Ato Antifascista e a
Violência Totalitária
Realizamos atividades
antifascistas no período de fevereiro,
buscando trazer e denunciar as causas e
sintomas recorrentes da intolerância,
discriminação, violência contra diversos
grupos, alvos dos discursos de ódio e
erroneamente indicados como motivo
das mazelas sociais como nordestinos,
homossexuais, negros, mulheres, índios.
Fevereiro é marcado por um
episódio extremo de agressão e morte de
um homosexual, Edson Néris por um
grupo de carecas defensores da pátria,
da nação, da propriedade e da igreja
católica. Consideram as diferenças e
principalmente aquelas que os
contradizem ou os criticam com uma
ameaça e os atacam. Esse grupos são
sintomas de discursos xenofobicos e de
um atavismo tupiquiniquim mediocre
herdado dos discursos totalitários
europeus e que pretendem o controle
máximo econômico, politico e social.
No Brasil, houve expressões do
totalitarismo mais extremo: Getúlio
Vargas, Integralismo, Golpe de Estado
da Caserna e ultimamente temos
grupos ou "gangs" de carecas,
skinheads, white power que possuem
uma atitude agressiva conforme acima
descrito. Podemos inumerar muitos
casos de ataques, geralmente covardes
por atacarem indivíduos sozinhos.
Devemos aqui escrever do último
ataque contra uma atividade
antifascista realizada por anarcopunxs
na cidade de São Paulo, no dia 26 de
fevereiro, com três feridos, um
gravemente ferido na cabeça com uma
faca. Devemos esclarecer que esses
ataques não são isolados ou brigas de
gangs e sim parte de uma processo
maior de totalitarização da sociedade
para ruma a uma ditadura mais
repressora contra os movimentos sociais
e grupos contrários ao modelo de
exploração e opressão!
Total repúdio a mais esse ato de
violência e ignorância e solidariedade
aos feridos.
Fascistas não passarão!
Viva Belén Sosa!
Em 22 de agosto de 2010, falecia
Belén Galán Sosa, uma das militantes
mais ativas da CNT-AIT espanhola,
após 4 anos de luta contra o câncer.
Sua trajetória merece ser lembrada.
Belén nasceu na cidade de
Cáceres, em 1988. Aos 14 anos, já se
iniciava no anarquismo, conhecendo-o
através de um ateneu libertário.
Desde então, sua atuação seguiu
crescendo em diversos coletivos.
Depois de alguns anos, em 2005,
entrou para o Sindicato de Ensino da
CNT Granada, após começar a
estudar para se tornar educadora. Já
no ano seguinte, foi ao Congresso
Internacional da AIT, em
Manchester. Além de estar sempre
presente nas atividades de base do
sindicato e de assumir diversas
funções, desprendendo uma luta
diária e cotidiana, responsabilizou-se
por duas secretarias, colaborou com a
coordenação estatal de ensino, ajudou
na biblioteca, atuou em peças de
teatro social e participou de
manifestações, mobilizações,
assembleias e de diversas lutas.
Frequentou centros comunitários e
culturais. Mesmo envolvida na
batalha contra o câncer, Belén nunca
deixou de lado a resistência social, e
se manteve na militância anarquista e
anarcossindicalista.
Belén pretendia vir conhecer o
Brasil por um tempo e pensava em
talvez até se mudar para cá,
possivelmente militando junto à
Confederação Operária Brasileira,
seção irmã da CNT em nosso país.
Infelizmente, o câncer a venceu antes
que isso pudesse ser concretizado.
Apesar de não termos tido a
oportunidade de conhecê-la, a história
de sua militância nos impressionou
bastante. A sua vontade de lutar e a
intensa atuação que desenvolveu e
que não largou a despeito dos
problemas de saúde se tornaram
grandes fontes de inspiração.
Sentimos a perda de Belén, e
lamentamos que não seja possível tê-
la ao nosso lado nas ruas, nos bairros
e nos locais de trabalho.
No Dia Internacional da Mulher
Trabalhadora, homenageamos todas
as mulheres que lutam e lembramos
esse belíssimo exemplo que foi a vida
de nossa incrível companheira Belén
Sosa. Nossa solidariedade à sua
família e a suas/seus amigas/os, e
nosso profundo respeito à sua
memória.

A repressão contra a
ASI continua pelo
governo sérvio
Nós informamos ao público que
o Estado da Sérvia continua com sua
repressão contra nossa organização,
desta vez na forma de investigação
contra o Secretário Geral da ASI,
Milan Stojanovic, sob suspeita de
cometer um crime de “roubo em
veículo motorizado com
arrombamento, invasão e ameaça”
pelo qual a possível sentença é até
cinco anos de prisão.
Nominalmente, no ano de 2006
Milan foi testemunha em uma
investigação realizada por causa do
mesmo crime e que foi indeferida
logo após. Agora, cinco anos depois, a
promotoria desenterrou este caso, e
Milan misticamente mudou do papel
de testemunha para o de réu. Para
tornar as coisas ainda mais
absurdas, Milan não sabe dirigir, e
na verdade nunca nem mesmo deu
partida em um veículo.
Essa é somente a última (por
agora) em uma série de processos
judiciais armados contra membros da
Iniciativa Anarcossindicalista.
Essa construção de acusações e
falsificação de evidências contra
nossos membros deve parar! Nós
exigimos o indeferimento do processo
judicial contra Milan Stojanovic,
Secretário Geral da ASI!
A Iniciativa Anarcossindicalista
está em uma luta por uma sociedade
que será baseada na liberdade
individual e coletiva; livre de todas
as formas de repressão, hierarquia e
autoridade de um homem sobre
outrem. Ela aponta para
contradições essenciais da sociedade
em que vivemos e para a injustiça
cometida pela classe dominante.
Nós exigimos o fim da repressão
contra nossa organização!
Confederação Sindical
“Iniciativa Anarcossindicalista”,
Seção da Associação Internacional
dos/as Trabalhadores/as
O cotidiano e a mulher
e o mercado de
trabalho
A cada dia que se passa a mulher
vai se igualando ao cotidiano da rotina
profissional, apesar de muitas, ainda
como escrava do lar, mais agora, mais do
que nunca, vemos a mulher nos trens,
apertada, esmagada pela multidão que
passa pelo mesmo cotidiano masculino.
No dia 28 de fevereiro perante a
multidão no Braz para pegar o metro no
sentido Sé, uma mulher quebrou a mão
as 06h30min da manhã, pois antes
mesmo do trem parar a multidão já
começou a empurrar, para entrar no trem
e não se atrasar no serviço, levando a
mulher pressionada ao trem em
movimento e quebrar a mão, enquanto
pessoas disposta á ajudar, sendo
empurradas pelas outras para seguir o
seu cotidiano no mercado de trabalho.
Logo a frente, em algumas estações
após um senhor se exaltou dizendo para
todos: “Isso aqui é pior do que uma
ditadura, pois tudo acontecendo para todo
mundo ver, e ninguém faz nada, todos
atrás de seus interesses pessoais, e
ignorando que na verdade os seus
interesses pessoais são comuns, são de
todos, e isso aqui esta pior do que uma
ditadura, pois pelo menos lá o povo era
unido a lutar por interesse comum”
enquanto uma moça ao meu lado diz;
“Olha ele pensa que só ele que passa por
tudo isso, mais todo passa e ninguém esta
satisfeito, agora só ele quer chamar
Boicote o Carrefour
Dia 19 de fevereiro de 2011,
membros da Federação Operária de
São Paulo montaram um piquete na
frente de um Carrefour Bairro da
cidade de Campinas, interior do estado
paulista, para denunciar a demissão de
Indira Martínez, delegada da CNT-AIT
espanhola, vítima de perseguição por
atividade sindical, e manifestar contra
a crescente política de perseguição
trabalhista implementada pela
transnacional em todo o mundo.
Panfletos foram distribuídos na
frente do supermercado e foram
realizadas conversas com clientes e
transeuntes. Trabalhadores/as da
empresa se aproximaram com bastante
interesse a respeito da repressão à sua
companheira espanhola, recolheram
panfletos para distribuir entre
seus/suas colegas, e algumas
funcionárias até saíram da loja para
chamar os/as militantes e saber do ato,
afirmando sua insatisfação para com o
atenção dando uma de revoltadinho,
mais que pode se acostumando, que é
assim mesmo!” dando risada, quando
outro disse “mais na verdade há um
milhão de revoltados, mais cadê os
revolucionários? Engraçado as pessoas
aceitam com muita naturalidade os
problemas da rotina do seu cotidiano e
se revolta com as pessoas que se
indignadas com os problema do
cotidiano”.
Todo ano aumenta a passagem do
transporte público, sem nenhuma
melhora apenas as ilusórias, fazendo
assim o povo a cada dia mais separados,
divididos de formas inimigas, enquanto
isso os reajustes dos “poderosos” é de
62% com o valor de 26.000,00, mais e o
do povo? Reajuste de 5,8% valor de
540,00 e o transporte “publico” que
TEMOS QUE PAGAR é de 2,90, e
sempre quem paga as contas é o
trabalhador, mais até quando???
Aquele que produz é o que deve
decidir, não podemos aceitar SANGUE
SUGAS, pois a emancipação dos
trabalhadores só pode ser obra dos
próprios trabalhadores deixando assim
todas as carestias, os acidentes no local
de trabalho, até mesmo no percurso até
o trabalho, boicotando todos os males
que o estado e o patronato empoem, só
assim que os trabalhadores se unam
pelo triunfo dos seus interesses comuns,
sem hierarquia, nem estado, nem
religião!
Sindivarios do Alto Tiete filiado-a:
FOSP/COB-ACAT/AIT
sindicalismo estatal. O evento
transcorreu de forma pacífica, sem
problemas.
Perto do final do piquete,
começou a exalar de dentro do
supermercado um odor forte de esgoto
que podia ser sentido a diversos
metros do lado de fora. A despeito do
forte odor persistir, os/as
funcionários/as que haviam se
refugiado do mau cheiro no lado de
fora do supermercado voltaram ao
trabalho. Ao invés de fechar as portas
para consertar o problema e evitar
uma jornada de trabalho ainda mais
estafante, o Carrefour campinense
manteve suas atividades como se
nada estivesse acontecendo. Com o
ocorrido, pôde-se constatar que o bem-
estar do/a trabalhador/a também era
sacrificado ao lucro no supermercado
que foi escolhido para o piquete.
Nossa solidariedade a Indira
Martínez e a todos/as que são
explorados/as pelo Carrefour na
Espanha, no Brasil e no mundo.
Pela FOSP núcleo Piracicaba