sua base de cálculo também aumente (quanto
maior for a base de cálculo, maior será a alíquota). O Imposto de Renda é informado
por este princípio (artigo 153, § 2º – CF), como também o IPTU (artigo 156, § 1º, I – CF).

Princípio da Imunidade Recíproca (artigo 150, IV, “a” - CF): Este princípio
veda a instituição e cobrança de Tributos sobre patrimônio, rendas ou serviços, uns
dos outros, entre União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, aplicando-se
também à Fundações e Autarquias mantidas pelo poder Público.

Principio da Não Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens (artigo 150, V


- CF)- É vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
estabelecerem limitações ao trafego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de
vias conservadas pelo Poder Público.

Os Princípios descritos acima são os encontrados constantemente no


ordenamento jurídico tributário nacional da atualidade, sendo os que recebem maior
destaque e enfoque de análises doutrinárias.

Referências

AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 5ª ed., São Paulo: Editora


Saraiva, 2000.

CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. SP, 17ª ed., SP,
Saraiva, 2005.

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