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Motores de corrente Alternada (AC ou CA)

Os motores trifásicos de indução constituem a grande maioria dos motores

utilizados industrialmente.

‡ Baixo custo, simplicidade, eficiência, tamanho e peso reduzidos, necessidade

de pouca manutenção, comandos e controles simples são as suas vantagens.

‡ Existem em diversas formas construtivas, para diversos ambientes em

potências desde 0,16 até 500 CV.

Motor Eléctrico - é uma máquina destinada a transformar energia elé ctrica em

energia mecânica. Assim ao ligarmos um motor á rede elé ctrica, ele irá
absorver uma dada quantidade de energia elé ctrica e, em troca, accionará uma
carga, como por exemplo, um refrigerador, etc. Os motores elé ctricos em geral
compõem-se de 2 partes:

º Ñotor: parte móvel

º Estator e Carcaça: parte fixa

Os motores eléctricos podem ser Monofásicos e Trifásicos.

Motores Monofásicos de fase Auxiliar

Motor de fase auxiliar é um motor de indução constituído de um Rotor tipo

gaiola de esquilo e um estator formado por chapas de ferro. Esse tipo de
motor é usado em máquinas de lavar roupas, electrobombas, geladeiras,
enceradeiras de potência elevada.

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Características dos motores monofásicos de fase a uxiliar:

ois enrolamentos no estator: um de fio mais grosso e com grande número de

espiras (enrolamento principal ou de trabalho ) e outro de fio mais fino e com
poucas espiras (enrolamento auxiliar ou de partida );

º Enrolamento principal , fica ligado durante todo o tempo de

funcionamento.
º Enrolamento auxiliar , só funciona durante a partida e é desligado com
o accionamento de um dispositivo automático localizado parte na tampa
do motor e parte no rotor.

Ligação dos motores monofásicos

Os motores monofásicos de fase auxiliar podem ser construídos com dois,

quatro, ou seis terminais de saída. Os motores de dois terminais funcionam em
uma tensão (110 V ou 220 V) e em um sentido de rotação.
Os de quatro terminais são construídos para uma tensão (110 V ou 220 V), e
em dois sentidos de rotação, os quais são determinados conforme a ligação
efectuada entre o enrolamento principal e o auxiliar.

e um modo geral, os terminais do enrolamento principal são designados pelos

números 1 e 2 e os do auxiliar por 3 e 4.

Para inverter o sentido de rotação, é necessário inverter o sentido da corrente

do enrolamento auxiliar, isto é, trocar o 3 pelo 4.

Os motores de seis terminais são construídos para duas tensões (110 V e 220
V) e para dois sentidos de rotação.

Para inversão do sentido de rotação, inverte -se o sentido da corrente no

enrolamento auxiliar. O enrolamento principal é designado pelos números 1, 2,

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Ñotor bobinado

Não é fechado em curto internamente e tem as bobinas ligadas ao colector no

qual é possível ligar um reóstato, o que permite a regulação da corrente que
circula no rotor. Isso proporciona um arranque suave e diminui o pico de
corrente comum nos arranques dos motores.

Motores Trifásicos Assíncronos

Motores trifásicos são motores próprios para serem ligados aos sistemas
eléctricos de três fases e são os motores de emprego mais amplo na indústria.
Oferecem melhores condições de operação do que os motores monofásicos
porque não necessitam de auxílio na partida, dão rendimento mais elevado e
são encontrados em potências maiores.

No estator do motor assíncrono de CA estão alojados três enrolamentos

referentes ás três fases. Esses três enrolamentos estão montados com uma
desfasagem de 120º.

o enrolamento do estator saem os fios para ligação do motor á rede elé ctrica
que podem ser em número de 3, 6, 9 ou 12 pontas. Os motores trifásicos
podem ter 2 tipos de rotores:

adronização da Tensão dos Moto res Trifásicos Assíncronos

Os motores trifásicos são fabricados com diferentes potências e velocidades

para as tensões padronizadas da rede, ou seja, 220 V, 3 0 V, 0 V e 760 V,
na frequência de 50 e 60 Hz.

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A figura dá o exemplo de uma placa de um motor trifásico.

Os dados mais importantes são:

- a potência do motor , dada em H ou C (1 H 46 , 1 C 35 ),

para saber, se esse motor é capaz de executar o trabalho desejado (no caso
do exemplo da figura acima), a potência do motor é de 3 C.

- a tensão de alimentação que o motor exige (220 ou 3 0 V).

- a frequência exigida da tensão de alimentação (60 Hz).

- a corrente nominal que o motor consumirá (9 ou 5,2 A, dependendo da

tensão de alimentação), para dimensionar os condutores de alimentação e os
dispositivos de protecção.

- as rotações do motor por minuto (3510 ÑM).

- a letra - código para dimensionar os fusíveis (no exemplo H).

- o esquema de ligação mostra como os terminais devem ser ligados entre si

e com a rede de alimentação.

Campo Girante

O funcionamento do motor trifásico é totalmente dependente do campo

magnético girante. O campo magnético de uma bobina depende da intensidade
de corrente que passa por ela . No motor trifásico de indução, essa corrente é
fruto da tensão da rede aplicada aos enrolamentos. Como a tensão nas três
fases da rede não ocorre ao mesmo tempo, pode-se deduzir que os campos
magnéticos criados nos enrolamentos do estator não têm a mesma intensidade

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elocidade íncrona

A velocidade síncrona do motor, representada por A s é definida pela rotação

do campo girante, a qual depende do número de pólos (2p) do motor e da
frequência (f) da rede, em hertz

Os enrolamentos podem ser construídos com um ou mais pares de pólos, que

se distribuem alternadamente (um ³norte ³ e um ³sul´) ao longo da periferia do
núcleo magnético, no estator. O campo girante percorre um par de pólos (p) a
cada ciclo. Assim como o enrolamento tem pó los ou ³p´ pares de pólos, a
velocidade do campo magnético girante será :

As 60 . f / p 120 . f /2p ( rpm)

Exemplos :

a) ual a rotação síncrona de um motor de 6 pólos, 50 Hz?

Ns = 120.50/6 = 1000 rpm

b) ual a rotação síncrona de um motor de 12 pólos, 60 Hz?

Ns = 120.60/12 =600 rpm

Escorregamento

Se o motor gira uma velocidade diferente da velocidade síncrona, ou seja

diferente da velocidade do campo girante, então os condutores do rotor, ou o
enrolamento do rotor, cortam as linhas magnéticas do campo., e pelas leis do
electromagnetismo, circularão nestes condutores ou enrolamento, corrente
induzidas.

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luanto maior a carga, maior terá que ser o conjugado para accioná -la. Para se
obter o conjugado, maior terá que ser a difere nça de velocidade, para que as
correntes induzidas e os campos produzidos sejam maiores. Portanto,
medida que a carga aumenta, cai a rotação do motor.

luando a carga é zero, (motor em vazio) o rotor girará praticamente com a

rotação síncrona.
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A diferença entre a velocidade síncrona (As) e a velocidade do motor (A)

chama-se escorregamento (s). O escorregamento pode ser expresso em rpm,
ou como fracção da velocidade síncrona ou como pe rcentagem desta.

‡(rpm) As ±A As ±A /As

‡(%) (As-A)/As .100

Para um dado escorregamento s (%) a velocidade do motor será portanto :

‡A As 1 ± s(%)/100)]

Exemplo:

lual o escorregamento de um motor de 6 pólos, 50 hz, se sua velocidade é de

960 rpm?

‡S (%)= (1000 -960) /1000 .100 = %

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Ñendimento

O motor eléctrico absorve energia eléctrica da rede e a transforma em energia

mecânica, disponível no eixo. O rendimento define a eficiência com que é feita
esta transformação. Se chamarmos de ua potencia útil (mecânica) disponível
no eixo e de a a potência eléctrica que o motor absorve da rede, o rendimento
Ș será a relação entre as duas, ou seja:

Ș u(w)/a(w) 36.u(cv)/1, 32 .E.'.cosij 1000.u(kw)/1, 32.E.'.cosij

ou Ș% 36.u(cv)/1, 32.E.'.cosij.100

Factor de erviço (F)

‡ Chama-se factor de serviço ( S) o factor que, aplicado potencia nominal,

indica a carga permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob
condições especificadas.

‡ Note que se trata de uma capacidade de sobrecarga contínua, ou seja uma

reserva de potência que dá ao motor uma capacidade de suportar melhor o
funcionamento em condições desfavoráveis.

‡ O factor de serviço, S, é o valor que multiplicado pela potência nominal,

conduz ao valor de uma potência tolerável de funcionamento sem que oco rra
um aquecimento incompatível com a classe de isolamento do motor. O S vai
de 1,0 1,25 nos motores usuais.

‡ O factor de serviço não deve ser confundido com a sobrecarga momentânea.

O factor de serviço S = 1, significa que o motor não foi projectado para
funcionar continuamente acima de sua potência nominal. Isto, entretanto, não
muda sua capacidade para sobrecargas momentâneas.

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